Devaneios de uma visão.....

[Paulo]

A Visão….
Mal fechei os olhos, cansados, vi aquela bela donzela a trote num dossel extraordinário.
No seu passo apressado, com os longos cabelos encaracolados e negros, atirados pela força do vento para longe da face pálida e angelical, apontava para o céu, para uma estrela, brilhante como nunca antes havia sido avistado, na sua aura, liam-se traços uma matéria fumegante, na sua brancura, apercebiam-se traços geometricamente desenhados, como que afastados pela gravidade.
No rosto do anjo apressado, uns olhos negros e tristes transmitiam um mau presságio, quando passava deixava um cheiro angelical e exibia umas lindas asas de penugem branca….
No seu trono do poder, qual marioneta embevecida pelo grau da vaidade, essa ilusão que o poder transmite, ela assombrava aquela vasta nação, iludia-a na sua loucura… ignorando a tragédia que se avizinhava.
Aquelas vastas planícies, outrora cheias de vida, aquelas grandes cidades, outrora cheias de movimentação, símbolos da evolução, foram varridas pela devastação, nunca antes experimentado, onde havia vida, onde havia um vestígio de civilização, felicidade e tranquilidade, restou a cinza e aquele cheiro a queimado…. Da gente, nem vestígio, da civilização, nem nada.
Aquele que manipulava o povo, que assombrava o vasto pais com a sua loucura, qual marioneta descontrolada com uma vida própria, outrora engrandecido, viu-se apertado pela triste realidade, na hora H, quando enfrentou as suas loucuras, a ideologia desvaneceu-se como o fumo visto, encolheu qual rato, sem ofensa para os tristes animais, e fugiu da desgraça, pelos labirintos , junto com os seus irmãos, correu pelas catacumbas, pelos esgotos, deixando todas as boas pessoas na superfície, entregues a sua sorte, á desgraça e ao sofrimento.
Afinal, a bela donzela revelou-se um anjo, o anjo da morte….



P.S. Sem ofensa....