Do livro O JOVEM QUE SE ENCONTRAVA COM EXTRATERRESTRES, de PAULO FERNANDES
CAPÍTULO 3
O jovem se impôs de regime alimentar (macrobiótico) vivendo à base de cereais, sendo 1 mês e alguns dias somente com arroz integral e chá!
Numa noite, como em tantas outras, que já tinha o jovem ido meditar com um determinado grupo de pessoas, aconteceu o que ele ansiava, há tanto tempo!
Estavam todos reunidos em um morro de uma fazenda há quase uma hora ou mais da cidade. Eram mais de vinte pessoas, todos sentados no morro perscrutando o céu à procura de objetos não identificados. O céu estava límpido, sem nuvens e sem lua, quando um objeto fez algumas evoluções, atraindo a atenção de todos.
Neste meio tempo o jovem sentiu uma sensação estranha, como se alguém lhe ordenasse que ele caminhasse em direção ao mato cerrado, e por mais que ele quisesse, não conseguia distinguir essa sensação. Foi com um aperto no coração (não era bem medo), que ele começou a se distanciar das pessoas que estavam nesse momento preocupadas em descobrir mais algum ponto luminoso a se mover no céu estrelado.
Já tinha ele caminhado bastante por dentro do mato que o cobria, mas continuava a sentir como uma ordem imperativa dentro de si: Anda! Anda!
Quando realmente deu conta que estava sozinho e sem saber onde se encontrava, nem saber voltar, notou que estava na borda de uma clareira dentro da mata, e que deveria já ter andado bastante pois não escutava mais o vozerio das pessoas que estavam no morro.
Então um medo súbito invadiu-lhe a mente e já estava a ponto de gritar quando novas sensações estranhas começaram a acontecer com ele. Sentiu como se da cintura para cima seu sangue circulasse fervendo e da cintura para baixo circulasse gelado. Invertendo-se em movimentos cíclicos até que em frações de segundo voltou tudo ao normal, não por muito tempo, pois logo sentia como se sua cabeça estivesse sendo comprimida contra algo que não via. Seus pés pesavam como chumbo. Sentiu também que depois (isto também em frações de segundos) sua cabeça ficasse parecendo um balão e sentiu-se como se a gravidade lhe faltasse aos pés, o que lhe deu a impressão de que ia cair, agarrando-se ao galho de uma árvore que se encontrava no seu lado esquerdo. Passada a sensação de segundos, tudo voltou ao normal, e ele largou o galho da árvore. Outro e bem maior espanto lhe sobreveio com um pequeno tombo, constatando que havia se elevado pelo menos um palmo do chão!
Apavorado, novamente algo lhe aconteceu: sua atenção foi voltada bruscamente para a parte do céu que se descortinava sobre a clareira, vendo novamente o mesmo fenômeno observado tempos atrás no restaurante enquanto esperava uma condução: um objeto, riscando o céu como se fosse um meteorito, parou bruscamente fazendo um triângulo no seu zig-zag, depois descendo até ficar do tamanho de uma bacia grande!
O jovem começou a falar e gesticular, confiando existir alguém por perto que, por favor, tivesse piedade dele, já a ponto de enlouquecer de medo. Enquanto gesticulava, o objeto sumiu, deixando-o novamente sozinho. Então, ele começou a falar para todos os lados da floresta: “Ouçam! Se alguém me escuta, por favor, eu estou com medo, pois está escuro e não sei onde me encontro!...Se vocês são amigos, apareçam, por favor... não demorem muito, tenho medo..."
Continuou por mais uns cinco minutos sozinho, ouvindo apenas o coaxar de sapos, o canto de grilos e o vento balançando as folhas que lhe davam a impressão de cobras, onças e outras feras que sua mente criava!...
Já estava pronto a tomar a decisão de subir na árvore e esperar o dia amanhecer para procurar o caminho de volta, quando recomeçou a falar: “Se alguém me escuta, por favor!, fale comigo, pois eu quero que me ajudem”. Começou a pedir a Deus ajuda, quando novamente alguma coisa aconteceu: como se um gravador em rotações diferentes estivesse dentro de sua cabeça. Até que ele escutou uma voz como um estampido dizer: PAX! Ao que ele respondeu mecanicamente, Paz. E a voz disse: Ah! PAZ!...
Neste momento, a voz baixou de tonalidade e pediu desculpas, pois tinha subestimado a mente dele aumentando o volume.
Então o jovem falou: - “Por favor! Apareça, pois estou com medo". Ao que a voz perguntou: - Você quer que apareçamos mesmo?
- Quero sim, pois estou sozinho! Por favor, apareçam!
- Não importa a forma que tenhamos para você?
Aí nesse ponto o negócio se complicou, pois o jovem ficou a imaginar as formas mais absurdas possíveis, e passar pela mente tudo que era forma de ficção científica que ele já lera. Também pensou se seriam ou não amistosos, porém a voz, como lendo sua mente, respondeu-lhe: - Se não fôssemos amistosos, perguntaríamos a você se gostaria de nos ver e não teríamos pego você à força?
- Se você quer saber se somos bons ou não, mentalize a imagem daquele que os terrestres reverenciam como o Supremo Mestre!
Subitamente veio à mente do jovem a imagem do Senhor JESUS. Ao que a vos disse: - Nós estamos do lado Dele e O respeitamos. Se quer ver-nos, vire-se vagarosamente para o lado direito e...
Não terminou e bruscamente o jovem virava-se para o lado direito: havia um arbusto iluminado, dele saindo um ser muito alto (mais de dois metros), loiro, com uma aura em torno do seu corpo. Trajava uma espécie de macacão prateado ou meio azulado, e com um cinto largo, no qual, onde deveria estar a fivela, havia uma espécie de pedra em ebulição passando do verde ao azul claro. Seus cabelos como seda caíam sobre os ombros, e a luminescência de sua aura deixava ver os olhos claros de um brilho radiante. O sorriso nos lábios bem finos e delineados salientava ainda mais as maçãs do seu rosto que tinha traços orientais, porém com feições finíssimas e belas. Seus olhos também lembravam os de um oriental. Suas botas chegavam até os joelhos e pareciam de prata.
Ainda trêmulo e boquiaberto, o jovem viu aquele ser loiro dar um passo em sua direção e estender a mão direita mostrando-lhe a palma, sendo imitado pelo jovem bastante trêmulo. E então o ser tocou levemente nas pontas dos dedos do jovem e, com um olhar, indicou a pedra que trazia ao seu cinto. Ao que o jovem obedeceu instantaneamente e, como num passe de mágica desapareceu todo o seu nervosismo diante daquele ser estranho. Depois de alguns instantes notou que mal começava a formar perguntas, estas eram imediatamente respondidas pelo estranho ser, curiosamente sem movimentar os lábios...
Foi então sua atenção despertada por um segundo ser que chegava atrás do loiro com os braços cruzados (o direito por cima do esquerdo), numa atitude de quem estivesse guarnecendo o outro ser. Fez uma leve reverência com a cabeça e continuou em sua atitude séria e de observação apenas não fazendo mais nenhum gesto. O segundo, poderíamos chamar de uma cópia xérox do primeiro, não fosse ser quase um palmo mais baixo que o primeiro.
O primeiro, interrogado pelo jovem sobre seu nome, disse não ser isso importante, mas o chamasse de AURYCKX, e não o considerasse como um ser superior apenas por ter vindo de outro planeta mais adiantado do que este em que o jovem se encontrava no momento, mas como um irmão, já que todos são filhos de uma única força criadora dos Universos! E que Ele, há muito tempo atrás, também já tinha morado nesta mesma morada planetária do jovem, como os demais habitantes da Terra.
Ao que o jovem falou:
- Então esse negócio de reencarnação existe mesmo?
-sim, senão não haveria justiça para todos: saiba que sua atual existência é conseqüência da passada, como a futura será conseqüência da presente.
- Mas, retrucou o jovem, isso é coisa de espiritismo, vocês são espíritas:
- Não, de onde venho não existem religiões como existem aqui. Isto, porém, não quer dizer que não tenhamos um modo de servirmos à DIVINDADE SUPREMA. Quanto à reencarnação, ela nunca foi propriedade ou invenção de nenhuma sociedade, seita ou religião. A verdade não tem dono. Ela foi encarada pelo espiritismo codificado por Kardec (Hippolyte Leon Denizard Rivail), pelo fato de terem esses adeptos de tal doutrina, conhecimentos através de estudos efetuados com seres em outros planos e por serem os kardecistas de mentes abertas e lógicas. Devo dizer-lhe, porém, que, muito antes disso, os Essênios, os Budistas, os Hinduístas e várias outras seitas e sociedades já tinham conhecimentos dessa Lei imutável.
O jovem então interrogou:
- Vocês acreditam em Deus:
- Irmão, permita-me assim chamá-lo, todos nós como já lhe disse, viemos de um Ser Perfeito, não importa o nome que se lhe dê, ELE apenas É. Saímos Dele puros e inconscientes, para retornarmos puros e conscientes! Acreditamos, sabemos que Ele existe e está em você, em mim e em tudo que existe.
O jovem ficou meio confuso e disse:
- Quer dizer que vocês já viram Deus?
Ao que pacientemente o ser explicou-lhe:
- Imagine Deus como sendo seu corpo e a galáxia que forma o sistema solar, como sendo uma célula do seu fígado, o Orbe em que habita como uma célula menor, e você mesmo como uma célula bem menorzinha. Para a pequenina célula, no caso você, seria bastante sacrifício contornar toda a célula maiorzinha que no caso seria o seu Orbe. Tarefa bastante difícil seria atravessar a célula maior, a galáxia. Tarefa mais difícil e quase impossível, no seu estado atual, seria sair, por seus próprios meios, do corpo no caso o universo, para contemplá-lo de fora. Assim se alguém quiser conhecer Deus, terá que sair dos universos, que são o próprio DEUS, e contemplá-lo de fora.
- Quer dizer então que Deus é tudo e que nós fazemos parte do que poderíamos chamar de corpo de Deus?
- No momento é bom que assim entenda.
- Mas o senhor falou em universos?!...
- Primeiro gostaria de esclarecer-lhe que Senhor só a DIVINDADE SUPREMA, pois como já disse não passo de um irmão seu, como de qualquer ser da criação, desde o verme mais desprezível até os Seres das Grandes Hierarquias. Desculpe se estou falando muitas coisas que lhe causam confusão, mas urge que aprenda, ou melhor, recorde tudo o mais depressa possível.
Quanto a uni-versos... mais pra frente lhe explicarei melhor. Saiba, no momento, que existem vários universos.
- Você falou também em Hierarquias ou Grandes Hierarquias. O que vem a ser isto?
- São as Grandes Potestades dos Universos, os Senhores, poderíamos assim chamar, da vida e da morte, ou melhor explicando, seriam como vários CHRISTOS. Mais para diante, porém, iremos fazê-lo entender melhor.
- Mais para frente?!...
- Sim, não haverá somente este encontro. Como deve seguir uma vida de agora por diante diferente do que poderia ser chamada de normal no seu Orbe, outras explicações haverão... Se bem que você não irá modificar em muito determinados comportamentos pois já sabemos que não bebe nenhuma bebida alcoólica, não tem vício do fumo e nem outro qualquer que venha a prejudicar o nosso relacionamento.
- Quer dizer, então, que não foi um mero acaso este nosso encontro, assim como todo o preparo que tive que passar até agora?
- Evidentemente você já deve saber que o acaso propriamente dito não existe! Existem fatos que, durante várias voltas da Vida, acabam cruzando uns com os outros, e dá-se o objetivo mais ou menos programado antecipadamente correlacionado com as ações de cada um no Orbe, estando incluída uma grande percentagem do nosso karma da vida anterior, da qual a atual é conseqüência, assim como a atual será conseqüência à nossa vida futura, entendeu?
- Sim... mais ou menos. E quando será o próximo encontro?
- Não se preocupe, iremos ter com você onde estiver. Marcaremos com você num local onde deverá previamente ir para receber as instruções que lhe daremos, para que um dia possa aplicar aos outros o que aprender, e assim sucessivamente até formar um grupo de pessoas capazes de poderem ajudar ao próximo com desprendimento e Amor Fraternal.
- Mas, eu... eu... não sei falar em público e sou bastante tímido para isso, além do mais eu não tenho instruções sólidas!
- Não se preocupe, tudo isso será vencido.
- Mas irão me chamar de louco, de falso profeta e tantas outras coisas, e quem sabe até mandem examinar minha cabeça para saberem os familiares se enlouqueci.
- Não, nada disso. Poderão chamá-lo de louco, de falso profeta, porém assim agiram também com os verdadeiros profetas, com os sábios, os cientistas e com vários outros irmãos que hoje são chamados de santos e até adorados. Não será fácil... isso sim, mas, com persistência, Amor e desprendimento, poderá realizar tudo. Tenha acima de tudo fé inquebrantável num poder Supremo e Divino, e confiança em si mesmo.
- Como você sabe, muitos irmãos irão tachá-lo de louco, não lhes dê importância! O que importa é que cada um possa encontrar o seu EU.
- Porque vocês não escolheram um presidente de algum país importante para transmitir? Eu sou muito pequeno e acho que não poderei fazer muito.
- Irmão, saiba que importante só o QUE VOCÊS CHAMAM DEUS! Ou seja: O INCRIADO CRIADOR ABSOLUTO, O ALFA E O ÔMEGA UNIVERSAL, OU MELHOR DIZENDO, AQUELE QUE É.
- Portanto, o resto da criação tem o mesmo nível de importância para a NATUREZA DIVINA, TANTO FAZ UM GRÃO DE SAL COMO UMA GALÁXIA; DENTRO DE SUAS DIMENSÕES, TODOS TÊM A SUA DEVIDA IMPORTÂNCIA PARA O CRIADOR.
- Se escolhemos você, assim como milhares de outras pessoas isoladamente, é porque terá que ser assim.
- Como já lhe disse, não há acaso.
Então, diz o jovem: - É que eu pensei que vocês podiam falar com um mandatário dos E.U.A, ou da Rússia, não sei... ou qualquer coisa assim. E a propósito, apesar de não entender nada de política e não quero nunca com ela me envolver, só por curiosidade minha, vocês são contra ou a favor do comunismo?
- Irmão, segundo um terrestre que tinha uma inteligência chamada por vocês terrestres de “fora do comum”, assim definiu o comunismo: “inverte, everte, subverte e reinverte as obras do Criador”.
- Entendeu? O que pregam é muito bonito, porém na realidade não acontece o mesmo. Nós temos o sistema comunitário, porém nada tem a ver com o comunismo terrestre.
- E nosso sistema? – Indaga o jovem ao Ser – ele é certo?
- Não, não é certo, assim como o outro também não o é, porém tem-se a vantagem de se poder livremente orar ao SUPREMO ARQUITETO UNIVERSAL. Ou dizendo melhor, um é coxo e o outro capenga. Mas, com tudo isto, damos graças aos céus por estarmos ao lado do orbe em que se possa orar livremente e cantar livremente as coisas lindas que a natureza dá. E abençoadas sejam as terras do Brasil, futuro berço da Humanidade, onde deverá funcionar o governo central de todo o orbe. E também servirá, em um futuro não muito longínquo, como sede da IRMANDADE PLANETÁRIA, em seu orbe.
- Então, respondendo definitivamente a sua pergunta, estaremos do lado daquele em que a verdade esteja, PRINCIPALMENTE A FÉ, NUMA HUMANIDADE DE PAZ, NA PAZ TÃO PREGADA PELO MESTRE JESUS, O CRISTO.
- Então o nosso regime de governo é melhor que o comunismo, não é assim?
- Sim, de certa forma sim. Como já lhe expliquei, é bem melhor, embora ainda esteja longe da perfeição, onde todos estarão em harmonia e amor cósmicos.
- Você falou várias vezes de JESUS, e o chamou de mestre, por quê? No seu planeta também vão seres da categoria de Jesus?
- Primeiramente porque ele é um GRANDE MESTRE DA HIERARQUIA DA FRATERNIDADE BRANCA, de que mais adiante falaremos. Em segundo lugar, diremos que temos visitas de Mestres da Estirpe do amoroso Jesus Cristo. Eles vão aos nossos orbes para ensinarem as ciências e as artes divinas, não para servirem de holocausto à sanha sanguinária e ignorante dos homens terrestres.
- Deverá você elevar sempre e sempre a mente a ESTE GRANDE MESTRE DE AMOR E PAZ, que é o senhor JESUS. Mais para a frente você saberá muito mais sobre o mestre JEOSHUA BEN PANDIRA, ou JESUS, o CHRISTO. E saberá também sobre muitos outros MESTRES.
- Para elevar a mente deverei utilizar alguma oração especial ou alguma coisa parecida? Perguntou o jovem.
- Poderá, se quiser utilizar alguma prece, porém a melhor prece é aquela que sai do âmago de cada um, com o mais profundo Amor, e não com palavras que poderão ser bonitas, porém vazias de sentimentos. É necessário apenas que entre no TEMPLO INVISÍVEL DO SEU EU DIVINO, e ele o conduzirá ao SUBLIME ALTAR DA LUZ MAIOR.
- Fará alguns exercícios como vem ultimamente desenvolvendo, ou seja: meditação, pois através da meditação, lhe daremos também alguns ensinamentos que futuramente lhe serão muito úteis.
- E serão todos os ensinamentos transmitidos por você mesmo? Perguntou o jovem.
- Em grande parte sim: porém outros serão ministrados por quem o COMANDO (faz uma reverência) designar, ou por ELE MESMO SE ASSIM DESEJAR.
- Não é você o comandante?
- Não, apenas comando uma parte da frota do GRANDE COMANDANTE.
- Posso saber o nome DELE?
Há um curto intervalo, em que os dois seres se olham rapidamente, e nova reverência muito sutil, quase imperceptível, e finalmente o SER fala:
- Bem... poderá chamá-lo de ASHTAR SHERAN. Recomendamos, porém, que, no momento, não deverá divulgar em hipótese nenhuma este nome, assim como este nosso encontro a ninguém. Lembre-se: a ninguém!
- Porque assim foi decidido.
- Conhecerei o Comandante?
- Não agora. O momento ele saberá.
Agora devemos encerrar o nosso encontro, e saiba que foi uma honra falar com um irmão que atualmente reside neste belo Orbe.
- Bem, antes que vocês vão embora há uma coisa de que me lembrei: pode até parecer bobagem... não sei... mas, o mundo vai mesmo acabar no ano 2.000?
- Este é um assunto um pouco extenso. Em um futuro próximo pretendemos falar com você. Então diremos que irá haver uma grande reforma no Orbe. Com o ressurgimento de Lemúria e Atlântida, haverá maior reforma ainda na Humanidade! A sua Humanidade passará um período de processo kármico coletivo.
- Não há meio de evitar?
- Os homens na Terra, durante muitos séculos, acumularam pesados karmas, fazendo muitas crueldades com os próprios irmãos, através dos tempos, e apenas davam importância ao sexo, dinheiro, corrupção, guerras, orgias. Desprezando sempre a Piedade, o Amor fraternal, a União, a Paz e o seu Criador.
- Bem... no momento é bastante.
- É que eu gostaria de saber mais e mais coisas, porém eu estou até um pouco confuso.
- Lembre-se, como já disse um terrestre: HÁ MAIS MISTÉRIOS ENTRE O CÉU E A TERRA DO QUE SONHA A VÃ FILOSOFIA.
Mal acabaram de pronunciar estas palavras, os seres fizeram uma reverência (colocando a mão esquerda sobre o peito, e levantando o braço direito, com os dedos mínimo e anular fechados, o médio e o polegar entreabertos e o indicador para cima). Depois juntaram as mãos estilo saudação hindu, curvando ligeiramente a cabeça, no que os seus cabelos loiros escorreram pelos ombros, indo vários fios para a frente.
Nisto, como de súbito, o jovem gritou:
- Ei.. e eu... vou ficar perdido?
No que o Ser sorridente disse:
- Siga-nos.
Ah! Que maravilha, pensou o jovem, ser escoltado por dos seres vindos das estrelas, e por um momento sua mente jovem deixou passar um pouco de vaidade. Pois havia pensado como seria extraordinário chegar junto ao resto do pessoal, no morro, e poder apresentar seus novos amigos.
Em meio a esses pensamentos, já ouvia os ruídos produzidos por um vozerio do grupo. Também embevecido ante o andar quase flutuante dos seres, tropeçou em alguma raiz levando um pequeno tombo. Levantou novamente as vistas, não mais viu os dos seres. Então pensou: imaginei tudo?!... Teria sido realidade? Quando ouviu a voz do Ser dizendo dentro do ouvido: Deverá manter sigilo absoluto de tudo, entendeu?... JAI!
Jai?!!!... Não era esse o nome, e nem seu nome começava com jota, foi quando se lembrou de que no momento da reverência o Ser pronunciou esta palavra JAI! Que significaria?...
Envolto em um turbilhão de pensamentos, ouviu alguém dizer:
- Olha ele aqui!
- Puxa, rapaz, onde estava? Interrogava o outro.
Há três horas exatamente estamos gritando e procurando por todos os lugares na redondeza e não víamos você...
- Que houve?
Disse mais alguém:
- Não vá me dizer que algum marciano raptou você!
E sorriram todos.
- Você perdeu o melhor, ou será que você viu um objeto que riscou lá no horizonte?
Outro ainda acrescentou:
- Eu acompanhei de luneta, foi lindo!
- Mas onde é mesmo que você foi parar, pois está com cara de quem viu uma alma do outro mundo!
O jovem teve uma vontade imensa de poder falar. Mas lembrou-se imediatamente das palavras do ser: “Guarde sigilo absoluto”.
E respondeu
- Eu... eu... procurava uma moita; ela estava muito à beira do barranco; escorreguei e caí por cima do capim embaixo; felizmente não estava muito alto, mais ou menos um metro e pouco, no máximo dois.
O jovem estava todo sujo do pequeno tombo que levara, pois o mato estava úmido pelo orvalho, havia barro mole no local, de forma que, o sujo da roupa, daria impressão de uma grande queda.
- Aí então – continuou o jovem explicando o seu desaparecimento – eu não podendo voltar pelo mesmo lugar, pois é muito íngreme, fui contornando morro abaixo, pensando achar um caminho mais fácil para voltar, e fui andando, andando e realmente me perdi. Devo ter andado muito tempo em círculo, até que saí mais ou menos um quilômetro perto da entrada principal. Então peguei o caminho que vem até aqui e vim caminhando o mais depressa que pude; algumas dores me obrigaram a ficar um tempão no chão, esperando passar e recomecei a caminhar em direção daqui. Gritei muito por vocês, para que alguém fosse me buscar.
- Eu não escutei, disse um rapaz.
Logo outro acrescentou:
- Da minha parte não ouvi; talvez porque todos nós começamos a gritar, inclusive as mulheres, e não deu para perceber nada.
Os demais do grupo deram a sua opinião sobre o desencontro do jovem...
Então começaram a conversar; um a dizer que viu um traço imenso no céu; outro que observou um objeto deslocando-se no céu mas não saberia dizer se era nave ou satélite, pois estava muito alto.
Eram mais ou menos quatro horas da manhã, quando embarcaram nos carros de volta para suas casas, ficando o jovem, durante todo o trajeto de retorno, a rememorar, a todo instante, os acontecimentos daquela noite e que ficariam para sempre em sua memória.
CAPÍTULO 6 – O SOL QUE MAIS BRILHA
Estava sozinho meditando em determinado lugar afastado da cidade, e já devia ser tarde da noite. Ele, o jovem, estava já imaginando se valeria a pena todo aquele sacrifício, pois tinha caminhado vários quilômetros a pé e sozinho. Sentia-se bastante cansado por ter subido a pequena elevação e chegado até um pequeno platô onde costumava meditar. Além do cansaço, sentia uma palpitação cardíaca, pois ele era cardíaco, e os médicos sempre lhe recomendavam repouso e nenhuma espécie de emoção forte. E assim permaneceu por algum tempo pensando, como dia, no sacrifício de ir até ali a pé, e imaginava a dificuldade do retorno e na longa espera de um transporte coletivo que, naquelas cercanias, era bastante raro, ainda mais àquela hora da noite. E caso não encontrasse ônibus algum, teria que retornar a pé para casa. Pensava em tudo isto e nas dificuldades que enfrentava por ser pobre e não ter um carro para locomover-se até aquele local, quando sua atenção foi despertada por uma espécie de clarão!
Não se enganava: era um clarão que vinha por trás de uma duna. Era como se raios de sol rompessem por trás dos brancos montes de areia. Então, seu coração acelerou mais ainda, e ele sentiu um aperto na garganta, e tremia de emoção, e ainda se perguntava se não estava delirando ou sonhando com o que via. Sentia vontade de ir até o clarão. Ao mesmo tempo tinha receio e deslumbrava-se com uma espécie de fosforescência que inundava o vale. Ouviu a vos do Ser com o qual ele já mantivera contato dizer: JAI... vá sem receio; somos seus amigos... pensa no Mestre...
Com as pernas trêmulas e o coração palpitando, sentindo o pranto rolar pela face, deu-se repentinamente ao contornar a duna de onde provinha o clarão, com uma gigantesca nave que pairava a alguns metros do chão, dois metros talvez. E ouviu a voz do ser dizer-lhe: Não te chegues muito para cá; deves permanecer onde estás, pois poderás tocar o campo magnético. Era uma espécie de halo luminoso que envolvia toda a nave como uma redoma luminosa, mais precisamente.
A nave era gigantesca, devia ter o tamanho de uns 3 aviões Caravelles, embora de forma oval, em fila. Tinha uma altura muito superior. Era toda vedada, não se vendo nenhuma ranhura em nenhuma parte; era como que compacta. Ele sentia um perfume que não conseguia distinguir perfeitamente, porém tinha um aroma inigualável.
De repente, partiu da nave uma espécie de luz, um filete azulado, e ele sentiu-se como que à vontade, totalmente calmo.
Ouvia-se apenas uma espécie de farfalhar do ar e a nave tomava uma tonalidade mais leitosa metálica e, como por encanto, saía uma espécie de lingüeta ou esteira da parte central da nave, indo terminar a alguns passos dele, numa espécie de patamar; formava-se lateralmente e rente à nave, e em direção à esteira, como se a própria parede se interpenetrasse, formando um arco luminoso, projetava-se sobre ele um feixe de luz vindo daquela direção!
A luminosidade que vinha do interior da nave, não permitindo que vislumbrasse o interior, mesmo estando com a porta aberta, foi parcialmente interrompida por uma longa cabeleira loira acompanhada de uma figura esbelta, vestida com uma espécie de macacão fluorescente, que tomou a posição à esquerda do jovem, ficando no patamar rente à nave. Logo a seguir outra figura também tão esbelta e quase tão alta como a primeira assomava à porta da nave e se postava à direita do patamar, do outro lado da esteira. Houve então uma maior intensidade de luz, e o jovem viu mais uma vez a luz ser parcialmente interrompida (ao mesmo tempo aumentar o brilho). A figura não interrompia a luz; era como se fosse uma luz de uma determinada tonalidade, movendo-se em frente à outra.
Então os dois seres estavam postados numa atitude de vigilância com os braços cruzados (o direito por cima), no momento em que a terceira figura ultrapassava a porta, eles, automaticamente, fizeram uma rápida reverência com a cabeça, e levaram o braço direito à altura do peito num gesto rápido e quase imperceptível.
A terceira figura era um pouco mais baixa fisicamente do que as duas anteriores, porém parecia um pouco mais robusta (não era gordo), mas forte... não sabemos explicar no momento! Tinha botas longas e em torno de si uma luz fortíssima resplandecia em torno de sua cabeça. Seus cabelos de uma cor indefinível (do castanho ao louro passando pelo prateado, ao róseo). Seu porte era majestoso e cada passo seu era como salpicasse a longa esteira de chuva de prata. Seus passos cadenciados lembravam os de um militar alemão. Seu rosto de uma beleza máscula tinha a dureza de uma rocha e a suavidade de uma flor. Seus olhos de um brilho estranho (meigo e severo), também de uma tonalidade indecifrável, e no seu peito resplandecia o brilho de sete estrelas cintilantes cada uma de uma cor, o que dava um belo contraste com a suavidade do verde de sua roupa. Ao chegar na ponta da esteira onde se formava um pequeno patamar, colocou a mão direita espalmada para frente, e a esquerda no peito. O jovem caiu sentado ao ouvir um estampido como de um trovão... PAX! Então falou o Comandante! E continuou: Saúdo-vos, ó filho das estrelas! Que a paz do Altíssimo se faça em vosso coração e a luz da verdade brilhe na vossa consciência.
PAX!
Eu Sou Ashtar Sheran!
Acordai da vossa inércia temporária e caminhai para a Luz Maior. Recordai da vossa jornada pelo cosmos infindo à procura de Amor e rompei os grilhões da ignorância espiritual; voltai-vos novamente para o mergulho dentro de vossa consciência pura (Vosso Eu), deixai que o Amor seja o vosso guia no caminho a seguir. E ouvi-me, ó filho, com atenção o que vos digo – EU SOU ASHTAR SHERAN – e se vos falo neste momento é porque sei da hora... E se for vossa vontade seguir-me e ao amado JESUS em nome DAQUELE QUE É, Louvado Seja!
Escuto vosso pensamento e vejo vosso pranto, LOUVADO SEJA! Assim como outrora bendizia e abençoava Osires, EU, ASHTAR SHERAN, vos bendigo.
PAX!
Vamos, enxugai o vosso pranto, ó filho, e escutai-me, porque urge que recordeis como já vos foi dito, pois o tempo vos será curto, e vossas bandeiras mui grandes; deveis erguer-vos a cada tropeço; sede firme como as pirâmides e sereno qual esfinge, para seguirdes a vossa jornada em nome do AMOR, DA PAZ E DA LUZ DIVINAL!
NÃO TENHAIS MEDO – Segui servindo e procurando homens e mulheres que escutem a voz da sensatez, pois foi dito que: “aqueles que tiverem ouvidos que ouçam”.
Quanto à vossa tarefa, será árdua, e tereis que seguir em muitos momentos com os vossos meios materiais, porém, se tudo correr conforme determinado, no momento preciso estaremos ao vosso lado.
Não vos desespereis. Amai. Nós vos amamos.
Segui como foi ensinado: “Amai ao teu próximo como a ti mesmo”
Pois em breve cumprir-se-ão as profecias: “muitos serão chamados, porém poucos os escolhidos”.
Neste processo seletivo, estamos contactando com muitos irmãos do orbe Terra em pontos diferentes, pois haverá necessidade de muitos “obreiros de última hora”.
Segui os ensinamentos do Cristo e a nós, em verdade.
Enquanto isto, Paulo Fernandes meditava no encontro e nas revelações feitas pelo Comandante Ashtar Sheran. Então, a reencarnação era uma realidade! Após a morte do corpo físico, a alma sobrevive e retorna num outro corpo.
O jovem estava alegre e feliz! Afinal, tinha encontrado o que tanto procurava – resposta às suas indagações, pois desde criança sentia a necessidade de desvendar o segredo das estrelas. Refletia sobre as grandes transformações que estavam ocorrendo em sua vida, depois do significativo encontro com o Comandante em Chefe da Frota Espacial Ashtar Sheran. Expressava com facilidade o seu pensamento; o dom da oratória tinha despertado e memorizava sem dificuldade qualquer assunto. Sabia, agora, que não estava só no Universo, pois Seres avançadíssimos em Espiritualidade e Tecnologia zelavam pelo destino da Terra.
Paulo Fernandes foi instruído pelo Comandante, para fundar um grupo espiritualista, sem distinção de sexo, nacionalidade, cor, posição social, crença religiosa ou filosófica.
Em homenagem ao Comandante, o Grupo foi denominado Centro de Estudos Exobiológicos Ashtar Sheran (C.E.E.A.S)
Paulo Fernandes foi o receptor de várias mensagens cósmicas, de profundo teor filosófico-científico-espiritualista, que acreditamos, sejam de validade para o crescimento moral e espiritual do leitor.
CONSIDERAÇÕES DE UM AMIGO
Paulinho “de Salvador”, como muitos o chamavam, passou a ser para seus amigos um nome que representava e ainda representa, em nossa viva recordação, um símbolo, marca bem gravada de bondade, de carinho, de amizade, de amor e de espiritualidade, tudo isso expresso nitidamente nesse inesquecível irmão e amigo.
Foi um verdadeiro missionário das coisas sutis do espírito.
O querido Paulinho, com sua vida de sacrifício orgânico tão intenso, ficou em nossa lembrança como viva prova de como os Mestres Superiores da Humanidade apóiam e fazem levar à frente tarefas positivas, que o karma faz incidir sobre almas evoluídas, encarnadas por motivos da própria Lei em corpos físicos que lhes dão, muitas vezes, especiais sofrimentos e impositivas frustrações, em face do desejo intenso de servir ao bem humano.
Foi um notável médium, atraindo ao seu redor amigos admiradores do seu alto ideal de trabalho espiritual.
As faculdades de seu psiquismo o fizeram sensível e operante na área ufológica, onde chegou a realizar contatos em condições seguras de comprovada autenticidade.
Infelizmente esses contatos como muitos em nosso país e na conjuntura mundial não foram devidamente valorizados, em função dos preconceitos científicos e limitações de crendices religiosas.
Apesar das restrições de seu físico delicado que o levaram tão moço ao desaparecimento desse espaço-tempo em que estamos inseridos, soube ser dignamente valoroso e puro nas suas aplicações para servir aos Ideais Maiores.
Dessa verdade, está agora bem certo vivendo e trabalhando, como sempre, em ambientes de superiores dimensões da Realidade, servindo a Divina Lei que a todos conduzirá um dia, em cósmica comunhão, bem junto ao Cristo e Senhor.
Bem hajam, os Mestres sempre iluminem os seus passos na Senda da Espiritualidade Maior.
GENERAL ALFREDO MOACYR DE MENDONÇA UCHÔA