Uma Questão Desafiadora!
Símbolo da União na Família, encontrado na Internet.
Após terminarmos a reunião de Oração e Meditação à Meia-noite pela Paz , acontecida na UNIPAZ Goiás, no último dia 04 de abril de 2009, e nos confraternizamos com um leve lanche, trocamos idéias e sugestões, só que desta vez a idéia foi uma sugestão polemica, levantada no grupo de oração; a de criar durante o II FESTPAZ, um tema de reflexão, que levemos adiante após os eventos de setembro.
Uma campanha pela paz entre noras, genros e sogras, pois nós vemos por todos os lados, uma visão má a respeito da sogra, com piadinhas de mau gosto e desrespeitosas com incentivo até nos programas humorísticos de televisão e rodinhas de bate papo entre amigos; e isto se tem perpetuado por várias e várias gerações.
A proposta causou muitos risos e troca de idéias, o que enfatizou ainda mais para mim o quanto o problema é sério e precisa ser trabalhado. No domingo uma das pessoas disse que eu estava ficando doida de fazer uma proposta desta. Vocês acham mesmo?Isto é loucura?Então depois de ler este texto, pense, pondere e responda para si mesmo. Isto é loucura ou é uma realidade que vem se arrastando com apoiadores e incentivadores às anedotas e críticas feitas às sogras?
A proposta nasce do pensamento de: como posso eu querer mal, ou não gostar, quero dizer..., amar a mãe do meu marido, ou a mãe da minha mulher, que passará a ser a avó dos meus filhos? Se ambos agora estão se casando e constituindo uma nova família, que doravante um passará a ser o pai, e outro, a mãe dos seus filhos?
Fica incoerente este sentimento de desafeto nutrido pelas sogras, pois na maior das verdades digo: como eu poderia ter esta pessoa do meu lado hoje se não fosse à mãe dela? EU PODERIA NASCER DO NADA? Vejo ao longo do tempo que isto vem do tempo do meu pai, da minha avó e por aí vai, e percebo claramente o quanto isto é pernicioso e destrutivo, pois levam os membros da família a não terem UNIDADE FAMÍLIAR, como é preciso que a humanidade tenha, e a base da sociedade humana é a família e sempre será.
Quem sabe poderemos mudar o mundo, a começar também por esta conscientização sobre a sagrada fundação da instituição familiar, se tudo começar com amor verdadeiro e respeito mútuo entre todos os membros de uma família, o mundo pode ser transformado e nossas crianças aprenderão desde a mais tenra idade que a vovó é a mãe de minha mãe ou de meu pai, e que o amor dela por mim é duas vezes mais, por isso devo amá-la, respeitá-la e honrá-la. Pensando desta forma, todos, com toda a certeza do mundo passarão a refletir neste assunto.
Tenho visto rixas e má querência entre, principalmente, noras contra sogras, e genros contra sogras; e que, seus filhos desde quando nascem percebem este tipo de sentimento, e logo cedo passam a agir com indiferença e desamor com suas avós, principalmente aquela sogra (avó), que é mais má querida no seio da família, por isto surgem às barreiras dentro das famílias, e que no futuro as pessoas (falo já dos filhos, frutos do sentimento de má querência), passam a manifestarem desvios graves de caráter, de moral e de conduta e que levam os consultórios psicológicos e terapêuticos, a ficarem abarrotados e muitas vezes o problema não consegue ser eliminado.
E aí quem vai colher os frutos amargos da má querência?
São os pais e mães que não ensinaram o amor dentro do próprio seio da família, não dedicaram reverencia, amor e respeito pela pessoa( a mãe), que gerou e sofreu para educar seja seu marido ou mulher, e que hoje você tem tanta obsessão por ela( As sogras), que chega a ter aversão, desafeto, e desprezo pela mãe de seu( marido ou mulher). Pois as crianças são puras e inocentes, jamais conseguem compreender o sentimento de repulsa e de má querência que seu pai ou sua mãe nutre pela suas avós.
Pense nisto!
Claro que tudo tem o centro o equilíbrio, as normas de que o casal deve viver sua vida sem interferência de ninguém, principalmente dos pais, mas se começa a surgir este tipo de problemas, não há nada no mundo que um bom diálogo com amor verdadeiro não possa ser resolvido.
Toda regra tem exceção, e percebo também que quando uma família , como muitas que conheço, exerce este amor, respeito e reverencia aos pais de ambos os lados, esta família cresce sólida embasada em virtudes e valores humanos, que raramente eles ou seus filhos, desenvolverão problemas de caráter anti-social, ou desvios de condutas, ou pessoas inseguras e incapazes para enfrentar a própria vida.
Bahá’u’lláh, Fundador da Fé Bahá’í, em Seus textos sagrados nos ensina que:
“Quando surgir um pensamento de ódio, fazei-lhe oposição com um pensamento mais forte de amor”
Sempre ouvi dizer que:
“O amor verdadeiro doma até os leões da selva e as abelhas bravias a voar pelo espaço.”
Vejo um grande erro e equivoco das pessoas a respeito deste sentimento negativo a respeito de suas sogras, pois segundo a Fé Bahá’í, e creio que , de vários seguimentos religiosos, quando uma moça ou um rapaz vai se casar, naturalmente pela lógica normal da vida, ambos devem aceitar que, dali em diante as duas famílias passam a ser uma só família. Uma visão fundamental na preparação para o casamento bahá’í é o cultivo de relações de amizade e amor com os próprios pais. Uma vez que o baha´’í deverá pedir o consentimento dos pais para o casamento, é importante que haja um sentimento de amor e confiança entre pais e filho.
De fato, exatamente com o propósito de tornar as famílias mais unidas e promover a unidade e o amor que a lei do consentimento dos pais foi estabelecida por Bahá’u’lláh. Esta grande lei Ele estabeleceu, para fortalecer a estrutura social, para unir mais intimamente os laços do lar e para colocar uma certa gratidão e respeito nos corações dos filhos em relação àqueles que lhes deram a vida e lançaram suas almas na eterna jornada em direção ao seu Criador.
O espírito de unidade deve ser aplicado a todos os aspectos do casamento—emocional, físico e espiritual. Parece que nós falamos o tempo todo em paz mundial e fraternidade , unidade das nações, das religiões, das raças, das classes e dos povos, mas quase nunca sobre a unidade no casamento e na família.
É impossível mudar os rumos da humanidade, se não começarmos a mudar concepções errôneas a respeito de sogros, sogras, genros e noras, a base fundamental da família, devemos fazer um alicerce sólido, para que os ventos ao se assoprar; possam todos dentro desta família, estar seguros e firmes nos propósitos criados nas leis instituídas por Deus para a perpetuação da raça humana, nascer novos seres para: Amar e adorar a Deus.
Podemos sim mudar o mundo, mas há vários tipos de problemas entre a sociedade mundial, que ninguém se atina para ver a gravidade e o mau que eles causam para nós e para nossos descendentes, são como doenças ocultas que causam estragos violentos em outras partes de nosso corpo. Este é um dos problemas sérios que tem perpetuado por séculos e séculos no seio da humanidade. Nunca vi um genro ou nora que ame seus pais, sogros e sogras e que não sejam bem sucedidos na vida e amparados por forças protetoras de Deus; o único mandamento com promessa na bíblia e outros livros sagrados da humanidade, é este:
“Honra teu pai e tua mãe para que tenham longos dias de vida e tudo te vá bem”
Proponho aos amigos que tiverem interesse nesta causa de trabalhar uma campanha de paz entre genros, noras e sogros e sogras, possam se pronunciar, para que possamos ver de que forma começar e levar adiante esta idéia para a posteridade de nossos filhos, para que possamos ter um amanhã e um mundo mais justo, fraterno e unido.
“Campanha de Paz, Amor e Fraternidade entre Genros, Noras, Sogros e Sogras pela Paz no Mundo”
Catarina Cavalcante de Jesus
Membro do Comitê de Espiritualidade do II FESTPAZ