Carla Gadêlha, do CEPEC, nos explica didaticamente a relação energética da vampirização entre seres encarnados: "Vivemos imersos num oceano de energia cósmica. Essa energia é absorvida e processada naturalmente pelo organismo, através dos chakras. Quando estamos em harmonia, a energia penetra naturalmente em nosso organismo através desses centros de força e cumpre sua função, sem que nos demos conta de sua atividade. Essa atividade natural de abastecimento energético garante a nossa condição de saúde física, emocional e mental.
Parece haver uma associação bem definida entre a captação de grandes quantidades de energia e a realização de atividades prazerosas. Em contrapartida, atividades que são repetidamente realizadas sem qualquer entusiasmo, prazer ou alegria parecem causar bloqueio à passagem da energia, deixando o indivíduo esgotado e irritado.
Algumas pessoas, por não terem a capacidade de se carregar energeticamente do manancial cósmico circundante, buscam a energia de que precisam nas pessoas com as quais se relacionam. Isso caracteriza a prática da vampirização energética. As sensações que acometem quem está sofrendo um processo de vampirização variam muito, podendo incluir cansaço extremo e repentino, sono irresistível, aperto intenso no coração, com sensação de falta de ar, esgotamento físico e nervoso, sem causa ou razão aparente, quando momentos antes, tudo estava perfeitamente bem. O vampiro energético vive numa condição de crônica insaciabilidade energética, devido à incapacidade de reter energia no próprio organismo, como conseqüência da anômala constituição de seus veículos sutis. A energia escoa-se continuamente, momentos após ter sido absorvida, levando-o a procurar sempre novas vítimas.
A prática da vampirização energética pode ser consciente ou inconsciente. Na maioria dos casos é totalmente inconsciente e envolve às vezes pessoas consideradas normalmente como "boas”, delicadas ou gentis, embora a condição de necessitar intensa e continuamente de energia reflita um estado de intenso desequilíbrio interior.
O vampiro energético tem normalmente o perfil psicológico de uma pessoa extremamente egoísta, que considera seus problemas maiores que os de todo mundo. Através de uma mentalidade doentia e auto-centrada, esses indivíduos bloqueiam-se na capacidade natural de se abastecer no manancial cósmico de energia, restando-lhe como alternativa a forma anti-natural de abastecimento: o sistemático roubo da energia de outras pessoas.
Pode-se sofrer uma vampirização energética de várias formas: através do olhar, da voz (pela manutenção de longas conversações), pelo telefone, ou, simplesmente, através da proximidade do agente. A sensação que o vampiro causa nos outros indivíduos é de uma natural repulsão. A percepção instintiva de que algo desagradável está acontecendo num nível subliminar leva as pessoas a desejarem se afastar do foco desarmônico.
Para sair dessa condição desagradável e dependente, o indivíduo deve ser, quando possível, informado de seu desequilíbrio. A conscientização pode levá-lo a desejar sair desse estado, desencadeado pelo egoísmo profundo em que está imerso, sendo, portanto, a da mudança no modo de pensar (através do contato com idéias novas e leituras edificantes) e o cultivo de atividades altruístas, a melhor terapia. Essa condição por si só, pode determinar a autocura."
VAMPIRIZAÇÃO ENERGÉTICA (parte 2)
qui, 8 de dezembro, 2005
Vimos na primeira parte o que é e como evitar a vampirização energética. Só que, na maioria das vezes, a situação é criada ou favorecida por nós mesmos, através de afinidades energéticas com nossos algozes (algo como aquele ditado "assombração sabe para quem aparece"). Mas aí você pergunta: e quem danado gostaria de ser sugado energeticamente?
Lázaro Trindade, owner da lista Voadores, responde:
"Talvez aquele que goste de reclamar de tudo, ou se fazer de vítima, ou aquela pessoa que no fundo adora ficar doente pra não ir a escola quando é criança, para não trabalhar quando adulta, para ter desculpas por seus constantes erros, para ter inclusão social, assunto e atençao extra quando está mais velha. Lá é como aqui!!! O astral é conseqüência (e causa, ao mesmo tempo).
Há masoquista de todo jeito. E a maioria nem é TÃO inconsciente assim. Uma pessoa que vive dizendo que "tudo acontece com ela" está alimentando esse padrão. É a "emoção" que ela precisa para viver.
O jogo Kick-Me/ Me-Chute /Coitadinho de Mim da Análise Transacional não é jogado só no plano físico, ao contrário. Ser vítima é o alimento energético de quem se coloca assim.
Repare também em pessoas que caem no mesmo padrão de relacionamento, sem SEQUER tentar a espiral superior do que teve anteriormente. Aquelas que dizem que "adoram um cafa", ou os caras que por um lado querem alguém direita, linda, querida, certinha, companheira - mas por outro vivem indo atrás das vagabas... Ora, a vida vem e bate, a sintonia espiritual vem JUNTO e é parte inseparável do processo... E, de ponta a ponta, a pessoa entrou nessa por sua estranha forma de "prazer".
Vício é algo que você não consegue ficar sem fazer. No filme Quem somos nós (What the Bleep...) há explicações simples. Os receptores de suas células PRECISAM daquela emoção. Então, seja cocaina, seja um drama, seja compulsão sexual, seja um encosto como forma de crescer, a pessoa - feito mulher de malandro, em alguns casos - se vicia. Precisa de mais e mais daquela conexão. E, de todos os modos (físico, psíquico e espiritual) VAI procurar.
E quem CULTUA padrões vibratórios nefastos, em troca de poder, só pra se lascar a seguir e usar o tal poder para se livrar das encrencas que o tal poder lhe trouxe? Não é um ciclo, onde por PRAZER as más companhias espirituais vêm?
E quem adora uma confusão? E quem acha que viver em paz é algo muito chocho e parado? Aquelas pessoas que PERDEM o melhor namorado(a) que tiveram na vida? Que não sossegam em empregos pacíficos? Que vivem procurando uma encrenquinha, para colorir a vida?
E quem vai atrás de despachos, contratando entidades menos luminosas pra resolver seus problemas - entidades estas que amanhã, sem "comida", vão lhe arrumar novos problemas para que sejam procuradas novamente - não estão VICIADAS nesse ciclo de ser vítima de um lado, e apelar para a ajuda sobrenatural do outro?
E quem vive tomando substâncias, "naturais" e "legais" ou não, como forma de expansão da consciência ARTIFICIAL, com a desculpa de seu ATALHO consciencial ser "xamânico"? Não estão viciadas em certas terminações celulares que provocam estados alterados, para levá-los a qualquer preço para o lado de lá? E se vão à força, não é claro que vão CAIR na mesma proporção? Mas não é verdade que elas sequer lembram de suas depressões, vômitos e assédios, entretidas que estão no PRAZER de subirem na marra os astrais da ilusão?
Não seriam essas pessoas VICIADAS no assédio que vão procurar?"
Bene, também da lista Voadores, confirma:
"A mente é estranha... Tanto no mundo dos espíritos quanto no dos vivos existem pessoas cujo script é serem exploradas pelo outro, às vezes tentando eternizar repetidamente uma situação de mártir aprendida na infância (que na época rendeu carinhos ou atenção), ou então tentando confirmar para si mesmas que, igualzinho ao que a mamãe ensinou, "os homens/mulheres/patrões/amigos etc. não prestam, só querem nos sugar".... E todo mundo sabe que confirmar o script, num destes jogos psicológicos, é mais do que gratificante para o envolvido - na verdade, é seu objetivo final.
E os motivos podem ser mais banais, também. Algumas vezes, deixar-se sugar é uma forma de se fazer necessário. Outras vezes, é simples falta de alternativa. Melhor ter alguém por ali, sugando, do que nada.
Na verdade, também no mundo de lá e no de cá, algumas condições básicas são necessárias para que uma pessoa fique vulnerável a ladrões de energia, sendo a principal delas a disposição para dar moleza. E "gostar" e "prazer" são palavras muito relativas, como já dizia Von Sacher Masoch. Vá lá a gente saber o que realmente dá prazer a cada alma humana, por detrás da fachada convencional da persona...
Por isso, que nem na piada dos ursos ("Você não vem aqui só pra caçar, né?") provavelmente quem se deixa vampirizar pode até dizer que não, mas lá no fundo bem que gosta da coisa."