Cairbar de Souza Schutel (Rio de Janeiro, 22 de setembro de 1868 - Matão, 30 de janeiro de 1938) foi um divulgador espírita brasileiro.
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Filho de Antero de Souza Schutel e de sua esposa, Rita Tavares Schutel, aos sete anos de idade, por vontade própria, aceita ser batizado na Igreja Católica (1875).
No ano de 1878 perdeu o pai (24 de abril), nasceu o irmão, Antero (12 de setembro), que viveria apenas quatro anos, e poucos dias depois perdeu a mãe, de febre puerperal (24 de setembro). Com a morte da mãe, as crianças vão viver com o avô paterno, Dr. Henrique Schutel, no Rio de Janeiro. Cairbar começa a freqüentar o Colégio Pedro II, onde cursou até ao segundo ano.
Em 1880 abandonou o colégio e empregou-se em uma farmácia da rua 1 de Março (a Casa Granado?), como aprendiz. Ali se especializou como farmacêutico prático, adquirindo conhecimentos da manipulação de xaropes, poções e essências, e na nomenclatura dos medicamentos.
Mudou-se para Piracicaba e depois para Araraquara, onde, em 1891, empregou-se Farmácia Moura. Em 1893 passou a trabalhar como entregador de mercearia vindo a adquirir, no ano seguinte (1894), um pequeno sítio para cultivar frutas e verduras. Complementarmente, abriu um pequeno comércio.
Em 1895 um surto de febre amarela grassou em Araraquara. Como prático de farmácia, atuou no combate à moléstia. Nesse mesmo ano mudou-se, provavelmente para Itápolis.
Em 1896 chegou à pequena povoação do Senhor Bom Jesus das Palmeiras do Matão (13 de agosto), onde se estabeleceu com uma farmácia na esquina hoje formada pela rua Rui Barbosa com a avenida 28 de Agosto. Integrou-se na sociedade local, vindo a tornar-se importante figura, militando inclusive na política local.
Com a elevação da então vila a município (28 de agosto de 1898), fez parte da sua primeira Câmara Municipal, instalada em 28 de março de 1889, como vereador. Foi escolhido, a seguir, pelos seus pares para ser o seu primeiro Intendente (hoje "Prefeito"), cargo que exerceu, inicialmente, até 7 de outubro de 1899, e, depois, de 18 de agosto a 15 de outubro de 1900.
Insatisfeito com as explicações do padre local para os seus constantes sonhos com os falecidos pais, em 1904 passou a frequentar sessões de tiptologia com a trípode (pequena mesa com três pés). Nestas sessões espíritas, conclui que a vida continuava além-túmulo, passando a estudar e vindo a abraçar a doutrina espírita, dela se tornando um dos maiores propagandistas. É conhecido ainda hoje, entre os espíritas, como o Bandeirante do Espiritismo, devido ao empenho com que se dedicou à divulgação do Espiritismo ao longo de sua vida.
A 15 de julho de 1905 fundou o "Grupo Espírita Amantes da Pobreza" (atual Centro Espírita O Clarim). No mês seguinte, fundou o jornal espírita "O Clarim" (15 de agosto), em formato pequeno, que logo se ampliou, atingindo, no século XXI, a tiragem de 10.000 exemplares. Neste período, manteve viva polêmica com o padre João Batista Van Esse, que quase terminou em tragédia, não fosse a intervenção de um advogado, aborrecido com o barulho provocado pelo clérigo e seus apoiantes. No final desse mês desposou Maria Elvira da Silva Schutel (31 de agosto).
Em 1912, já conhecido como o "Pai dos Pobres de Matão", fundou um pequeno hospital de caridade, para atender aos doentes pobres. Dois anos mais tarde, em 1914, começou a visitar os presos na Cadeia Pública de Matão, onde era chamado sempre que algum detento era acometido de surto psicótico. Dentro dessa linha de atividades, em 1917 estendeu as visitas aos detidos na Cadeia de Araraquara, onde proferia palestras.
A 15 de fevereiro de 1925, fundou com o auxílio moral e material do amigo Luiz Carlos de Oliveira Borges a RIE - Revista Internacional de Espiritismo, publicação mensal dedicada aos estudos dos fenômenos anímicos e espíritas.
No período de 19 de agosto de 1936 a 2 de maio de 1937 profere, aos domingos, as conhecidas quinze "Conferências Radiofônicas", através da Rádio Cultura PRD—4, de Araraquara, publicadas em livro no mês de setembro de 1937.
Após curta enfermidade, tendo falecido vítima de um aneurisma cerebral às 16:15, na mesma noite, através do médium Urbano de Assis Xavier, comunicou-se e sugeriu a seguinte frase para a lápide em seu túmulo: "Vivi, vivo e viverei porque sou imortal".
As obras de Cairbar Schutel foram todas editadas pela Casa Editora O Clarim, por ele fundada:
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«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
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Poder que remove todas as coisas. É Ele que vive e se move em quem o Eu é Uno.
Que esse AMOR esteja conosco e que esse
PODER nos eleve até chegar onde o
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Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
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A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.
Oração ao Criador
“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”
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