A dor oculta da humanidade!

[ismael de almeida]

 

Quem pode sentir no coração o grito rouco da dor humana? Quem pode medir o sofrimento escondido detrás de um sorriso apagado, de um irmão que traz o coração dilacerado, pelos espinhos da vida, de uma vivencia apagada, sem nenhuma beleza, nem ao menos um pequeno vislumbre de um fiapo de alegria? Quem pode ver no coração do ser humano, aquela tristeza sem esperança, aquele sonho que foi despedaçado pela indiferença humana, de quem perdeu o roteiro da jornada, e caminha sem rumo, sem destino sem ninguém que lhe estenda a mão amiga?

Quantos destes infelizes vagueiam anônimos, desconhecidos, e agonizantes, sem ao menos ter vivido, sem ao menos estar doentes? São levados pelas estradas ermas, feias e pedregosas, como folhas secas nas asas do vento sem rumo nem destino!

Não há ninguém que não traga no coração uma esperança fenecida, um grito de dor que não é ouvido, um pedido de ajuda que não seja ignorado! O grito de dor da humanidade ressoa em todo o planeta, entretanto os ouvidos estão surdos, os olhos não enxergam os corações não sentem!...

Os filhos da necessidade perambulam como aves de asas partidas que não podem alçar vôo! Os filhos de ninguém não são reconhecidos por ninguém!... Ninguém quer saber quem é ninguém!...

A solidariedade humana, não tem contorno nem consistência são como nuvens de verão levadas pelos ventos, que formam imagens pictóricas que duram menos de um segundo, nunca se formam e nunca terminam porque nunca teve  começo.  Cada rosto traz oculta uma dor. Cada ombro carrega uma cruz. O fim nem ao menos teve começo, termina  antes de iniciar... Todo o planeta é um só grito de dor, não ouvido, não sentido, diluído no “não ser” aprisionado no cárcere do “não eu”.

Os lábios estão sempre murmurando  o nome de Deus, mas o coração não sente e não conhece  Deus... Onde mora Deus? Em qualquer lugar menos no coração humano...  Quando num momento de dor,  alguém quem  estende as mãos, para ajudar? Ninguém!!!...

Muitos ou quase todos dizem ajudar o mundo... Mas a miséria campeia no planeta como erva daninha, que se renova sem parar. Se realmente houvesse solidariedade humana, haveria tanta dor, tanta miséria? Não! Não, não haveria!... Se há tanta dor no mundo é porque não existe compaixão!  Não há amor, não há bondade!...

Amor só se houve falar nos cultos religiosos, ou nos príncipes da mentira que vendem coisas sagradas, são lábios quentes e corações gelados!...

Dê uma olhada ao teu redor!... O que vês? Fome, miséria, doenças, crianças abandonadas, muitos sem teto, porque esperanças nunca tiveram.  Vivem como folhas de outono, que caíram no solo e nem sabem se ainda vivem ou já morreram!...

Não te iludas quando dizes que amas, tu não amas, nem mesmo teu irmão mais próximo! Se afirmas  que amas,  pergunta aqueles teus entes queridos, se tu realmente ama?

Eles dirão da tua causticidade, da tua impaciência, da tua indiferença!... Então onde está o amor que tanto proclamas só nos teus dias de culto religioso?

A situação caótica e miserável do planeta atesta tua indiferença!...  Mas gostas de culpar o teu semelhante, nunca és culpado, nunca fomentastes a dor do mundo!...

Mergulha no teu mundo interno, sejas sincero contigo mesmo, analisa o que tens dentro de ti!... Boa coisa não é!...

Desejas  contribuir para a melhora dor mundo?  Melhora e limpe o teu interior, aí então estarás contribuindo para a melhora o mundo!

Reflita irmão (a) . Faça uma pequena viagem no teu mundo interno para constatar as mazelas que lá existem, nem precisas ir longe para ficares horrorizado de ti mesmo!...

Seja honesto contigo mesmo, e reflitas... Dê a ti mesmo apenas alguns minutos para refletires no que estás a ler...

Ismael de Almeida.

 

[helena T. Eyng]

iR MÃO, porque tanta amargura? Concordo que haja muita indiferença à dor alheia, mas também tenho verificado um despertar do amor ao próximo. Aos poucos estamos despertando para a necessidade de interargirmos cada vez mais com o Criador. Creio que devemos sim é alimentarmos, a cada dia, mais e mais, a chama da esperança, do otimismo, da fé. Em vez de ficarmos tristes, vamos espalhar sorrisos. Temos a certeza de que somos frutos do amor divino, logo somos amor.Vamos caminhando e distribuindo um punhadinho desse amor aqui, outro ali. Para nós o importante deve ser que estejamos fazendo a nossa parte e termos a consciência de que cada ser tem o seu momentum, o seu ritmo. Que a alegria do Pai encontre morada permanente em seu coração.  Abraços