Anjo de Luz

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Eu sou umbandista e sou médium de incorporação, caso o leitor não saiba. Pois bem! Eu era um médium dedicado e apli­cado e fazia ao pé da letra o que meus guias espirituais determinavam. Quando determinavam um banho de pétalas de rosas brancas, eu corria para comprar al­gumas e, antes de ir ao centro que eu freqüentava, preparava meu “banho de rosas”.

Se determinavam que eu tomasse um banho de canjica (milho de canjica fervido até a água ficar toda branca e leitosa), eu tomava meu banho de can­ji­ca sem questionar nada.

 

Se determinavam que eu tomasse banho com folhas ( alecrim, espada-de-são-jorge, guiné, arruda, erva-cidreira, boldo, folhas de louro, manjericão, etc) eu tratava de adquirir aquela(s) reco­men­dada(s) e tomava meu “banho de ervas”.

Se recomendavam que eu fosse à na­tureza e fizesse uma oferenda para um orixá ou um guia espiritual e levasse velas de determinada cor, certas be­bidas, certas frutas, certas flores, etc., eu procurava fazer tudo certo eu não dei­xava faltar nada, às vezes, até exa­gerava. Até aqui nada demais, porque é assim que procedem todos os médiuns umbandistas dedicados e aplicados.

Portanto, não é mérito algum meu pro­ceder assim, pois esse é nosso de­ver: obedecer às orientações dos nos­sos guias, que nos amam e querem o me­lhor para nós, mesmo não sabendo como eles nos ajudam.

 

O fato é que eu, um curioso incorri­gível, comecei a prestar atenção às ofe­rendas e conversava com outros mé­diuns sobre elas.

E, em nossas ingênuas e bem inten­cionadas conversas sobre as “coisas” que colocávamos em nossas oferen­das, não atinávamos com o poder má­gi­co dos “elementos” mágicos que “en­tregávamos” aos nossos guias espiri­tuais e aos nossos orixás.

Inclusive, as formas de indicá-las obedeciam a uma linguagem própria, pois às vezes diante de um guia para uma consulta, ele dizia:

 

- Filho, você precisa dar uma ofe­renda para orixá tal ou para o guia tal porque precisa forta­lecê-lo.

 

Outra vez outro guia espiri­tual re­co­mendava isto:

 

- Filho, você precisa firmar uma vela de sete dias para o seu orixá; seu ca­boclo; seu an­jo da guarda; etc., porque ele está fraco e só assim ele poderá ajudá-lo.

 

Outra vez outro guia espiritual dizia isto:

 

- Filho, esta pessoa está com uma demanda, e para cortá-la, você precisa dar uma oferenda para um orixá, um guia da direita ou um guia da esquerda para ele cortá-lo e descarregá-lo.

 

Outra vez um guia espiritual dizia isto:

 

- Filho, esta pessoa está com uma demanda muito forte e só levando-a no ponto de força do orixá tal e fazendo uma oferenda para ele é possível ajudá-la, porque não podemos mexer nesse trabalho aqui no terreiro.

 

Pois bem, nós médiuns, obedecía­mos e tudo ficava bem. Mas, em nossa ignorância e ingenuidade (no bom sentido, é claro) ficava a impressão de que só seriamos ajudados se “désse­mos” algo em troca.

E, para complicar ainda mais o nos­so aprendizado, a comunicação dos Exus e Pombagiras colocava uma pá de cal sobre o assunto, pois diziam em alto e bom som:

 

- De graça, Exu não faz nada!

 

Aí dava um nó cego em nossa religio­sidade porque, em nossa ignorância e ingenuidade, eles deixavam claro que só trabalhariam em nosso beneficio se fos­sem “pagos”.

Para piorar as coisas, ainda tinha algum Exu que dizia isto:

 

- Quero uma oferenda assim e assim para ajudá-lo a conseguir isso (um em­prego, saúde, um relacionamento, etc.) e, depois que conseguir, aí você me dará outra oferenda de agradecimento assim e assim, certo? E se não der, aí você per­derá tudo o que eu lhe dei, ouviu?

 

Esse era o alerta extremo e fez com que muitos “pagassem” rigorosamente o que “deviam”.

Isso era assim, isso é até hoje e sem­pre será assim, não porque as entidades espirituais precisam ser pagas de fato, e sim porque as oferendas (ou despa­chos ou ebós) fornecem-lhes os recursos energéticos que precisam porá poderem auxiliar-nos. Apenas a forma como pe­dem esses recursos deixava (e ainda dei­xa) uma indagação no ar:

 

- Por que preciso pagar ou dar algo em troca para ser ajudado?

 

Na verdade, essa é a grande verda­de jamais revelada, mesmo sendo “guias espirituais” eles precisam (em certos ca­sos) de que lhes forneçamos os “recursos elementais” para, manipulando-os magis­ticamente, ajudarem-nos.

Até certo ponto, eles nos auxiliam com o que possuem em si como seus “po­deres pessoais”. Mas, dali em diante, ou recebem numa oferenda ritual mágico-religiosa os elementos que precisam ou não têm como trabalhar em nosso be­nefício, porque só ativando os ele­men­tos magisticamente conseguirão fazer por nós o que só a “magia elemental” con­segue fazer.

Talvez, se tudo tivesse sido colo­cado de outra forma, tudo teria sido mui­to mais fácil para as pessoas que precisavam de auxilio e teriam entendido que na verdade não estavam pagando na­da, e sim fornecendo só os recursos ele­mentais (ou energia dos elementos) para que as entidades pudessem tra­balhar seus problemas, pois na criação tudo é energia nos mais variados graus vibratórios e “sem energia não se produz nada”.

 

Os elementos colocados dentro de um espaço mágico (ou em uma oferen­da ritual mágico-religiosa em um ponto de forças na natureza) são as fontes na­turais geradoras das energias mais “densas” que existem. Elas, quando ativadas corretamente, realizam coisas que nenhuma outra energia consegue rea­lizar.

Hoje, olhando com outros olhos o meu passado e o que acontece por aí afo­ra com as “oferendas”, sinto uma imensa tristeza por não ter tido um guia espiritual ou ao menos uma só pessoa que nos explicasse essas coisas e foi pre­ciso que um espírito mensageiro cujo nome simbólico é “Pai Benedito de Aruanda” começasse a nos ensinar por meio dos livros psicografados por mim, fornecendo-nos gradualmente a res­posta para muitas das nossas práticas “mágico-religiosas” umbandistas.

E foi preciso a vinda de um espírito mensageiro chamado “Mestre Seiman Hamiser Yê” para nos abrir parcialmente os fundamentos divinos da magia, permitindo-nos uma compreensão do que já fazíamos, mas não conhecíamos seus fundamentos ocultos.

 

Dali em diante, tudo assumiu seu real significado.

 

Dar forças a um guia, não era po­rque ele estava fraco, e sim era forne­cer-lhe os recursos elementais magís­ti­cos para que ele pudesse trabalhar em nosso beneficio.

Dar determinadas frutas, bebida, velas, etc., em uma oferenda, não é porque o guia ou o orixá precise “comer e beber”, e sim porque são recursos ele­mentais mágicos com os quais nos ajudam na solução dos nossos pro­ble­mas.

Texto extraído do livro “A Magia Divina das Sete Ervas Sagradas” Rubens Saraceni


 

 

Léa Cristina Ximenes

Facilitadora Universalista

E-mail: ximene s.andrade@gmail.com

Skype: lea,seraphisbey

 

Conheça algumas:  Oferendas Básicas Umbandistas

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Respostas a este tópico

As oferendas têm muito mais fundamento do que se imagina, por isso pertecem ao lado oculto ou ocultista da religião onde são pouco que têm acesso à sua verdadeira compreensão, mesmo sendo médiuns ou filhos de santo, pois muita informação tem de ser mantida em segredo. É assim que sempre tudo funcionou, desde as remotas épocas da Grande Sabedoria ou Magia, Os sacerdotes morriam com seus conhecimentos que só era passado àquele iniciado nos mistérios, com a condição de segredo. Mas, com o advento da Igreja todos esses materiais foram destruídos, roubados ou queimados. Muita coisa, entretanto, o Vaticano conserva guardado com todas as chaves que, até porque muitos membros da igreja se comprometeram no conhecimento da verdadeira Sabedoria ou Magia, Alguimia, Filosofia Natural, Física e Metafísica, , inclusive Santo Agostiho e São Jerônimo. A magia era realmente o àpice da sabedoria e envovia todos esses conhecimentos citados, entretanto, era necessario que aquele que a ela tivesse acesso deveria possuir as qualidades da pureza e do desprendimento das coisas materias.

Mais tarde, com o domínio da Igreja esses conhecimentos se enveredaram para a feitiçaria e aí aquele mundo maravilhoso ficou definitivamente para trás.

Por isso que afirmo que a maioria das pessoas falam bobagem por total ignorância, náo têm a menor idéia da lei do fluxo e refluxo que rege o ato das oferendas, presentes ou ebós, lei esta que  também se repete todos os momentos das nossas vidas, através de nossas atitudes e pensamentos.

Quanto à idéia que fazem de Exu é totalmente equivocada, maldosa e natural de quem não tem a menor idéia de quem seja esse orixá maravilhoso, onde o mundo não existiria sem ele.

Desculpe-me por ter me estendido tanto, mas os seus blogs me encantam.

Beijos de alfazema.

Heleoa.

Maria Helena, adoro seus complementos. muito obrigada por sua encantadora Luz. Bj seu coração de Luz.
Gostei muito Léa, muito elucidativo e gostei muito da exposição da Heleoa tambem. Eu só posso gostar ou não pq não entendo nada de umbanda. rsrsrs Mas o que tenho lido me fascina. Obrigada por todos os ensinamentos que tenho encontrado neste site de luz. Lua
Oi Lua, bom que esteja gostando, estava querendo aprender sobre a Umbanda, aqui vai encontrar muitas informações. Bj no coração.
Muito bom esclarecimento...agradecida!!
Maria Lucia, agradeço por estar aqui. Seja sempre bem vinda.
Que bom Beatriz, fico feliz em ser útil, em compartilhar. Seja sempre bem vinda e e obrigadapor sua Presença.
adorei seu esclarecimento,muito útil,quero parabeniza-la...
Fico feliz que tenha gostado, Maria Estela. Bem vinda.
Eu sempre tive a intuição,que as oferendas de flores,velas e frutas seriam elementos para ativar a energia daquele elemento que estava fraco (energia).Assim,quando desprende a energia do elemento,esse se aglomera no corpo etérico (o fluido) fortalecendo.É mais ou menos assim.Energia para fortalecer energia bloqueada ou sem vitalidade pranica...Grata.Om shantí.
Muito bom Eliana. A intuição é pra ser ouvida e obedecida pois, recebemos muitas orientações através dela. Todas as vezes que ignorei minha intuição, me dei mal. rsrsrs As vezes ainda temos essa dificuldade. Abç na Luz.

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Co-criando A NOVA TERRA

«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
buscamos e nos dêem a poderosa ajuda
de sua Compaixão e Sabedoria. Existe
um AMOR que transcende a toda compreensão e que mora nos corações
daqueles que vivem no Eterno. Há um
Poder que remove todas as coisas. É Ele que vive e se move em quem o Eu é Uno.
Que esse AMOR esteja conosco e que esse
PODER nos eleve até chegar onde o
Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
se difunda nos mundos.
PAZ e AMOR a todos os Seres»

A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.

Oração ao Criador

“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar  todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”

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