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QUALIDADE NA PRÁTICA MEDIÚNICA - Projeto Manoel Philomeno de Miranda - pdf

 

 

 

Qualidade

 

76. - Recentemente, Joanna de Ângelis apresentou uma proposta de responsabilidades para o Centro Espírita baseada numa trilogia: Espiritizar, Qualificar e Humanizar. Será possível resumir a proposta do Espírito Amigo?

Esses conceitos foram apresentados, por primeira vez, pelo médium e tribuno baiano Divaldo Pereira Franco, inspirado pela Benfeitora Espiritual, em memorável palestra pública, sendo, mais tarde, colocados em letra de forma num opúsculo intitulado Novos Rumos para o Centro Espírita, publicado pela Livraria Espírita Alvorada Editora.

Preparando a apresentação da tese, Divaldo evoca, na palestra, o lema kardequiano: Trabalho, Solidariedade e Tolerância, lembrando-nos que o Codificador o houvera tomado de empréstimo a Pestalozzi, o grande educador, pai da Escola Nova, quando este afirmara que "o êxito da educação é conseqüência de três elementos indissociáveis: o Trabalho, a Solidariedade e a Perseverança. O último conceito - perseverança - Pestalozzi o escolhe porque entendia que o esforço de educar impõe ao educador as disciplinas da paciência, da determinação de repetir a lição o quanto fosse necessário para fixá-la. E Kardec, ao adaptá-lo para tolerância, pensava certamente numa direção equivalente, pois os convertidos ao Espiritismo viriam das várias correntes do Pensamento e da Religião, com seus limites, possibilidades e idiossincrasias, e iriam precisar de tolerância recíproca para se ajustarem à idéia nova que estariam interessados em construir e a ela vincular-se.

No entendimento de Divaldo, as duas propostas, a de Kardec e a de Pestalozzi, representam um convite à união. Afirma ele: "a solidariedade é o passo que leva de imediato à união... Os espíritas devem-se unir, consoante a recomendação de Jesus, no sentido de formarem um feixe de varas, invencível, pois jamais poderia ser quebrado, enquanto no conjunto formando uma unidade." Kardec há de ter pensado no Centro Espírita como uma célula viva e pulsante, lugar de trabalho (para todos), de solidariedade (entre todos) e de tolerância (para com todos) ou, quem sabe, nesse sentido moderno como tem sido concebido pelos idealistas que vieram depois dele: uma escola, uma oficina, um hospital (de almas) e um templo, simultaneamente, diferente das práticas de alguns distraídos ou equivocados que fazem do Centro Espírita um lugar onde se freqüenta simplesmente para receber benefícios. Esta falsa concepção de um certo modo tem sido estimulada quando se institucionalizam na Casa Espírita as práticas clientelistas, as promessas de curas, o descompromisso para com a participação responsável, além de outras práticas de massificação, dificultadoras do processo de conscientização e de adesão real de quantos se adentram por semelhantes portas, sofrendo a influenciação de tão inoportunos exemplos.

Então o espiritizar, o qualificar e o humanizar constituem um novo lema, filho dos anteriores, não para instituir novidades, mas para resgatar Kardec, a forma como Ele idealizou a Igreja Viva a que Paulo de Tarso se referira, inspirado, que não é de pedra e cal, mas de gente, de irmãos que se devem amar entre si como Ele a todos amou.

Espiritizar, na proposta de Joanna de Ângelis, tem esse sentido de resgate, de atrair a pessoa que apenas freqüenta para que se torne praticante, adotando o Espiritismo e não querendo ser por ele adotado, de permitir-se que o Espiritismo entre nela e não apenas entrar no Espiritismo. Mas, também, espiritizar tem o sentido de viver o Espiritismo como ele é, na sua essência, sem adulterações, modismos, sincretismos, sem adaptações ou concessões a outras correntes de idéias, por mais respeitáveis sejam ou pareçam. Existem propostas muito boas, mas no lugar onde elas estão; se transplantadas para o Espiritismo deperecem, além de asfixiarem o Movimento Espírita.

Divaldo afirma: "Joanna de Ângelis, como muita veemência, teve a oportunidade de nos propor a espiritização de nossa Casa, porque, se o indivíduo vai ao templo budista ali estão as suras do pensamento de Sakia Muni, o grande príncipe Sidartha Gautama. Se vai a uma entidade protestante encontra a presença da Bíblia. Se vai a um culto católico, submete-se aos dogmas da Igreja... Por que a Casa Espírita deverá ser o lugar de ninguém, o recinto no qual tudo é válido, como se fosse o tour de force para que cada qual exiba aquilo que se aprouver...? " A segunda proposta de Joanna de Ângelis é a qualidade, este conceito moderno que é quase uma doutrina, uma metodologia científica para se alcançar resultados exitosos, mas que já fazia parte (como faz) do pensamento espírita, graças à visão grandiosa e notável de Allan Kardec.

Diz Divaldo: - Para que nos tornemos espíritas, deveremos adotar a qualidade de uma pessoa de consciência... buscar a qualificação espírita, e tentar saber realmente o que é o Espiritismo... procurar melhorar as qualidades morais, sociais, familiares, as funcionais e as de trabalhadores da Casa Espírita... - Aliás, essa idéia de competência, em oposição à pressuposição de que a boa-vontade basta, lembra Goethe, o célebre poeta alemão, quando propôs que nada há pior do que a pessoa de boa vontade sem conhecimento, pois atrapalha mais do que ajuda.

A terceira proposta é a humanizar, que representa o sentimento de humanidade, de caridade. É o saber oferecer-se, despersonalizar-se, libertando-se do ego e colocando-se no lugar do outro para o ajudar com prazer, com alegria. Enfim, perceber que tudo o que se faz há de visar o homem, a qualidade de vida, e não aliar-se à filosofia chã dos resultados pelos resultados. O humanizar reflete bem a solidariedade do lema de Kardec, e a tolerância também, que não é convivência, não sacrifica a verdade nem o amor, a nada nem a ninguém.

Encerra brilhantemente a sua proposição com as seguintes palavras: "com esses requisitos eu devo ser bom, nobre, justo, paciente, gentil, e se eu tiver algumas dessas qualidades, já terei o suficiente para ser um homem de bem, embora outras tantas ainda me faltem, mas que eu procurarei conquistar através dos tempos futuros."

77. - E como deveremos aplicar a trilogia de Joanna de Ângelis nas questões da prática mediúnica?

Espiritizar: porque prática mediúnica espírita é para espíritas convictos, integrados na Casa Espírita. Não é para curiosos, amantes de benefícios, apelantes sistemáticos, distraídos em relação à transformação moral, muito menos para os "amadores de comunicações", interessados tão somente em fenômenos. Prática mediúnica espírita é para os verdadeiros espíritas, interessados em Espiritizar-se cada vez mais. Nenhum elitismo, nem preconceito, mas coerência doutrinária, zelo pelo investimento da fé. Nela não comportam: superstições, concessões indébitas ao sincretismo religioso; nada de cânticos, procedimentos importados para relaxar ou concentrar, mas pura e simplesmente os procedimentos espíritas, na sua simplicidade e naturalidade, conforme herdamos das tradições kardequianas e que os bons Espíritos, com o auxílio dos homens, vêm atualizando ao longo dos anos.

Qualificar: sobre este item, basta-nos lembrar o que o Codificador estabeleceu: - "As comunicações de além-túmulo cercam-se de maiores dificuldades do que geralmente se crê: não estão isentas de inconvenientes e perigos para os que não têm a necessária experiência. Sucede o mesmo a quem se mete a fazer manipulações químicas sem conhecer a Química: corre o risco de queimar os dedos" (O que é o Espiritismo) Humanizar: porque se exige do candidato já adepto, além de uma base intelectual, uma preparação emocional para o serviço de cooperação com os Espíritos, trabalho esse que tem por objetivo o homem, a sua transformação moral, e a da humanidade, a sua conversão ao bem, através da crença e do amor.

A falta desses critérios, que aparecem ampliados nesta Obra, tem conduzido ao desastre alguns experimentos mediúnicos, o que, de certo modo, emperra a marcha do Movimento Espírita, na atualidade.

Enquanto a questão da Prática Mediúnica não for equacionada e conscientizada, libertando-a de atavismos e crendices, o Movimento Espírita estará freado em sua marcha, permanecendo vulnerável às críticas, e retardando a obra de implantação do Espiritismo na Terra.

78. - Quais as diretrizes a serem seguidas por uma equipe mediúnica para alcançar um padrão de qualidade ideal em seus trabalhos de intercâmbio espiritual?

A idéia de qualidade, pode-se dizer, nasce com a estruturação do próprio grupo mediúnico, antecedendo as primeiras gestões concretas para organizá-lo. Uma vez iniciado o seu funcionamento, deve-se incorporá-lo à consciência de todos os seus membros, como um dever inalienável.

Consegue-se o intento, quando cada um dos seus integrantes esforça-se para aprimorar-se no exercício da função que desempenha, cabendo ao dirigente definir os padrões inerentes a cada função bem como os parâmetros de avaliação, indicadores desses resultados felizes que se almejam, os quais, cada um se encarregará de verificar em si mesmo e por si mesmo, numa atitude permanente de reflexão e de auto-crítica.

Não deve ser cultivada pela Direção, nem pelo grupo, o hábito de identificar responsáveis ou culpados pela qualidade insatisfatória mas, ao contrário, envidar-se-ão esforços no sentido de resolver os problemas detectados, erradicando-se-lhe as causas através de estudos, encontros, seminários, para troca de experiências e, também, ajustando-se a capacidade de cada membro às expectativas da função que desempenha.

Imprescindível que a equipe não se acostume a conviver com erros ou deficiências, ao invés disso criando mecanismos rápidos para identificá-los e corrigi-los, até atingir-se um estágio mais avançado em que semelhantes falhas sejam evitadas pelas ações preventivas adotadas pelo grupo.

79. - Existem padrões de qualidade inerentes a cada função de que se compõe uma equipe mediúnica e outros, genéricos, inerentes a todas as pessoas do grupo. Fale-nos a respeito destes assuntos?

Sobre esses padrões genéricos relacionados a toda equipe mediúnica, independentemente de função, já nos referimos no primeiro livro da série Projeto Manoel Philomeno de Miranda, intitulado Reuniões Mediúnicas, na sua Segunda Parte.

Poderíamos agora, para melhor entendimento e à guisa de reforço, reuni-los em dois grupos: o primeiro, identificado com o conjunto das qualidades humanas e nele incluiríamos as inerentes à boa moral e à afetividade, que são valores capazes de promover a amizade e a cordialidade, bases essenciais para qualquer labor em equipe que tenha por meta um ideal elevado. O segundo, a consciência dos princípios fundamentais da atividade mediúnica, que são as noções de missão, objetivos e finalidades, conceitos estes que devem estar na mente de todas as pessoas que vivenciam a mediunidade, além da percepção clara dos compromissos que é preciso assumir para o êxito almejado, dentre os quais se incluem a ação no bem, o estudo, a oração, a meditação e outras disciplinas preparatórias.

80. - Pode-se conceituar cada um dos princípios fundamentais da atividade Mediúnica citados na questão anterior?

Missão: tomaríamos, a partir dos ensinos dos Espíritos, como sendo a regeneração da Humanidade através da canalização do pensamento dos Mentores Espirituais, sob o comando de Jesus, no seio das idéias humanas para fecundá-las de modo a promover ou acelerar o crescimento ético-moral das criaturas. Nesse particular, a missão da mediunidade se confunde com a do Espiritismo.

Objetivos: são as três grandes propostas do Codificador: instrução dos encarnados, erradicação da incredulidade e o trabalho terapêutico de aconselhamento aos Espíritos que sofrem e aos que fazem sofrer.

Finalidades: tomamo-las ao pensamento de Manoel Philomeno de Miranda, Espírito, na obra Temas da Vida e da Morte. Para os encarnados são as lições proveitosas que a prática mediúnica proporciona, a melhor compreensão da lei de causa e efeito que o fato mediúnico traz à tona em lições vivas, o exercício da caridade e da fraternidade anônimas entre os membros da prática mediúnica e destes em relação aos desencarnados que não vemos, sensibilizando-nos para ajudar aos que vemos e, por fim, a conquista de amizades entre os Espíritos que se comunicam conosco.

Para os desencarnados é o alívio de seus sofrimentos, para aqueles que não têm condições de sintonizar diretamente com os bons Espíritos, conseguindo-o através dos médiuns e doutrinadores, através do diálogo, do choque fluídico, das cirurgias perispirituais. 

 

Livro: Qualidade na prática Mediúnica - perg. 76 a 80
Projeto Manoel Philomeno de Miranda

 

Fonte: http://www.mensagemdeluz.kit.net

 

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Co-criando A NOVA TERRA

«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
buscamos e nos dêem a poderosa ajuda
de sua Compaixão e Sabedoria. Existe
um AMOR que transcende a toda compreensão e que mora nos corações
daqueles que vivem no Eterno. Há um
Poder que remove todas as coisas. É Ele que vive e se move em quem o Eu é Uno.
Que esse AMOR esteja conosco e que esse
PODER nos eleve até chegar onde o
Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
se difunda nos mundos.
PAZ e AMOR a todos os Seres»

A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.

Oração ao Criador

“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar  todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”

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