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XENOGLOSSIA


Xenoglossia ou mediunidade poliglota é a faculdade pela qual o médium se expressa, oral ou graficamente, por meio de idioma que não conhece na atual encarnação. 

Xenoglossia (do grego xenom = estranho, estrangeiro + glossa = língua)

Conforme Ernesto Bozzano, pesquisador da metapsíquica, informa, na Introdução de seu livro Xenoglossia, que o termo foi criado pelo fisiologista Charles Robert Richet para identificar o fenômeno no qual pessoas falam em línguas que eles e, geralmente, o público presente ignoram, porém que se tratam de línguas existentes hoje ou que existiram no passado. Richet teve o intuito de distinguir de modo preciso, a mediunidade poliglota propriamente dita, pela qual os médiuns falam ou escrevem em línguas que eles ignoram totalmente e, às vezes, ignoradas de todos os presente, dos casos afins, mas radicalmente diversos, de “glossolalia”, nos quais os pacientes sonambúlicos falam ou escrevem em pseudolíngua inexistentes, elaboradas nos recessos de suas subconsciências, pseudolínguas que não raro se revelam orgânicas, por serem conformes às regras gramaticais. 

Graças aos fenômenos de “xenoglossia”, se deve considerar provado que, nas experiências mediúnicas, intervém entidades espirituais extrínsecas ao médium e aos presentes. 

Bozzano não ignora que os propugnadores, a todo custo, da origem subconsciente de toda a fenomenologia matapsíquica, por meio das hipóteses de que dispunham, formularam timidamente uma outra que se denomina “memória ancestral” (criptomnésia), segundo a qual os médiuns seriam aptos a conversar numa língua inteiramente desconhecida deles, desde que algum de seus antepassados houvesse pertencido ao povo cuja língua eles falam. Nesse caso fora de presumir-se que as condições mediúnicas fazem brotar, das estratificações de uma hipotética “memória ancestral”, subconsciente, o conhecimento pleno do idioma falado pelo ascendente do médium. A bem da história, importa lembrar que a hipótese da “ memória ancestral” foi sugerida originariamente pela doutora russa Maria Manaceine, porém com o intuito muito limitado de explicar um outro fenômeno mnemônico bastante discutido: o da emersão de lembranças de acontecimentos que na realidade nunca se deram na vida daquele que os recorda, fenômeno que Manaceine, depois de Letourneau, procurou explicar, estendendo a influência da lei de hereditariedade também aos da memória, mas unicamente sob a forma da emergência fragmentária de fatos sucedidos aos antepassados. 

O professor Richet considera “verdadeiro milagre” o fenômeno de falar em línguas ignoradas e não tenta diminuir a imensa importância teórica do fato, em sentido espiritualista. 

No seu livro Xenoglossia, Ernesto Bozzano coloca vários exemplos dos diversos tipos de mediunidade poliglota. 

Para a parapsicologia, a mente humana tem uma faculdade ilimitada de aprender qualquer coisa através de seu inconsciente, portanto a xenoglossia seriam um fenômeno natural que ocorre em certas pessoas, em momentos de euforia, excitação, transe, etc., sem haver necessariamente nenhuma ligação com o sobrenatural, ou seja, o fenômeno tem um fundo anímico, pois é provocado pelo subconsciente do indivíduo. 

Doutrina Espírita vem desmistificar o tema Xenoglossia, pois ela é cercada de incompreensão e de ignorância, pois é somente compreendida de uma forma mágica ou dogmática, o fenômeno sempre existiu em todas as épocas da nossa humanidade e o Espiritismo vem aclarar usando a fé raciocinada. A Doutrina Espírita comprova que somos espíritos imortais, e que tivemos muitas reencarnações, sendo assim aprendemos muitas línguas em diversos lugares que habitamos. 

Podemos então afirmar que não são apenas os tratados e monografias que registram os fenômenos citados. O Velho e o Novo Testamento são ricos em comunicações xenoglóssicas. 


1- CLASSIFICAÇÃO: 

A mediunidade poliglota pode ser classificada da seguinte maneira: 

a- Falante (pela incorporação ou na materialização); 

b- Audiente; 

c- Escrevente (psicografia ou tiptologia); 

d- Voz direta; 

e- Escrita direta (mãos visíveis ou invisíveis). 


a- Falante 
b- Audiente 


Xenoglossia falante é a em que o médium, incorporado, fala em qualquer idioma, seja inglês ou francês, latim ou hebraico, sem conhecer estas línguas. Pode, também, ouvir os Espíritos em outros idiomas. 

Em exemplo dado no livro de Bozzano, Caso de Laura Edmonds que era apta a falar automaticamente em dez línguas diversas, que totalmente ignorava, sem compreender, ao demais, o significado do que ela mesmo dizia. Daí ressalta claramente a diferença que há entre os estados sonambúlicos e as condições de possessão mediúnica. Quer dizer também, que no primeiro caso, a faculdade supranormal da “leitura do pensamento” torna apto o sonâmbulo a compreender perguntas formuladas em línguas que desconhecida, mas que não existia na sua subconsciência nenhuma faculdade capaz de fazê-lo conhecer o que nunca aprendera, decorrendo daí que não podia exprimir-se em língua que ignorava. Contrariamente, no caso de Laura Edmonds, o aparente milagre se produzia por ser ela médium em condições de possessão mediúnica, o que significa que na realidade quem fala por seu intermédio não é a sua personalidade e sim uma entidade espiritual que se apossa momentaneamente de sua laringe. 

c- Escrevente 


Os casos de psicografia de mensagens, cartas, possibilidade de grafados caracteres estranhos, em lousas ou paredes. 

d- Voz direta (Pneumatofonia) 
e- Escrita direta 


Nas experiências de “voz direta”, o de “xenoglossia” é fenômeno mais ou menos freqüente, tão freqüente que quase não há bons “médiuns” dessa natureza, que não tenham oferecido e não continuem a oferecer notáveis exemplos do aludido fenômeno. 

As comunicações mediúnicas por meio da “voz direta” se prestam de modo muito especial à exteriorização das conversações poliglotas, o que, presumivelmente, se deve atribuir á circunstância de permitir, essa forma de mediunidade, que a entidade comunicante se mantenha bastante independente do psiquismo do “médium”, para ficar em condições de exprimir-se numa língua que este último ignora. Isso na maioria das vezes não seria possível com a “psicografia”, porquanto esta se produz mediante a transmissão telepática do pensamento da entidade comunicante ao “médium”, que o traduz subconscientemente na sua língua, salvos os casos em que aquele entidade consegue influenciar mais ou menos diretamente, no “médium” os centros cerebrais da linguagem falada ou escrita.

2- CASOS 

Um livro mais atual psicografado por Francisco Cândido Xavier, autoria de André Luiz em um de seus capítulos trata do mesmo assunto – Xenoglossia. O livro “Nos Domínios da Mediunidade”, o capítulo 23 – Fascinação, André Luiz vai assistir a um trabalho de desobsessão junto com Hilário dirigente espiritual que orienta André sobre o que se passa na reunião. Um senhora fica envolvida por um espírito de forma muito agressiva e explica ser um caso de fascinação. No decorrer do capítulo em questão o espírito manifesta-se num linguajar que os presentes não entendiam. 

O mentor Espiritual deteve-se durante alguns minutos a auscultar o cérebro do comunicante e o da médium, como a lhe sondar o mundo íntimo e, sem seguida relato o que se passa. 

“A desavença vêm de longa distância no tempo”. 

Nosso infeliz irmão fala um antigo dialeto da velha Toscana ( Itália), onde, satisfazendo a obsidiada de hoje, se fez cruel estrangulador. Era legionário de Ugo, o poderoso duque de Provença ( França),. No século X e para satisfazer a mulher que amava teve a infelicidade de aniquilar os próprios pais. Tem o coração como um vaso transbordante de fel. 

André questiona:- “Estamos no Brasil e a obsidiada ensaiava frases num dialeto já morto. Estamos à frente de um caso de mediunidade poliglota ou xenoglossia, é um caso de sintonia e não apenas mediunidade. Contudo, se a doente não lhe houvesse partilhado da experiência terrestre, como legitima associada de seu destino, poderia o comunicante externar-se no dialeto com que se caracteriza? 

Positivamente não esclareceu Aulus e conclui mais adiante, em mediunidade há também o problema da sintonia no tempo. E podemos acrescentar prolongando um pouco mais este assunto que o mesmo ocorre com psicógrafos que têm pouca instrução, os espíritos vão buscar no subconsciente a arte da escrita e retida no arquivo da memória, cujos centros o companheiro desencarnado consegue manobrar. 

O que é sintonia no tempo? É o processo pelo qual a mente humana, ligando-se ao pretério distante, provoca a emersão, das profundezas subconscienciais, de expressões variegadas e multiformes que ali jazem adormecidas. 

A subconsciência é o porão da individualidade. Lá se encontram guardados todos os valores intelectuais e conquistas morais acumulados em várias reencarnações, como fruto natural de sucessivas experiências evolutivas. 

Só pode ser médium poliglota aquele que já conheceu, noutros tempos, o idioma pelo qual se expresse durante o transe. 

A criatura que, noutras encarnações, não conheceu o latim, não pode, mediunizada, expressar-se por ele. É o que se depreende, por sinal com muita lógica da explicação do Assistente Aulus: 

“Quando um médium analfabeto se põe a escrever sob o controle de um amigo domiciliado em nosso plano, isso não quer dizer que o mensageiro espiritual haja removido milagrosamente as pedras da ignorância. Mostra simplesmente que o psicógrafo traz consigo, de outras encarnações, a arte da escrita já conquistada e retida no arquivo da memória, cujos centros o companheiro desencarnado consegue manobrar.” 

Não basta, por conseguinte, ser médium para receber comunicações em outras línguas. 

É preciso tê-las conhecido no passado ou conhecê-las no presente. 

Em o livro dos “Médiuns”, 2ª parte, capitulo XIX – papel dos médiuns nas comunicações, item 223, questão 17: “A aptidão de certos médiuns para escreverem numa língua estranha não provém do fato de a terem usado noutra existência conservando-a de forma intuitiva?” Certamente isto pode acontecer, mas não é regra. O espírito pode, com algum esforço, superar momentaneamente a resistência material. É o que se verifica quando o médium escreve, na própria língua, palavras que não conhece. Final do item 225 “ quando o espírito se exprime numa língua familiar ao médium encontra as palavras já formadas e prontas para traduzir suas idéias. Se o faz numa língua estrangeira não dispõe das palavras, mas apenas das letras. É então, que o espírito se vê obrigado a ditar, por assim dizer, letra por letra, exatamente como quiséssemos fazer escrever em alemão uma pessoa que nada soubesse dessa língua”. Bozzano afirma então que a entidade influencia diretamente no médium os centros cerebrais da linguagem falada ou escrita, denominando isso de possessão mediúnica. 

É de tradição considerar possessão como um fenômeno que só ocorre com espíritos com grau evolutivo pequeno, entretanto, vejamos quanto a possibilidade da possessão ser utilizada pelos bons espíritos, encontramos na Gênese o seguinte no capítulo XIV item 48: “ A obsessão é sempre o fato de um espírito malfazejo. A possessão pode ser o fato de um bom espírito que quer falar e para fazer mais impressão sobre os seus ouvintes, empresta o corpo de um encarnado, que lhe empresta voluntariamente o corpo como empresta a sua roupa. Isto se faz sem nenhuma perturbação ou mal-estar, e, durante esse tempo, o espírito se encontra em liberdade, como no estado de emancipação, e, o mais frequentemente, se coloca ao lado de seu substituto para escutá-lo”. 

A MEDIUNIDADE NO APOSTOLADO 


Um fato, que reputamos como de inquestionável ocorrência da mediunidade, aconteceu logo depois da morte de Jesus, quando os discípulos reunidos receberam “como que línguas de fogo” e começaram a falar em línguas, de tal sorte que, apesar da heterogeneidade do povo que os ouvia, cada um entendia o que falavam em sua própria língua. Fato extraordinário registrado no livro Atos dos Apóstolos, desta forma: “Quando chegou o dia de Pentecostes, todos eles estavam reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um barulho como o sopro de um forte vendaval, e encheu a casa onde eles se encontravam. Apareceram então umas como línguas de fogo, que se espalharam e foram pousar sobre cada um deles. Todos ficaram repletos do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem. Acontece que em Jerusalém moravam judeus devotos de todas as nações do mundo. Quando ouviram o barulho, todos se reuniram e ficaram confusos, pois cada um ouvia, na sua própria língua, os discípulos falarem”. (Atos 2, 1-6). 

Aqui podemos identificar o fenômeno mediúnico conhecido como xenoglossia. Fato semelhante aconteceu, um pouco mais tarde, nomeado como o Pentecostes dos pagãos: “Pedro ainda estava falando, quando o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a Palavra. Os fiéis de origem judaica, que tinham ido com Pedro, ficaram admirados de que o dom do Espírito Santo também fosse derramado sobre os pagãos. De fato, eles os ouviam falar em línguas estranhas e louvar a grandeza de Deus...” (At 10, 44-46). 

"Disse-lhes Jesus" 
Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura. 
Expulsarão os demônios em meu nome, falarão novas línguas. Marc: 16,15


Pesquisa realizada por CLARICE PACHECO BALEJOS


OBRAS CONSULTADA: 

• BRASILEIRA, Federação Espírita. Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita. Vol I e III 
• BOZZANO, Ernesto. Xenoglossia. 
• KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. Os Médiuns nas Comunicações. 
A Gênese. Cap XIV item 48. 
• PASTORINO, Carlos Torres, Sabedoria do Evangelho, volume 1. 
• PERALVA, Martins. Estudando a Mediunidade.Cap.XXXVIII 
• ROHDEN, Huberto. Novo Testamento. 
• XAVIER, Francisco Cândido. Os Mensageiros. 
Nos Domínios da Mediunidade. Cap23, Fascinação.

 

Aspectos gerais da Xenoglossia - Questões

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Respostas a este tópico

Grato :)

Interessante estudo. Grata Verdade. Bjs,

Grata!!!

Muito obrigada, Verdade, pela ótima explanação.

Estamos sempre aprendendo.

Ficou bem claro para mim que ao falarem em línguas, há sempre o objetivo de ser entendido por alguém.

Então, com todo respeito a algumas religiões, pessoas que parecem estar em transe, falando coisas sem o menor nexo, e que não há ninguém que as entenda, não é xenoglossia.

Se estiverem sendo honestas, é um fenômeno psicológico, não? Talvez uma catarse.

Mais uma vez, obrigada!

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