Fórum LONGEVIDADE AO ALCANCE DE TODOS - Anjo de Luz2024-03-29T01:11:16Zhttp://anjodeluz.ning.com/groups/group/forum?groupUrl=longevidade-ao-alcance-de-todos&id=867289%3AGroup%3A2077425&feed=yes&xn_auth=noBartolomeu de Corazin, o apóstolo da Armênia!tag:anjodeluz.ning.com,2014-03-22:867289:Topic:35982772014-03-22T20:51:04.518Zismael de almeidahttp://anjodeluz.ning.com/profile/ismaeldealmeida
<p>Bartolomeu de CORAZIN, o apóstolo da Armênia!</p>
<p></p>
<p><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89793931?profile=original" target="_self"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89793931?profile=original" width="220"></img></a></p>
<p></p>
<p>Ismael de Almeida<br></br>O Grande Mar da Galileia tinha dois grupos de pescadores que dominavam o ramo pesqueiro, TOLMAI o pai de Bartolomeu, no mar do Norte, e SIMÃO BARJONE, pai de Pedro, mo mar do sul.<br></br>Desde a morte de Jesus Bartolomeu havia se retirado para o MONTE CARMELO, onde viviam os ANCIÃOS…</p>
<p>Bartolomeu de CORAZIN, o apóstolo da Armênia!</p>
<p></p>
<p><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89793931?profile=original" target="_self"><img src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89793931?profile=original" width="220" class="align-full"/></a></p>
<p></p>
<p>Ismael de Almeida<br/>O Grande Mar da Galileia tinha dois grupos de pescadores que dominavam o ramo pesqueiro, TOLMAI o pai de Bartolomeu, no mar do Norte, e SIMÃO BARJONE, pai de Pedro, mo mar do sul.<br/>Desde a morte de Jesus Bartolomeu havia se retirado para o MONTE CARMELO, onde viviam os ANCIÃOS ESSÊNIOS, irmãos de seus pais.<br/>A desolação se apoderou deste Apóstolo do Cristo, que fora sua fortaleza e a luz de sua vida. E toda a Grandeza sonhada ao lado de Jesus, se apagou depois do holocausto do GÓLGOTA.<br/>Jesus o UNGIDO DE DEUS, anunciado pelos profetas há seis séculos, entrou na possessão eterna do seu Reino de Luz, no Infinito, deixando seus discípulos sós e sujeitos a maldade dos homens, lamentava BARTOLOMEU num suspiro fundo de sua alma dolente!<br/>É o que merece esses assassinos disfarçados de santos gritava o valente Bartolomeu? Quando nos degolar a todos como indefesos cordeirinhos, quem ensinará ao mundo a DOUTRINA DO SENHOR? Lamentava Bartolomeu!<br/>Pacífico e tranqüilo, BARTOLOMEU não se envolvia nunca com distúrbios religiosos ou políticos, e seus companheiros estranhavam sua veemente desolação!<br/>E Bartolomeu recordava as palavras de Jesus: Diga a todos desta Terra, homens e mulheres, se tens duas túnicas dê uma aos pobres, ajude alimentar o mendigo que passa em tua porta. Se, tens escravos, liberte-os, como gostarias de ser liberto se assim fosse tu escravizado!<br/>E Bartolomeu se embrenhou nas vizinhanças do Mar Vermelho, e viveu num local ermo e desolado por dois anos, em profunda solidão!<br/>Esta triste solidão sacudiu e lavou a alma de Bartolomeu, dominada por um terrível pessimismo!<br/>E numa tarde tíbia e pacata, quando o sol se punha, viu uma claridade que pensou fosse uma concha de luz, pintada nas nuvens pelos raios solares, do entardecer, e a luz se aproximou e uma voz ecoou nas profundezas do seu ser, doce e serena disse: “Bartolomeu tu fazes como aquele que enterrou os talentos por medo de perdê-lo! Bartolomeu, Bartolomeu tu me esquecestes?... Porque não atenta na responsabilidade assumida em teu coração pela minha Obra, pedida pelo Pai Celestial?”<br/>Bartolomeu foi sacudido até a última célula de seu corpo, e resoluto partiu para TIRO, SIDON E ANTIOQUIA, rumo à ARMÊNIA, para levar ao seu povo os ensinamentos do Mestre! Bartolomeu tinha trinta e cinco anos.<br/>Bartolomeu veio ao mundo justamente em época de decadência moral, corroborar na obra do Cristo<br/>O genial mestre de almas que foi CRISTO penetrou naquela alma simples e vacilante e a moldou em FOGO, para o futuro apostolado.<br/>E a VOZ SEM SOM do Cristo penetrou na alma de Bartolomeu.<br/>“Disse o Mestre, BARTOLOMEU, veja as almas ao teu lado, como vês a água que bebes, como observas a fruta antes de comê-la, ou vestes tua túnica. Da mesma forma que vês se a fruta está madura, a água cristalina, a túnica limpa, o mesmo cuidado que tens com tuas coisas e necessidades, observa as almas ao teu lado. Veja o que elas necessitam!...<br/>“Aquele que edifica a casa na areia sabe que o vento irá derrubá-la!”<br/>Bartolomeu dirigia-se a ANTIOQUIA, onde SIMÃO DE NIGER havia fundado uma congregação cristã, e lá ele fora enviado pelo DESTINO para seu futuro trabalho de redentor de almas!<br/>Deus enviou BARTOLOMEU numa associação planejada pelo destino ao companheiro SIMÃO DE NIGER, um poema de amor, uma estrela de gratidão ao Mestre Nazareno que o curara de uma paralisia.<br/>Bartolomeu foi um ardente e incansável difusor da Obra do Cristo na Armênia. <br/>Bartolomeu se recordava do amor do Cristo, aquela divina piedade imaculada que jorrava de sua alma radiosa! <br/>Poder-se-ia dizer que, de tempos em tempos a DIVINA LEI, faz brotar sobre a Terra estes lírios de castidade, que doam aos seres humanos, belezas celestiais, e uma existência de purificação, que também purifica os demais, tal a ternura da alma de BARTOLOMEU!<br/>Um dia num momento de oração, vendo a simplicidade e bondade de Bartolomeu, um pensamento dirigiu-se ao éter como flecha de fogo: “Quem é esse homem que esplende este transbordamento de amor e luz?” E, uma voz ressoou: “ Aqueles que nada pedem e tudo dão, tudo tem! Aqueles que fazem o bem ao semelhante a mim o fazem! <br/>Era a voz dulcíssima do Cristo, que em radiante aparição falava no profundo das consciências: Deus dá a luz aos humildes e a nega aos soberbos!<br/>Continuou A VOZ: “Agora amas o semelhante mais do que a ti mesmo, e nesse amor me reconheces, e não será mais generoso do que eu, teu mestre que te devolvo um roseiral de luz-amor, que te levará aos paramos celestiais!<br/>Os que servem a Deus com amor são os herdeiros do bem eterno!<br/>Tudo o que deres ao teu próximo Deus te devolverá centuplicado!”<br/>Narrativas da vida de Jesus, feitas pelo mestre essênio HILARIÃO DE MONTE NEBO, no livro CUMBRES Y LLANURAS.<br/>PAZ E LUZ!</p> O HOMEM QUE MAIS DEFENDEU AS MULHERES - Jesus Cristo, o Mestre dos Mestrestag:anjodeluz.ning.com,2012-05-02:867289:Topic:28924812012-05-02T23:14:06.986ZSONIA GOMEShttp://anjodeluz.ning.com/profile/SONIAGOMES
<p class="fr0"><br></br><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89699385?profile=original" target="_self"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89699385?profile=original" width="319"></img></a> <br></br><span class="font-size-3">As mulheres frequentemente foram silenciadas, controladas, diminuídas e tratadas como subumanas nas mais diversas sociedades humanas. Todavia, houve um homem que lutou sozinho contra o império do preconceito. Ele foi incompreendido, rejeitado, excluído, mas não desistiu dos seus idéias. Ninguém apostou tanto nas mulheres como ele.…</span></p>
<p class="fr0"><br/><a target="_self" href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89699385?profile=original"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89699385?profile=original" width="319"/></a><br/><span class="font-size-3">As mulheres frequentemente foram silenciadas, controladas, diminuídas e tratadas como subumanas nas mais diversas sociedades humanas. Todavia, houve um homem que lutou sozinho contra o império do preconceito. Ele foi incompreendido, rejeitado, excluído, mas não desistiu dos seus idéias. Ninguém apostou tanto nas mulheres como ele. Fez das prostitutas rainhas, e das desprezadas, princesas. Muitos dizem que ele é o homem mais famoso da história, mas poucos sabem que foi ele quem mais defendeu as mulheres. Seu nome é Jesus Cristo, o Mestre dos Mestres na arte de viver. Esse texto não fala de uma religião, mas da filosofia e da psicologia do homem mais complexo e ousado de que se teve noticia.</span><br/><br/><span class="font-size-3">Nos tempos de Jesus os homens adúlteros não sofriam punição severa. Todavia, a mulher adultera era arrastada em praça pública, suas vestes rasgadas e, com os seios à mostra, eram apedrejadas sem piedade. Enquanto sangravam e agonizavam, pediam compaixão, mas ninguém as ouvia. A cena, inesquecível, ficava gravada na mente e perturbava a alma para sempre.</span><br/><br/><span class="font-size-3">Certa vez, uma mulher foi pega em adultério. Arrancaram-na da cama e a arrastaram centenas de metros até o lugar em que Jesus se encontrava. A mulher gritava “Piedade! Compaixão!”, enquanto era arrastada; suas vestes iam sendo rasgadas e sua pele sangrava esfolando-se na terra.</span><br/><br/><span class="font-size-3">Jesus estava dando uma aula tranqüila na frente do templo. Havia uma multidão ouvindo-o atentamente. Ele lhes ensinava que cada ser humano tem um inestimável valor, que a arte da tolerância é a força dos fortes, que a capacidade de perdoar está diretamente relacionada à maturidade das pessoas. Suas idéias revolucionavam o pensamento humano, por isso começou a ter muitos inimigos. Na época, os judeus constituíam um povo fascinante, mas havia um pequeno grupo de radicais que passou a odiar as idéias do Mestre. Quando trouxeram a mulher adultera até ele, a intenção era apedreja-lo juntamente com ela, usa-la como isca para destruí-lo.</span><br/><br/><span class="font-size-3">Ao chegarem com a mulher diante dele, a multidão ficou perplexa. Destilando ódio, comentaram que ela fora pega em flagrante adultério. E perguntaram qual era a sentença dele. Se dissesse “Que seja apedrejada”, ele livraria a sua pele, mas destruiria seu projeto transcendental, seu discurso e principalmente seu amor pelo ser humano, em especial pelas mulheres. Se dissesse “Não a matem!”, ele e a mulher seriam imediatamente apedrejados, pois estariam indo contra a tradição daqueles radicais. Se os fariseus tivessem feito a mesma pergunta aos discípulos de Jesus, estes provavelmente teriam dito para mata-la. Assim se livrariam do risco de morrer.</span><br/><br/><span class="font-size-3">Qual foi a primeira resposta do Mestre diante desse grave incidente? Se você pensou: “Quem não tem peado atire a primeira pedra!” , errou, essa foi a segunda resposta. A primeira foi não da resposta, foi o silencio. Só o silencio pode conter a sabedoria quando a vida está em risco. Nos primeiros 30 segundos de tensão cometemos os maiores erros de nossas vidas, ferimos quem mais amamos. Por isso, o silencio é a oração dos sábios. Para o Mestre dos Mestres, aquela mulher, ainda que desconhecida, pobre, esfolada, rejeitada publicamente e adultera, era mais importante do que todo o ouro do mundo, tão valiosa como a mais pura das mulheres. Era uma jóia raríssima, que tinha sonhos, expectativas, lágrimas, golpes de ousadia, recuos, enfim, uma historia fascinante, tão importante como a de qualquer mulher. Valia a pena correr riscos para resgata-la.</span><br/><br/><span class="font-size-3">Para o Mestre dos Mestres não havia um padrão para classificar as mulheres. Todas eram igualmente belas, não importando a anatomia do seu corpo, não importando nem mesmo se erravam muito ou pouco. Jesus precisava mudar a mente dos acusadores, mas nunca ninguém conseguiu mudar a mente de linchadores. O “eu” deles era vítima das janelas do ódios, não eram autores da sua história, queria ver sangue. O que fazer, então?</span><br/><br/><span class="font-size-3">Ao optar pelo silencio, Jesus optou por pensar antes de reagir. Ele escrevia na areia, porque escrevia no teatro da sua mente. Talvez dissesse para si mesmo: “Que homens são esses que não enxergam a riqueza dessa mulher? Por que querem que eu a julgue, se eu quero amá-la? Por que, em vez de olhar para os erros dela, não olham para seus próprios erros?”</span><br/><br/><span class="font-size-3">O silencio inquietante de Jesus deixou os acusadores perplexos, levando-os a diminuir a temperatura da raiva, da tensão, oxigenando a racionalidade deles. Num segundo momento, eles voltaram a perguntar o veredicto do Mestre. Então, finalmente, ele se levantou. Fitou os fariseus nos olhos, como se dissesse: “Matem a mulher! Todavia, antes de apedreja-la, mudem a base do julgamento, tenham a coragem de ser transparentes em enxergar as suas falhas, erros e contradições”. Esse era o sentido de suas palavras. “Quem não tem pecado atire a primeira pedra!”</span><br/><br/><span class="font-size-3">Os fariseus receberam um choque de lucidez com as palavras de Jesus. Saíram do cárcere das janelas killer e começaram a abrir as janelas light. Deixaram de ser vítimas do instinto de agressividade e passaram a gerenciar suas reações. O homo sapiens prevaleceu sobre o homo bios, a racionalidade voltou. O resultado é que eles saíram de cena. Os mais velhos saíram primeiro porque tinham acumulado mais falhas ao longo da vida ou porque eram mais conscientes delas.</span><br/><br/><span class="font-size-3">Jesus olhou para a mulher e fez uma delicada pergunta: “Mulher, onde estão seus acusadores?” O que ele quis dizer com essa pergunta e por que a fez? Em primeiro lugar, ele chamou a adultera de “mulher”, deu-lhe o status mais nobre, o de um ser humano. Ele não perguntou com quantos homens ela dormira. Para o Mestre dos Mestres, a pessoa que erra é mais importante do que seus próprios erros. Aquela mulher não era uma pecadora, mas um ser humano maravilhoso. Em segundo lugar, perguntou: “Onde estão os seus acusadores? Ninguém a acusou?” Ela respondeu: “Ninguém”. Ele reagiu: “Nem eu”. Talvez ele fosse a única pessoa que tivesse condições de julga-la, mas não o fez. O homem que mais defendeu as mulheres não a julgou, mas compreendeu, não a excluiu, mas a abraçou. As sociedades ocidentais são cristãs apenas no nome, pois desrespeitam os princípios fundamentais vividos por Jesus. Um deles é o respeito incondicional pelas mulheres!</span><br/><span class="font-size-3">O homem que mais defendeu as mulheres não parou por aí. Sua ultima frase indica o apogeu da sua humanidade, o patamar mais sublime da solidariedade. Ele disse para a mulher: “Vá e refaça seus caminhos”. Essa frase abala os alicerces da psiquiatria, da psicologia e da filosofia. Jesus tinha todos os motivos para dizer: “De hoje em diante, sua vida me pertence, você deve ser minha discípula”. Os políticos e autoridades usam seu poder para que as pessoas os aplaudam e gravitem em sua órbita. Mas Jesus, apesar do seu descomunal poder sobre a mulher, foi desprendido de qualquer interesse. “Vá e revise a sua historia, cuide-se. Mulher, você não me deve nada. Você é livre!”</span> <br/><br/><span class="font-size-3">Jesus a despediu, mas ela não foi embora. E por que? Porque o amou. E, por ama-lo, o seguiu para sempre, inclusive até os pés da cruz, quando ele agonizava. Talvez essa mulher tenha sido Maria Madalena. A base fundamental da liberdade é a capacidade de escolha, e a capacidade de escolha só é plena quando temos liberdade de escolher o que amamos. Todavia, estamos vivendo em uma sociedade em que não conseguimos sequer amar a nós mesmos. Estamos nos tornando mais um numero de cartão de crédito, mais um consumidor potencial. Isso é inaceitável.</span><br/><br/><span class="font-size-3">(Texto adaptado do livro: A ditadura da Beleza e a revolução das mulheres.)</span></p>
<p><span class="font-size-3"><i class="aut"><a class="autor" href="/autor/augusto_cury/">Augusto Cury</a></i></span></p> DR. LUIS MILLER DE PAIVA, MÉDICO PSICANALISTA, 89 ANOStag:anjodeluz.ning.com,2012-02-26:867289:Topic:27632732012-02-26T17:17:03.466ZSONIA GOMEShttp://anjodeluz.ning.com/profile/SONIAGOMES
<p></p>
<p align="center"> </p>
<p align="center"><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89676157?profile=original" target="_self"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89676157?profile=RESIZE_1024x1024" width="750"></img></a></p>
<p> </p>
<p><span class="font-size-3">Professor de Ciência do Comportamento da Faculdade Paulista de Medicina. Membro das sociedades Nacionais e Internacionais de Medicina Psicossomática: American Psychosomatic Society; Japanese Psychosomatic Society. Ex-professor de Medicina Psicossomática da Faculdade de Ciências Medicas da…</span></p>
<p></p>
<p align="center"> </p>
<p align="center"><a target="_self" href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89676157?profile=original"><img width="750" class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89676157?profile=RESIZE_1024x1024" width="750"/></a></p>
<p> </p>
<p><span class="font-size-3">Professor de Ciência do Comportamento da Faculdade Paulista de Medicina. Membro das sociedades Nacionais e Internacionais de Medicina Psicossomática: American Psychosomatic Society; Japanese Psychosomatic Society. Ex-professor de Medicina Psicossomática da Faculdade de Ciências Medicas da Santa Casa. Ex-presidente da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática. Ex-Diretor do Instituto de Grupoanalise da A.P.P.A.G.</span></p>
<p><span class="font-size-3"><b> </b></span></p>
<p><span class="font-size-3">Dr. Miller, paulista de Jaú, nasceu no dia 23 de maio de 1918. Formou-se no ano de 1942 na Faculdade da Universidade do Brasil. É professor de Ciência do Comportamento da Faculdade Paulista de Medicina, faz atendimento de psicanálise em sua clínica e dá aulas para grupos de médicos e psicólogos, em psicoterapia analítica.</span></p>
<p><span class="font-size-3"> </span></p>
<p><span class="font-size-3">Conversar com Dr. Miller foi uma grande honra. Apesar de muito ocupado, Dr. Miller se prontificou a me receber em sua clínica, durante um intervalo de trabalho. Nessa tarde (começo de noite), pude saborear suas palavras, seu conhecimento e seu jeito firme e macio de entender a alma humana. Eu queria ouvir mais, mas Dr. Miller tinha um grupo de 10 pessoas para atender e sua sala já estava organizada para recebê-los. </span></p>
<p><span class="font-size-3"> </span></p>
<p><span class="font-size-3"><b>Envelhecimento</b></span></p>
<p><span class="font-size-3"> </span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>Nós somos muito complicados.</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>Quando uma pessoa envelhece, se ela teve desde a infância carinho, afeto, ela tem dentro dela um aumento de hormônios que estimulam a libido, o prazer, a pulsão de vida. Vou te dar um exemplo: Estamos convictos de que os conflitos gerados nos períodos de molde<a title="" href="#_ftn1"><b>[1]</b></a></i> <i>geram sentimentos de abandono, e este é o motor da criatividade, das fantasias inconscientes agressivas; as quais acabam gerando, no futuro, sentimentos culposos.</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i> </i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>Esses sentimentos culposos causam várias doenças, como os distúrbios de comportamento, neurose de êxito e angustia vital. Quanto mais agressivos tiverem sido: o ambiente, família e a escola, nos períodos de molde, maior será a dificuldade da criança em adquirir a paz de espírito tão almejada. As crianças ressentidas com os pais irão elaborar secundariamente as fantasias inconscientes agressivas e com isso terão muita dificuldade em alcançar a felicidade.</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i> </i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>Nós, psicanalistas, temos poucos pacientes nos quais podemos observar o comportamento assassino, decorrente de traumas nos períodos de molde, mas o suficiente para entendermos a mente assassina. É importante o indivíduo procurar conhecer cada vez mais suas fantasias inconscientes, causadoras de culpa, porque, vivenciando-as, através da psicanálise, o indivíduo torna-se cada vez mais sem defeitos e, portanto, com maiores períodos de felicidade</i>.</span></p>
<p><span class="font-size-3"> </span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>O estudo de 4.269 nascimentos, feito por pesquisadores de Los Angeles e da Dinamarca, chefiado por Grotstein, professor de psiquiatria em Los Angeles, mostrou que crianças rejeitadas pelas mães e que tiveram também traumas de nascimento, tinham grande chance de cometer assassinatos violentos. Os estudos orientados por Mednick (1994) vieram confirmar, portanto, as nossas observações clínicas – a importância do amor e da segurança nos períodos de molde.</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i> </i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>Escrevemos um livro de psiquiatria em inglês, prefaciado pelo Dr. Grotstein; Ele fez um estudo com os psiquiatras, sobre esses 4269 nascimentos. A mulher mãe, que rejeitava o filho no primeiro ano de vida, aos dezoito anos, este filho poderia cometer um assassinato. Isso prova a importância das descobertas de Freud, mostrando a importância da infância. Mas foi Melane Klein, que deu uma reviravolta total na Psicanálise. Vendo as crianças brincarem, ela descobriu que elas tinham fantasias tremendamente agressivas. Quando você vê crianças loirinhas, bonitinhas, de 2 ou 3 anos de idade, dentro delas existe fantasias extremamente assassinas. É duro admitir isso, mas é a verdade, é o que o inconsciente apresenta.</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i> </i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>O inconsciente mostra que quem nasceu bem, quem teve pais felizes, ego forte, libido, tem uma saúde melhor e pode tranqüilamente ir até 90 anos de idade. O individuo que tem libido, que tem instinto de vida forte, sabe escolher a própria mulher para casar, não vai se casar com uma mulher psicótica. Outrossim, ele pode escolher uma profissão que ele goste, porque a coisa mais importante do mundo é ter prazer no trabalho</i>.</span></p>
<p><span class="font-size-3"> </span></p>
<p><span class="font-size-3">Quando lhe perguntei se trabalhava muito, respondeu-me:</span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>- Tenho muito prazer no que faço.</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"> </span></p>
<p><span class="font-size-3">E completou em tom poético:</span></p>
<p><span class="font-size-3"> </span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>- “Não vos peço a miséria aborrecida,</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>Nem riqueza tamanha que me tente</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>Dai-me Senhor o necessário à vida</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>Estarei contente”</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"> </span></p>
<p><span class="font-size-3"><b>Aposentadoria</b></span></p>
<p><span class="font-size-3"><b> </b></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>Eu sou contra a aposentadoria do indivíduo. Tive dois amigos, pesquisadores da Escola Paulista de Medicina; dois colegas fantásticos. Quando eles fizeram 70 anos, foram aposentados compulsoriamente. Isso não deveria acontecer. Quando um sujeito tem muita experiência no trabalho, só o consultório é pouco. Ele tem capacidade de fazer mais. Por isso eu sou contra a aposentadoria. Se o sujeito vai se aposentar, precisa fazer outra coisa, mas tem que ser algo que goste.</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i> </i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>Estou com 89 anos e ainda trabalho bastante. É muito bom poder trabalhar como eu, até esta idade. Daqui a pouco vou atender um grupo de 10 pessoas (grupo de análise). Eu tenho prazer em fazer isso</i>. <i>E quando vai tudo bem, melhor ainda, eu me sinto com saúde. Isso é importante, faz o indivíduo ter prazer de viver e quem tem prazer de viver, tem mais saúde.</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"> </span></p>
<p><span class="font-size-3">Dr. Miller abre seu livro, “Felicidade, Equidade e Fantasias Inconscientes”, folheia calmamente e quando encontra citações importantes, fixa o olhar naquela página e lê para mim. As leituras são emocionadas. Algumas vezes ele pára porque a voz fica embargada pela emoção. Eu pergunto se ele quer que eu leia e ele diz que não. Recupera a fala, “respira fundo” e continua. </span></p>
<p><span class="font-size-3">E assim ele começa suas citações:</span></p>
<p><span class="font-size-3"> </span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>Neste livro “Felicidade, Equidade e Fantasias Inconscientes”, faço citações de escritores que eu as considero importante. </i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i> </i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>“Deus colocou em nossos corações uma tocha que cresce com a experiência vital e principalmente com o conhecimento do inconsciente; é pecado deixar extinguir essa tocha, e enterrá-la entre as cinzas”. Finalmente com a calma de</i> Tagore <i>ao encarar o chamamento da morte, ele dizia:</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"> </span></p>
<p><span class="font-size-3"><i> “No dia em que a morte bater à tua porta,</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>Que lhe hás de oferecer?</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>Porei diante do meu hóspede o vaso cheio</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>Da minha vida.</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>Não o deixarei partir com as mãos vazias”</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"> </span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>Ao exorcizar todos os objetos maus adquiridos na infância, nos períodos de molde”. </i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>A gente pode cantar com os Huexotzindos, dos México<sup>3</sup>:</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i> </i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>“Io assi he de irme</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>Como las flores que me perecieron</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>Nada quedará en mi nombre</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>Nada de mi fama en la tierra</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>Al menos flores, al menos cantos<b>.</b></i></span></p>
<p><span class="font-size-3"> </span></p>
<p><span class="font-size-3"><b>Para um bom envelhecimento</b>:</span></p>
<p><span class="font-size-3"> </span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>Ter uma família feliz é importante, porque na velhice, se ele fez a família feliz, ele vai encontrar o apoio dela. Se o indivíduo, sendo normal, ele vai escolher uma mulher normal independente da época. Infelizmente a maioria dos casais é infeliz por causa dos erros na educação. </i></span></p>
<p><span class="font-size-3"> </span></p>
<p><span class="font-size-3"><b>Professor Miller, dá para consertar algumas coisas?</b> </span></p>
<p><span class="font-size-3"> </span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>Fazendo terapia analítica dá para consertar. Pelo autoconhecimento. É muito difícil um tolerar o outro, é preciso muita paciência e tolerância no casamento e as pessoas não têm.</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><b> </b></span></p>
<p><span class="font-size-3">E completou:</span></p>
<p><span class="font-size-3"> </span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>Eu acho essa poesia de</i> Dinamor<i>, formidável:</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i> </i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>“Quem recebe de nascença</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>Uma cabeça que pensa,</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>Um coração para amar...</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>é feliz por toda da a vida</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>Tem riqueza garantida,</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>Tem tudo que desejar”.</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><b> </b></span></p>
<p><span class="font-size-3"><b>Felicidade</b></span></p>
<p><span class="font-size-3"><b> </b></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>Para alcançar a felicidade, ou melhor, momentos de felicidade, porque é difícil sentir-se feliz por muito tempo, é necessário ter tido um bom período de molde ou então consegui-la por meio da psicanálise, porque felicidade é inversamente proporcional ao sentimento de culpa (na maioria das vezes inconsciente).</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"> </span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>A primeira condição importante é que a família tenha orado para que a constelação cromossômica tenha sido satisfatória no momento da concepção, isto é, tenha categoria para produzir um ego forte e que não tenha herdado aspectos ruins dos antepassados.</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i> </i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>A segunda condição é que os pais tenham casado por amor. Acho isso indispensável porque está provado que a mãe que não quer um filho e engravida, esse filho tem maior tendência de desenvolver uma esquizofrenia. Por isso é que os pais têm que casar por amor; mas um amor amadurecido, tanto genital, como sexual. Tenha harmonia intelectual, equilíbrio sentimental, segurança social, e para que se mantenha acesa a chama desse amor tem que saber transmiti-lo.</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i> </i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>A terceira condição<b>:</b> que tenha tido gestação, lactação e parto normais, e isso é muito difícil. Os primeiros 6 anos de vida, principalmente o ano de lactação são os chamados períodos de molde e tem importância no desenvolvimento da personalidade para que se torne integrada.</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><b> </b></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>A quarta condição: que seu ambiente familiar tenha sido sadio, favorável. Hoje em dia é indispensável o equilíbrio da família. Deverá ser sadio para neutralizar todas as fantasias inconscientes de agressividade, de inveja, de assassinato, de justiça, etc.</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><b> </b></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>A quinta condição: não ignorar o Homo mythicos ou phantasiosus. Com seu ego forte e alicerçado com boas personificações, o Homo erogenus irá se identificando com maior quantidade de objetos bons (com ou sem tratamento psicanalítico), motivo pelo qual estará em melhores condições para enfrentar as vicissitudes e adversidades, comuns durante toda a sua existência e, acima de tudo, saberá amar tanto seu cônjuge como seus filhos, amigos e ainda seu trabalho.</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><b> </b></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>Para que a mensagem</i> antitanática <i>contra a destruição do mundo seja compreendida é necessário que o</i> Homo erogenus <i>observe a natureza, até nos seres inferiores, pois eles são capazes de reconstruir ou de regenerar partes lesadas do corpo; todavia, quanto mais evoluímos na escala zoológica, mais difícil se torna essa regeneração, entretanto, a natureza nos dá outros meios de reparação, haja vista, o feto do canguru, que, sendo expulso do útero, volta à bolsa para continuar a sua evolução.</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"> </span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>Eros é algo forte que deve ser fomentado e apoiado em sua batalha contra o instinto de morte, que é sorrateiro, sagaz, astuto, matreiro e, sobretudo traiçoeiro, levando à auto destruição; o indivíduo deve fazer esforço consciente para conter a agressividade; todavia ele é muitas vezes inconsciente, mas não se deve desanimar, pois o esforço consciente ajuda a fortalecer o ego, tal como a penitência e o jejum reforça a fé cristã.</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><b> </b></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>A agressividade sempre existirá. Não se devem confundir a agressividade construtiva, libídica, positiva, com a agressividade destrutiva, tanática, negativa. A agressividade que existe nas comunidades é muito forte. Acho que como velho eu posso dizer, é a experiência que eu tenho que a humanidade é psicótica. Existe gene normal, mas, mesmo os normais, têm um pequeno núcleo psicótico. Os líderes políticos são todos psicóticos e eu tenho um trabalho que fala a esse respeito.</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>A maioria dos indivíduos tem neurose obsessiva. Por exemplo: bater na madeira para tirar o azar, isto é doença mental, é neurose obsessiva. A maioria dos políticos é obsessiva, nós estamos na mão de psicóticos que dirigem a humanidade. É um absurdo!</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"> </span></p>
<p><span class="font-size-3"><b>A situação dos velhos no Brasil</b></span></p>
<p><span class="font-size-3"><b> </b></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>Atualmente, os velhos estão procurando trabalhar mais, ter uma atividade. Ficar dentro de casa em conflito com os filhos e com a mulher é muito ruim. Existe também o lado financeiro que é importante. Eles têm que se manter e manter a família.</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i> </i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>Eu sou contra a mulher trabalhar o dia inteiro quando tem filhos. A mulher deveria trabalhar meio período e ficar meio período com os filhos. Quando eu falo isso em congresso, as psicólogas ficam muito bravas. Elas querem trabalhar, eu sei, mas a experiência que eu tenho é isso; toda mãe que trabalha em tempo integral, tem filhos que não estão bem.</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i> </i></span></p>
<p><span class="font-size-3"><b>A saúde no envelhecer</b></span></p>
<p><span class="font-size-3"> </span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>A medicina está muito cara. E o brasileiro também tem muita mania de remédio. Consome muito remédio. A nossa alimentação é muito ruim, é muita fritura, é uma questão de hábitos alimentares errados.</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"> </span></p>
<p><span class="font-size-3"><b>A religião</b></span></p>
<p><span class="font-size-3"><b> </b></span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>Não vamos falar de religião porque o psicanalista é a favor de todas as religiões. A origem da religião é o medo. Quando o homem primitivo saiu da caverna ele tinha medo. O medo do abandono é o que leva à religião. Buda, Jesus Cristo, Moisés, Maomé, são todos iguais, são bons. Tudo que eles disseram era bom, só que os adeptos não seguem religião nenhuma. O problema não é a religião, é o ser humano.</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"> </span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>Estou de acordo com Goethe: “O que seria do mundo sem o amor”. Exatamente a lanterna mágica sem luz: Nada! e com Bertrand Russel: “A vida deve ser inspirada pelo amor e guiada pelo conhecimento”.</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"> </span></p>
<p><span class="font-size-3"><i>E o velho que tem essa capacidade, de continuar com prazer de trabalhar, com o prazer de ler, com o prazer de orientar os filhos, os netos e os bisnetos; é muita felicidade.</i></span></p>
<p><span class="font-size-3"> </span></p>
<p><span class="font-size-3">E completou:</span></p>
<p><span class="font-size-3"> </span></p>
<p><span class="font-size-3"><i> “Há pessoas que nascem com um rouxinol no coração e, por mais vagabunda que seja a gaiola, o passarinho sempre canta” ( R. Bazin )<br/> </i></span></p>
<div><hr size="1" width="33%" align="left"/><div><p title=""><span class="font-size-3"><a title="" href="#_ftnref1"></a> Cf. PAIVA, Luiz Miller de. <i>Felicidade, equidade e fantasias inconscientes</i>. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1999.</span></p>
</div>
</div> LONGEVIDADE E GEROTRANSCENDÊNCIA - EXCELENTE!tag:anjodeluz.ning.com,2012-02-26:867289:Topic:27632712012-02-26T17:09:50.579ZSONIA GOMEShttp://anjodeluz.ning.com/profile/SONIAGOMES
<p align="center"><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89676105?profile=original" target="_self"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89676105?profile=original" width="642"></img></a></p>
<p align="right"><span class="font-size-4"><i>Amparo Caridade*</i> – <a href="../equipe/amparo.htm"><font color="#FF0000">pesquisadora mentora</font></a></span></p>
<p><span class="font-size-4"> </span></p>
<p><span class="font-size-4">A longevidade é uma conquista da humanidade e disso nos orgulhamos. É difícil admitir que nossos antepassados tenham morrido…</span></p>
<p align="center"><a target="_self" href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89676105?profile=original"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89676105?profile=original" width="642"/></a></p>
<p align="right"><span class="font-size-4"><i>Amparo Caridade*</i> – <a href="../equipe/amparo.htm"><font color="#FF0000">pesquisadora mentora</font></a></span></p>
<p><span class="font-size-4"> </span></p>
<p><span class="font-size-4">A longevidade é uma conquista da humanidade e disso nos orgulhamos. É difícil admitir que nossos antepassados tenham morrido tão jovens, distantes ainda da realização de seus projetos. É doloroso saber de países cuja média de vida fica ainda em torno de 39 anos. A longevidade tem sido sim uma conquista, uma resposta à evolução tecnológica que alcançamos, e tem subvertido a ordem estabelecida do curto viver de nossos antepassados. Pensamos, contudo, existirem outras razões que nos fazem tão ciosos dessa longevidade.</span></p>
<p><span class="font-size-4"> </span></p>
<p><span class="font-size-4">A ânsia por viver muito não será um modo de escondermos o desespero ante a certeza que temos da morte? Esta é uma certeza que nos angustia e para a qual buscamos ilusões de eternidade, paliativos para a dor da nossa provisoriedade. Na verdade somos inquilinos da vida como as plantas e os pássaros, e como tudo o que é vivo envelhecemos e terminaremos. Por mais que avancemos em tecnologia, não há muito como negar a história que se inscreveu em nossos corpos. As rugas, a pele senil, o corpo mais opaco metaforizam o que já vivemos. Lidar dignamente com esse inevitável é uma tarefa exigente e necessária.</span></p>
<p><span class="font-size-4"> </span></p>
<p><span class="font-size-4">Conhecemos da literatura e da vida, histórias de pessoas que foram ceifadas precocemente, mas que deixaram inquestionáveis exemplos de dignidade. O estrangeiro, de Camus, preferiu dizer a verdade que mentir, embora isso tenha lhe custado a vida. Viktor Frankl, poderia ter se livrado do Campo de Concentração, pois dispunha de um salvo conduto que o libertaria do sofrimento que o esperava. Mas ele não imaginou salvar-se sozinho. Por amor à família deixou-se prender com eles, indo para Campos diferentes. Ninguém duvida da dignidade do gestual nessas vidas. Não proponho que nos atiremos nos braços da morte, mas que façamos gestos humanos capazes de sustentar a dignidade de nossos Eus. Proponho que vivamos com sentido e dignidade tal, que a morte não nos assuste tanto.</span></p>
<p><span class="font-size-4"> </span></p>
<p><span class="font-size-4">A ânsia de viver mais pode esconder também um outro desespero humano: o do vazio, o do desespero da falta de sentido em relação ao que fizemos ou estamos fazendo da vida. Se nos faltam sentido e profundidade ao viver, precisaremos sempre e cada vez mais de tempo, de anos a mais, décadas, para adiarmos talvez o confronto com o que fizemos de nós. “<i>Desejando prolongar a todo custo a vida, esquecem-se de dar sentido ao seu presente, que sem isso se esfacela e se perde, somente podendo ser recuperado como nostalgia do passado”</i> diz Santos. Quando é pobre a qualidade do que vivemos, tentamos compensar buscando uma maior quantidade de tempo, não se sabe muito bem para que, mas guarda-se a idéia de, com isto recuperar alguma qualidade ao vivido.</span></p>
<p><span class="font-size-4"> </span></p>
<p><span class="font-size-4">O homem pós-moderno cada vez mais desafiado a ser vitorioso, cobrado por conquistas impossíveis, descentrado de si mesmo necessita desesperadamente de tempo, de anos a mais, de visual jovem com o qual possa distanciar-se do envelhecer e do morrer, vistos por nossa cultura triunfal não como momentos naturais do viver, mas como fracasso. Maníacamente triunfal, frustrada, violenta e depressiva, está assim nossa cultura. E haja longevidade para se reparar tanta frustração. </span></p>
<p><span class="font-size-4"> </span></p>
<p><span class="font-size-4">A satisfação em relação ao que fazemos da vida é um termômetro de bem estar. O ser que construímos, o sentimento de que conquistamos nossas coisas, nossos projetos, gera um grau de satisfação que nos faz amar o vivido, que pode tornar-se um elogio à serenidade. Essa satisfação é o que pode assegurar tranqüilidade e sustentar os dias outonais do envelhecer. Refiro-me à satisfação com o próprio eu, com a vida vivida, algo muito interno, só avaliável pelo olhar interior.</span></p>
<p><span class="font-size-4"> </span></p>
<p><span class="font-size-4">Falo do estado de satisfação que resulta da qualidade do que estamos vivendo. Esta satisfação será capaz de nos libertar da ânsia por uma longevidade sem tamanho. Qualquer vida vivida com intensidade, sentido e satisfação pode ser de bom tamanho. Falo da Gerotranscendência, que é a capacidade de mudarmos de atitude, de meta, de perspectivas, de olhar sobre a vida, sobre nós e sobre os outros. Otávio Paz dá uma pista importante: “<i>O amor é uma das respostas que o homem inventou para olhar de frente a morte”</i>. Talvez amando mais a vida, os outros, os filhos, os amigos, possamos ser mais felizes e consigamos achar o bom tamanho para a vida.</span></p>
<p><span class="font-size-4"> </span></p>
<p><span class="font-size-4">A Gerotranscendência pode forjar em nós um ego forte capaz de dar sustentação ao envelhecer. Gerotranscendência vem sempre seguida por um nível maior de satisfação com a vida. Acolhendo a morte e não negando-a, podemos amar mais a vida. É isso que temos nas mãos: a vida. E ela é preciosa. Tem que ser dignificada, valorizada, significada, bem vivida enquanto está aí.</span></p>
<p><span class="font-size-4"> </span></p>
<p><span class="font-size-4">Pensando as conseqüências da longevidade, sobretudo no que tange as questões da memória e das demências, Dráuzio Varela alertou: <i>“Chegar ao fim da vida enclausurados num mundo estranho talvez seja o preço a pagar por insistirmos em viver mais tempo do que a evolução previu”.</i> Pode ser necessário pensarmos mais nisso. A vida vale pela qualidade que garantimos para ela. Pode ser sábio aprender a ser feliz com a vida que se tem nas mãos. Prolongá-la não garante que seremos mais felizes. O tempo vivido com sentido pode ser o maior elogio que faremos à vida.</span></p>
<p align="center"><span class="font-size-4"><i> </i></span></p>
<p><span class="font-size-4">*Professora da Unicap, artigo publicado no Diário do Pernambuco (3/12/2005), veículo para o qual a pesquisadora mentora escreve regularmente.</span></p>
<p><span class="font-size-4"> </span></p> PARA QUÊ VIVER TANTO ? - RONAUD PEREIRAtag:anjodeluz.ning.com,2012-02-18:867289:Topic:27514392012-02-18T12:51:37.439ZSONIA GOMEShttp://anjodeluz.ning.com/profile/SONIAGOMES
<div id="HOTWordsTxt"><p><span class="font-size-4"><br></br></span></p>
<p><span class="font-size-4"><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89673080?profile=original" target="_self"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89673080?profile=original" width="309"></img></a></span></p>
<p><span class="font-size-4"><br></br></span></p>
<p><span class="font-size-4">Essas considerações, <a href="http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u467278.shtml" target="_blank">aqui</a> e…</span></p>
</div>
<div id="HOTWordsTxt"><p><span class="font-size-4"><br/></span></p>
<p><span class="font-size-4"><a target="_self" href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89673080?profile=original"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89673080?profile=original" width="309"/></a></span></p>
<p><span class="font-size-4"><br/></span></p>
<p><span class="font-size-4">Essas considerações, <a href="http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u467278.shtml" target="_blank">aqui</a> e <a href="http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u467282.shtml" target="_blank">aqui</a>, sobre um local no Equador onde um grupo esbanja longevidade, noticiadas na Folha recentemente me provocam um grande questionamento. Para quê <a style="border-bottom: 1px dotted; color: #007700; text-decoration: underline;" rel="nofollow">viver</a> tanto?</span></p>
<p><span class="font-size-4">Os cientistas ainda correm loucos atrás do gene da longevidade tais quais os pioneiros da corrida do ouro ocorrida no oeste americano no século XIX. Mal sabem eles que muita gente já descobriu a formula da longevidade sem se esforçar muito. Nos dois sentidos. Descobriram porque me parece que a fórmula da longevidade é de fato, não se esforçar muito. Levar as coisas na boa, devagar e sempre, slow life, não esperar muito da <a style="border-bottom: 1px dotted; color: #007700; text-decoration: underline;" rel="nofollow">vida</a> e das pessoas, etc.</span></p>
<p><span class="font-size-4">Já tive a <a style="border-bottom: 1px dotted; color: #007700; text-decoration: underline;" rel="nofollow">oportunidade</a> de assistir a um documentário tratando da longevidade, o qual mostrava vários lugares ao redor do planeta onde seus habitantes já estão por volta dos 80,90, 100 ou mais anos. Constatava-se que há diferenças berrantes nos hábitos das pessoas de longa vida em todos os lugares onde é notada essa característica na população. Em alguns lugares a dieta é natural e saudável, em OUTROS NÃO, com dietas relativamente “picantes”. Em alguns lugares, os habitantes fumam (e no caso da reportagem aqui citada, até usam drogas), em outros não. Em alguns lugares os habitantes longevos procuram exercitar-se regularmente, principalmente nas cidades orientais, mas em outros lugares como nas cidades do mediterrâneo, não. Ou seja, não é possível distinguir nada necessariamente de ordem FÍSICA que indique a causa da longevidade.</span></p>
<p><span class="font-size-4">Mas o que há nitidamente em comum entre todos esses lugares de gente “duradoura” de inquebrantável <a title="Frases sobre saúde" href="http://www.ronaud.com/frases-pensamentos-citacoes-sobre/saude">saúde</a>, e que os cientistas parecem não dar muita importância é o ritmo de vida – não lento – mas natural. Praticamente nascem e morrem no mesmo lugar, trabalham quando tem de trabalhar, descansam e reúnem-se quando o tem de fazer, e nada mais além disso. Não há grandes ambições nem grandes <a style="border-bottom: 1px dotted; color: #007700; text-decoration: underline;" rel="nofollow">sonhos</a>. Nenhuma cidade com habitantes longevos tem quaisquer traços daquilo que é inerente a qualquer metrópole. Pressa? Trânsito? Stress? Acho que os habitantes das cidades relatadas pelo documentário nem sabem o que são essas grandes pragas da modernidade.</span></p>
<p><span class="font-size-4">Entretanto, para mim fica a questão: Para quê viver tanto, se tão pouco deixam para o mundo em termos de avanço? Lobão não estaria certo ao concluir que “<span style="color: #ff0000;">É melhor viver 10 anos à 1000, que 1000 anos à 10</span>“? Talvez o único mérito do modo de vida tartaruga é mesmo o EXEMPLO. O qual serve para contra-balançar o modo de vida ocidental, frenético e estressante. Seria uma indicação “empírica” para seguirmos nosso ritmo natural. Reconhecer as ambições que podemos assumir e aquelas que – queiramos ou não – estão na cara que pouco tem a ver com a natureza de nossa alma.</span></p>
<p><span class="font-size-4">É como se fosse uma mensagem para nós, do lado de cá, não necessariamente pararmos, mas reduzirmos a marcha; e olharmos para o lado; para os céus; para o horizonte, enfim, olharmos para dentro. E encontrarmos nossas riquezas perto de nós, e não num padrão de vida sempre mais elevado, tanto que não raras vezes nos parece inalcançável. É também uma mensagem para talvez questionarmos se o padrão de vida pelo qual tanto lutamos faz parte mesmo de uma decisão consciente, ou se é um padrão de vida imposto pela publicidade e pela sociedade, mas vazio e longe de preencher e agradar a nossa alma, pra valer.</span></p>
<p><span class="font-size-4">Ronaud Pereira</span></p>
<p><span class="font-size-4"><br/></span></p>
<p><span class="font-size-4"><a href="http://www.ronaud.com/saude/vivendo-1000-anos-a-10/">http://www.ronaud.com/saude/vivendo-1000-anos-a-10/</a></span></p>
</div> A MINHA PRÓXIMA VIDA... WOODY ALLENtag:anjodeluz.ning.com,2012-02-18:867289:Topic:27515872012-02-18T12:45:50.377ZSONIA GOMEShttp://anjodeluz.ning.com/profile/SONIAGOMES
<div><span class="font-size-4"><br></br></span></div>
<div><span class="font-size-4"><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89673082?profile=original" target="_self"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89673082?profile=original" width="258"></img></a></span></div>
<div><span class="font-size-4"><br></br></span></div>
<div><span class="font-size-4"><br></br></span></div>
<div><span class="font-size-4">"A minha próxima vida, quero viver de trás para a frente. Começar morto, para despachar logo o assunto. Depois, acordar num lar de idosos e ir-me sentindo…</span></div>
<div><span class="font-size-4"><br/></span></div>
<div><span class="font-size-4"><a target="_self" href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89673082?profile=original"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89673082?profile=original" width="258"/></a></span></div>
<div><span class="font-size-4"><br/></span></div>
<div><span class="font-size-4"><br/></span></div>
<div><span class="font-size-4">"A minha próxima vida, quero viver de trás para a frente. Começar morto, para despachar logo o assunto. Depois, acordar num lar de idosos e ir-me sentindo melhor a cada dia que passa. Ser expulso porque estou demasiado saudável, ir receber a reforma e começar a trabalhar, recebendo logo um relógio de ouro no primeiro dia. Trabalhar 40 anos, cada vez mais desenvolto e saudável, até ser jovem o suficiente para entrar na faculdade, embebedar-me diariamente e ser bastante promíscuo. E depois, estar pronto para o secundário e para o primário, antes de me tornar criança e só brincar, sem responsabilidades. Aí torno-me um bebe inocente até nascer. Por fim, passo nove meses flutuando num 'spa' de luxo, com aquecimento central, serviço de quarto à disposição e com um espaço maior por cada dia que passa, e depois - 'Voilá!' - desapareço num orgasmo"- Woody Allen</span><br/><br/> <a style="color: #003399;" href="http://longevidade-silvia.blogspot.com/2011/11/minha-proxima-vida-wood-allen.html#ixzz1mjkMcju2">http://longevidade-silvia.blogspot.com</a></div> PARA QUEM A TRISTEZA SE TORNOU UMA COMPANHEIRA CONSTANTE !tag:anjodeluz.ning.com,2012-02-18:867289:Topic:27516542012-02-18T12:41:08.792ZSONIA GOMEShttp://anjodeluz.ning.com/profile/SONIAGOMES
<div class="tb"></div>
<div class="discussion"><div class="description"><div class="xg_user_generated"><div><div><a href="http://api.ning.com/files/IhlgVJrRNeYkq04*nJSNKpcW82AiCJj*FjtZfwHQKXnGKi8Arf6pHfp2h0uQuReWCaw*LWPXFC0v7MpUbxyRqwnZWIt6T1C0/tristeza.jpg" target="_self"><img class="align-full" src="http://api.ning.com/files/IhlgVJrRNeYkq04*nJSNKpcW82AiCJj*FjtZfwHQKXnGKi8Arf6pHfp2h0uQuReWCaw*LWPXFC0v7MpUbxyRqwnZWIt6T1C0/tristeza.jpg" width="289"></img></a></div>
<div><span class="font-size-4">Não lhe cabe culpar-se, mas lhe cabe desejar por fim a este estado de coisas e sei que você deseja, tem até tentado voltar a sorrir, mas não vem…</span></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
<div class="tb"></div>
<div class="discussion"><div class="description"><div class="xg_user_generated"><div><div><a target="_self" href="http://api.ning.com/files/IhlgVJrRNeYkq04*nJSNKpcW82AiCJj*FjtZfwHQKXnGKi8Arf6pHfp2h0uQuReWCaw*LWPXFC0v7MpUbxyRqwnZWIt6T1C0/tristeza.jpg"><img class="align-full" src="http://api.ning.com/files/IhlgVJrRNeYkq04*nJSNKpcW82AiCJj*FjtZfwHQKXnGKi8Arf6pHfp2h0uQuReWCaw*LWPXFC0v7MpUbxyRqwnZWIt6T1C0/tristeza.jpg" width="289"/></a></div>
<div><span class="font-size-4">Não lhe cabe culpar-se, mas lhe cabe desejar por fim a este estado de coisas e sei que você deseja, tem até tentado voltar a sorrir, mas não vem conseguindo.</span></div>
<div><span class="font-size-4">Não pense na alegria que você vê nos rostos, na rua ou na tv, porque você não sabe o que vai nos corações, aquela alegria que você vê, pode ser falsa.</span></div>
<br/>
<div><span class="font-size-4">Não almeje a alegria daqueles que a obtiveram em algum tipo de droga, como o álcool.</span></div>
<div><span class="font-size-4">Não ache que a alegria seja algo impossível, sentimento comum em situações difíceis. </span></div>
<br/>
<div><span class="font-size-4">Não exagere os problemas (sejam frustrações, ofensas ou até mesmo algum tipo de mal físico). Eles são duros em si mesmos, e não precisamos aumentá-los. Um ponto numa página é apenas um ponto, jamais a página toda.</span></div>
<div><span class="font-size-4">Não permita que a amargura te vença, verifique o que está acontecendo com a sua mente ou com o seu corpo. Talvez você precise de ajuda, seja um ombro amigo ou um profissional que saiba escutar, aconselhar e, se for o extremo caso, medicar. Assim como nosso joelho fraqueja (e procuramos um ortopedista sem nos envergonhar), nossa mente pode falhar (e devemos procurar quem nos possa devolver a saúde, com toda a tranquilidade).</span></div>
<div><span class="font-size-4">Pode ser que as junções de nossos joelhos não nos permitam correr uma maratona. Pode ser que as conexões de nossa mente precisem de ajuda pra recuperar seu equilíbrio.</span></div>
<br/>
<div><span class="font-size-4">Prossiga desejando ter a alegria de volta e continue caminhando, mesmo que doa, mesmo que o dreno vá deixando parte das forças na beira da estrada.</span></div>
<div><span class="font-size-4"><b>Lute contra.</b></span></div>
<br/><br/><br/><span class="font-size-4"> <a rel="nofollow" href="http://longevidade-silvia.blogspot.com/2011/05/este-texto-e-pra-quem-tristeza-se.html#ixzz1mjhrgunH">http://longevidade-silvia.blogspot.com</a></span></div>
</div>
</div>
</div> PORTARIA Nº 2.528 DE 19 DE OUTUBRO DE 2006. Aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa.tag:anjodeluz.ning.com,2012-01-31:867289:Topic:27242332012-01-31T18:18:34.257ZSONIA GOMEShttp://anjodeluz.ning.com/profile/SONIAGOMES
<p><span class="font-size-3"><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89665597?profile=original" target="_self"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89665597?profile=original" width="448"></img></a></span></p>
<p><span class="font-size-3"><br></br></span></p>
<p><span class="font-size-3">PORTARIA Nº 2.528 DE 19 DE OUTUBRO DE 2006.</span><br></br><span class="font-size-3">Aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa.</span><br></br><span class="font-size-3">O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso de suas atribuições, e…</span><br></br></p>
<p><span class="font-size-3"><a target="_self" href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89665597?profile=original"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89665597?profile=original" width="448"/></a></span></p>
<p><span class="font-size-3"><br/></span></p>
<p><span class="font-size-3">PORTARIA Nº 2.528 DE 19 DE OUTUBRO DE 2006.</span><br/><span class="font-size-3">Aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa.</span><br/><span class="font-size-3">O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso de suas atribuições, e</span><br/><span class="font-size-3">Considerando a necessidade de que o setor saúde disponha de uma política atualizada</span><br/><span class="font-size-3">relacionada à saúde do idoso;</span><br/><span class="font-size-3">Considerando a conclusão do processo de revisão e atualização do constante da Portaria n°</span><br/><span class="font-size-3">1.395/GM, de 10 de dezembro de 1999;</span><br/><span class="font-size-3">Considerando a publicação da Portaria nº 399/GM, de 22 de fevereiro de 2006, que divulga o</span><br/><span class="font-size-3">Pacto pela Saúde 2006 - Consolidação do SUS e aprova as Diretrizes Operacionais do referido Pacto; e</span><br/><span class="font-size-3">Considerando a pactuação da Política na reunião da Comissão Intergestores Tripartite do dia 5 de</span><br/><span class="font-size-3">outubro de 2006 e a aprovação da proposta da Política, pelo Conselho Nacional de Saúde, por meio do</span><br/><span class="font-size-3">Memorando nº 500/SE/CNS/ 2006,</span><br/><span class="font-size-3">R E S O L V E:</span><br/><span class="font-size-3">Art. 1º Aprovar a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, cujas disposições constam do</span><br/><span class="font-size-3">Anexo a esta Portaria e dela são parte integrante.</span><br/><span class="font-size-3">Art. 2º Determinar que os órgãos e entidades do Ministério da Saúde, cujas ações se relacionem</span><br/><span class="font-size-3">com o tema objeto da Política ora aprovada, promovam a elaboração ou a readequação de seus</span><br/><span class="font-size-3">programas, projetos e atividades em conformidade com as diretrizes e responsabilidades nela</span><br/><span class="font-size-3">estabelecidas.</span><br/><span class="font-size-3">Art.3º Fixar o prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da data de publicação desta Portaria, para que</span><br/><span class="font-size-3">o Ministério da Saúde adote as providências necessárias à revisão das Portarias nº 702/GM, de 12 de abril</span><br/><span class="font-size-3">de 2002, e n° 249/SAS/MS, de 16 de abril de 2002, que criam os mecanismos de organização e</span><br/><span class="font-size-3">implantação de Redes Estaduais de Assistência à Saúde do Idoso, compatibilizando-as com as diretrizes</span><br/><span class="font-size-3">estabelecidas na Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa aprovada neste ato.</span><br/><span class="font-size-3">Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.</span><br/><span class="font-size-3">Art. 5º Fica revogada a Portaria nº 1.395/GM, de 10 de dezembro de 1999, publicada no Diário</span><br/><span class="font-size-3">Oficial da União nº 237-E, de 13 de dezembro de 1999, página 20, seção 1.</span><br/><span class="font-size-3">JOSÉ AGENOR ÁLVARES DA SILVA</span><br/><span class="font-size-3">ANEXO</span><br/><span class="font-size-3">POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DA PESSOA IDOSA</span><br/><span class="font-size-3">INTRODUÇÃO</span><br/><span class="font-size-3">No Brasil, o direito universal e integral à saúde foi conquistado pela sociedade na Constituição</span><br/><span class="font-size-3">de 1988 e reafirmado com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da Lei Orgânica da</span><br/><span class="font-size-3">Saúde nº 8.080/90. Por esse direito, entende-se o acesso universal e equânime a serviços e ações de</span><br/><span class="font-size-3">promoção, proteção e recuperação da saúde, garantindo a integralidade da atenção, indo ao encontro das</span><br/><span class="font-size-3">diferentes realidades e necessidades de saúde da população e dos indivíduos. Esses preceitos</span><br/><span class="font-size-3">constitucionais encontram-se reafirmados pela Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, que dispôs</span><br/><span class="font-size-3">sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde e sobre as transferências</span><br/><span class="font-size-3">intergovernamentais de recursos financeiros na área de saúde e as Normas Operacionais Básicas (NOB),</span><br/><span class="font-size-3">editadas em 1991, 1993 e 1996, que, por sua vez, regulamentam e definem estratégias e movimentos</span><br/><span class="font-size-3">táticos que orientam a operacionalidade do Sistema.</span><br/><span class="font-size-3">A regulamentação do SUS estabelece princípios e direciona a implantação de um modelo de</span><br/><span class="font-size-3">atenção à saúde que priorize a descentralização, a universalidade, a integralidade da atenção, a eqüidade e</span><br/><span class="font-size-3">o controle social, ao mesmo tempo em que incorpora, em sua organização, o princípio da territorialidade</span><br/><span class="font-size-3">para facilitar o acesso das demandas populacionais aos serviços de saúde. Com o objetivo de reorganizar</span><br/><span class="font-size-3">a prática assistencial é criado em 1994, pelo Ministério da Saúde, o Programa de Saúde da Família (PSF),</span><br/><span class="font-size-3">tornando-se a estratégia setorial de reordenação do modelo de atenção à saúde, como eixo estruturante</span><br/><span class="font-size-3">para reorganização da prática assistencial, imprimindo nova dinâmica nos serviços de saúde e</span><br/><span class="font-size-3">estabelecendo uma relação de vínculo com a comunidade, humanizando esta prática direcionada à</span><br/><span class="font-size-3">vigilância na saúde, na perspectiva da intersetorialidade (Brasil, 1994), denominando-se não mais</span><br/><span class="font-size-3">programa e sim Estratégia Saúde da Família (ESF).</span><br/><span class="font-size-3">Concomitante à regulamentação do SUS, o Brasil organiza-se para responder às crescentes</span><br/><span class="font-size-3">demandas de sua população que80</span><br/><span class="font-size-3">envelhece. A Política Nacional do Idoso, promulgada em 1994 e regulamentada em 1996,</span><br/><span class="font-size-3">assegura direitos sociais à pessoa idosa, criando condições para promover sua autonomia, integração e</span><br/><span class="font-size-3">participação efetiva na sociedade e reafirmando o direito à saúde nos diversos níveis de atendimento do</span><br/><span class="font-size-3">SUS (Lei nº 8.842/94 e Decreto nº 1.948/96).</span><br/><span class="font-size-3">Em 1999, a Portaria Ministerial nº 1.395 anuncia a Política Nacional de Saúde do Idoso, a qual</span><br/><span class="font-size-3">determina que os órgãos e entidades do Ministério da Saúde relacionados ao tema promovam a</span><br/><span class="font-size-3">elaboração ou a readequação de planos, projetos e atividades na conformidade das diretrizes e</span><br/><span class="font-size-3">responsabilidades nela estabelecidas (Brasil, 1999). Essa política assume que o principal problema que</span><br/><span class="font-size-3">pode afetar o idoso é a perda de sua capacidade funcional, isto é, a perda das habilidades físicas e mentais</span><br/><span class="font-size-3">necessárias para realização de atividades básicas e instrumentais da vida diária.</span><br/><span class="font-size-3">Em 2002, é proposta a organização e a implantação de Redes Estaduais de Assistência à Saúde</span><br/><span class="font-size-3">do Idoso (Portaria nº 702/SAS/MS, de 2002), tendo como base as condições de gestão e a divisão de</span><br/><span class="font-size-3">responsabilidades definida pela Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS). Como parte de</span><br/><span class="font-size-3">operacionalização das redes, são criadas as normas para cadastramento de Centros de Referência em</span><br/><span class="font-size-3">Atenção à Saúde do Idoso (Portaria nº 249/SAS/MS, de 2002).</span><br/><span class="font-size-3">Em 2003, o Congresso Nacional aprova e o Presidente da República sanciona o Estatuto do</span><br/><span class="font-size-3">Idoso, elaborado com intensa participação de entidades de defesa dos interesses dos idosos. O Estatuto do</span><br/><span class="font-size-3">Idoso amplia a resposta do Estado e da sociedade às necessidades da população idosa, mas não traz</span><br/><span class="font-size-3">consigo meios para financiar as ações propostas. O Capítulo IV do Estatuto reza especificamente sobre o</span><br/><span class="font-size-3">papel do SUS na garantia da atenção à saúde da pessoa idosa de forma integral, em todos os níveis de</span><br/><span class="font-size-3">atenção.</span><br/><span class="font-size-3">Assim, embora a legislação brasileira relativa aos cuidados da população idosa seja bastante</span><br/><span class="font-size-3">avançada, a prática ainda é insatisfatória. A vigência do Estatuto do Idoso e seu uso como instrumento</span><br/><span class="font-size-3">para a conquista de direitos dos idosos, a ampliação da Estratégia Saúde da Família que revela a presença</span><br/><span class="font-size-3">de idosos e famílias frágeis e em situação de grande vulnerabilidade social e a inserção ainda incipiente</span><br/><span class="font-size-3">das Redes Estaduais de Assistência à Saúde do Idoso tornaram imperiosa a readequação da Política</span><br/><span class="font-size-3">Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI).</span><br/><span class="font-size-3">Em fevereiro de 2006, foi publicado, por meio da Portaria nº 399/GM, o documento das</span><br/><span class="font-size-3">Diretrizes do Pacto pela Saúde que contempla o Pacto pela Vida. Neste documento, a saúde do idoso</span><br/><span class="font-size-3">aparece como uma das seis prioridades pactuadas entre as três esferas de governo sendo apresentada uma</span><br/><span class="font-size-3">série de ações que visam, em última instância, à implementação de algumas das diretrizes da Política</span><br/><span class="font-size-3">Nacional de Atenção à Saúde do Idoso.</span><br/><span class="font-size-3">A publicação do Pacto pela Vida, particularmente no que diz respeito à saúde da população</span><br/><span class="font-size-3">idosa, representa, sem sombra de dúvida, um avanço importante. Entretanto, muito há que se fazer para</span><br/><span class="font-size-3">que o Sistema Único de Saúde dê respostas efetivas e eficazes às necessidades e demandas de saúde da</span><br/><span class="font-size-3">população idosa brasileira. Dessa maneira, a participação da Comissão Intergestores Tripartite e do</span><br/><span class="font-size-3">Conselho Nacional de Saúde, no âmbito nacional, é de fundamental importância para a discussão e</span><br/><span class="font-size-3">formulação de estratégias de ação capazes de dar conta da heterogeneidade da população idosa e, por</span><br/><span class="font-size-3">conseguinte, da diversidade de questões apresentadas.</span><br/><span class="font-size-3">Cabe destacar, por fim, que a organização da rede do SUS é fundamental para que as diretrizes</span><br/><span class="font-size-3">dessa Política sejam plenamente alcançadas. Dessa maneira, torna-se imperiosa a revisão da Portaria nº</span><br/><span class="font-size-3">702/GM, de 12 de abril de 2002, que cria os mecanismos de organização e implantação de Redes</span><br/><span class="font-size-3">Estaduais de Assistência à Saúde do Idoso e a Portaria nº 249/SAS, de 16 de abril de 2002, com posterior</span><br/><span class="font-size-3">pactuação na Comissão Intergestores Tripartite.</span><br/><span class="font-size-3">A meta final deve ser uma atenção à saúde adequada e digna para os idosos e idosas brasileiras,</span><br/><span class="font-size-3">principalmente para aquela parcela da população idosa que teve, por uma série de razões, um processo de</span><br/><span class="font-size-3">envelhecimento marcado por doenças e agravos que impõem sérias limitações ao seu bem-estar.</span><br/><span class="font-size-3">1. FINALIDADE</span><br/><span class="font-size-3">A finalidade primordial da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa é recuperar, manter e</span><br/><span class="font-size-3">promover a autonomia e a independência dos indivíduos idosos, direcionando medidas coletivas e</span><br/><span class="font-size-3">individuais de saúde para esse fim, em consonância com os princípios e diretrizes do Sistema Único de</span><br/><span class="font-size-3">Saúde. É alvo dessa política todo cidadão e cidadã brasileiros com 60 anos ou mais de idade.</span><br/><span class="font-size-3">Considerando:</span><br/><span class="font-size-3">a) o contínuo e intenso processo de envelhecimento populacional brasileiro;</span><br/><span class="font-size-3">b) os inegáveis avanços políticos e técnicos no campo da gestão da saúde;</span><br/><span class="font-size-3">c) o conhecimento atual da Ciência;</span><br/><span class="font-size-3">d) o conceito de saúde para o indivíduo idoso se traduz mais pela sua condição de autonomia e</span><br/><span class="font-size-3">independência que pela presença ou ausência de doença orgânica;</span><br/><span class="font-size-3">e) a necessidade de buscar a qualidade da atenção aos indivíduos idosos por meio de ações</span><br/><span class="font-size-3">fundamentadas no paradigma da promoção da saúde;</span><br/><span class="font-size-3">f) o compromisso brasileiro com a Assembléia Mundial para o Envelhecimento de 2002, cujo</span><br/><span class="font-size-3">Plano de Madri fundamenta-se em: (a) participação ativa dos idosos na sociedade, no desenvolvimento e</span><br/><span class="font-size-3">na luta contra a pobreza; (b) fomento à saúde e bem-estar na velhice: promoção do envelhecimento</span><br/><span class="font-size-3">saudável; e (c) criação de um entorno propício e favorável ao envelhecimento; e</span><br/><span class="font-size-3">g) escassez de recursos sócio-educativos e de saúde direcionados ao atendimento ao idoso;</span><br/><span class="font-size-3">A necessidade de enfrentamento de desafios como:</span><br/><span class="font-size-3">a) a escassez de estruturas de cuidado intermediário ao idoso no SUS, ou seja, estruturas de</span><br/><span class="font-size-3">suporte qualificado para idosos e seus familiares destinadas a promover intermediação segura entre a alta</span><br/><span class="font-size-3">hospitalar e a ida para o domicílio;</span><br/><span class="font-size-3">b) número insuficiente de serviços de cuidado domiciliar ao idoso frágil previsto no Estatuto do</span><br/><span class="font-size-3">Idoso. Sendo a família, via de regra, a executora do cuidado ao idoso, evidencia-se a necessidade de se</span><br/><span class="font-size-3">estabelecer um suporte qualificado e constante aos responsáveis por esses cuidados, tendo a atenção</span><br/><span class="font-size-3">básica por meio da Estratégia Saúde da Família um papel fundamental;</span><br/><span class="font-size-3">c) a escassez de equipes multiprofissionais e interdisciplinares com conhecimento em</span><br/><span class="font-size-3">envelhecimento e saúde da pessoa idosa; e</span><br/><span class="font-size-3">d) a implementação insuficiente ou mesmo a falta de implementação das Redes de Assistência à</span><br/><span class="font-size-3">Saúde do Idoso.</span><br/><span class="font-size-3">2. JUSTIFICATIVA</span><br/><span class="font-size-3">O Brasil envelhece de forma rápida e intensa. No Censo de 2000, contava com mais de 14,5</span><br/><span class="font-size-3">milhões de idosos (IBGE, 2002), em sua maioria com baixo nível socioeconômico e educacional e com</span><br/><span class="font-size-3">uma alta prevalência de doenças crônicas e causadoras de limitações funcionais e de incapacidades</span><br/><span class="font-size-3">(Lima-Costa et al, 2003; Ramos, 2002). A cada ano, 650 mil novos idosos são incorporados à população</span><br/><span class="font-size-3">brasileira (IBGE, 2000). Essa transição demográfica repercute na área da saúde, em relação à necessidade</span><br/><span class="font-size-3">de (re)organizar os modelos assistenciais (Lima-Costa & Veras, 2003). A maior causa de mortalidade</span><br/><span class="font-size-3">entre idosos brasileiros é o acidente vascular cerebral (Lima-Costa et al., 2000). Na transição</span><br/><span class="font-size-3">epidemiológica brasileira ocorrem incapacidades resultantes do não-controle de fatores de risco</span><br/><span class="font-size-3">preveníveis (Lima-Costa et al., 2003).</span><br/><span class="font-size-3">O sistema de saúde brasileiro tradicionalmente está organizado para atender à saúde maternoinfantil</span><br/><span class="font-size-3">e não tem considerado o envelhecimento como uma de suas prioridades. Uma importante</span><br/><span class="font-size-3">conseqüência do aumento do número de pessoas idosas em uma população é que esses indivíduos</span><br/><span class="font-size-3">provavelmente apresentarão um maior número de doenças e/ou condições crônicas que requerem mais</span><br/><span class="font-size-3">serviços sociais e médicos e por mais tempo (Firmo et al, 2003). Isso já pode ser notado, uma vez que a</span><br/><span class="font-size-3">população idosa, que hoje representa cerca de 9% da população, consome mais de 26% dos recursos de</span><br/><span class="font-size-3">internação hospitalar no SUS (Lima-Costa et al, 2000). Além disso, é notável a carência de profissionais</span><br/><span class="font-size-3">qualificados para o cuidado ao idoso, em todos os níveis de atenção.</span><br/><span class="font-size-3">Outro fato importante a ser considerado é que saúde para a população idosa não se restringe ao</span><br/><span class="font-size-3">controle e à prevenção de agravos de doenças crônicas não-transmissíveis. Saúde da pessoa idosa é a</span><br/><span class="font-size-3">interação entre a saúde física, a saúde mental, a independência financeira, a capacidade funcional e o</span><br/><span class="font-size-3">suporte social (Ramos, 2002).</span><br/><span class="font-size-3">As políticas públicas de saúde, objetivando assegurar atenção a toda população, têm dado</span><br/><span class="font-size-3">visibilidade a um segmento populacional até então pouco notado pela saúde pública - os idosos e as</span><br/><span class="font-size-3">idosas com alto grau de dependência funcional -. É possível a criação de ambientes físicos, sociais e</span><br/><span class="font-size-3">atitudinais que possibilitem melhorar a saúde das pessoas com incapacidades tendo como uma das metas</span><br/><span class="font-size-3">ampliar a participação social dessas pessoas na sociedade (Lollar & Crews, 2002). Por isso mesmo, é</span><br/><span class="font-size-3">imprescindível oferecer cuidados sistematizados e adequados a partir dos recursos físicos, financeiros e</span><br/><span class="font-size-3">humanos de que se dispõe hoje.</span><br/><span class="font-size-3">2.1. O Grande Desafio: o Envelhecimento Populacional em Condição de Desigualdade Social e</span><br/><span class="font-size-3">de Gênero</span><br/><span class="font-size-3">Envelhecimento populacional é definido como a mudança na estrutura etária da população, o que</span><br/><span class="font-size-3">produz um aumento do peso relativo das pessoas acima de determinada idade, considerada como</span><br/><span class="font-size-3">definidora do início da velhice (Carvalho & Garcia, 2003). No Brasil, é definida como idosa a pessoa que</span><br/><span class="font-size-3">tem 60 anos ou mais de idade (BRASIL, 2003).</span><br/><span class="font-size-3">Nos últimos 60 anos, o número absoluto de pessoas com 60 anos ou mais de idade aumentou</span><br/><span class="font-size-3">nove vezes (Beltrão, Camarano e Kanso, 2004). Não só a população brasileira está envelhecendo, mas a</span><br/><span class="font-size-3">proporção da população “mais idosa”, ou seja, a de 80 anos ou mais de idade, também está aumentando,</span><br/><span class="font-size-3">alterando a composição etária dentro do próprio grupo. Significa dizer que a população idosa também</span><br/><span class="font-size-3">está envelhecendo (Camarano et al, 1999). Em 2000, esse segmento representou 12,6% do total da</span><br/><span class="font-size-3">população idosa brasileira. Isso leva a uma heterogeneidade do segmento idoso brasileiro, havendo no</span><br/><span class="font-size-3">grupo pessoas em pleno vigor físico e mental e outras em situações de maior vulnerabilidade (Camarano</span><br/><span class="font-size-3">et al, 2004).</span><br/><span class="font-size-3">O envelhecimento é também uma questão de gênero. Cinqüenta e cinco por cento da população</span><br/><span class="font-size-3">idosa são formados por mulheres. A proporção do contingente feminino é tanto mais expressiva quanto</span><br/><span class="font-size-3">mais idoso for o segmento. Essa predominância feminina se dá em zonas urbanas. Nas rurais,</span><br/><span class="font-size-3">predominam os homens, o que pode resultar em isolamento e abandono dessas pessoas (Camarano et al,</span><br/><span class="font-size-3">2004; Camarano et al, 1999; Saad, 1999).</span><br/><span class="font-size-3">Quanto ao local de moradia, os idosos podem estar no ambiente familiar ou em instituições de</span><br/><span class="font-size-3">longa permanência para idosos (ILPI). Cuidados institucionais não são prática generalizada nas</span><br/><span class="font-size-3">sociedades latinas. É consenso entre as mais variadas especialidades científicas que a permanência dos</span><br/><span class="font-size-3">idosos em seus núcleos familiares e comunitários contribui para o seu bem-estar (Camarano & Pasinato,</span><br/><span class="font-size-3">2004). No entanto, os dados referentes à população idosa institucionalizada no Brasil são falhos. Em</span><br/><span class="font-size-3">2002, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados publicou o relatório “V Caravana</span><br/><span class="font-size-3">Nacional de Direitos Humanos: uma amostra da Realidade dos Abrigos e Asilos de Idosos no Brasil”. De</span><br/><span class="font-size-3">acordo com o relatório, havia cerca de 19.000 idosos institucionalizados em todo o País, o que representa</span><br/><span class="font-size-3">0,14% do total de idosos brasileiros. É de se esperar que esse número seja bem maior levando-se em</span><br/><span class="font-size-3">conta que muitas das instituições asilares não são cadastradas e que grande parte funciona na</span><br/><span class="font-size-3">clandestinidade.</span><br/><span class="font-size-3">A heterogeneidade do grupo de idosos, seja em termos etários, de local de moradia ou</span><br/><span class="font-size-3">socioeconômicos, acarreta demandas diferenciadas, o que tem rebatimento na formulação de políticas</span><br/><span class="font-size-3">públicas para o segmento (Camarano et al, 2004).</span><br/><span class="font-size-3">O envelhecimento populacional desafia a habilidade de produzir políticas de saúde que</span><br/><span class="font-size-3">respondam às necessidades das pessoas idosas. A proporção de usuários idosos de todos os serviços</span><br/><span class="font-size-3">prestados tende a ser cada vez maior, quer pelo maior acesso às informações do referido grupo etário,</span><br/><span class="font-size-3">quer pelo seu expressivo aumento relativo e absoluto na população brasileira. (Lima-Costa & Veras,</span><br/><span class="font-size-3">2003).</span><br/><span class="font-size-3">Além disso, os idosos diferem de acordo com a sua história de vida, com seu grau de</span><br/><span class="font-size-3">independência funcional e com a demanda por serviços mais ou menos específicos. Todos necessitam,</span><br/><span class="font-size-3">contudo, de uma avaliação pautada no conhecimento do processo de envelhecimento e de suas</span><br/><span class="font-size-3">peculiaridades e adaptada à realidade sócio-cultural em que estão inseridos. Faz-se, portanto, necessário</span><br/><span class="font-size-3">que os serviços que prestam atendimento a idosos respondam a necessidades específicas e distingam-se</span><br/><span class="font-size-3">pela natureza da intensidade dos serviços que ofereçam.</span><br/><span class="font-size-3">Cumpre notar que os idosos são potenciais consumidores de Serviços de Saúde e de Assistência.</span><br/><span class="font-size-3">Esse grupo sabidamente apresenta uma grande carga de doenças crônicas e incapacitantes, quando</span><br/><span class="font-size-3">comparado a outros grupos etários (Lima-Costa et al, 2003a; Lima-Costa et al, 2003b; Caldas, 2003).</span><br/><span class="font-size-3">Disso resulta uma demanda crescente por serviços sociais e de saúde (Lima-Costa & Veras, 2003).</span><br/><span class="font-size-3">2.2. Contextualização: Responder às Demandas das Pessoas Idosas mais Frágeis dentre a</span><br/><span class="font-size-3">População em Maior Risco de Vulnerabilidade</span><br/><span class="font-size-3">O envelhecimento populacional cursa com o aumento de doenças e condições que podem levar a</span><br/><span class="font-size-3">incapacidade funcional. Para Verbrugge & Jette (1994), a incapacidade funcional é a dificuldade</span><br/><span class="font-size-3">experimentada em realizar atividades em qualquer domínio da vida devido a um problema físico ou de</span><br/><span class="font-size-3">saúde. Ela também pode ser entendida como a distância entre a dificuldade apresentada e os recursos</span><br/><span class="font-size-3">pessoais e ambientais de que dispõe para superá-la (Hébert, 2003). Incapacidade é mais um processo do</span><br/><span class="font-size-3">que um estado estático (Iezzoni, 2002). A Organização Mundial de Saúde (OMS) em sua Classificação</span><br/><span class="font-size-3">Internacional de Funções, Incapacidade e Saúde (CIF, 2001) vê a incapacidade e as funções de uma</span><br/><span class="font-size-3">pessoa como a interação dinâmica entre condições de saúde - doenças, lesões, traumas etc - e fatores</span><br/><span class="font-size-3">contextuais, incluindo atributos pessoais e ambientais. A dependência é a expressão da dificuldade ou</span><br/><span class="font-size-3">incapacidade em realizar uma atividade específica por causa de um problema de saúde (Hébert, 2003).</span><br/><span class="font-size-3">No entanto, cabe enfatizar que a existência de uma incapacidade funcional, independentemente de sua</span><br/><span class="font-size-3">origem, é o que determina a necessidade de um cuidador (Néri & Sommerhalder, 2002).</span><br/><span class="font-size-3">Incapacidade funcional e limitações físicas, cognitivas e sensoriais não são conseqüências</span><br/><span class="font-size-3">inevitáveis do envelhecimento. A prevalência da incapacidade aumenta com a idade, mas a idade sozinha</span><br/><span class="font-size-3">não prediz incapacidade (Lollar & Crews, 2002). Mulheres, minorias e pessoas de baixo poder</span><br/><span class="font-size-3">socioeconômico são particularmente vulneráveis (Freedman, Martin e Schoeni, 2002).</span><br/><span class="font-size-3">Independentemente de sua etiologia, pessoas com incapacidade estão em maior risco para problemas de</span><br/><span class="font-size-3">saúde e afins (Lollar & Crews, 2002). A presença de incapacidade é ônus para o indivíduo, para a família,</span><br/><span class="font-size-3">para o sistema de saúde e para a sociedade (Giacomin et al., 2004).</span><br/><span class="font-size-3">Estudos brasileiros de base populacional em idosos apontam a existência de incapacidade entre</span><br/><span class="font-size-3">idosos em cifras que variam de 2 a 45% dos idosos (Giacomin et al., 2005; Duarte, 2003; Lima-Costa,</span><br/><span class="font-size-3">2003; Rosa et al; 2003), dependendo da idade e do sexo.</span><br/><span class="font-size-3">Assim, torna-se imprescindível incluir a condição funcional ao se formularem políticas para a</span><br/><span class="font-size-3">saúde dos idosos e responder, prioritariamente, às pessoas idosas que já apresentem alta dependência.</span><br/><span class="font-size-3">3. DIRETRIZES</span><br/><span class="font-size-3">Não se fica velho aos 60 anos. O envelhecimento é um processo natural que ocorre ao longo de</span><br/><span class="font-size-3">toda a experiência de vida do ser humano, por meio de escolhas e de circunstâncias. O preconceito contra</span><br/><span class="font-size-3">a velhice e a negação da sociedade quanto a esse fenômeno colaboram para a dificuldade de se pensar</span><br/><span class="font-size-3">políticas específicas para esse grupo. Ainda há os que pensam que se investe na infância e se gasta na</span><br/><span class="font-size-3">velhice. Deve ser um compromisso de todo gestor em saúde compreender que, ainda que os custos de</span><br/><span class="font-size-3">hospitalizações e cuidados prolongados sejam elevados na parcela idosa, também aí está se investindo na</span><br/><span class="font-size-3">velhice “Quando o envelhecimento é aceito como um êxito, o aproveitamento da competência,</span><br/><span class="font-size-3">experiência e dos recursos humanos dos grupos mais velhos é assumido com naturalidade, como uma</span><br/><span class="font-size-3">vantagem para o crescimento de sociedades humanas maduras e plenamente integradas” (Plano de Madri,</span><br/><span class="font-size-3">Artigo 6º).</span><br/><span class="font-size-3">Envelhecer, portanto, deve ser com saúde, de forma ativa, livre de qualquer tipo de dependência</span><br/><span class="font-size-3">funcional, o que exige promoção da saúde em todas as idades. Importante acrescentar que muitos idosos</span><br/><span class="font-size-3">brasileiros envelheceram e envelhecem apesar da falta de recursos e da falta de cuidados específicos de</span><br/><span class="font-size-3">promoção e de prevenção em saúde. Entre esses estão os idosos que vivem abaixo da linha de pobreza,</span><br/><span class="font-size-3">analfabetos, os seqüelados de acidentes de trabalho, os amputados por arteriopatias, os hemiplégicos, os</span><br/><span class="font-size-3">idosos com síndromes demenciais, e para eles também é preciso achar respostas e ter ações específicas.</span><br/><span class="font-size-3">São apresentadas abaixo as diretrizes da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa:</span><br/><span class="font-size-3">a) promoção do envelhecimento ativo e saudável;</span><br/><span class="font-size-3">b) atenção integral, integrada à saúde da pessoa idosa;</span><br/><span class="font-size-3">c) estímulo às ações intersetoriais, visando à integralidade da atenção;</span><br/><span class="font-size-3">d) provimento de recursos capazes de assegurar qualidade da atenção à saúde da pessoa idosa;</span><br/><span class="font-size-3">e) estímulo à participação e fortalecimento do controle social;</span><br/><span class="font-size-3">f) formação e educação permanente dos profissionais de saúde do SUS na área de saúde da</span><br/><span class="font-size-3">pessoa idosa;</span><br/><span class="font-size-3">g) divulgação e informação sobre a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa para</span><br/><span class="font-size-3">profissionais de saúde, gestores e usuários do SUS;</span><br/><span class="font-size-3">h) promoção de cooperação nacional e internacional das experiências na atenção à saúde da</span><br/><span class="font-size-3">pessoa idosa; e</span><br/><span class="font-size-3">i) apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas.</span><br/><span class="font-size-3">3.1. Promoção do Envelhecimento Ativo e Saudável</span><br/><span class="font-size-3">A promoção do envelhecimento ativo, isto é, envelhecer mantendo a capacidade funcional e a</span><br/><span class="font-size-3">autonomia, é reconhecidamente a meta de toda ação de saúde. Ela permeia todas as ações desde o prénatal</span><br/><span class="font-size-3">até a fase da velhice. A abordagem do envelhecimento ativo baseia-se no reconhecimento dos</span><br/><span class="font-size-3">direitos das pessoas idosas e nos princípios de independência, participação, dignidade, assistência e autorealização</span><br/><span class="font-size-3">determinados pela Organização das Nações Unidas (WHO, 2002). Para tanto é importante</span><br/><span class="font-size-3">entender que as pessoas idosas constituem um grupo heterogêneo. Também será necessário vencer</span><br/><span class="font-size-3">preconceitos e discutir mitos arraigados em nossa cultura. Os profissionais de saúde e a comunidade</span><br/><span class="font-size-3">devem perceber que a prevenção e a promoção de saúde não é privilégio apenas dos jovens. A promoção</span><br/><span class="font-size-3">não termina quando se faz 60 anos e as ações de prevenção, sejam elas primárias, secundárias ou</span><br/><span class="font-size-3">terciárias, devem ser incorporadas à atenção à saúde, em todas as idades.</span><br/><span class="font-size-3">Envelhecimento bem sucedido pode ser entendido a partir de seus três componentes: (a) menor</span><br/><span class="font-size-3">probabilidade de doença; (b) alta capacidade funcional física e mental; e (c) engajamento social ativo</span><br/><span class="font-size-3">com a vida (Kalache & Kickbush, 1997; Rowe & Kahn, 1997; Healthy People 2000). O Relatório</span><br/><span class="font-size-3">Healthy People 2000 da OMS enfatiza em seus objetivos: aumentar os anos de vida saudável, reduzir</span><br/><span class="font-size-3">disparidades na saúde entre diferentes grupos populacionais e assegurar o acesso a serviços preventivos</span><br/><span class="font-size-3">de saúde. Além disso, é preciso incentivar e equilibrar a responsabilidade pessoal – cuidado consigo</span><br/><span class="font-size-3">mesmo – ambientes amistosos para a faixa etária e solidariedade entre gerações. As famílias e indivíduos</span><br/><span class="font-size-3">devem se preparar para a velhice, esforçando-se para adotar uma postura de práticas saudáveis em todas</span><br/><span class="font-size-3">as fases da vida (OMS, 2002).</span><br/><span class="font-size-3">Com a perspectiva de ampliar o conceito de “envelhecimento saudável”, a Organização Mundial</span><br/><span class="font-size-3">da Saúde propõe “Envelhecimento Ativo: Uma Política de Saúde” (2005), ressaltando que o governo, as</span><br/><span class="font-size-3">organizações internacionais e a sociedade civil devam implementar políticas e programas que melhorem</span><br/><span class="font-size-3">a saúde, a participação e a segurança da pessoa idosa. Considerando o cidadão idoso não mais como</span><br/><span class="font-size-3">passivo, mas como agente das ações a eles direcionadas, numa abordagem baseada em direitos, que</span><br/><span class="font-size-3">valorize os aspectos da vida em comunidade, identificando o potencial para o bem-estar físico, social e</span><br/><span class="font-size-3">mental ao longo do curso da vida.</span><br/><span class="font-size-3">Aproveitar todas as oportunidades para:</span><br/><span class="font-size-3">a) desenvolver e valorizar o atendimento acolhedor e resolutivo à pessoa idosa, baseado em</span><br/><span class="font-size-3">critérios de risco;</span><br/><span class="font-size-3">b) informar sobre seus direitos, como ser acompanhado por pessoas de sua rede social (livre</span><br/><span class="font-size-3">escolha) e quem são os profissionais que cuidam de sua saúde;</span><br/><span class="font-size-3">c) valorizar e respeitar a velhice;</span><br/><span class="font-size-3">d) estimular a solidariedade para com esse grupo etário;</span><br/><span class="font-size-3">e) realizar ações de prevenção de acidentes no domicílio e nas vias públicas, como quedas e</span><br/><span class="font-size-3">atropelamentos;</span><br/><span class="font-size-3">f) realizar ações integradas de combate à violência doméstica e institucional contra idosos e</span><br/><span class="font-size-3">idosas;</span><br/><span class="font-size-3">g) facilitar a participação das pessoas idosas em equipamentos sociais, grupos de terceira idade,</span><br/><span class="font-size-3">atividade física, conselhos de saúde locais e conselhos comunitários onde o idoso possa ser ouvido e</span><br/><span class="font-size-3">apresentar suas demandas e prioridades;</span><br/><span class="font-size-3">h) articular ações e ampliar a integração entre as secretarias municipais e as estaduais de saúde, e</span><br/><span class="font-size-3">os programas locais desenvolvidos para a difusão da atividade física e o combate ao sedentarismo;</span><br/><span class="font-size-3">i) promover a participação nos grupos operativos e nos grupos de convivência, com ações de</span><br/><span class="font-size-3">promoção, valorização de experiências positivas e difusão dessas na rede, nortear e captar experiências;</span><br/><span class="font-size-3">j) informar e estimular a prática de nutrição balanceada, sexo seguro, imunização e hábitos de</span><br/><span class="font-size-3">vida saudáveis;</span><br/><span class="font-size-3">k) realizar ações motivadoras ao abandono do uso de álcool, tabagismo e sedentarismo, em todos</span><br/><span class="font-size-3">os níveis de atenção;</span><br/><span class="font-size-3">l) promover ações grupais integradoras com inserção de avaliação, diagnóstico e tratamento da</span><br/><span class="font-size-3">saúde mental da pessoa idosa;</span><br/><span class="font-size-3">m) reconhecer e incorporar as crenças e modelos culturais dos usuários em seus planos de</span><br/><span class="font-size-3">cuidado, como forma de favorecer a adesão e a eficiência dos recursos e tratamentos disponíveis;</span><br/><span class="font-size-3">n) promover a saúde por meio de serviços preventivos primários, tais como a vacinação da</span><br/><span class="font-size-3">população idosa, em conformidade com a Política Nacional de Imunização;</span><br/><span class="font-size-3">o) estimular programas de prevenção de agravos de doenças crônicas não-transmissíveis em</span><br/><span class="font-size-3">indivíduos idosos;</span><br/><span class="font-size-3">p) implementar ações que contraponham atitudes preconceituosas e sejam esclarecedoras de que</span><br/><span class="font-size-3">envelhecimento não é sinônimo de doença;</span><br/><span class="font-size-3">q) disseminar informação adequada sobre o envelhecimento para os profissionais de saúde e para</span><br/><span class="font-size-3">toda a população, em especial para a população idosa;</span><br/><span class="font-size-3">r) implementar ações para reduzir hospitalizações e aumentar habilidades para o auto-cuidado</span><br/><span class="font-size-3">dos usuários do SUS;</span><br/><span class="font-size-3">s) incluir ações de reabilitação para a pessoa idosa na atenção primária de modo a intervir no</span><br/><span class="font-size-3">processo que origina a dependência funcional;</span><br/><span class="font-size-3">t) investir na promoção da saúde em todas as idades; e</span><br/><span class="font-size-3">u) articular as ações do Sistema Único de Saúde com o Sistema Único de Assistência Social –</span><br/><span class="font-size-3">SUAS.</span><br/><span class="font-size-3">3.2. Atenção Integral e Integrada à Saúde da Pessoa Idosa</span><br/><span class="font-size-3">A atenção integral e integrada à saúde da pessoa idosa deverá ser estruturada nos moldes de uma</span><br/><span class="font-size-3">linha de cuidados, com foco no usuário, baseado nos seus direitos, necessidades, preferências e</span><br/><span class="font-size-3">habilidades; estabelecimento de fluxos bidirecionais funcionantes, aumentando e facilitando o acesso a</span><br/><span class="font-size-3">todos os níveis de atenção; providos de condições essenciais - infra-estrutura física adequada, insumos e</span><br/><span class="font-size-3">pessoal qualificado para a boa qualidade técnica.</span><br/><span class="font-size-3">Instrumentos gerenciais baseados em levantamento de dados sobre a capacidade funcional</span><br/><span class="font-size-3">(inventários funcionais) e sócio-familiares da pessoa idosa deverão ser implementados pelos gestores</span><br/><span class="font-size-3">municipais e estaduais do SUS, para que haja a participação de profissionais de saúde e usuários na</span><br/><span class="font-size-3">construção de planos locais de ações para enfrentamento das dificuldades inerentes à complexidade de</span><br/><span class="font-size-3">saúde da pessoa idosa.</span><br/><span class="font-size-3">Incorporação, na atenção básica, de mecanismos que promovam a melhoria da qualidade e</span><br/><span class="font-size-3">aumento da resolutividade da atenção à pessoa idosa, com envolvimento dos profissionais da atenção</span><br/><span class="font-size-3">básica e das equipes do Saúde da Família, incluindo a atenção domiciliar e ambulatorial, com incentivo à</span><br/><span class="font-size-3">utilização de instrumentos técnicos validados, como de avaliação funcional e psicossocial.</span><br/><span class="font-size-3">Incorporação, na atenção especializada, de mecanismos que fortaleçam a atenção à pessoa idosa:</span><br/><span class="font-size-3">reestruturação e implementação das Redes Estaduais de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa, visando a</span><br/><span class="font-size-3">integração efetiva com a atenção básica e os demais níveis de atenção, garantindo a integralidade da</span><br/><span class="font-size-3">atenção, por meio do estabelecimento de fluxos de referência e contra-referência; e implementando de</span><br/><span class="font-size-3">forma efetiva modalidades de atendimento que correspondam às necessidades da população idosa, com</span><br/><span class="font-size-3">abordagem multiprofissional e interdisciplinar, sempre que possível. Contemplando também fluxos de</span><br/><span class="font-size-3">retaguarda para a rede hospitalar e demais especialidades, disponíveis no Sistema Único de Saúde.</span><br/><span class="font-size-3">A prática de cuidados às pessoas idosas exige abordagem global, interdisciplinar e</span><br/><span class="font-size-3">multidimensional, que leve em conta a grande interação entre os fatores físicos, psicológicos e sociais</span><br/><span class="font-size-3">que influenciam a saúde dos idosos e a importância do ambiente no qual está inserido. A abordagem</span><br/><span class="font-size-3">também precisa ser flexível e adaptável às necessidades de uma clientela específica. A identificação e o</span><br/><span class="font-size-3">reconhecimento da rede de suporte social e de suas necessidades também faz parte da avaliação</span><br/><span class="font-size-3">sistemática, objetivando prevenir e detectar precocemente o cansaço das pessoas que cuidam. As</span><br/><span class="font-size-3">intervenções devem ser feitas e orientadas com vistas à promoção da autonomia e independência da</span><br/><span class="font-size-3">pessoa idosa, estimulando-a para o auto-cuidado. Grupos de auto-ajuda entre as pessoas que cuidam</span><br/><span class="font-size-3">devem ser estimulados.</span><br/><span class="font-size-3">Uma abordagem preventiva e uma intervenção precoce são sempre preferíveis às intervenções</span><br/><span class="font-size-3">curativas tardias. Para tanto, é necessária a vigilância de todos os membros da equipe de saúde, a</span><br/><span class="font-size-3">aplicação de instrumentos de avaliação e de testes de triagem, para detecção de distúrbios cognitivos,</span><br/><span class="font-size-3">visuais, de mobilidade, de audição, de depressão e do comprometimento precoce da funcionalidade,</span><br/><span class="font-size-3">dentre outros.</span><br/><span class="font-size-3">O modelo de atenção à saúde baseado na assistência médica individual não se mostra eficaz na</span><br/><span class="font-size-3">prevenção, educação e intervenção, em questões sociais, ficando muitas vezes restritas às complicações</span><br/><span class="font-size-3">advindas de afecções crônicas. A cada etapa de intervenção os profissionais deverão considerar os</span><br/><span class="font-size-3">anseios do idoso e de sua família. Pressupondo-se troca de informações e negociação das expectativas de</span><br/><span class="font-size-3">cada um, levando-se em consideração elementos históricos do paciente, seus recursos individuais e</span><br/><span class="font-size-3">sociais e aqueles da rede de suporte social disponível no local.</span><br/><span class="font-size-3">Um dos instrumentos gerenciais imprescindíveis é a implementação da avaliação funcional</span><br/><span class="font-size-3">individual e coletiva. A partir da avaliação funcional coletiva determina-se a pirâmide de risco funcional,</span><br/><span class="font-size-3">estabelecida com base nas informações relativas aos critérios de risco da população assistida pelas</span><br/><span class="font-size-3">Unidades Básicas de Saúde (UBS) de cada município. Verifica-se como está distribuída a população</span><br/><span class="font-size-3">adscrita à equipe do Saúde da Família, com base no inventário de risco funcional. Nos municípios que</span><br/><span class="font-size-3">não dispõem da Estratégia Saúde da Família, as equipes das UBS poderão ser responsáveis por esse</span><br/><span class="font-size-3">levantamento e acompanhamento. Assim, é possível conhecer qual a proporção de idosos que vivem em</span><br/><span class="font-size-3">Instituições de Longa Permanência para Idosos, a proporção daqueles com alta dependência funcional –</span><br/><span class="font-size-3">acamados –, a proporção dos que já apresentam alguma incapacidade funcional para atividades básicas da</span><br/><span class="font-size-3">vida diária (AVD) – como tomar banho, vestir-se, usar o banheiro, transferir-se da cama para a cadeira,</span><br/><span class="font-size-3">ser continente e alimentar-se com a própria mão – e qual a proporção de idosos independentes.</span><br/><span class="font-size-3">Considera-se o idoso independente aquele que é capaz de realizar sem dificuldades e sem ajuda</span><br/><span class="font-size-3">todas as atividades de vida diária citadas acima. Esses idosos comporão a base da pirâmide.</span><br/><span class="font-size-3">Indivíduos idosos, mesmo sendo independentes, mas que apresentem alguma dificuldade nas</span><br/><span class="font-size-3">atividades instrumentais de vida diária (AIVD) – preparar refeições, controlar a própria medicação, fazer</span><br/><span class="font-size-3">compras, controlar o próprio dinheiro, usar o telefone, fazer pequenas tarefas e reparos domésticos e sair</span><br/><span class="font-size-3">de casa sozinho utilizando uma condução coletiva –, são considerados idosos com potencial para</span><br/><span class="font-size-3">desenvolver fragilidade e por isso merecerão atenção específica pelos profissionais de saúde e devem ser</span><br/><span class="font-size-3">acompanhados com maior freqüência.</span><br/><span class="font-size-3">Considera-se idoso frágil ou em situação de fragilidade aquele que: vive em ILPI, encontra-se</span><br/><span class="font-size-3">acamado, esteve hospitalizado recentemente por qualquer razão, apresente doenças sabidamente</span><br/><span class="font-size-3">causadoras de incapacidade funcional – acidente vascular encefálico, síndromes demenciais e outras</span><br/><span class="font-size-3">doenças neurodegenerativas, etilismo, neoplasia terminal, amputações de membros –, encontra-se com</span><br/><span class="font-size-3">pelo menos uma incapacidade funcional básica, ou viva situações de violência doméstica. Por critério</span><br/><span class="font-size-3">etário, a literatura estabelece que também é frágil o idoso com 75 anos ou mais de idade. Outros critérios</span><br/><span class="font-size-3">poderão ser acrescidos ou modificados de acordo com as realidades locais.</span><br/><span class="font-size-3">Uma vez conhecida a condição de fragilidade, será necessário avaliar os recursos locais para</span><br/><span class="font-size-3">lidar com ela, de modo a facilitar o cuidado domiciliar, incluir a pessoa que cuida no ambiente familiar</span><br/><span class="font-size-3">como um parceiro da equipe de cuidados, fomentar uma rede de solidariedade para com o idoso frágil e</span><br/><span class="font-size-3">sua família, bem como promover a reinserção da parcela idosa frágil na comunidade.</span><br/><span class="font-size-3">De acordo com a condição funcional da pessoa idosa serão estabelecidas ações de atenção</span><br/><span class="font-size-3">primária, de prevenção – primária, secundária e terciária –, de reabilitação, para a recuperação da máxima</span><br/><span class="font-size-3">autonomia funcional, prevenção do declínio funcional, e recuperação da saúde. Estarão incluídas nessas</span><br/><span class="font-size-3">ações o controle e a prevenção de agravos de doenças crônicas não-transmissíveis.</span><br/><span class="font-size-3">Todo profissional deve procurar promover a qualidade de vida da pessoa idosa, quando chamado</span><br/><span class="font-size-3">a atendê-la. É importante viver muito, mas é fundamental viver bem. Preservar a autonomia e a</span><br/><span class="font-size-3">independência funcional das pessoas idosas deve ser a meta em todos os níveis de atenção.</span><br/><span class="font-size-3">Ficam estabelecidos, portanto, os dois grandes eixos norteadores para a integralidade de ações: o</span><br/><span class="font-size-3">enfrentamento de fragilidades, da pessoa idosa, da família e do sistema de saúde; e a promoção da saúde</span><br/><span class="font-size-3">e da integração social, em todos os níveis de atenção.</span><br/><span class="font-size-3">3.3. Estímulo às Ações Intersetoriais, visando à Integralidade da Atenção</span><br/><span class="font-size-3">A prática da intersetorialidade pressupõe o reconhecimento de parceiros e de órgãos</span><br/><span class="font-size-3">governamentais e não-governamentais que trabalham com a população idosa. A organização do cuidado</span><br/><span class="font-size-3">intersetorial a essa população evita duplicidade de ações, corrige distorções e potencializa a rede de</span><br/><span class="font-size-3">solidariedade.</span><br/><span class="font-size-3">As ações intersetoriais visando à integralidade da atenção à saúde da pessoa idosa devem ser</span><br/><span class="font-size-3">promovidas e implementadas, considerando as características e as necessidades locais.</span><br/><span class="font-size-3">3.4. Provimento de Recursos Capazes de Assegurar Qualidade da Atenção à Saúde da Pessoa</span><br/><span class="font-size-3">Idosa</span><br/><span class="font-size-3">Deverão ser definidas e pactuadas com os estados, o Distrito Federal e os municípios as formas</span><br/><span class="font-size-3">de financiamento que ainda não foram regulamentadas, para aprimoramento da qualidade técnica da</span><br/><span class="font-size-3">atenção à saúde prestada à pessoa idosa. Os mecanismos e os fluxos de financiamento devem ter por base</span><br/><span class="font-size-3">as programações ascendentes de estratégias que possibilitem a valorização do cuidado humanizado ao</span><br/><span class="font-size-3">indivíduo idoso. Abaixo são apresentados os itens prioritários para a pactuação:</span><br/><span class="font-size-3">a) provimento de insumos, de suporte em todos os níveis de atenção, prioritariamente na atenção</span><br/><span class="font-size-3">domiciliar inclusive medicamentos;</span><br/><span class="font-size-3">b) provimento de recursos para adequação de estrutura física dos serviços próprios do SUS;</span><br/><span class="font-size-3">c) provimento de recursos para ações de qualificação e de capacitação de recursos humanos, e</span><br/><span class="font-size-3">incremento da qualidade técnica dos profissionais de saúde do SUS na atenção à pessoa idosa;</span><br/><span class="font-size-3">d) produção de material de divulgação e informativos sobre a Política Nacional de Saúde da</span><br/><span class="font-size-3">Pessoa Idosa, normas técnicas e operacionais, protocolos e manuais de atenção, para profissionais de</span><br/><span class="font-size-3">saúde, gestores e usuários do SUS;</span><br/><span class="font-size-3">e) implementação de procedimento ambulatorial específico para a avaliação global do idoso; e</span><br/><span class="font-size-3">f) determinação de critérios mínimos de estrutura, processo e resultados, com vistas a melhorar o</span><br/><span class="font-size-3">atendimento à população idosa, aplicáveis às unidades de saúde do SUS, de modo que a adequação a</span><br/><span class="font-size-3">esses critérios seja incentivada e mereça reconhecimento.</span><br/><span class="font-size-3">3.5. Estímulo à Participação e Fortalecimento do Controle Social</span><br/><span class="font-size-3">Deve-se estimular a inclusão nas Conferências Municipais e Estaduais de Saúde de temas</span><br/><span class="font-size-3">relacionados à atenção à população idosa, incluindo o estímulo à participação de cidadãos e cidadãs</span><br/><span class="font-size-3">idosos na formulação e no controle social das ações deliberadas nessas Conferências.</span><br/><span class="font-size-3">Devem ser estimulados e implementados os vínculos dos serviços de saúde com os seus usuários,</span><br/><span class="font-size-3">privilegiando os núcleos familiares e comunitários, criando, assim, condições para uma efetiva</span><br/><span class="font-size-3">participação e controle social da parcela idosa da população.</span><br/><span class="font-size-3">3.6. Divulgação e Informação sobre a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa para</span><br/><span class="font-size-3">Profissionais de Saúde, Gestores e Usuários do SUS</span><br/><span class="font-size-3">As medidas a serem adotadas buscarão:</span><br/><span class="font-size-3">a) incluir a PNSPI na agenda de atividades da comunicação social do SUS;</span><br/><span class="font-size-3">b) produzir material de divulgação, tais como cartazes, cartilhas, folhetos e vídeos;</span><br/><span class="font-size-3">c) promover ações de informação e divulgação da atenção à saúde da pessoa idosa, respeitando</span><br/><span class="font-size-3">as especificidades regionais e culturais do País e direcionadas aos trabalhadores, aos gestores, aos</span><br/><span class="font-size-3">conselheiros de saúde, bem como aos docentes e discentes da área de saúde e à comunidade em geral;</span><br/><span class="font-size-3">d) apoiar e fortalecer ações inovadoras de informação e divulgação sobre a atenção à saúde da</span><br/><span class="font-size-3">pessoa idosa em diferentes linguagens culturais;</span><br/><span class="font-size-3">e) identificar, articular e apoiar experiências de educação popular, informação e comunicação em</span><br/><span class="font-size-3">atenção à saúde da pessoa idosa; e</span><br/><span class="font-size-3">f) prover apoio técnico e/ou financeiro a projetos de qualificação de profissionais que atuam na</span><br/><span class="font-size-3">Estratégia Saúde da Família e no Programa de Agentes Comunitários de Saúde, para atuação na área de</span><br/><span class="font-size-3">informação, comunicação e educação popular em atenção à saúde da pessoa idosa.</span><br/><span class="font-size-3">3.7. Promoção de Cooperação Nacional e Internacional das Experiências na Atenção à Saúde da</span><br/><span class="font-size-3">Pessoa Idosa</span><br/><span class="font-size-3">Devem-se fomentar medidas que visem à promoção de cooperação nacional e internacional das</span><br/><span class="font-size-3">experiências bem sucedidas na área do envelhecimento, no que diz respeito à atenção à saúde da pessoa</span><br/><span class="font-size-3">idosa, à formação técnica, à educação em saúde e a pesquisas.</span><br/><span class="font-size-3">3.8. Apoio ao Desenvolvimento de Estudos e Pesquisas</span><br/><span class="font-size-3">Apoiar o desenvolvimento de estudos e pesquisas que avaliem a qualidade e aprimorem a</span><br/><span class="font-size-3">atenção de saúde à pessoa idosa. Identificar e estabelecer redes de apoio com instituições formadoras,</span><br/><span class="font-size-3">associativas e representativas, universidades, faculdades e órgãos públicos nas três esferas, visando:</span><br/><span class="font-size-3">a) fomentar pesquisas em envelhecimento e saúde da pessoa idosa;</span><br/><span class="font-size-3">b) identificar e apoiar estudos/pesquisas relativos ao envelhecimento e à saúde da pessoa idosa</span><br/><span class="font-size-3">existentes no Brasil, com o objetivo de socializar, divulgar e embasar novas investigações;</span><br/><span class="font-size-3">c) criar banco de dados de pesquisadores e pesquisas em envelhecimento e saúde da pessoa idosa</span><br/><span class="font-size-3">realizadas no Brasil, interligando-o com outros bancos de abrangência internacional;</span><br/><span class="font-size-3">d) identificar e divulgar as potenciais linhas de financiamento – Ministério da Ciência e</span><br/><span class="font-size-3">Tecnologia, Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa, terceiro setor e outros – para a pesquisa em</span><br/><span class="font-size-3">envelhecimento e saúde da pessoa idosa;</span><br/><span class="font-size-3">e) apoiar a realização de estudo sobre representações sociais, junto a usuários e profissionais de</span><br/><span class="font-size-3">saúde sobre a saúde da pessoa idosa;</span><br/><span class="font-size-3">f) priorizar as linhas de pesquisas em envelhecimento e saúde da pessoa idosa a serem</span><br/><span class="font-size-3">implementadas pelo SUS, visando o aprimoramento e a consolidação da atenção à saúde da pessoa idosa</span><br/><span class="font-size-3">no SUS; e</span><br/><span class="font-size-3">g) implementar um banco de dados nacional com resultados de avaliação funcional da população</span><br/><span class="font-size-3">idosa brasileira.</span><br/><span class="font-size-3">4. RESPONSABILIDADES INSTITUCIONAIS</span><br/><span class="font-size-3">Caberá aos gestores do SUS, em todos os níveis, de forma articulada e conforme suas</span><br/><span class="font-size-3">competências específicas, prover os meios e atuar para viabilizar o alcance do propósito desta Política</span><br/><span class="font-size-3">Nacional de Saúde da Pessoa Idosa.</span><br/><span class="font-size-3">4.1. Gestor Federal</span><br/><span class="font-size-3">a) elaborar normas técnicas referentes à atenção à saúde da pessoa idosa no SUS;</span><br/><span class="font-size-3">b) definir recursos orçamentários e financeiros para a implementação desta Política,</span><br/><span class="font-size-3">considerando que o financiamento do Sistema Único de Saúde é de competência das três esferas de</span><br/><span class="font-size-3">governo;</span><br/><span class="font-size-3">c) estabelecer diretrizes para a qualificação e educação permanente em saúde da pessoa idosa;</span><br/><span class="font-size-3">d) manter articulação com os estados e municípios para apoio à implantação e supervisão das</span><br/><span class="font-size-3">ações;</span><br/><span class="font-size-3">e) promover articulação intersetorial para a efetivação desta Política Nacional;</span><br/><span class="font-size-3">f) estabelecer instrumentos e indicadores para o acompanhamento e avaliação do impacto da</span><br/><span class="font-size-3">implantação/implementação desta Política;</span><br/><span class="font-size-3">g) divulgar a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa; e</span><br/><span class="font-size-3">h) estimular pesquisas nas áreas de interesse do envelhecimento e da atenção à saúde da pessoa</span><br/><span class="font-size-3">idosa, nos moldes do propósito e das diretrizes desta Política.</span><br/><span class="font-size-3">4.2. Gestor Estadual</span><br/><span class="font-size-3">a) elaborar normas técnicas referentes à atenção à saúde da pessoa idosa no SUS;</span><br/><span class="font-size-3">b) definir recursos orçamentários e financeiros para a implementação desta Política,</span><br/><span class="font-size-3">considerando que o financiamento do Sistema Único de Saúde é de competência das três esferas de</span><br/><span class="font-size-3">governo;</span><br/><span class="font-size-3">c) Discutir e pactuar na Comissão Intergestores Bipartite (CIB) as estratégias e metas a serem</span><br/><span class="font-size-3">alcançadas por essa Política a cada ano;</span><br/><span class="font-size-3">d) promover articulação intersetorial para a efetivação da Política;</span><br/><span class="font-size-3">e) implementar as diretrizes da educação permanente e qualificação em consonância com a</span><br/><span class="font-size-3">realidade loco regional;</span><br/><span class="font-size-3">f) estabelecer instrumentos e indicadores para o acompanhamento e a avaliação do impacto da</span><br/><span class="font-size-3">implantação/implementação desta Política;</span><br/><span class="font-size-3">g) manter articulação com municípios para apoio à implantação e supervisão das ações;</span><br/><span class="font-size-3">h) divulgar a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa;</span><br/><span class="font-size-3">i) exercer a vigilância sanitária no tocante a Saúde da Pessoa Idosa e a ações decorrentes no seu</span><br/><span class="font-size-3">âmbito; e</span><br/><span class="font-size-3">j) apresentar e aprovar proposta de inclusão da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa no</span><br/><span class="font-size-3">Conselho Estadual de Saúde.</span><br/><span class="font-size-3">4.3. Gestor Municipal:</span><br/><span class="font-size-3">a) elaborar normas técnicas referentes à atenção à saúde da pessoa idosa no SUS;</span><br/><span class="font-size-3">b) definir recursos orçamentários e financeiros para a implementação desta Política,</span><br/><span class="font-size-3">considerando que o financiamento do Sistema Único de Saúde é de competência das três esferas de</span><br/><span class="font-size-3">governo;</span><br/><span class="font-size-3">c) discutir e pactuar na Comissão Intergestores Bipartite (CIB) as estratégias e metas a serem</span><br/><span class="font-size-3">alcançadas por essa Política a cada ano;</span><br/><span class="font-size-3">d) promover articulação intersetorial para a efetivação da Política;</span><br/><span class="font-size-3">e) estabelecer mecanismos para a qualificação dos profissionais do sistema local de saúde;</span><br/><span class="font-size-3">f) estabelecer instrumentos de gestão e indicadores para o acompanhamento e a avaliação do</span><br/><span class="font-size-3">impacto da implantação/implementação da Política;</span><br/><span class="font-size-3">g) divulgar a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa; e</span><br/><span class="font-size-3">h) apresentar e aprovar proposta de inclusão da Política de Saúde da Pessoa Idosa no Conselho</span><br/><span class="font-size-3">Municipal de Saúde.</span><br/><span class="font-size-3">5. ARTICULAÇÃO INTERSETORIAL</span><br/><span class="font-size-3">As diretrizes aqui definidas implicam o desenvolvimento de um amplo conjunto de ações, que</span><br/><span class="font-size-3">requerem o compartilhamento de responsabilidades com outros setores. Nesse sentido, os gestores do</span><br/><span class="font-size-3">SUS deverão estabelecer, em suas respectivas áreas de abrangência, processos de articulação permanente,</span><br/><span class="font-size-3">visando ao estabelecimento de parcerias e a integração institucional que viabilizem a consolidação de</span><br/><span class="font-size-3">compromissos multilaterais efetivos. Será buscada, igualmente, a participação de diferentes segmentos da</span><br/><span class="font-size-3">sociedade, que estejam direta ou indiretamente relacionadas com a presente Política. No âmbito federal, o</span><br/><span class="font-size-3">Ministério da Saúde articulará com os diversos setores do Poder Executivo em suas respectivas</span><br/><span class="font-size-3">competências, de modo a alcançar os objetivos a seguir explicitados.</span><br/><span class="font-size-3">5.1. Educação</span><br/><span class="font-size-3">a) inclusão nos currículos escolares de disciplinas que abordem o processo do envelhecimento, a</span><br/><span class="font-size-3">desmistificação da senescência, como sendo diferente de doença ou de incapacidade, valorizando a</span><br/><span class="font-size-3">pessoa idosa e divulgando as medidas de promoção e prevenção de saúde em todas as faixas etárias;</span><br/><span class="font-size-3">b) adequação de currículos, metodologias e material didático de formação de profissionais na</span><br/><span class="font-size-3">área da saúde, visando ao atendimento das diretrizes fixadas nesta Política;</span><br/><span class="font-size-3">c) incentivo à criação de Centros Colaboradores de Geriatria e Gerontologia nas instituições de</span><br/><span class="font-size-3">ensino superior, que possam atuar de forma integrada com o SUS, mediante o estabelecimento de</span><br/><span class="font-size-3">referência e contra-referência de ações e serviços para o atendimento integral dos indivíduos idosos e a</span><br/><span class="font-size-3">capacitação de equipes multiprofissionais e interdisciplinares, visando à qualificação contínua do pessoal</span><br/><span class="font-size-3">de saúde nas áreas de gerência, planejamento, pesquisa e assistência à pessoa idosa; e</span><br/><span class="font-size-3">d) discussão e readequação de currículos e programas de ensino nas instituições de ensino</span><br/><span class="font-size-3">superior abertas para a terceira idade, consoante às diretrizes fixadas nesta Política.</span><br/><span class="font-size-3">5.2. Previdência Social</span><br/><span class="font-size-3">a) realização de estudos e pesquisas de cunho epidemiológico junto aos segurados, relativos às</span><br/><span class="font-size-3">doenças e agravos mais prevalentes nesta faixa etária, sobretudo quanto aos seus impactos no indivíduo,</span><br/><span class="font-size-3">na família, na sociedade, na previdência social e no setor saúde; e</span><br/><span class="font-size-3">b) elaboração de programa de trabalho conjunto direcionado aos indivíduos idosos segurados,</span><br/><span class="font-size-3">consoante às diretrizes fixadas nesta Política.</span><br/><span class="font-size-3">5.3. Sistema Único de Assistência Social:</span><br/><span class="font-size-3">a) reconhecimento do risco social da pessoa idosa como fator determinante de sua condição de</span><br/><span class="font-size-3">saúde;</span><br/><span class="font-size-3">b) elaboração de inquérito populacional para levantamento e estratificação das condições de risco</span><br/><span class="font-size-3">social da população idosa brasileira;</span><br/><span class="font-size-3">c) elaboração de medidas, com o apontamento de soluções, para abordagem da população idosa</span><br/><span class="font-size-3">sob risco social;</span><br/><span class="font-size-3">d) criação de mecanismos de monitoramento de risco social individual, de fácil aplicabilidade e</span><br/><span class="font-size-3">utilização por profissionais da atenção básica do SUS e do SUAS;</span><br/><span class="font-size-3">e) difusão de informações relativas à preservação da saúde e à prevenção ou recuperação de</span><br/><span class="font-size-3">incapacidades;</span><br/><span class="font-size-3">f) inclusão das diretrizes aqui estabelecidas em seus programas de educação continuada;</span><br/><span class="font-size-3">g) implantação de política de atenção integral aos idosos residentes em Instituições de Longa</span><br/><span class="font-size-3">Permanência para Idosos;</span><br/><span class="font-size-3">h) promoção da formação de grupos sócio-educativos e de auto-ajuda entre os indivíduos idosos,</span><br/><span class="font-size-3">principalmente para aqueles com doenças e agravos mais prevalentes nesta faixa etária;</span><br/><span class="font-size-3">i) implantação e implementação de Centros de Convivência e Centros-Dia, conforme previsto no</span><br/><span class="font-size-3">Decreto nº 1948/96;</span><br/><span class="font-size-3">j) apoio à construção de Políticas Públicas de Assistência Social que considerem as pessoas, suas</span><br/><span class="font-size-3">circunstâncias e o suporte social e que atuem como aliadas no processo de desenvolvimento humano e</span><br/><span class="font-size-3">social, e não como tuteladora e assistencialista, tanto na proteção social básica, como na proteção social</span><br/><span class="font-size-3">especial;</span><br/><span class="font-size-3">k) compromisso com a universalização do direito, inclusão social, eqüidade, descentralização e</span><br/><span class="font-size-3">municipalização das ações, respeitando a dignidade do cidadão e sua autonomia, favorecendo o acesso à</span><br/><span class="font-size-3">informação, aos benefícios e aos serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária;</span><br/><span class="font-size-3">e</span><br/><span class="font-size-3">l) desenvolvimento de ações de enfrentamento à pobreza.</span><br/><span class="font-size-3">5.4. Trabalho e Emprego:</span><br/><span class="font-size-3">a) elaboração, implantação e implementação de programas de preparação para a aposentadoria</span><br/><span class="font-size-3">nos setores público e privado;</span><br/><span class="font-size-3">b) implantação de ações para a eliminação das discriminações no mercado de trabalho e a criação</span><br/><span class="font-size-3">de condições que permitam a inserção da pessoa idosa na vida socioeconômica das comunidades; e</span><br/><span class="font-size-3">c) levantamento dos indivíduos idosos já aposentados e que retornaram ao mercado de trabalho,</span><br/><span class="font-size-3">identificando as condições em que atuam no mercado, de forma a coibir abusos e explorações.</span><br/><span class="font-size-3">5.5. Desenvolvimento Urbano:</span><br/><span class="font-size-3">a) implantação de ações para o cumprimento das leis de acessibilidade (Decreto Lei nº</span><br/><span class="font-size-3">5296/2004), de modo a auxiliar na manutenção e no apoio à independência funcional da pessoa idosa; e</span><br/><span class="font-size-3">b) promoção de ações educativas dirigidas aos agentes executores e beneficiários de programas</span><br/><span class="font-size-3">habitacionais quanto aos riscos ambientais à capacidade funcional dos indivíduos idosos.</span><br/><span class="font-size-3">5.6. Transportes:</span><br/><span class="font-size-3">a) implantação de ações que permitam e/ou facilitem o deslocamento do cidadão idoso,</span><br/><span class="font-size-3">sobretudo aquele que já apresenta dificuldades de locomoção, tais como elevatórias para acesso aos</span><br/><span class="font-size-3">ônibus na porta de hospitais, rampas nas calçadas, bancos mais altos nas paradas de ônibus. Em</span><br/><span class="font-size-3">conformidade com a Lei da Acessibilidade, Decreto Lei nº 5296, de 2 de dezembro de 2004.</span><br/><span class="font-size-3">5.7. Justiça e Direitos Humanos:</span><br/><span class="font-size-3">a) promoção e defesa dos direitos da pessoa idosa, no tocante às questões de saúde, mediante o</span><br/><span class="font-size-3">acompanhamento da aplicação das disposições contidas na Lei nº 8.842/94 e seu regulamento (Decreto nº</span><br/><span class="font-size-3">1.948/96), bem como a Lei nº 10.741/2003, que estabelece o Estatuto do Idoso.</span><br/><span class="font-size-3">5.8. Esporte e Lazer</span><br/><span class="font-size-3">a) estabelecimento de parceria para a implementação de programas de atividades físicas e</span><br/><span class="font-size-3">recreativas destinados às pessoas idosas.</span><br/><span class="font-size-3">5.9.Ciência e Tecnologia:</span><br/><span class="font-size-3">fomento à pesquisa na área do envelhecimento, da geriatria e da gerontologia, por intermédio do</span><br/><span class="font-size-3">Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e demais órgãos de incentivo</span><br/><span class="font-size-3">à pesquisa, contemplando estudos e pesquisas que estejam, prioritariamente, alinhados com as diretrizes</span><br/><span class="font-size-3">propostas nesta Política.</span><br/><span class="font-size-3">6. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO</span><br/><span class="font-size-3">A operacionalização desta Política compreenderá a sistematização de processo contínuo de</span><br/><span class="font-size-3">acompanhamento e avaliação, que permita verificar o alcance de seu propósito – e, conseqüentemente, o</span><br/><span class="font-size-3">seu impacto sobre a saúde dos indivíduos idosos –, bem como proceder a eventuais adequações que se</span><br/><span class="font-size-3">fizerem necessárias.</span><br/><span class="font-size-3">Esse processo exigirá a definição de critérios, parâmetros, indicadores e metodologia específicos,</span><br/><span class="font-size-3">capazes de evidenciar, também, a repercussão das medidas levadas a efeito por outros setores, que</span><br/><span class="font-size-3">resultaram da ação articulada preconizada nesta Política, bem como a observância dos compromissos</span><br/><span class="font-size-3">internacionais assumidos pelo País em relação à atenção à saúde dos indivíduos idosos.</span><br/><span class="font-size-3">É importante considerar que o processo de acompanhamento e avaliação referido será apoiado,</span><br/><span class="font-size-3">sobretudo para a aferição de resultados no âmbito interno do setor, pelas informações produzidas pelos</span><br/><span class="font-size-3">diferentes planos, programas, projetos, ações e/ou atividades decorrentes desta Política Nacional.</span><br/><span class="font-size-3">Além da avaliação nos contextos anteriormente identificados, voltados principalmente para a</span><br/><span class="font-size-3">verificação do impacto das medidas sobre a saúde dos indivíduos idosos, buscar-se-á investigar a</span><br/><span class="font-size-3">repercussão desta Política na qualidade de vida deste segmento populacional.</span><br/><span class="font-size-3">Nesse particular, buscar-se-á igualmente conhecer em que medida a Política Nacional de Saúde</span><br/><span class="font-size-3">da Pessoa Idosa tem contribuído para a concretização dos princípios e diretrizes do SUS, na</span><br/><span class="font-size-3">conformidade do Artigo 7º da Lei nº 8.080/90, entre os quais, destacam-se aqueles relativos à</span><br/><span class="font-size-3">integralidade da atenção, à preservação da autonomia das pessoas e ao uso da epidemiologia no</span><br/><span class="font-size-3">estabelecimento de prioridades (respectivamente incisos II, III e VII). Paralelamente, deverá ser</span><br/><span class="font-size-3">observado, ainda, se:</span><br/><span class="font-size-3">a) o potencial dos serviços de saúde e as possibilidades de utilização pelo usuário estão sendo</span><br/><span class="font-size-3">devidamente divulgados para a população de forma geral e, principalmente, à população idosa;</span><br/><span class="font-size-3">b) as ações, programas, projetos e atividades que operacionalizam esta Política estão sendo</span><br/><span class="font-size-3">desenvolvidos de forma descentralizada, considerando a direção única em cada esfera de gestão; e</span><br/><span class="font-size-3">c) a participação dos indivíduos idosos nas diferentes instâncias do SUS está sendo incentivada e</span><br/><span class="font-size-3">facilitada.</span><br/><span class="font-size-3">1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</span><br/><span class="font-size-3">BELTRÃO K. I., CAMARANO A A, KANSO S. Dinâmica populacional brasileira na virada do</span><br/><span class="font-size-3">século XX. Rio de Janeiro: IPEA, ago. 2004 (Texto para discussão, 1034).</span><br/><span class="font-size-3">BRASIL. Ministério da Saúde. Estatuto do Idoso / Ministério da Saúde. –1. ed., 2ª reimpr. –Brasília:</span><br/><span class="font-size-3">Ministério da Saúde, 2003.</span><br/><span class="font-size-3">BRASIL, 1999. Portaria do Gabinete do Ministro de Estado da Saúde de n° 1395, de 9 de dezembro de</span><br/><span class="font-size-3">1999, que aprova a Política Nacional de Saúde do Idoso e dá outras providências. Diário Oficial [da]</span><br/><span class="font-size-3">República Federativa do Brasil, Brasília, n° 237-E, pp. 20-24,., seção 1, 13 dez 1999.</span><br/><span class="font-size-3">BRASIL, 1994 . Política Nacional do Idoso</span><br/><span class="font-size-3">BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 1988.</span><br/><span class="font-size-3">CALDAS C.P. Envelhecimento com dependência. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 19,</span><br/><span class="font-size-3">n.3, p. 700-701, Mai/Jun, 2003.</span><br/><span class="font-size-3">CAMARANO A A & PASINATO M. T. O envelhecimento populacional na agenda das políticas</span><br/><span class="font-size-3">públicas. In: CAMARANO, A A (org). Os novos idosos brasileiros muito além dos 60?, Rio de</span><br/><span class="font-size-3">Janeiro, IPEA, 2004</span><br/><span class="font-size-3">CAMARANO ET al, 1999 . Como vive o idoso brasileiro? In: CAMARANO, A A (org). Muito além dos</span><br/><span class="font-size-3">60: os novos idosos brasileiros, Rio de Janeiro, IPEA, 1999</span><br/><span class="font-size-3">CAMARANO, A A (org). Os novos idosos brasileiros muito além dos 60?, Rio de Janeiro, IPEA, 2004,</span><br/><span class="font-size-3">604p.</span><br/><span class="font-size-3">CARVALHO J.A.M. & GARCIA R. A. O envelhecimento da população brasileira: um enfoque</span><br/><span class="font-size-3">demográfico. Cad. Saúde Pública, jun. 2003, vol.19, no.3, p.725-733.</span><br/><span class="font-size-3">CIF, WHO, 2003. Towards a common language for functioning, disability and health.</span><br/><span class="font-size-3"><a href="http://www.who.int/classification/icf">http://www.who.int/classification/icf</a> Consultado em 24 de novembro de 2004</span><br/><span class="font-size-3">DATASUS (Departamento do Informática do SUS), 1997. Sistema de Informações sobre Mortalidade;</span><br/><span class="font-size-3">1994-96. CD-ROM, Brasília: Ministério da Saúde.</span><br/><span class="font-size-3">DUARTE Y. A O, 2003. Desempenho funcional e demandas assistenciais. In: (Lebrão M. L. & DUARTE</span><br/><span class="font-size-3">Y. A O - orgs.) SABE – Saúde, Bem-estar e Envelhecimento – O Projeto SABE no município de São</span><br/><span class="font-size-3">Paulo: uma abordagem inicial, Editora OPAS, Brasília – DF, p. 185-200.</span><br/><span class="font-size-3">FIRMO J. O. A., BARRETO S. M., LIMA-COSTA., 2003. The Bambuí Health and Aging Study</span><br/><span class="font-size-3">(BHAS): factors associated with the treatment of hypertension in older adults in the community.</span><br/><span class="font-size-3">Cadernos de Saúde Pública; v. 19, n. 3, p. 817-827, mai/jun.</span><br/><span class="font-size-3">FREEDMAN V. A, MARTIN G. L., SCHOENI R. F. 2002, Recent trends in disability and functioning</span><br/><span class="font-size-3">among older adults in the United States – a systematic review. JAMA; 288: 3137-3146.</span><br/><span class="font-size-3">FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE/Diretoria de</span><br/><span class="font-size-3">Pesquisas, 2000. Departamento de População e Indicadores Sociais. Divisão de Estudos e Projeção</span><br/><span class="font-size-3">da População do Brasil por Sexo e Idade para o período de 1980-2050 – Revisão 2000. Rio de</span><br/><span class="font-size-3">Janeiro: IBGE.</span><br/><span class="font-size-3">FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE/Diretoria de</span><br/><span class="font-size-3">Pesquisas, 2002. Censo demográfico, 2000. Rio de Janeiro: IBGE.</span><br/><span class="font-size-3">GIACOMIN K. C. et al. 2004. Projeto Bambuí: um estudo de base populacional da prevalência e dos</span><br/><span class="font-size-3">fatores associados à necessidade de cuidador entre idosos. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública,</span><br/><span class="font-size-3">Área de concentração em Epidemiologia) – Programa de Pós-graduação da Faculdade de Medicina,</span><br/><span class="font-size-3">Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.</span><br/><span class="font-size-3">GIACOMIN K. C., SARTINI C. M., MATOS S. G. 2005 , Modelo de atenção à saúde da pessoa idosa na</span><br/><span class="font-size-3">rede SUS-BH. Pensar BH / Política Social, nº13, suplemento p. 3-9.</span><br/><span class="font-size-3">GIACOMIN, K. C., UCHÔA, E., FIRMO, J. O. A. et al. 2005, Projeto Bambuí: um estudo de base</span><br/><span class="font-size-3">populacional da prevalência e dos fatores associados à necessidade de cuidador entre idosos. Cad. Saúde</span><br/><span class="font-size-3">Pública, vol.21, no.1, p.80-91.</span><br/><span class="font-size-3">HÉBERT R. La perte d’autonomie. Neurologie, Psychiatrie, Gériatrie, v. 3, p. 33-40, Jan/Fév., 2003.</span><br/><span class="font-size-3">IEZZONI L. I., 2002. Using administrative data to study persons with disabilities. The Milbank</span><br/><span class="font-size-3">Quaterly, 80 (2): 347 – 379.</span><br/><span class="font-size-3">KALACHE A & KICKBUSCH I. 1997. Mechanisms of Ageing. In: Epidemiology in Old Age.</span><br/><span class="font-size-3">EBRAHIM S. & KALACHE A (orgs.) Londres: BMJ Publishing Group.</span><br/><span class="font-size-3">LIMA-COSTA M. F. F et al. Desigualdade social e saúde entre idosos brasileiros: um estudo baseado na</span><br/><span class="font-size-3">Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 19, n.3,</span><br/><span class="font-size-3">p. 745-757, Mai/Jun. 2003.</span><br/><span class="font-size-3">LIMA-COSTA M. F. F. & VERAS R., 2003. Saúde Pública e Envelhecimento. Cadernos de Saúde</span><br/><span class="font-size-3">Pública, Rio de Janeiro, v. 19, n.3, p. 700-701, Mai/Jun. 2003a.</span><br/><span class="font-size-3">LIMA-COSTA M. F. F. 2004, A saúde dos adultos na Região Metropolitana de Belo Horizonte: um</span><br/><span class="font-size-3">estudo epidemiológico de base populacional. Belo Horizonte: Núcleo de Estudos em Saúde Pública e</span><br/><span class="font-size-3">Envelhecimento (NESPE/FIOCRUZ/UFMG), 132p.</span><br/><span class="font-size-3">LIMA-COSTA M. F. F. et al. Diagnóstico da situação de saúde da população idosa brasileira: um estudo</span><br/><span class="font-size-3">da mortalidade e das internações hospitalares públicas. Informe Epidemiológico do SUS, v. 9, n.1, p. 23-</span><br/><span class="font-size-3">41, 2000.</span><br/><span class="font-size-3">LOLLAR D.J. & CREWS J. E. 2003 Redefining the role of public health in disability. Annu. Rev. Public</span><br/><span class="font-size-3">Health. 24:195–208.</span><br/><span class="font-size-3">MS. Redes estaduais de atenção à saúde do idosos. Guia operacional e potarias relacionadas. Série A,</span><br/><span class="font-size-3">Brasília, DF, 2002 (Normas e Manuais Técnicos)</span><br/><span class="font-size-3">NAÇÕES UNIDAS. Plan de Acción Internacional sobre el Envejecimiento. Madrid, Espanha, 2002</span><br/><span class="font-size-3">(Resolución 57/167).</span><br/><span class="font-size-3">NÉRI A. L.; SOMMERHALDER C. As várias faces do cuidador e do bem-estar do cuidador. In: (Néri</span><br/><span class="font-size-3">AL, Org.). Cuidar de idosos no contexto da família: questões psicológicas e sociais. São Paulo:</span><br/><span class="font-size-3">Editora Alínea, 2002, Cap. 1, p. 9-63.</span><br/><span class="font-size-3">PEOPLE HEALTHY. 2000. Disponível em <a href="http://www.health.gov/healthypeople">www.health.gov/healthypeople</a></span><br/><span class="font-size-3">RAMOS L. R., 2002. Epidemiologia do envelhecimento in: Tratado de Geriatria e Gerontologia,</span><br/><span class="font-size-3">Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, Cap. 7, p. 72 - 78.</span><br/><span class="font-size-3">ROSA T. E. C. et al., 2003. Fatores determinantes da capacidade funcional entre idosos. Rev Saúde</span><br/><span class="font-size-3">Pública, 37(1): 40-48.</span><br/><span class="font-size-3">ROWE JW, KAHN RL. Successful aging [comments]. Gerontologist 1997; 37:433-40.</span><br/><span class="font-size-3">SAAD, P. M. Transferências de apoio entre gerações no Brasil: um estudo para São Paulo e Fortaleza. In:</span><br/><span class="font-size-3">CAMARANO, A A (org). Muito além dos 60: os novos idosos brasileiros, Rio de Janeiro, IPEA, 1999</span><br/><span class="font-size-3">UCHÔA E.; FIRMO J. O. A. ; LIMA-COSTA M. F. F. Envelhecimento e Saúde: experiência e</span><br/><span class="font-size-3">construção cultural. In: M.C.S. Minayo e C.E.A. Coimbra Jr. (Org). Antropologia, Saúde e</span><br/><span class="font-size-3">Envelhecimento, Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2002, Cap. 1, p.25-50.</span><br/><span class="font-size-3">VERBRUGGE L. M, JETTE A. M. The disablement process. Soc Sci Med. 1994; 38: 1-14.</span><br/><span class="font-size-3">WHO – WORLD HEALTH ORGANIZATION. Internacional classification of functioning disability and</span><br/><span class="font-size-3">health (ICIDH-2) Geneva, 2001.</span><br/><span class="font-size-3">WHO – Active ageing: a policy framework. WHO 7 NMH 7 NPH 7 02.8, 60p.</span><br/><span class="font-size-3">WORLDBANK, 2005. Disability and the Fight Against Poverty. Development OUTREACH is a flagship</span><br/><span class="font-size-3">magazine in the field of global knowledge for development SPECIAL REPORT - July 2005:</span><br/><span class="font-size-3"><a href="http://www1.worldbank.org/devoutreach/index.asp">http://www1.worldbank.org/devoutreach/index.asp</a> Consultado em 10 de agosto de 2005</span></p> POLÍTICA NACIONAL DO IDOSO - LEI Nº 8.842/1994tag:anjodeluz.ning.com,2012-01-31:867289:Topic:27240952012-01-31T18:11:19.853ZSONIA GOMEShttp://anjodeluz.ning.com/profile/SONIAGOMES
<p></p>
<p><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89665709?profile=original" target="_self"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89665709?profile=RESIZE_1024x1024" width="750"></img></a></p>
<p>OS DIREITOS DOS IDOSOS<br></br>Art. 2º O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em…</p>
<p></p>
<p><a target="_self" href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89665709?profile=original"><img width="750" class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89665709?profile=RESIZE_1024x1024" width="750"/></a></p>
<p>OS DIREITOS DOS IDOSOS<br/>Art. 2º O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade. <br/><br/>O Brasil está envelhecendo. A cada dia aumenta o número de cidadãos preocupados com a saúde física, mental e cultural do idoso, reivindicando mais espaço na sociedade. Por outro lado, as transformações advindas do avanço tecnológico trouxeram uma expectativa de vida superior áquela esperada por muitos. <br/><br/>Deste modo, cada vez mais os idosos passam a somar uma porcentagem ainda maior, representando uma parcela significativa da população e necessitando manter o seu espaço.A população assiste estas transformações, porém as autoridades não se preocupam com a defesa e o bem estar das pessoas com mais idade. <br/><br/>Surgem legislações que buscam modificar a base da sociedade e, dentre estas, o Estatuto do Idoso, resultado das mudanças históricas, políticas e sociais que o Brasil vem atravessando e que exalta as conquistas almejadas e, por muitos, esquecidas. <br/><br/>É necessário ter em mente que devemos possuir a capacidade de integrar esta camada da sociedade, ou seja, o idoso, no sistema social, não só valorizando conquistas de direitos e, sim, elaborando mecanismos de controle que garantam a sua aplicação. <br/><br/>O processo de envelhecimento ocorre de maneira diferente para cada pessoa, pois depende de seu ritmo, época da vida, entre outros fatores, não se caracterizando um período só de perdas e limitações e sim, um estado de espírito decorrente da maneira como a sociedade e o próprio indivíduo concebem esta etapa da vida. <br/><br/>Por: Dra. Lionete Limaa <br/><br/> Política Nacional do Idoso (Lei nº 8.842/1994<br/> <br/>IDOSO<br/><br/>LEI N. 8.842, DE 4 DE JANEIRO DE 1994*<br/><br/>Dispõe sobre a política nacional do idoso, cria o Conselho Nacional do Idoso e dá outras providências.<br/><br/>O Presidente da República:<br/><br/>Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:<br/><br/>CAPÍTULO I<br/><br/>Da Finalidade<br/><br/>Artigo 1º - A política nacional do idoso tem por objetivo assegurar os direitos sociais do idoso, criando condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade.<br/><br/>Artigo 2º - Considera-se idoso, para os efeitos desta Lei, a pessoa maior de sessenta anos de idade.<br/><br/>CAPÍTULO II<br/><br/>Dos Princípios e das Diretrizes<br/><br/>SEÇÃO I<br/><br/>Dos Princípios<br/><br/>Artigo 3° - A política nacional do idoso reger-se-á pelos seguintes princípios:<br/><br/>I - a família, a sociedade e o estado têm o dever de assegurar ao idoso todos os direitos da cidadania, garantindo sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade, bem-estar e o direito à vida;<br/><br/>II - o processo de envelhecimento diz respeito à sociedade em geral, devendo ser objeto de conhecimento e informação para todos;<br/><br/>III - o idoso não deve sofrer discriminação de qualquer natureza;<br/><br/>IV - o idoso deve ser o principal agente e o destinatário das transformações a serem efetivadas através desta política;<br/><br/>V - as diferenças econômicas, sociais, regionais e, particularmente, as contradições entre o meio rural e o urbano do Brasil deverão ser observadas pelos poderes públicos e pela sociedade em geral, na aplicação desta Lei.<br/><br/>SEÇÃO II<br/><br/>Das Diretrizes<br/><br/>Artigo 4º - Constituem diretrizes da política nacional do idoso:<br/><br/>I - viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso, que proporcionem sua integração às demais gerações;<br/><br/>II - participação do idoso, através de suas organizações representativas, na formulação, implementação e avaliação das políticas, planos, programas e projetos a serem desenvolvidos;<br/><br/>III - priorização do atendimento ao idoso através de suas próprias famílias, em detrimento do atendimento asilar, à exceção dos idosos que não possuam condições que garantam sua própria sobrevivência;<br/><br/>IV - descentralização político-administrativa;<br/><br/>V - capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas áreas de geriatria e gerontologia e na prestação de serviços;<br/><br/>VI - implementação de sistema de informações que permita a divulgação da política, dos serviços oferecidos, dos planos, programas e projetos em cada nível de governo;<br/><br/>VII - estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de caráter educativo sobre os aspectos biopsicossociais do envelhecimento;<br/><br/>VIII - priorização do atendimento ao idoso em órgãos públicos e privados prestadores de serviços, quando desabrigados e sem família;<br/><br/>IX - apoio a estudos e pesquisas sobre as questões relativas ao envelhecimento.<br/><br/>Parágrafo único - É vedada a permanência de portadores de doenças que necessitem de assistência médica ou de enfermagem permanente em instituições asilares de caráter social.<br/><br/>CAPÍTULO III<br/><br/>Da Organização e Gestão<br/><br/>Artigo 5º - Competirá ao órgão ministerial responsável pela assistência e promoção social a coordenação geral da política nacional do idoso, com a participação dos conselhos nacionais, estaduais, do Distrito Federal e municipais do idoso.<br/><br/>Artigo 6º - Os conselhos nacional, estaduais, do Distrito Federal e municipais do idoso serão órgãos permanentes, paritários e deliberativos, compostos por igual número de representantes dos órgãos e entidades públicas e de organizações representativas da sociedade civil ligadas à área.<br/><br/>Artigo 7º - Compete aos conselhos de que trata o artigo anterior a formulação, coordenação, supervisão e avaliação da política nacional do idoso, no âmbito das respectivas instâncias político-administrativas.<br/><br/>Artigo 8º - À União, por intermédio do ministério responsável pela assistência e promoção social, compete:<br/><br/>I - coordenar as ações relativas à política nacional do idoso;<br/><br/>II - participar na formulação, acompanhamento e avaliação da política nacional do idoso;<br/><br/>III - promover as articulações intraministeriais e interministeriais necessárias à implementação da política nacional do idoso;<br/><br/>IV - vetado;<br/><br/>V - elaborar a proposta orçamentária no âmbito da promoção e assistência so-cial e submetê-la ao Conselho Nacional do Idoso.<br/><br/>Parágrafo único. Os ministérios das áreas de saúde, educação, trabalho, previdência social, cultura, esporte e lazer devem elaborar proposta orçamentária, no âmbito de suas competências, visando ao financiamento de programas nacionais compatíveis com a política nacional do idoso.<br/><br/>Artigo 9º - Vetado.<br/><br/>Parágrafo único - Vetado.<br/><br/>CAPÍTULO IV<br/><br/>Das Ações Governamentais<br/><br/>Artigo 10 - Na implementação da política nacional do idoso, são competências dos órgãos e entidades públicos:<br/><br/>I - na área de promoção e assistência social:<br/><br/>a) prestar serviços e desenvolver ações voltadas para o atendimento das necessidades básicas do idoso, mediante a participação das famílias, da sociedade e de entidades governamentais e não-governamentais.<br/><br/>b) estimular a criação de incentivos e de alternativas de atendimento ao idoso, como centros de convivência, centros de cuidados diurnos, casas-lares, oficinas abrigadas de trabalho, atendimentos domiciliares e outros;<br/><br/>c) promover simpósios, seminários e encontros específicos;<br/><br/>d) planejar, coordenar, supervisionar e financiar estudos, levantamentos, pesquisas e publicações sobre a situação social do idoso;<br/><br/>e) promover a capacitação de recursos para atendimento ao idoso;<br/><br/>II - na área de saúde:<br/><br/>a) garantir ao idoso a assistência à saúde, nos diversos níveis de atendimento do Sistema Único de Saúde;<br/><br/>b) prevenir, promover, proteger e recuperar a saúde do idoso, mediante programas e medidas profiláticas;<br/><br/>c) adotar e aplicar normas de funcionamento às instituições geriátricas e similares, com fiscalização pelos gestores do Sistema Único de Saúde;<br/><br/>d) elaborar normas de serviços geriátricos hospitalares;<br/><br/>e) desenvolver formas de cooperação entre as Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal, e dos Municípios e entre os Centros de Referência em Geriatria e Gerontologia para treinamento de equipes interprofissionais;<br/><br/>f) incluir a Geriatria como especialidade clínica, para efeito de concursos públicos federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais;<br/><br/>g) realizar estudos para detectar o caráter epidemiológico de determinadas doenças do idoso, com vistas a prevenção, tratamento e reabilitação; e<br/><br/>h) criar serviços alternativos de saúde para o idoso;<br/><br/>III - na área de educação:<br/><br/>a) adequar currículos, metodologias e material didático aos programas educa-cionais destinados ao idoso;<br/><br/>b) inserir nos currículos mínimos, nos diversos níveis do ensino formal, conteúdos voltados para o processo de envelhecimento, de forma a eliminar preconceitos e a produzir conhecimentos sobre o assunto;<br/><br/>c) incluir a Gerontologia e a Geriatria como disciplinas curriculares nos cursos superiores;<br/><br/>d) desenvolver programas educativos, especialmente nos meios de comunicação, a fim de informar a população sobre o processo de envelhecimento;<br/><br/>e) desenvolver programas que adotem modalidades de ensino à distância, adequados às condições do idoso;<br/><br/>f) apoiar a criação de universidade aberta para a terceira idade, como meio de universalizar o acesso às diferentes formas do saber;<br/><br/>IV - na área de trabalho e previdência social:<br/><br/>a) garantir mecanismos que impeçam a discriminação do idoso quanto a sua participação no mercado de trabalho, no setor público e privado;<br/><br/>b) priorizar o atendimento do idoso nos benefícios previdenciários;<br/><br/>c) criar e estimular a manutenção de programas de preparação para aposentadoria nos setores público e privado com antecedência mínima de dois anos antes do afastamento;<br/><br/>V - na área de habitação e urbanismo:<br/><br/>a) destinar, nos programas habitacionais, unidades em regime de comodato ao idoso, na modalidade de casas-lares;<br/><br/>b) incluir nos programas de assistência ao idoso formas de melhoria de condições de habitabilidade e adaptação de moradia, considerando seu estado físico e sua independência de locomoção;<br/><br/>c) elaborar critérios que garantam o acesso da pessoa idosa à habitação popular;<br/><br/>d) diminuir barreiras arquitetônicas e urbanas;<br/><br/>VI - na área de justiça:<br/><br/>a) promover e defender os direitos da pessoa idosa;<br/><br/>b) zelar pela aplicação das normas sobre o idoso determinando ações para evitar abusos e lesões a seus direitos;<br/><br/>VII - na área de cultura, esporte e lazer:<br/><br/>a) garantir ao idoso a participação no processo de produção, reelaboração e fruição dos bens culturais;<br/><br/>b) propiciar ao idoso o acesso aos locais e eventos culturais, mediante preços reduzidos, em âmbito nacional;<br/><br/>c) incentivar os movimentos de idosos a desenvolver atividades culturais;<br/><br/>d) valorizar o registro da memória e a transmissão de informações e habilidades do idoso aos mais jovens, como meio de garantir a continuidade e a identidade cul-tural;<br/><br/>e) incentivar e criar programas de lazer, esporte e atividades físicas que proporcionem a melhoria da qualidade de vida do idoso e estimulem sua participação na comunidade.<br/><br/>§ 1º - É assegurado ao idoso o direito de dispor de seus bens, proventos, pensões e benefícios, salvo nos casos de incapacidade judicialmente comprovada.<br/><br/>§ 2º - Nos casos de comprovada incapacidade do idoso para gerir seus bens, ser-lhe-á nomeado Curador especial em juízo.<br/><br/>§ 3º - Todo cidadão tem o dever de denunciar à autoridade competente qualquer forma de negligência ou desrespeito ao idoso.<br/><br/>CAPÍTULO V<br/><br/>Do Conselho Nacional<br/><br/>Artigo 11 - Vetado.<br/><br/>Artigo 12 - Vetado.<br/><br/>Artigo 13 - Vetado.<br/><br/>Artigo 14 - Vetado.<br/><br/>Artigo 15 - Vetado.<br/><br/>Artigo 16 - Vetado.<br/><br/>Artigo 17 - Vetado.<br/><br/>Artigo 18 - Vetado.<br/><br/>CAPÍTULO VI<br/><br/>Das Disposições Gerais<br/><br/>Artigo 19 - Os recursos financeiros necessários à implantação das ações afetas às áreas de competência dos governos federal, estaduais, do Distrito Federal e municipais serão consignados em seus respectivos orçamentos.<br/><br/>Artigo 20 - O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de sessenta dias, a partir da data de sua publicação.<br/><br/>Artigo 21 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.<br/><br/>Artigo 22 - Revogam-se as disposições em contrário.<br/><br/>__________<br/><br/>* Ver regulamentação desta Lei no Decreto n. 1.948, de 3.7.1996.<br/><br/><br/> <br/><br/></p> DIREITO DOS IDOSOS - (O DIREITO AVOENGA E SUAS OBRIGAÇÕES)tag:anjodeluz.ning.com,2012-01-31:867289:Topic:27243132012-01-31T17:59:37.336ZSONIA GOMEShttp://anjodeluz.ning.com/profile/SONIAGOMES
<p><br class="font-size-3"></br><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89665629?profile=original" target="_self"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89665629?profile=original" width="600"></img></a> <br></br><br></br><br></br><span class="font-size-3">O direito avoenga e suas obrigações (Título original)</span><br></br><br></br><br></br><span class="font-size-3">avoengo</span><br></br><span class="font-size-3">a.vo.en.go</span><br></br><span class="font-size-3">adj (avô+engo2) 1 Que procede ou é herdado dos avós. 2Relativo aos avós. 3 Muito antigo. sm pl 1 Os avós (avô, bisavô…</span></p>
<p><br class="font-size-3"/><a target="_self" href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89665629?profile=original"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89665629?profile=original" width="600"/></a><br/><br/><br/><span class="font-size-3">O direito avoenga e suas obrigações (Título original)</span><br/><br/><br/><span class="font-size-3">avoengo</span><br/><span class="font-size-3">a.vo.en.go</span><br/><span class="font-size-3">adj (avô+engo2) 1 Que procede ou é herdado dos avós. 2Relativo aos avós. 3 Muito antigo. sm pl 1 Os avós (avô, bisavô etc.). 2 Os que vieram antes; antepassados. 3 Coisa que produz outra.</span> <br/><br/><br/><span class="font-size-3">A relação avoenga é o convívio entre avós e netos, que deverá ser preservado por ser parte do equilíbrio da estrutura familiar, é um dever desobstruir os canais do preconceito, intolerância, egoísmo, para que não seja permitida a quebra da íntima união entre as ligações sanguíneas e socioafetivas.</span> <br/><br/><br/><span class="font-size-3">A crescente e abrangente organização familiar, suas múltiplas concepções, provoca não só direitos, as obrigações surgem e se instalam socialmente, requerendo a perspicácia aguçada dos operadores de direito para a busca da legalização ao atendimento destes conflitos.</span><br/><span class="font-size-3">Indiscutivelmente, a família transformou-se, acompanhando as mudanças sociais, comportamentais dos indivíduos, isto, decorrente das informações que tecnologicamente são propagadas em tempo real para todo o planeta.</span><br/><br/><br/><span class="font-size-3">No Brasil, assistimos “ao vivo”, no dia 05/05/11, um banho de civilidade, progresso, desprendimento de conceitos arraigados e arcaicos, inaceitáveis nos dias atuais: a consagração com o reconhecimento do direito dos homo afetivos, a equiparar essa união à condição legal de união estável, já que vivem em uniões com os seus pares, objetivando a formação familiar. Breve adendo porém, para comprovadamente deixar clara a pluralidade das famílias, inegavelmente acobertadas pelo ordenamento jurídico.</span><br/><span class="font-size-3">A preocupação deverá voltar-se em primeiro plano para a criança, seja em uma relação biológica ou afetiva. Daí imprescindível inseri-la em um contexto familiar abrangente, onde os membros envolvidos, na relação parental serão basilares para a sua formação psicossocial. Aqui, relacionamos diretamente os pais biológicos e afetivos ligados diretamente as relações intergeracionais da criança que são os avós maternos, paternos e os sócio afetivos.</span><br/><br/><br/><span class="font-size-3">Obviamente que toda esta multiplicidade de agentes decorre em consequência ao desfazimento da família, com a readaptação de seus membros a novas realidades, a posteriores enlaces e o inevitável surgimento dos terceiros, consolidando as relações sócio afetivas.</span><br/><span class="font-size-3">Embora pareça simples, a complexidade existe e evitar ou ao menos minimizar a exposição da criança aos riscos e consequências dessa prática cabe exclusivamente ao bom senso dos genitores. Os divorciandos dificilmente encontram-se preparados para as agruras do fim da relação e convergem para o travamento de uma batalha que fere direta e frontalmente os seus descendentes, sendo estes comumente atingidos pela disseminação da alienação parental e, em algumas situações, vitimados pela síndrome dessa mesma alienação.</span><br/><span class="font-size-3">Neste limiar os resquícios vão além, atingindo os ascendentes, os avós, precisamente aqueles onde a detenção da guarda não coube ao seu filho, na tentativa ao apagamento implícito do vínculo familiar. A prática predominante é que a guarda da criança esteja com a mãe e como a família materna predominantemente assiste e se faz presente diretamente na vida de suas filhas e netos, o problema acomete frontalmente os avôs paternos, que comumente já não mantinham uma convivência habitual com seus descendentes antes do divórcio, quiçá com a sua instauração.</span><br/><br/><br/><span class="font-size-3">O convívio entre avós e netos deverá ser preservado justificadamente por ser parte do equilíbrio da estrutura familiar, nutrindo o sentimento de continuidade, de entrelaçamento, de afeto, na medida em que para os avós representa o fruto dos seus frutos e para os netos o doce carinho, os momentos inesquecíveis de liberdade familiar e a certeza que a vida está em constante processo de evolução. A idade avança com o passar dos anos e produz um sentimento inestimável que só poderá ser classificado como o amor mais puro, será brutal negar a ancestralidade, plenamente tutelada juridicamente, de forma integral e especial, na Constituição Federal, artigos 5º e 226.</span><br/><br/><br/><span class="font-size-3">A legislação brasileira por muito tempo calou-se frente à relação avôs e netos, compreensível, já que a família até meados de 1970 conservava uma estrutura não tão dinâmica como a atual, onde as separações, hoje divórcios, eram minorias; os casamentos se perpetuavam e com eles os entrelaçamentos familiares. Os avós eram autoridades maiores e suas características estéticas eram indiscutivelmente semelhantes: idosos, cabelos brancos, isto tudo sem esquecer que no domingo o dia era na casa da vovó.</span><br/><span class="font-size-3">Veio o divórcio, as sucessivas uniões, os irmãos maternos, os irmãos paternos, os irmãos comuns, a grande transformação da família em “das famílias”, a fluência dos vínculos sócio afetivos e com toda esta efervescência muito de bom aconteceu, embora tenhamos que reconhecer que as famílias sócio afetivas muito pouco tem de afeto e muito mais de divisão, neste diapasão difícil sobrar um tempinho para os avós, para aquele almoço de domingo.</span><br/><span class="font-size-3">O importante é o poder de adaptação e superação desta realidade e os jovens possuem esse perfil de sobrepor-se ao novo, daí o equilíbrio essencial dos pais e a disposição em propiciar o convívio familiar e suas ramificações, assim, todos ganharão.</span><br/><br/><br/><span class="font-size-3">Sutilmente a Lei n° 12.398, de 2011, estabelece o direito de visitas aos avós. Incluindo o parágrafo único ao artigo 1589 do Código Civil: “o pai ou a mãe, em cuja guarda não estejam os filhos, poderá visitá-los e tê-los em sua companhia, segundo o que acordar com o outro cônjuge, ou for fixado pelo juiz, bem como fiscalizar sua manutenção e educação”. Parágrafo único: “o direito de visita estende-se a qualquer dos avós, a critério do juiz, observados os interesses da criança ou do adolescente”.</span><br/><span class="font-size-3">O artigo 888, VII, do Código de Processo Civil, imprime nova redação: “o juiz poderá ordenar ou autorizar, na pendência da ação principal ou antes de sua propositura: VII - a guarda e a educação dos filhos, regulado o direito de visita que, no interesse da criança ou do adolescente, pode, a critério do juiz, ser extensivo a cada um dos avós”.</span> <br/><br/><br/><span class="font-size-3">O artigo 227 da Constituição Federal, determina ser dever da família, sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, dentre outros direitos básicos, a convivência familiar e comunitária. O ECA, avança mais um pouco e em seus artigos 16, V e 25 assegura à criança e ao adolescente o direito a participarem da vida familiar e comunitária, sem discriminação e o resguardo à comunidade familiar, que deve ser compreendida como aquela formada pelos pais (ou qualquer um deles) e os seus respectivos ascendentes.</span><br/><br/><br/><span class="font-size-3">Quando se requer direitos não poderá ser esquecido que existirá uma contra partida, as obrigações, os deveres e a reversão aqui é perfeitamente aplicável. Vejamos que a Constituição Federal, artigo 229, estabelece que “Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade”.</span><br/><span class="font-size-3">Os avós poderão subsidiariamente serem compelidos a prestarem alimentos para os seus netos, substituindo na totalidade ou parcialmente a obrigação imposta ao seu filho, que poderá ser o pai ou a mãe da criança ou adolescente, conforme preceitua os artigos 1696 e 1698 do Código Civil, intitulada como pensão avoenga.</span><br/><br/><br/><span class="font-size-3">A relação avoenga é reconhecida e deverão ser alardeados e difundidos os seus direitos e obrigações, sempre no sentido da proteção a criança, ao adolescente e ao idoso. Ademais, as atuais constituições familiares não deverão provocar apenas um alargamento da estrutura das famílias, muito mais a sua integração, proteção àqueles que neste contexto são hipossuficientes, as nossas crianças e os nosso“jovens” velhos. Neste diapasão, é um dever desobstruir os canais do preconceito, intolerância, egoísmo, para que não seja permitida a quebra da íntima união entre as ligações sanguíneas e sócio afetivas.</span></p>
<p><span class="font-size-3"><br/></span></p>
<p><span class="font-size-3"><a href="http://idososeseusdireitos.blogspot.com/">http://idososeseusdireitos.blogspot.com/</a></span></p>