Josi Castro

Feminino

Praia Grande/SP, Floripa /SC

Brasil

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Quem é você ?

Sou espontânea, transparente. Quando gosto, declaro e desfruto. Abraço apertado a todos quem gosto, distribuo alegria, faço piadas das coisas mais simples e absurdas. Aprecio o belo que a vida dá, seja num riso de criança, no desenho d'uma asa de borboleta, e até nos riscados coloridos d'um céu de por-de-sol. Acho lindo aquilo que não parece ser. Dia de chuva, trovoada, céu cinzento... mesmo nisso eu acho graça. E choro à toa, inclusive nos filmes da sessão da tarde.

Sou tagarela e falo tudo que me vem na telha e, por vezes, não meço o que digo. Por causa disso, já fui admirada e já me meti em encrenca. Dizem que tenho um coração maior que eu mesma, embora tenha pouco menos de 1,60 de altura e pese pouco mais de 50 quilos. Ajudo meus amigos, escuto seus problemas, aconselho naquilo que posso, mas, também, de vez em quando, tomo na cabeça. A vida cansou de me ensinar que às vezes é preciso dizer não, ser dura. Porém, minha natureza é mais forte que eu mesma. Por isso que, quando me sananeiam, choro, sofro e fico 'p' da vida. Apenas uma vez. Posso até perdoar, como já fiz inúmeras vezes, mas a confiança fica trincada. Como um cristal que, depois que racha, não tem mais conserto.

Construi e reconstruo meus mundos aos poucos. Já perdi as contas de quantas vezes me apaixonei, amei e desapeguei, seja por mágoa ou por traição. E também de quantas vezes mudei de endereço. Viajei muito, morei em muitos lugares e aprendi um monte de coisas. E continuo aprendendo. Sou uma eterna aprendiz. Sempre pergunto como funciona, como faz, onde fica, se está perto, como termina. Pergunto, pergunto e a cada resposta abosrvo mais. Como uma espojinha infidável. E adoro compartilhar isso. Ainda assim conservo minha simplicidade. Quando posso, facilito, traduzo, minimizo. E tenho verdadeiro horror a tudo que é complicado ou tentam me complicar.

Adoro ter essa sensação que provoca brilho nos olhos e frio no estômago, que faz o coração bater forte e o riso estampado na cara, do nada. De cuidar de quem se quer bem. De receber e dar colo. De ser cúmplice. De falar bobagens ardentes ao pé do ouvido ou por telefone. De doar e de receber. De estar junto, seja numa barraca de camping no meio do mato, ao pé de alguma lareira, ou assistindo filme debaixo do cobertor, comendo pipoca.

Tenho dentro de mim um lado ainda criança, moleca. Ainda mantenho minha coleção de bonecas de porcelana, bichinhos de pelúcia e outros cacarecos infantis. A menina dentro de mim sonha, muito e alto. Mas sei onde quero chegar, mesmo que, às vezes, não saiba como. São esses sonhos que regem minha vida, a qual planejo, traço, rabisco, penduro os melhores na parede e jogo os piores debaixo da cama. E a moleca entra no mato, trepa nos galhos, rala os joelhos, come fruta do pé e aprecia a vista. Adoro doce-de-leite, manjar branco, bolo de chocolate, chiclete, brigadeiro e tomar sovete direto no pote. A guria levada também trabalha feito gente grande, fica séria, metódica, traça metas e paga contas.

Difícil dizer o que me dá medo... Não tenho frescuras com insetos nojentos ou bichos peçonhentos. Tenho mais medo de perder alguém que amo do que levar picada e escorpião. Subo escada, troco lâmpada, ressistência de chuveiro, plug e tomada. E pneu de carro também. Não tenho problemas com martelos, alicates, chaves de fenda, allen e phillips. Se sei, conserto, se não sei, peço ajuda.

Já passei por inúmeros episódios que construiram minha força, coragem e fé. Atravessei incêndios sem me queimar. Me conservei impávida entre tufões e tempestades. E saí inteira, mesmo que por dentro, em alguns momentos, estivesse metade. Sou humana e não perfeita. Tenho meus defeitos também... Sou implicante, teimosa, ciumenta, ansiosa, respondona e, às vezes, preguiçosa. Confesso que tento controlar alguns desses defeitos. Outros não tem jeito.

Acho que tudo isso é um pouco de mim. Aqueles que me conhecem podem confirmar ou me lembrar de outras coisas a mais.

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