Mensagens de Ana Rosa de Brito Zuffo - Anjo de Luz2024-03-29T08:12:17ZAna Rosa de Brito Zuffohttp://anjodeluz.ning.com/profile/AnaRosadeBritoZuffohttp://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/61429361?profile=RESIZE_48X48&width=48&height=48&crop=1%3A1http://anjodeluz.ning.com/profiles/blog/feed?user=03p0ymj40xi4q&xn_auth=noO Anjo da Fraternidadetag:anjodeluz.ning.com,2011-01-30:867289:BlogPost:13217282011-01-30T21:00:00.000ZAna Rosa de Brito Zuffohttp://anjodeluz.ning.com/profile/AnaRosadeBritoZuffo
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<p> Estava a subir as longas escadas de pedra que davam enfrente a gólgota, chamada assim, por ser a representação espiritual da colina, onde foi o calvário de Jesus.</p>
<p> Fixei meus pés na beirada do monte, e de lá, avistei um grande vale, coberto de imensas flores amarelas e brancas do lado direito, e flores azuis e rosas do lado esquerdo. Ao centro, um imenso lago de águas cristalinas que refletiam o céu e os pássaros da mais bela…</p>
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<p> Estava a subir as longas escadas de pedra que davam enfrente a gólgota, chamada assim, por ser a representação espiritual da colina, onde foi o calvário de Jesus.</p>
<p> Fixei meus pés na beirada do monte, e de lá, avistei um grande vale, coberto de imensas flores amarelas e brancas do lado direito, e flores azuis e rosas do lado esquerdo. Ao centro, um imenso lago de águas cristalinas que refletiam o céu e os pássaros da mais bela plumagem.</p>
<p> Olhei para o meu lado direito, e percebi uma imensa pedra que poderia me deixar mais alta e poder vislumbrar a paisagem como seu eu mesma, fosse um pássaro e acabasse de aterrissar, mas, ansiosa a viagem retornar, num vôo de brisas refrescantes e lindas cenas naturais. Parei de pensar e subi a pedra com uma força dos deuses, pois, lembrei das palavras do Divino Amigo: “Vós sois deuses”, e aí então, acreditei que seria capaz, e fui.</p>
<p> Quando olhei a paisagem novamente, tive a enorme sensação de fazer parte da constelação de flores, folhas, terra, águas e céus, e que tudo era “um” e eu era “um”. Foi quando como desperta de um transe, ouvi uma voz masculina:</p>
<p>—Tu és uma centelha. Herdeira do divino e legado do homem. Fazes parte do todo, porque és essência!</p>
<p>Olhei assustada para o lado e dei de encontro com um homem alto, de pele branca, cabelos escuros encaracolados e olhos azuis vibrantes. Ele carregava uma enorme espada, que a deixou fincada na terra.</p>
<p>Não consegui dizer uma única palavra, é como se elas sumissem de minha garganta, mas, não do coração. Pois, esse, pulsava forte num compasso de êxtase e temor. Mas, logo o temor não deixou resquícios, pois, a vibração de ternura e amizade tomou conta de meu íntimo, e a certeza da luz, me acolheu por completo.</p>
<p>Aquela figura altiva apontou-me a gólgota e percebi que ao lado dela havia uma imensa cruz, tendo como base uma forte rocha. Ela estava cravada. Mais uma vez o ser “um” se representou aos meus olhos. Ele sorriu, e disse:</p>
<p>— A fé é o estímulo verdadeiro do cristão, a base da cruz, a rocha que não desvanece por milhares de anos. E a cruz, o amor vivo e complacente da verdadeira luz guia, dos cegos na ignorância.</p>
<p>Nesse momento, retirou a espada fincada na terra e a mostrou apontando-a em direção ao céu e completou:</p>
<p>— A verdadeira batalha é fazer-nos luz, íntima e profunda, para que sejamos capaz de alçar um vôo linear as estrelas, como um pássaro guia que deixa suas penas luminosas pelo caminho, para que outros possam segui-lo.</p>
<p>Diante das palavras emitidas ao meu pensamento, meu corpo estremeceu, meus olhos fecharam, e uma brisa forte envolveu-me arrastando-me inerte aos braços daquela cruz, e ali fiquei, agarrada, protegendo-me confiante, do vento que se fazia cada vez mais forte. Inebriada, fui arrancada da cruz e abri meus olhos. Ofegante, reconheci meu lar, meu quarto, meus pertences. Sentei-me a beira da cama, impulsionei-me, ainda abatida, em direção a janela, abrindo-a rapidamente. Vi as estrelas ao longe, brilhantes. Suspirei, agradeci, chorei e adormeci.</p>
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<p align="right">Ana Rosa Zuffo – 30/01/11</p>