01 DE JANEIRO - DIA DA FRATERNIDADE

[adriana maria camara de o lima]

  

  

01 DE JANEIRO  -  DIA DA FRATERNIDADE UNIVERSAL!

Em tempos de nova Era, e diante do dia 01 de janeiro que se aproxima, dia da Fraternidade Universal, vale a pena repensarmos um pouco a forma como vemos o mundo e como nos relacionamos com as pessoas, com a vida, com as coisas a nossa volta.

Em tempos de globalização, da teoria gaia, da idéia que estamos todos ligados através da energia cósmica, interligados com todo o Universo e até de que somos todos um, irmanados pela consciência divina que habita em nós, não nos custa refletir mais uma vez sobre o sentido da Fraternidade nesse passo inicial para 2013.

Será que conhecemos realmente o significado desse sentimento?

 Para nós, a fraternidade é uma ética e uma ótica de vida, a partir de quando as pessoas se dão conta de seu papel no mundo enquanto cidadão cósmico,  enquanto espírito a caminho do progresso e da luz.

E na medida em que ninguém pode evoluir sozinho,  é natural que o processo ascensional  se construa através dos grupos, das chamadas trocas fraternas entre todos que se relacionam em comunidade.

É certo que as leis não podem garantir isso, pois por mais que tenhamos um arcabouço legislativo dos mais avançados, seja no campo dos direitos humanos ou nas questões civis, sociais e trabalhistas, não é a lei que faz extirpar da sociedade a maledicência , a  perversidade, a  rebeldia, a ignorância e as iniqüidades humanas em geral.

E por mais que um magistrado interprete essas leis segundo os fins sociais aos quais elas se destinam, objetivando (re)estabelecer a paz  social,  o mesmo somente atua depois que o conflito já foi instalado, significando dizer que a ordem social e o ordenamento legal já foram violados antes mesmo de serem salvaguardados.

A vida humana não nasce da lei, muito embora ela seja expressão da mesma.

Também não basta respirar no meio social e repetir inconscientemente a expressão “meu irmão”  sem sequer dar-se conta do valor que este encerra, para logo em seguida agastar-se com o mesmo “irmão”, a quem quase sem atenção foi dirigida a palavra, por uma simples bagatela .

Se o homem da atualidade ainda persiste em viver sobre o peso do desconhecimento de si mesmo, de sua realidade espiritual, mas do que nunca necessitamos acorda-lo!

Somente através de um despertar espiritual da realidade existencial das criaturas e de uma profunda conscientização de religiosidade sobre a realidade de quem somos e como vivemos é que haverá  possibilidade de uma mudança expressiva quanto ao modo de encararmos as situações, as pessoas e as coisas e, assim, irmos transformando o mundo dentro da visão holística da era nova.

Uma vez que concordamos com o fato de que necessitamos do amadurecimento e crescimento dos nossos corpos inferiores( físico, mental, emocional e espiritual) e que esse processo se concretiza por meio das sucessivas existências corporais, porque então não fazermos a escolha de expandir nosso afeto pelos irmãos do caminho, assim como pelas irmãs flores, irmãos espinhos, irmã brisa, irmão sol, irmã lua, irmão mar, irmãs árvores,  irmãos animaizinhos, irmãs e irmãos daqui e do além que nos ajudam também, seja na terra ou em outro lugar?

Creio que podemos, sim, a partir de uma tomada de consciência sobre o sentido da palavra fraternidade.

A fraternidade é o nome que se dá ao sentimento que une irmão a irmão; é o olhar daquele que se entende como parte de um todo, onde todas as pessoas são irmãos do caminho. Mas é onde o sentido de união pode ultrapassar barreiras e a manifestação do amor ser entendida dentro de uma “ecologia divina”. No sentido espiritual, amor e respeito pelo nosso querido planeta e por todos os seres que nele habitam; amor e respeito pela nossa fauna, flora, por toda atmosfera, pelos outros astros, estrelas, pelo Universo.

Se assim considerarmos, que o espaço cósmico dentro e fora da terra é uma imensa malha interligada e agirmos consoante este princípio, estaremos começando a entender o significado da expressão fraternidade. Sem perceber, estaremos nos religando ao Pai.

 Do ponto de vista humano, social, é a conduta daquele que se porta ou procura portar-se com afetuosidade, ternura, acolhimento, sem julgamentos precipitados e em respeito às diferenças.

 Mas não é só.

É aquele que além de ultrapassar todas as diferenças de raça, cor, sexo, crença, profissão busca agir segundo o bem comum, a favor da igualdade e justiça social e tem neste objetivo a força e o fim pelo qual trabalha, seja em que ofício for, como parte de um único organismo social.  

É aquele também por meio do qual espontaneamente surgem as iniciativas beneméritas, como consequência natural do dever de dar a mão, através de alguma boa ação.

Aqueles que desenvolveram o sentimento de afetividade fraternal compreendem sua missão de vida neste mundo e sabem que cada um tem a forma de enxergar a realidade_ própria, dos outros, da vida, de Deus, e que todos temos uma visão limitada do mundo, sempre proporcional ao tamanho da nossa cegueira espiritual ou distorção da realidade.

Mas, se a meta é trabalharmos pelo despertar da nossa afetividade, que a partir deste 1º de janeiro de 2013 possamos todos desenvolver a ética da fraternidade, trabalhando em prol do bem e da paz, servindo a todos com alegria, contentamento, respeito, compreensão e amor!

Aos queridos fratelli,

Um Feliz Ano Novo!

Adryanah.