MENSAGEM DE JOANNA DE ÂNGELIS
Queridos irmãos,
Que Jesus nos abençoe !
Providência indispensável que devemos todos tomar com relação ao nosso equilíbrio
psíquico refere-se à indulgência, necessária virtude para com todos os
irmãos que transitam conosco pela senda do aperfeiçoamento espiritual.
Bem aqui, no dia-a-dia de cada um, convivemos com criaturas baldas de
discernimento que, por vezes, fazem com que movimentemos todas as
reservas de paciência para que logremos continuar nos expressando em
termos delicados.
Ali, o próximo em penúria se esquece das lides diárias de nós outros, irmãos
de caminhada, que, por nossa vez, carregamos também nossos fardos
próprios, solicitando de nós demasiada atenção e tempo que nos é
precioso, também, às nossas conquistas individuais.
Além, surge o irmão que não nos compreende o modo de pensar, dilacerando
nossa alma com petardos de censura e questionamentos desgastantes.
Por todos os canais da convivência humana surgem oportunidades múltiplas
que nos requisitam os testemunhos de tolerância fraterna.
No entanto, quão difícil ainda é, para todos nós, evidenciarmos um carinho
constante para com as criaturas, quando estas nos constrangem a
sensibilidade e põem à prova nossa estabilidade de comportamento!
Sem dúvida, como afirmariam as palavras do Evangelho: - A 'paciência ' é a virtude mais difícil de ser praticada!
A indulgência é a paciência ainda ' mais elaborada '. Alcança uma onda mais alta de consciência amorosa.
Por sua vez, requer de nós árdua renúncia a muitos pontos de vista e concepções individuais, para que não se crie discórdia.
No limiar da sedimentação das mais nobres florações do espírito, surge ela
como suprema luz a apontar as posições cristãs mais amadurecidas que
devemos assumir perante as turbulências naturais geradas pelo próprio
convívio entre as criaturas.
Paciência, indulgência, humildade, tornam-se, desta feita, preciosidades do
espírito que busca o reino da paz prometido por Jesus aos mansos e
pacíficos.
Esta paz reside, contudo, dentro de cada um, primeiramente, quando não mais a
criatura sente a exigência interna de reagir aos confrontos da vida, às
incompreensões e às dissonâncias entre modos de pensar e de agir dos
seres humanos.
Embora aparentemente ferindo o nosso próprio 'eu', perante a multiplicidade
de circunstâncias que se nos apresentam, em que a verdade parece não ser
compreendida pelo outro, e a afronta, a crítica, a ironia e o
descrédito rugem contra o que concebemos como nossa realidade pessoal, o
silêncio e a paciência são as melhores opções inteligentes para
qualquer desses momentos, onde então, o verdadeiro espírito indulgente
se manifesta, naturalmente, não se sentindo ferido, mas em paz,
aguardando o crescimento do outro.
Distingue-se esta atitude daquela que esbraveja e digladia, ofende e exaure ambas as
partes em confronto, até consumirem-se as forças do ser humano que
deseja lutar pela sua posição mais privilegiada.
Pela visão espiritual dos fatos cotidianos da humanidade, atestamos que
chega um instante em que a 'sabedoria' se faz necessária, antes mesmo
que a necessidade de provar-se qualquer mérito, posição ou ponto de
vista mais acertado, ou mesmo a versão dos fatos mais justa, que possa
nos privilegiar.
Quando o ser humano se cala, e já não se empolga, de forma descontrolada e em
indignação, para vencer a competição das verdades, demonstra que venceu
os apelos do mundo, a vaidade e o afã de vencer sempre, e encontrou a
si mesmo e a sua paz, a sua verdade, na quietude e mansidão dos justos
perante si mesmos.
Após este processo da indulgência conquistada, brilha o ser que atravessou
os tempos das disputas, das exigências das batalhas das palavras,
iluminado e glorificado pelo valor que demonstrou, ao ter a paciência de
esperar o crescimento do outro e ao deixar que outros brilhem com suas
formas de pensar e de ver o mundo, embora sabendo que, mais tarde, o
brilho maior será sempre o brilho da verdade absoluta.
Somente o tempo pode mostrar e avaliar os efeitos positivos de se ter
indulgência para com a arrogância humana, a constante indulgência para
com as falhas, os temperamentos, as personalidades e as idéias de muitos
seres, que fariam com que, em outros tempos, travássemos um duelo
invisível com nós mesmos, ao duelarmos com eles, para que a vitória
final fosse sempre e apenas nossa !
Nos momentos em que nos sentirmos combalidos, desanimados, para
persistirmos neste comportamento sábio e prudente, a expressão falada ou
escrita, ou a manifestação qualquer que se torne imprescindível, para
se tomar um partido ou declarar uma evidência dos fatos, pode acontecer,
igualmente, dentro de um padrão de comportamento indulgente para com
aquele que igualmente se pronuncia ou luta pelos seus argumentos.
As atitudes recomendadas pela psicologia moderna pede aos seres humanos
que sejam autênticos e se exprimam sempre com a veracidade de seus
sentimentos, o que consideramos correto e benéfico.
Entretanto, o que ocorre é que os próprios seres humanos não medem seus atos e as
suas consequências, ao considerarem que devem lutar até o fim para serem
ouvidos, entendidos e seguidos em suas verdades, em constante
desrespeito às verdades dos outros seres irmãos.
Neste momento é que a primeira opção será sempre a menos comprometedora e a
que menos deixa como consequências, nos caminhos humanos, as ervas
daninhas das lembranças, às vezes até eternas, de agressões físicas ou
morais, as desastrosas calúnias, julgamentos e difamações e os
rompimentos de laços afetivos ou amorosos entre algumas ou muitas
pessoas, que resultaram das competições humanas, por glórias maiores
para seus pontos de vista, os quais os impávidos seres devotados à
arrogância elegeram para seus modos de ser e de ver cada coisa no mundo,
em detrimento dos de outros irmãos seus, igualmente pensantes.
A certeza de que quanto mais nos elevarmos para a realidade do espírito
imortal e nos compenetrarmos da transitoriedade dos testemunhos carnais,
e aliarmos ao nosso modo de viver na Terra a paciência, a humildade e a
indulgência, mais fácil será entender os homens e as suas mazelas,
perdoá-los e amá-los, a despeito de qualquer incompreensão ou ingratidão
que recebamos como recompensa, conscientes de que a vitória final, no
cômputo geral das ' contas ' humanas, sempre pertencerá àquilo que veio
dos que realizaram o maior 'BEM' e à 'JUSTIÇA DIVINA', sempre
mais sábia do que tudo aquilo que consideramos ser o 'MAIS CORRETO' !
JOANNA DE ÂNGELIS
Mensagem psicografada em 08 /04/1986, por Rosane Amantéa.
©2010Rosane Amantéa
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