A LUZ E A SOMBRA INTERIORES

[Eduardo Luís C. Figueira]

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PREÂMBULO

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Transcrevo a seguir um artigo que considero entre os melhores já elaborados nesta época da nossa caminhada para a Consciência. Trata-se de “A Luz e a Escuridão Interiores”, escrito por Jean Tinder, do Crimson Circle (Shaumbra), publicado em Dezembro de 2009.

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Atribuo importância a este material que, embora de Dezembro de 2009, surge como seqüência lógica de uma série de passos de expansão da Consciência, que estamos dando para purificação do nosso Templo interior. Seriam esses passos:

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- Primeiro, a velha atitude de que “quero melhorar, vou trabalhar os meus defeitos, minhas falhas e apegos”, que já vimos não é suficiente.

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- Depois, pelo privilégio do momento Cósmico e pela Luz que estamos recebendo, podemos “identificar as minhas sombras e entregá-las à Luz” (porque teríamos a humildade de assumir que somos impotentes para fazer a nossa total purificação sozinhos e/ou porque não temos mais tempo para trabalhar esses ditos aspectos “negativos”). Isso, claro, depois de tomar bem consciência dessas sombras. Porém, tudo ainda dentro duma visão da dualidade “Bem/ Mal”.

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- E agora, este texto de brilhante inspiração nos sugerindo o próximo passo a ser dado, para completar o processo. Ele se encaixa perfeitamente em concepções tais como “Ho’ Oponopono” e “nós é que criamos a nossa própria realidade”.

Por outro lado, nos dá uma boa visão sobre a transcendência do Bem e do Mal, pela Verdade de Aquilo que nós somos efetivamente

(BEM + MAL = VERDADE, no Triângulo Elementar do Fogo da Coroa da Cabeça).

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Boa leitura!

ELF

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A LUZ E A SOMBRA INTERIORES

Por Jean Tinder

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Uma noite, um velho índio Cherokee contou ao seu neto sobre uma batalha que acontece no interior das pessoas. Ele disse: "Meu filho, a batalha acontece entre dois lobos dentro de cada um de nós.”
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”Um é o Mal. É raiva, inveja, ciúmes, vaidade, tristeza, ódio, ganância, arrogância, auto-piedade, ressentimento, inferioridade, mentiras, orgulho, luxúria, a superioridade e o ego.

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O outro é o Bem. É alegria, paz, amor, esperança, serenidade, humildade, bondade, benevolência, empatia, generosidade, verdade, compaixão e fé."

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O neto pensou sobre isso por um minuto e então perguntou ao avô:

"Qual é o lobo que vence?

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O velho Cherokee simplesmente respondeu:

"Aquele que você alimentar."

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Talvez aquilo que torne este trabalho com a consciência tão profundo seja o fato de que ele tem efeitos bem reais na nossa vida, muito além de se lidar apenas com conceitos interessantes.

Uma coisa é entender mentalmente todas essas idéias acerca de novas energias; outra, completamente diferente, é experienciá-las num nível profundo, como sentimento a nível da alma.

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Durante a recente volta pela França (*), tive a audácia de dizer a Adamus que eu me sentia plena, completa, sem necessidade de nada, portanto o “O quê, agora?” era verdade. Quando Tobias partiu em julho eu experimentei uma plenitude interior numa escala que eu não imaginava possível.

No entanto, a vida continua e Adamus gentilmente me disse que, quando eu declarasse alguma coisa assim, logo haveria aspectos surgindo para me desafiar, para ver se eu estou realmente falando sério.

Na verdade, ele viu que um desafio já estava a caminho e, sem errar, esse desafio chegou, poucos dias atrás.

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Agora, o ponto importante acerca desta nossa jornada é que nós temos que assumir o que falamos, ou então parar de falar. Nós podemos, ou assumir total responsabilidade pelas nossas experiências, ou assumir o papel de vítima.

Assim, mesmo que parecesse que NADA do que aconteceu por meio deste desafio surgido foi minha culpa, de qualquer maneira eu decidi trabalhar com afinco para descobrir por que "eu" criei essa experiência.

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O que resultou disso foi entrar em contato com um aspecto muito velho, muito forte e muito sombrio de mim mesma. Era um aspecto que eu tinha descoberto há alguns anos atrás e não desejava ter nenhuma relação com ele. Ela (essa faceta de mim mesma) era horrível de todas as maneiras que eu pudesse imaginar e eu a rejeitei completamente. É claro que isso significou que eu também me rejeitei a mim própria, não importa que contorcionismos mentais eu tenha passado tentando evitá-la. Então, no intuito de finalmente ultrapassar esse problema de uma vez por todas, eu dei a ela algum espaço e a deixei entrar.

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Entretanto, integração significa que você também tem que lidar com o oposto do que você está convidando para entrar. Então, uma noite eu estava gastando muito tempo em respirar, sentindo algumas emoções fortes e permitindo que esta parte rejeitada se acostumasse com a idéia de voltar para casa, quando de repente um aspecto de guerreira moralista veio à tona. A sua existência inteira tinha sido dedicada a manter afastada a maldade da outra. “Como ousa deixá-la voltar? Ela é completamente má, você tem alguma idéia do que ela é capaz? Como você pode fazer isso?” E é claro que a sombra replicou. “Viu? Eu sabia. Você não me queria REALMENTE de volta, você não tem a coragem de lidar comigo.”

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E ali estava ela, movimentando-se com violência dentro de mim – a batalha da luz com a sombra. Então quem vence? Qual delas eu vou alimentar, qual delas eu vou deixar passar fome?

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A verdade é que um animal faminto fica ainda mais violento e mais determinado a fazer qualquer coisa para sobreviver. E o mesmo é verdadeiro para qualquer parte do ser que é rejeitada.

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Por causa de quem somos como Shaumbra, sempre no “limite de sangramento” da evolução da consciência, nós fizemos de tudo. Nós encarnamos as mais santas qualidades e já vivemos os tempos de vida mais hediondos, e todos eles deixaram a sua marca cá dentro. Muitos de nós queremos viver para sempre no Amor e na Luz, tendo tido já o suficiente de trevas e ficando horrorizados com qualquer vestígio que isso tenha deixado dentro de nós. Outros de nós não querem nada com coisas místicas, e zelam pela falência do sistema em todas as oportunidades, determinados a nunca serem apanhados novamente.

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Mas tudo isto é ainda uma reação a algo que nós não queremos em nossa realidade e que rejeitamos dentro de nós. Na medida em que você faça passar fome à luz ou à sombra, ela irá reagir e distorcer a sua realidade. Ela trará circunstâncias que parecerão ser causadas por outros, porque você não consegue reconhecer essa situação dentro de si próprio.

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Então, assim que eu sentei respirando, escutando e sentindo aquela enfurecida discussão dentro de mim, eu me lembrei que elas eram ambas apenas aspectos; partes de mim que tinham ficado presas em suas experiências de polaridade extrema. Eu estava em guerra comigo mesma - mas não de verdade, porque o meu Eu verdadeiro era aquele que estava observando. Apenas seria uma batalha se eu me identificasse com uma e rejeitasse a outra. Mas quando eu me lembrei que eu simplesmente sou quem Eu Sou, eu voltei a minha atenção para Me amar e aceitar naquele momento e a batalha se tornou irrelevante. Como crianças briguentas cansadas, elas apenas abaixaram suas espadas de brinquedo e voltaram pra casa, amuadas ou mal-humoradas, mas sem lutar.

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O resultado é que eu sinto algo novo dentro de mim, algo que eu ainda não consigo definir. Eu também sinto um monte de coisas definíveis, com certeza – a tristeza pelas vidas perdidas para esta batalha, o cansaço pela energia gasta para manter a luta sob controle, pesar pelas partes de mim que, desta maneira, não mais existem. Eu tinha me acostumado com suas presenças, apesar de tudo ser tão desequilibrado.

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Agora, há uma parte da minha vida que precisa ser completamente redescoberta e recriada, porque muito dela foi inconscientemente definido pela minha resistência a alguma parte de mim própria.

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Tenho agora uma compreensão mais profunda daquilo que temos falado sobre a integração da luz com a sombra. Oh, eu era suficientemente feliz para “integrar a minha sombra”, desde que isso significasse que eu ainda seria uma boa pessoa. Mas, quando uma parte "não agradável" salta para fora e cria o caos, mesmo através de outra pessoa, torna-se óbvio que eu não trouxe essa parte para casa ainda. Quando eu já não estou resistindo "ao que eu não sou" (que realmente não existe), então estou livre para ser TUDO o que eu sou, e escolher a cada momento como expressá-lo. E as partes rejeitadas já não precisam causar o caos (mesmo através de outras pessoas) no meu Agora.

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Em Roma (*), Kuthumi disse a propósito disso:

"Quando a luz e a sombra se unem dentro de você, não são mais apenas os elementos de luz e sombra, mas a fusão cria toda uma Nova Energia e uma consciência diferente, porque esse processo contém a sabedoria de tudo o que você fez que era sombra, e de tudo o que você fez que era luz. Então não é mais a combinação de luz e sombra, mas ocorre um salto quântico”.

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Esses saltos quânticos são assustadores e por vezes bastante dolorosos, mas eles podem realmente mudar sua vida.

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Feliz salto!

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N. T.:

(*) – Durante um road show para realização de workshops na Europa, no ano de 2009.

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Este material é uma tradução livre a partir do original: http://www.crimsoncircle.com/Newsletters/2009%20Newsletters/CC-Newsletter-Dec2009-Light%20and%20Dark%20Inside.htm.

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Informação sobre Shaumbra: http://www.novasenergias.net/circulocarmesim/)

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Tradução: ELF.