Hans Christian Andersen foi um brilhante escritor e poeta dinamarquês, nascido na virada do século 19, e sempre na virada surgem na história da humanidade seres extra-ordinários, como este que em sua passagem nos brindou com contos maravilhosos que dormem nas cabeceiras das camas das crianças e ensinam algo muito precioso que hoje tanto faz falta em nossa humanidade, o amor, através da exposição de dramas humanos instigados pelas indiferenças humanas, pobrezas e profundos conceitos de moral e ética vigentes na sociedade.
“Ele foi, segundo estudiosos, a “primeira voz autenticamente romântica a contar histórias para as crianças” e buscava sempre passar padrões de comportamento que deveriam ser adotados pela nova sociedade que se organizava, inclusive apontando os confrontos entre “poderosos” e “desprotegidos”, “fortes” e “fracos”, “exploradores” e “explorados”. Ele também pretendia demonstrar a idéia de que todos os homens deveriam ter direitos iguais.”
Hans Christian Andersen pode ser classificado como um ser de extraordinária beleza interior que tantas coisas boas inspiraram em milhões de crianças pelo mundo afora durante as décadas que se seguem. Dizem os incautos que se tratavam de contos infantis, mas digo, precipitados analistas, visto que são contos que ensinam o ser humano em todas as idades. E normalmente, o adulto que assim classifica simplesmente não é capaz de ver a beleza divina contida nos contos de Andersen, visto que também para reconhecê-las deveria haver ao menos uma chispa desta beleza nos corações dos leitores. Ninguém é capaz de ver a beleza da rosa se não for capaz de ver a rosa.
Num tempo em que estamos, com tantas incongruências de vida e tantas indiferenças que destroem seres humanos, todos nossos irmãos, como se fosse a coisa mais normal do mundo, é momento e tempo de questionar de maneira super profunda aonde desejamos chegar? Que valores de vida devem mesmo nortear nossas vidas?
A questão que foge a qualquer elemento de racionalidade (mesmo esta dita racionalidade cultural dos dias atuais, que reputo fragmentada, infeliz e irracional em tese, antítese e síntese), é como poderemos dormir e sermos felizes de fato com tudo isto acontecendo a nossa volta? São guerras, fomes, misérias, indiferenças, vaidades, friezas que para não nos envolvermos covardemente, fingimos sempre que está tudo bem, mesmo, ao nosso lado, “estourando” uma bomba de Hiroshima todos os anos!
Que valores são estes que as sociedades ditas racionais e cultas estão a adotar para desprezar e ignorar completamente as diferenças sociais humanas e tratá-las como simples números econômicos, os quais para alívio desses “eméritos doutores” tendem a se corrigir automaticamente com uma redução de 1% ao ano?
Quantas vidas mais deverão ser ceifadas para que a humanidade desperte deste “holocausto” social e econômico que infringimos aos nossos irmãos, seres humanos?
Há pelo menos três bilhões de humanos que estão alijados do processo evolutivo, simplesmente porque vivem muito abaixo do que chamamos de linha de conforto econômico mínimo que permite aos seres obterem progresso e progresso é o desejo de alma, de todas as almas vivas ou mortas.
Existe uma rosa linda e maravilhosa em todos os corações humanos, uma estrela de vida e de morte do Universo, mas você somente será capaz de enxergar esta beleza se algum dia conseguir enxergar a sua própria rosa interior.
Destrave-se desta anti-cultura humana que vige como conceitos de vida e de amor, e desperte para a verdadeira vida que habita em sua alma antes que seja muito tarde para você também. Acreditando ou não em vida após a morte, guarde estas palavras: você um dia descobrirá se estava certo ou errado em seus conceitos e poderá fazê-lo através de muita dor ou através de um método inteligente que espelhe a racionalidade divina ou superior que não se limita a estes conceitos de sobrevivência da espécie e a uma vida apenas biológica.
Ao homem sem progresso sempre caberá a animalidade e a dor suprema se assim continuar a se comportar em vida. A mente é um dote para humanos, mas senão usá-la em benefício comum, estará limitado ao mecanicismo animal.
Não sei se Andersen estudou esoterismo, mas seus contos maravilhosos nos remetem as mais profundas lições do ocultismo de muito antes dos egípcios. Veremos, com a publicação deste conto que se segue e no próximo texto.
Por Atama Moriya.
Você precisa ser um membro de Anjo de Luz para adicionar comentários!
Entrar em Anjo de Luz