No dia seguinte, ele estava triste e a população da cidade, que o havia recebido em êxtase no dia anterior, questionou o porquê que agora ele estava triste. No dia anterior estava feliz, porque tinha conseguido alcançar todas as respostas após viver vinte anos aprendendo. O sábio respondeu: quando sai do isolamento descobri que as perguntas tinham mudado.
Na verdade, isto é o que fazemos quando individualizamos a vida. Adotamos uma posição como definitiva e não verificamos que as perguntas do universo mudam a cada dia. Esse universo que o ser vive hoje não é o mesmo de quando ele começou a sua encarnação.
Hoje é um outro universo. As verdades criadas ao longo da vida ficaram encravadas e com o lustro do tempo perderam o sentido. Mesmo assim, o ser se agarra a esse sentido porque é individual, único. Vivemos nossa verdade e não a verdade do universo.
A verdade universal é dinâmica, se altera a cada momento. Enquanto nós, estamos perdidos em verdades, que, se um dia foram verdades, foram há vinte anos atrás. Com base nessas verdades de vinte anos atrás fazemos o julgamento agora.
Hoje, querer aprender as lições do espiritismo dentro do mesmo olhar que Kardec teve é voltar a viver em 1800. Aquelas foram verdades estanques para aquele momento e não verdades para o mundo de hoje. Se julgarmos as coisas espirituais pela interpretação de dois séculos atrás estaremos julgando o mundo espiritual de forma errada.
A interpretação de ensinamentos dentro de um determinado espaço de tempo é uma verdade individual do momento. Formar conceitos próprios e definitivos fundamentados em verdades ultrapassadas, altera a compreensão das coisas.
O ser não deve deixar de se agarrar a conceitos, mas sim estar sempre aberto a novas informações. A vida não é conceitual, mas sentimental. Sentimento não admite conceito, porque sentimento não admite raciocínio. Não se raciocina sentimentos. O sentimento é a base para o raciocínio.
Aquele que casa julgando (raciocinando) que terá uma vida boa porque o marido ou a esposa tem dinheiro, acaba encontrando até um assassinato. Enquanto outros, movidos pelo sentimento, casam com pessoas de menos posse ou pessoas iguais a elas e vivem juntos a vida inteira. Um raciocinou o seu sentimento e outro sentiu o seu sentimento.
Fonte: EEU - Espiritualismo Ecumênico Universal: www.meeu.com.br
Você precisa ser um membro de Anjo de Luz para adicionar comentários!
Entrar em Anjo de Luz