As vicissitudes da vida!

[ismael de almeida]

Nem todos os dias a existência sorri, dias de Sol claros se mesclam com escuridão. Tristezas e alegrias se intercalam. Mas não se pode esquecer que o núcleo de comando interno é o que determina a vivencia do mundo exterior. Decisões internas são poderosas e determinam com poder os acontecimentos externos, podendo modificá-los e sinalizar um vetor firme, num roteiro seguro.

Às vezes acontecimentos externos geram mal estar e dor profunda, mas a alma pode recusar aceitar forças destrutivas de origem do mundo externo. A rigor só as decisões internas deveriam criar situações e que sempre fossem úteis e benéficas.

Quando um acontecimento exterior de dor profunda surge no horizonte e vem colorir o santuário interno de escuridão, a luz da alma, que na verdade detém o poder e pode extinguir e iluminar as nuvens negras destas ocorrências nefastas, que armam tempestades no mundo interior.

Uma doença grave e inevitável pode determinar uma convulsão interior, que pode ser controlada pela central do comando interno pela aceitação pacífica da enfermidade com resignação, enriquecendo o espírito com qualidades de firmeza e sublimação, ou pode-se deixar que o desânimo e a revolta tirem a prístima beleza do santuário interno, maculando o mundo subjetivo com o lodo da revolta.

Uma ofensa grave recebida, não deveria envenenar a fonte da vida interior, que pode ser impedida de penetrar na cidadela da alma, por uma firme determinação do espírito, que poderia trancar os portões da alma, para que a avalanche destrutiva não penetre.

É preciso entregar o comando à alma, e impedir que o ofuscante ego negativo, se intrometa em assuntos que não lhe competem decidir.

Emoções exteriores quase sempre são destrutivas, por isso devem ser vigiadas e controladas. Só o amor da alma deveria ser o combustível de todos os acontecimentos, da vivencia humana.

Uma agressão gratuita vindo do mundo exterior, necessariamente não precisa penetrar no mundo interior, a não ser por determinação daquela parte escura e sombria da natureza humana.

Que a fonte de amor interior, ilumine o santuário da alma, e transmute toda negatividade pela alquimia do poder do espírito!

O amor pode embelezar a vivencia da existência em esplendor sem limites, bondades e alegrias, fazendo da vida um roteiro encantador repleto de árvores frondosas, jardins floridos e paz que inebria o coração, ou pode permitir que um mundo escuro se acontecimentos vindos de fora invadam o altar da alma.

Por isso disse o mestre: Busque a paz e fique nela!

O núcleo de poder outorgado à alma é vida de plenitude e bem-aventurança, mas se usurpado pelo ego negativo é só tristezas e intemperanças.

Jesus o doce rabino da Galiléia ensinou há dois mil anos, como fazer da vida um paraíso, mas a lição ainda não foi aprendida e a parte sombria da natureza humana ainda tem o pode de decisão.

Porque permitir que o mundo exterior governe o mundo da alma? Necessariamente não deveria ser assim!  Toda decisão que se refira a vida da alma deveria ser tomada por ela, e nunca por decisão do ego negativo.

Jesus mostrou o roteiro da felicidade humana, que tem início no mundo interno, e deveria terminar no infinito.

A decisão é fácil de ser tomada porque o verdadeiro poder está na alma. O poder do ego negativo é falso e usurpador, por negligencia do próprio homem que na sua indiferença permite e autoriza a invasão do seu domicilio.

O ser humano não mantém dialogo com sua alma, entregou o poder ao anjo negro que habita os pântanos do seu astral inferior com domínio também nos focos mórbidos do mental inferior, e aqueles espectros horripilantes de maldade, egoísmo, e separatividades dominam sem oposição. O menor acontecimento exterior muitas vezes de nenhuma importância desperta a ira destas criaturas desprezíveis, que alardeiam uma barulheira por nada. Querem sempre infringir dano através da oposição a tudo e a todos.

Criaturas fanfarronas, intempestivas e maldosas são os pensamentos desregrados, as emoções maculadas que só querem causar dor e sofrimento.

O ser humano deveria prestar mais atenção no seu mundo interno, e conhecer melhor aqueles desprezíveis núcleos de maldade nascidos de sua negligencia e indiferença com as coisas do espírito!

Ismael de Almeida.