BESOUROS, CONCEITOS E LIMITES, Por: David Sainá

[Sebastião Aparecido de Paula]

BESOUROS, CONCEITOS E LIMITES,
Por: David Sainá

Existem alguns insetos, em especial certos besouros, que, devido à sua conformação e características físicas, pelos estudos dos conceitos aerodinâmicos, seria impossível voarem.
Porém, como os besouros ignoram completamente as leis da aerodinâmica, eles simplesmente voam, apesar delas. Vale lembrar também que os besouros já existiam muito antes que qualquer um destes conceitos humanos viesse a ser criado!
O homem, através de seus estudos e observações, vem criando inúmeros conceitos durante a sua trajetória evolutiva. E estes conceitos, ou estas idéias refletem a sua mentalidade e o momento no qual ele está vivendo.
Se, por exemplo, práticas medicinais as quais utilizavam a aplicação de sanguessugas sobre a pele dos (pobres!) pacientes eram consideradas algo normal há 300 anos, hoje isto é visto como uma coisa no mínimo absurda.
Assim, quando criamos a idéia de algo, segundo a nossa observação e mesmo comprovação empírica, na verdade esta visão corresponde ao nosso grau de consciência naquele instante, bem como nossa respectiva visão e capacidade de compreensão daquilo naquele momento. Muitos afirmam até que nós não vemos o mundo como ele é, – mas sim como “nós somos”.
Então, quando desenvolvemos um determinado conceito que se torna uma lei para nós, automaticamente estabelecemos um limite.
Se na antiguidade a Terra era considerada quadrada e se acreditava piamente que, quem se aventurasse até os limites do planeta cairia em um abismo infinito, certamente muitos temiam e respeitavam estes limites, mesmo que eles só existissem em sua consciência.
Ao observarmos um objeto não identificado, ou um “ovni”, “ufo”, etc., – como um destes que muitas pessoas já avistaram e até fotografaram, – descrever uma manobra velocíssima em ângulo reto, sem se desintegrar, isso implica na transcendência de certos limites. Afinal, se qualquer aeronave terrestre realizar esta mesma manobra, sabe-se que, pelas leis da nossa física, ela se destruirá.
Contudo, estes objetos desconhecidos, ou mais precisamente quem os comanda, parece conhecer muito bem outras leis além das nossas, já que consegue realizar com êxito estes vôos. Ou seja, o conhecimento destas inteligências extra-físicas supera o nosso, pois elas transcenderam certos limites que, para nós, por enquanto, ainda são intransponíveis.
Mas, se alguém vê uma espaçonave desconhecida realizar algo assim, bem claramente diante de seus olhos, – algo muito importante acontece dentro desta pessoa, pois daquele instante em diante não haverá lei no mundo que vá convencê-la de que isto é impossível, quando ela já viu isto.
Então, se os conceitos criam limites, e se isto é relativo ao nosso momento e ao nosso entendimento atual, seria interessante nos encontrarmos muito abertos àquilo que é novo, àquilo que é incompreensível ou até considerado impossível hoje, pois, amanhã, isto pode se tornar um fato corriqueiro em nossa realidade.
E, se ignoramos a origem de certos conceitos, apesar de perpetuá-los em nossa vida; se herdamos idéias, se aceitamos limites que a nossa cultura, que a sociedade, que nossa educação, nossa ciência, nossa medicina, nossa religião ou outros nos impuseram, – conceitos e limites estes que talvez estejam hoje nos impedindo de dar certos passos evolutivos importantes, – então, pode ser que já esteja na hora de imitarmos os nossos velhos amigos besouros, deixando tudo isto de lado, – e voarmos!
 
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