Instituto Chico Anysio angaria verba para combater o enfisema pulmonar.
Com o objetivo de incentivar pesquisas inovadoras com células-tronco para o tratamento do enfisema pulmonar, o Instituto Chico Anysio, criado em homenagem ao humorista, falecido aos 80 anos, em março de 2012, angaria fundos para o Laboratório de Genética e Terapia Celular da Unesp de Assis, local onde desde 2005 são realizadas pesquisas de destaque nacional e internacional.
"São cerca de 5 milhões de pessoas com enfisema no Brasil. Os tratamentos disponíveis são apenas paliativos e não há nenhuma abordagem terapêutica clínica curativa, mas podemos achar meios para ajudar as pessoas", afirma o geneticista João Tadeu Ribeiro Paes, coordenador do Laboratório, professor da Unesp de Assis e colaborador do Instituto.
Paes relembra que os primeiros experimentos começaram em 2005 com a aplicação do tratamento em camundongos. Concluída esta etapa e com base nos resultados positivos, a Unesp recebeu autorização para começar os testes em humanos. Foi quando Chico Anysio entrou em contato com o geneticista entusiasmado com a nova terapia.
O humorista se colocava à disposição como voluntário, caso, eventualmente, houvesse algum novo estudo com emprego de células-tronco para tratamento de enfisema. Naquela mesma época, o médico buscava apoio para a continuidade das pesquisas e aplicação da terapia em pacientes humanos.
Chico se esforçou e conseguiu uma pequena colaboração à pesquisa, proveniente do Laboratório Ultra Farma. Posteriormente, em janeiro de 2011, quando Chico estava internado no CTI em coma induzido por sérios problemas respiratórios causados pelo enfisema, o médico entrou em contato com a mulher do humorista, Malga Di Paula, para comunicar que a primeira etapa do estudo em humanos já estava concluída.
Chico Anysio não viveu a tempo de participar da segunda e mais importante fase da pesquisa. Conforme explica o geneticista, por meio de um procedimento de três dias de duração, cerca de 40 pacientes voluntários receberão medicamentos para estimular a produção de células-tronco na medula óssea. Depois deste período, por intervenção cirúrgica com anestesia local, cerca de 150ml de células da medula serão colhidos através de uma punção na altura da bacia.
"Essas células serão processadas em laboratório e injetadas no braço de um voluntário. Por um mecanismo ainda não explicado pela medicina, essas células devem migrar para o tecido lesado. Imaginamos que o tecido doente libere alguma substância química que atraia essas células-tronco para o local", explica o médico.
A expectativa dos pesquisadores é que o tecido pulmonar se regenere e estabilize o avanço da doença. Outra hipótese é que a técnica melhore a função pulmonar - tal como aconteceu com os camundongos. "Não estamos propondo milagre nem a cura da doença e não queremos criar falsas expectativas, mas a nossa esperança é que as células-tronco impeçam a evolução da doença. Sei que ainda estamos em uma fronteira, mas pode ser que isso se torne uma terapia clínica definitiva" diz Ribeiro Paes.
A probabilidade de significativos avanços no tratamento do enfisema com a viabilização da segunda parte da pesquisa é alta. No entanto, para que o procedimento se concretize, o Instituto Chico Anysio necessita de cerca de 1 milhão de reais para garantir o acompanhamento dos pacientes que estão em fase de recrutamento e seleção.
Para ajudar, entre em contato com o instituto através do e-mail: contato@institutochicoanysio.org
DO FOTOJORNALONLINE: ÚLTIMAS INFORMAÇÔES
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Dr. João Tadeu |
O Dr. João Tadeu Ribeiro-Paes, nos informou, que 4 pacientes humanos, com grau elevado da enfermidade, já foram submetidos ao tratamento, e que apesar da sensível melhora clínica verificada, ainda não é possivel conclusões finais quanto a eficácia do procedimento, por exemplo : se deverá ser contínuo ou não?, mas o mais importante é saber que se trata de um procedimento seguro.
"Não estamos propondo milagre nem a cura da doença e não queremos criar falsas expectativas, mas a nossa esperança é que as células-tronco impeçam a evolução da doença. Sei que ainda estamos em uma fronteira, mas pode ser que isso se torne uma terapia clínica definitiva" diz Ribeiro Paes.
A expectativa dos pesquisadores é que o tecido pulmonar se regenere e estabilize o avanço da doença. Outra hipótese é que a técnica melhore a função pulmonar
À partir dos resultados positivos, fora solicitado a CONEP ( Comissão Nacional de Ética em Pesquisa), em 28 de abril de 2011 – Registro BONEP 16 464, autorização para retomada do protocolo com a realização dos procedimentos em 40 pacientes.
No entanto , a CONEP após intenso questionamento técnico e ético, e tendo todas as questões devida e satisfatóriamente exclarecidas, deu parecer favorável ao re-início das pesquisas, porém com apenas 20 pacientes, e com uma ressalva, condicionando a execução do projeto á garantia de disponibilidade de verba, o que naturalmente tem sido o entrave para o início do projeto.
De concreto, até agora, passados mais de um ano, houveram duas emendas parlamentares solicitando verba para o projeto; uma do Deputado Federal ALBERTO FILHO (PMBD/BA), e outra do Deputado Federal SALVADOR ZIMBALDI (PDT/SP), cada qual solicitando R$ 200 mil Reais, se liberado este montante apenas 20 pacientes poderão participar do projeto, e não 40 como foi solicitado pelo Professor, além disso ainda existe toda a demora do Ministério da Ciência e Tecnologia, em APROVAR a Emenda.
Quando imaginamos que num país como o Brasil, onde está se gastando bilhões para a COPA de futebol de 2014, e as olimpíadas de 2016, fica uma pergunta; Por quê o Brasil insiste no atraso?, será que o Governo vai esperar que outro país , mais desenvolvido e com interesses verdadeiros no bem estar de sua população tome as pesquisas, cheguem aos resultados e obtenham a patente?
Infelizmente, o que nos dói de fato no Brasil, é saber que muitos dos seus cidadãos produtivos, estão morrendo devido a frieza e desinteressse de alguns governantes.
Queria que as pessoas do Governo," os humanos ali existentes", soubesem que Infelizmente, minha mãe está na fila para este tratamento, ela faz parte dos 40, e não dos 20 da pesquisa , o que posso esperar?
Sabemos que este protocolo é a última esperança para muitas maezinhas e paezinhos deste nosso país, e que uma verba irrisória para um país tão rico, poderia salvar estas vidas e tantas outras.
Com a conclusão desta pesquisa, dado seu ineditismo e o avanço já alcançado, seria possível imprimir definitivamente a marca do Brasil no patamar das grandes nações descobridoras de soluções benéficas para a humanidade, mas será que o Brasil quer isso?
Wanderlei Celestino
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