Partindo dos fatos, à luz da razão e da fé, iremos ser partes no plano de Deus. Tudo colocar no plano Dele, e ser totalmente dominado por este grande desejo.
Muitas vezes, temos de nos apagar diante da obra que vai ser empreendida, ou seja, quando somos chamados a realizar um trabalho, temos de fazer parte de uma equipe que trabalha com coesão nos seus ideais, e que tem como objetivo, o servir.
O que conta é a obra a realizar. Assim sendo, ninguém perderá tempo com devaneios e com isso não atrapalhará os outros com sua individualidade, e aquele que nos vir trabalhando desinteressadamente e ardentes, ficarão nossos amigos e poderemos lhes ofertar o amparo de Deus.
O que na realidade poderia ser esse objetivo? O objetivo é salvar e elevar o homem. O homem todo e toda a humanidade, resgatar da inércia de seu ser, salvar o espírito da traição de si mesmo, em síntese, trazer o respeito a cada um.
Existe uma técnica da ação: não querer estuda-la e nem aplica-la, e ir contra o principio da lei de Deus, ou seja, para se agir tem de se saber como será a conseqüência do ato em si. Uma vez fixados os fins, usar meios proporcionais que deve ir-se tomando de acordo com a experiência pessoal. Aquele que sabe porque viu, porque experimentou, é porque meditou longamente, e não ficará dependendo da aprovação dos outros, seguirá com segurança o próprio caminho.
No começo da vida de ação, quaisquer atos de certa importância precisam ser preparados pacientemente, minuciosamente. A improvisação é normalmente desastrosa. O reflexo da ação objetiva não é conseguido senão pouco a pouco, depois de muitas experiências, e com certeza de muitos fracassos. Não é preciso, entretanto, esperar saber tudo para agir. Ninguém nunca sabe tudo e é a própria ação que permite progredir no saber.
A vida é muito curta para que os seres humanos gastem numa hora que seja, em intrigas.
Não tomar posição antes de conhecer a questão. Evitar julgamentos apressados ou apaixonados, sobre os homens, e sobre os acontecimentos. Evitar na ação qualquer precipitação.
No setor que escolher, deve ser você o homem mais sabido, não porque conhece melhor todos os pormenores, isso é impossível, mas porque conhece, e de maneira coordenada, pormenores suficientes para perceber o conjunto. O que mais falta hoje, em todos os domínios, é o homem capaz de abranger a totalidade do problema.
Sinceridade e lealdade. Jogar jogo franco é a suprema habilidade. (Isso de “dar um jeito” é coisa que exaspera). É preciso deixar os golpes para os medíocres. Muitos são os que procuram, não a verdade, nem o bem, mas o que convém no momento, o que dá bom resultado. Esses são malfeitores.
Ousar. Quem segue o objeto arrisca menos. Ensina-se aos homens, sobretudo a não fazer, a não compreender, a não arriscar; exatamente o contrario da vida.
Deve-se observar, ouvir, concluir, querer, engajar-se, retificar-se, racionalizar, insistir, alargar, orar, seguir. Fixar os fins, estudar o terreno, não desprezar os adversários, estabelecer um plano, usar de todos os meios racionais de que possa dispor, preparar-se cuidadosamente as armas, empenhar-se valentemente no combate, e seguir no caminho que acredita. O importante é embarcar. Mesmo sem saber que navios se irão encontrar, que tempestades se irão sofrer, em que portos se irão descansar. Mesmo não tendo previsto tudo, a gente parte, e chega. Basta que o navio não tenha rombo, que os porões estejam suficientemente cheios, a maquina em bom estado e que se saiba do rumo a tomar. Há risco. Isso não impede de partir. Uma grande obra é sempre aos olhos do mundo, uma imprudência.
Quem quiser dominar os acontecimentos, deve andar mais depressa do que eles. Não ceder diante de obstáculos sucessivos, lutar até o fim. Uma batalha perdida é uma batalha que a gente pensa ter perdido. Não se trata de ter um pé aqui, outro lá, é preciso ir a fundo para tomar a decisão. A ação é sempre um combate; que a conduzir com pulso fraco tem garantido o fracasso total. Na ação é preciso ir mais depressa do que os acontecimentos, é preciso impor-lhes o ritmo.
É muito difícil a gente não se deixar manobrar, mesmo se não se procura senão a verdade e justiça. É preciso estar sempre vigilante para que possamos guardar verdadeiramente a liberdade, para não nos deixarmos engolir, ou comprometer por um grupo.
Os inimigos exploram tudo: a tua falta de dinheiro, a tua necessidade de apoios, a tua virtude e as tuas fraquezas, a tua timidez e a tua audácia, os teus amigos, e os teus sonhos, a tua ingenuidade e a tua prudência. Aproveitam-se de cada uma de tuas hesitações, de cada um de teus tropeços. Cercam-te pouco a pouco de todos os lados. Pensam que já te dominaram. Deus queira que não seja verdade, pois é quase um milagre. Para vencer é preciso ser o primeiro em tudo que diga respeito a empreendimento. É preciso ter antenas e uma idéia poderosa que não se irá exprimindo senão pouco a pouco, para que não conheça o seu traçado de projeto e te cerquem adiante.
O homem nunca está sozinho, mesmo nas horas de pior solidão. Desde que alguém afirme a verdade, desde que queira o bem, desde que combata pela justiça, faz muitos inimigos, mas prepara também muitos amigos. Mesmo entre os que hoje se opõem à nossa ação, há sempre homens dispostos a se unirem conosco, desde que conheçam os nossos verdadeiros sentimentos.
Observar sempre, e tomar nota, senão a observação fica sendo uma simples impressão.
É preciso adquirir as técnicas da ação. Quem as despreza, fatalmente fracassa! Cada ação tem a sua técnica. Uma meditação, um dia de estudo, um retiro, um congresso, uma sessão, um movimento.
É preciso que aqueles que têm experiência nos iniciem, e é preciso que experimentemos por nós mesmos.
Muitas vezes as pessoas de bem se obstinam em empregar meios fora do uso, perdem o melhor do seu tempo em trabalhos ridículos. Desde que um homem, desde que um grupo deseje conseguir alguma coisa, é preciso organizar, principalmente quando a tarefa for a mais importante do momento.
Nenhum ano se parece com outro. Nada recomeça de novo. A ação consiste sempre numa adaptação a novas situações, a novas necessidades. Não devemos querer resolver imediatamente nenhum problema. É preciso deixá-lo repousar aos cuidados de subconsciente. O subconsciente, quando não o acorrentamos, é um instrumento admirável de absorção, de harmonização. Um belo dia ele nos dá a solução.
É preciso que cada um se torne um conciliador. Os homens brigam muito por ninharias; e no fundo estão de acordo por aquilo que crêem disputar. É preciso atingir este ponto e desembaraça-lo e assim unir. Este é essencialmente o papel daquele que tem sabedoria, daquele que sabe perceber as razões profundas e reduzir o múltiplo à unidade. Isso não quer dizer que devemos abandonar a verdade e a justiça, muito pelo contrario. Não se trata de encontrar posições oportunas para sair bem das situações, mas de nós mesmos irmos adiante, e de fazer com que os outros alcancem a justiça e a verdade.
O orgulho é o pior flagelo de uma equipe. O orgulho de quem nunca se quer enganar, o orgulho de quem não quer tomar conhecimento da maneira de pensar do outro, o orgulho de quem pensa já ter adquirido tudo e nada mais ter para aprender, o orgulho de quem julga levianamente, o orgulho de quem fica a impingir princípios mal digeridos. Aí então, os outros se opõem, tornam inevitável a cisão.
Quando houver dificuldades entre os membros de um grupo, o melhor como orientador é não intervir logo no primeiro choque, quando a paixão ainda domina. Muitas vezes a briga morre como uma faísca no ar, e logo depois, já ninguém pensa nela. Depois que a paixão amortecer, então discutir friamente o caso. Para que isso aconteça, é preciso esperar anos e anos, e nesse tempo, a vida já se encarregou de retificar muita coisa.
Nada de dramas. Existem pessoas que dramatizam tudo. Nada disso. É preciso pacificar, ter paciência, olhar as coisas friamente, não se zangar, nem com o que aconteceu, nem com o inevitável.
Manter-se alegre e consciente do caminho que escolheu, e das pessoas que estão ao seu lado, mostrar-se disponível para ouvir, e conduzir o grupo de acordo com a sua capacidade. Lembre-se: Aquele que anda, é porque pode andar.
Ninguém se deve espantar, ou comover, com a estupidez e a maldade dos homens. Alias, se há uma legião de espíritos medíocres, raros são os homens verdadeiramente maus.
Sempre se há de desapontar com alguém, não se deve inquietar com isso. Não se deve incomodar muito com o que os outros dizem. Quem segue o seu caminho ou objetivo, tem sempre razão. Não devemos perder tempo em discutir com os estetas, com os críticos, com os espectadores. Tocar para diante. O que é preciso é construir. Devemos ouvir pacientemente o homem que viu, que construiu. Não devemos dizer não para quem viu e executou, como não devemos dizer sim, sem mais nem menos, para quem gosta de dar conselhos, peça que enuncie os princípios.
Não fazer caso de ser apenas seguido de longe. E alegrar-se quando outros passarem à frente.
É preciso não esquecer que as idéias caminham lentamente. Há muita gente que imagina que basta descobrir uma verdade, para que ela penetre imediatamente em todos os espíritos. Esses se irritam com a demora, com as resistências. Esse torpor, essas resistências são normais, provocam a apatia, da experiência pessoal, da cultura dos outros. Cada um parte do que é, do que já adquiriu para si. Para que aceite, plenamente, um outro pensamento é preciso que o fixe, o assimile, o harmonize com a aquisição anterior.
Não se admirar nem se irritar com a oposição, ela é normal, muitas vezes é justa. Indica um engajamento no combate e prepara ao mesmo tempo, a adesão dos outros e nossa maior adaptação ao real.
É preferível que eles resistem e que discutam as nossas idéias e nossos atos, assim a nossa contribuição ao bem comum penetra mais profundamente, retifica, anima, e quem for embora esquecendo-nos, depois inventar de novo ou melhorar o nosso sistema, acabará, queira ou não, militando ao nosso lado. Isso é suficiente.
Procede sempre com desinteresse, serás logo o árbrito, e não te deixarão na mão. Não te entregues nunca aos ricos e poderosos.
Manter-se puro, ser duro, tornar-se seguro, que dizer, procurar unicamente a verdade, o bem e a justiça. Não poupar esforços para atingir esses ideais, e à medida que forem conquistados tornar-se um sólido apoio para os outros.
A característica do forte: doçura, flexibilidade e obstinação ao mesmo tempo. Desejo de conhecer a fundo, de ter nas mãos todos os recursos, e correr os riscos. Preparação do êxito, e coragem na adversidade.
Ser ingênuo, fazer questão de continuar ingênuo. Acreditar apesar de tudo, no ideal, na justiça, na verdade, no bem, num pouco de bondade no coração dos homens. Acreditar nos recursos dos pobres. Travar batalhas, em boa fé, com os poderosos. Não procurar nunca enganar ninguém. Não se corromper. Não deixar o coração endurecer-se. Ser reconhecido. Manter-se fiel aos amigos. Ruminar, antes de ter pastado esta é a fraqueza de muita gente, querer dominar, antes de se ter dominado a si próprio.
E preciso não usar sua agressividade contra ninguém, mas reserva-la para aquilo que vale a pena.
Muitos homens, diante dos obstáculos, param consideram-nos medem-nos e ficam no lugar. Encontram um monte de terra e transformam numa montanha. Bastaria, quase sempre, saltar por cima, ou contornar.
Outros ficam parados, sistematicamente, analisando todos os obstáculos, todas as dificuldades reais e possíveis, atuais e futuras. Uma tal atitude é semelhante a do ciclista que pretendesse permanecer em equilíbrio sem pedalar e sem correr. O equilíbrio da ação está no movimento.
Quando é a oposição dos homens que cria o obstáculo, a melhor tática consiste quase sempre em continuarmos o nosso caminho sem nos preocuparmos com essas oposições. Perdemos um tempo precioso com polemicas quando, o que está em jogo é apenas a construção.
Os injustos ignoram a força da justiça. Pensam que são poderosos, e basta que encontrem um só homem justo para todos os seus planos caírem por terra. Logo que encontram um grupo de justos, são obrigados a bater em retirada, a recompor ou pelo menos, usar a máscara da justiça.
Se a oposição vem dos homens justos, dos Superiores, devemos verificar nossa orientação, e se somos verdadeiramente bons, devemos tirar o melhor partido das circunstancias aprendendo com elas e prosseguirmos sem estardalhaço.
Ser forte, ser capaz de ficar sozinho contra todos, a gente ainda vai longe depois de estar cansado. Muitas vezes nos sentimos esgotados. Seria necessário um descanso, se ele é impossível, avançar apesar de tudo, confiando em Deus.
É necessária uma grande força quando, conforme a razão, tudo está perdido e quando, entretanto, Deus pede que se agüente firme.
Temo o especialista de uma só especialidade. Tenho dó do homem culto que só estudou nos livros.
É preciso desenvolver ao mesmo tempo a especialização e a cultura. Quem se especializar nos problemas do homem concreto, qualquer que seja o setor, sem se preocupar com o homem todo, será levado a formular a sí próprio tantas questões que será obrigado a procurar saber tudo, a extensão de sua cultura se fará a partir do real que ele conhece diretamente. Centrada no homem a cultura e especialização vão par a par. O homem de estudo e o homem de ação não se opõem: devem ser, ao mesmo tempo, um e outro.
Deve-se fazer isso como se cultiva uma terra, por lavras bem profundas, pondo nelas sementes escolhidas e bom adubo. Depois, é preciso regar, capinar, colher, deixar a terra descansar; ou melhor, praticar a rotação tendo em conta a qualidade dos terrenos e equilibrando a exploração da melhor maneira, atendendo as próprias necessidades e daqueles os quais estão junto de ti.
A cultura do espírito é sempre um equilíbrio que recompensa um trabalho metódico e continuo. cultivar-se é tornar-se capaz de perceber todos os problemas impostos à humanidade. Olhando, ouvindo, defendendo os humildes, alarga-se consideravelmente a própria cultura.
Antes de tudo, guardar o equilíbrio pessoal. Sobretudo, tornar a manter-se senhor de si mesmo, dominar-se.
Conservar, se possível, a saúde, mas sem cair na angústia a respeito dela, nem a moleza. Ficar firme, ao máximo, segundo as próprias forças. Respeitar os ritmos da natureza e da vida. O heroísmo do excesso contínuo é tolice.
Semear, dar tempo ao tempo, dar tempo a Deus.
Muitos imaginam a ação como uma pressão continua, a ação é antes um impulso que a gente renova, tornando-o preciso, adaptando-o. É fácil colocarmos centenas de homens em nossa ambiência, encontrando-os uma vez por ano, escrevendo-lhes de tempos em tempos.
O homem exige que se tenha confiança nele, nunca brinque com os sentimentos de responsabilidade que nos são colocados.
Devemos impor a nós mesmos contatos freqüentes com a natureza. Isso descansa o homem, equilibra-o. É preciso enfim de tempos em tempos um pouco de fantasia.
Dar-se cem por cento, até o limite. Mas organizar a vida para salvar o rendimento da mesma. Evitar as dispersões, mas manter as diversões necessárias para o enriquecimento cultural, ou para o equilíbrio humano, ou para euforia espiritual.
O homem não encontrará plenitude de equilíbrio se não tiver trabalhado com suas próprias mãos, se não tiver viajado, se não tiver lutado e criado.
O equilíbrio de uma grande vida prepara-se de muito longe pela extensão e pela verdade de observações e de experiências, pela escolha harmoniosa de disciplina, por uma mescla feliz de estudo, de ação e de reflexão, pela volta habitual à contemplação.
Precisamos arranjar horas de repouso, momentos de solidão. É-nos preciso recuar para podermos julgar a ação passada, para termos uma visão de conjunto, para nos pacificar-nos, e para conseguirmos ver claro.
A abnegação é um principio de equilíbrio. A tática de Deus consiste em constranger a isso aqueles que dizem trabalhar n’Ele.
Há fases em que o equilíbrio está particularmente ameaçado. Não que se tenha visto grande demais. Mas provocamos séries de determinismos, de operações, diante das quais já não podemos recuar. É preciso afrontar, num esforço excessivo, que já não deixa quase mais tempo para a reflexão e o auto conhecimento. Tornamo-nos um escravo na obra empreendida. Somos como um animal de carga no serviço da humanidade de Deus. Se não ficarmos sob a dependência de Deus, estaremos perdidos.
A vida fecunda é devorada por trabalhos concretos e humildes. Quem não aceita o pequeno é incapaz do grande, quem se contentar em conhecer apenas os princípios, nem sequer chegará a compreende-los. O intelectualismo barra a verdade.
Não forçar o espírito. Ele tem os seus ritmos. Quem o sobrecarregar e o maltratar impede-o de inventar. Ora, é para isso que ele foi feito.
Encher a nossa vida de plenitude, isso quer dizer que nada devemos fazer de mais ou de menos do que convenha à nossa dimensão, conforme os dons recebidos, a nossa bagagem e as circunstancias, isso quer dizer que não devemos recusar nada ao espírito, e nunca devemos procurar passar sem ele.
A ação pode tornar-se tão dominadora que já não se vive mais humanamente. Fica-se como um animal perseguido, sem nenhuma possibilidade de salvaguardar o tempo da reflexão e da comunhão natural. E isso pode durar muitos anos. Somos arrastados pelo determinismo dos atos anteriormente praticados, das operações que não podem ser recusadas, da multidão dos apelos.
É grande o perigo de esgotamento, de estafa, de desequilíbrio, de procura de compensações numa vida dirigida para os excessos.
Para responder a todos, não se pode dar a cada um senão um pouco tempo demais; para manter os prazos previstos, sem o que toda a planificação desmorona, é preciso fazer prodígios de trabalho concentrado e coordenado.
Os ritmos ultra-rápidos, agitados, da vida do homem, tornam impossível o momento de parada entre duas atividades. A diversidade dos problemas a serem considerados obriga a uma ginástica intelectual arrasadora.
Se não tivermos acumulado na fase anterior de nossa vida, se não guardarmos a unidade no esforço, nessa dispersão aparente, se não nos mantivermos dominados pelo objetivo final que não pode ser senão a elevação da humanidade estaremos perdidos.
É preciso retomar-se, equilibrar-se, afirmar-se na pureza da adesão a Deus, na renovação do amor interior para transmitirmos se possível for a uma humanidade que perdeu os seus valores, e amor próprio.
A fé que precisamos ter tem de ser como uma luz invasora. A medida vivemos, mais ela se torna iluminante. Ela tudo penetra fazendo-nos tudo ver em função do essencial, da eternidade. Ela tudo reduz à simplicidade, à unidade. Quem tem fé nunca está nas trevas; ela a tudo trás solução. Por meio dela, nos momentos das piores dificuldades, no mais aceso combate, no fim da força, nos evadimos por ela até Deus, renovamos nossas forças e voltamos mais aptos para a contenda. Fé, cada gota conta...
Continuar. Nada se faz num dia, num mês. No fim de dez anos, fez-se muito. Cada gota conta. A cada dia basta a sua pena. Esperar os piores dias e não pensar que tudo está perdido quando eles chegam. O tempo dá arrumação para muita coisa.
Se olharem cada setor da ação, um por um, nada anda, e, entretanto, o conjunto anda, e conforme a vontade de que o faz andar.
Já não sabes mais onde Deus quer levar-te. Pouco importa; Ele te jogou no impossível, para te fazer sair dele de uma maneira que não poderás imaginar.
Nunca desprezar ninguém. Respeitar toda criatura humana e seres que habitam o planeta junto conosco.
Nada de ódio, nem mesmo para os inimigos. Contudo, um forte desejo de não para o erro, contra a injustiça.
A justiça; ter fome e sêde dela até que ela se faça. É um duplo serviço; para aquele que recebe justiça, e para aquele que espontaneamente ou por outro meio a faz.
Ninguém sabe, a não ser Deus, o que cada um leva em si. Cada um pode, entretanto, ter a intuição da mensagem que será capaz de comunicar, da obra que deverá realizar. É como que um chamado dentro de si, como um fogo, como um grão que germina. Não enxergamos o futuro, adivinhamo-lo, tiramo-lo daquilo que sabemos, que fizemos, da visão que temos do mundo, dos apoios que nele encontramos, dos fracassos nele sofridos, dos sucessos nele alcançados, das faculdades que desenvolvemos, da cultura que adquirimos, da força que empregamos, da grandeza de nossos desejos, da profundidade de nossas raízes, de nossa fé, da nossa esperança, do nosso imenso amor.
Compreendemos que nem a vida, nem a natureza, nem a ciência, nem a amizade, nem a graça nos foram dadas para serem estragadas, para serem aviltadas, para serem mutiladas, para que nós as gozemos egoisticamente a sós ou com alguns. Temos a consciência de um testemunho a afirmar, de uma luz a manifestar, de um movimento a suscitar, de um combate a travar, de uma generosidade a espalhar, de um dom a aperfeiçoar, de um ideal a comunicar.
Não sabemos exatamente como se irá realizar. Não temos de nosso, senão a nossa vontade e o nosso cabedal, e talvez, o nosso plano e diante de nós está o desconhecido; estão às resistências, as armadilhas, as desilusões. Que nos importa? Embarquemos, vivamos a nossa grande esperança, e a realizamos por etapas, de noite em noite, de luz em luz.
Muitos se enganam sobre o seu próprio potencial autentico. Quebram as asas e recaem mais medíocres; mais medíocres do que quando tentaram subir acima das próprias forças.
Outros nunca chegaram sozinhos a tomar consciência da própria grandeza, a desempenhar a própria missão. Que uma clarividência atilada, que um coração amigo possa então descobrir a riqueza escondida, avivar a chama ainda hesitante, provocar o vôo.
Temos tanta certeza de estar no bom caminho, somos levados por uma tal paixão de realizar a grande obra a que estamos ligados; de tal modo essa recusa nos parece catastrófica para os projetos que temos em mente, que é duro renunciar ao companheiro escolhido. É a hora de subirmos mais alto, de aderir mais profundamente aos planos de Deus, de fundir mais universalmente o nosso desejo só no desejo de Deus.
Então, as almas que se distanciaram, juntas comungam ao Essencial. Sabem que se associaram na procura do melhor bem; sabem que na abnegação total, na plenitude do dom, já o atingiram.
Depois desse grande combate, repousam durante um certo tempo numa grande paz; tomaram contato com o Absoluto, com o Eterno.
Gilberto de Medeiros Chaves Filho
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CHEQUES DA ABUNDÂNCIA
NA LUA NOVA.
«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
buscamos e nos dêem a poderosa ajuda
de sua Compaixão e Sabedoria. Existe
um AMOR que transcende a toda compreensão e que mora nos corações
daqueles que vivem no Eterno. Há um
Poder que remove todas as coisas. É Ele que vive e se move em quem o Eu é Uno.
Que esse AMOR esteja conosco e que esse
PODER nos eleve até chegar onde o
Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
se difunda nos mundos.
PAZ e AMOR a todos os Seres»
A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.
Oração ao Criador
“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”
© 2024 Criado por Fada San. Ativado por
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