Caríssimos (as):
Acordei com a nítida impressão de que tinha de vos vir falar acerca de algo que, em muitos, ainda pode ser causa de algumas névoas perturbadoras…
Qualquer dúvida, se existir, deve ser retirada rapidamente, pois que, viver na incerteza é atroz. Atroz, porque nos faz sentir menor em qualquer coisa ou assunto.
Nada como tirar todas as dúvidas rapidamente, no tempo certo, para que não sejam causa de algum mal-estar, seja qual for a questão.
O tema de que vos venho falar, novamente, tem a ver com aquilo que, na espiritualidade, se conhece por Carta de Vida, ou Plano de Vida.
Desde logo, perguntar-se-á: quando é que existe uma Carta de Vida?
A resposta será: sempre que dela necessitarmos.
Vejamos, então, quais são as circunstâncias que nos levam a elaborar e a promover essa Carta de Vida.
A bem disso, temos de começar pelo princípio e, esse princípio tem sua Génese em sabermos Quem realmente Somos.
Quem é o Ser que precisa de elaborar uma sua Carta de Vida?
Comecemos, então, por identificar esse Ser que todos somos, e que necessita dessa Carta de Vida.
O Ser que carece dessa sua Carta de Vida é o Ente Espiritual, desencarnado, vivente portanto no Mundo Espiritual, que se prepara, porém, para voltar a Encarnar num plano físico, ou seja, que necessita de vir a um Planeta/Escola, como aluno da Vida que é, em ordem a poder granjear e acrescentar mais alguns conhecimentos ao seu diadema, que o aproxime, consequentemente, mais e mais da Luz, na qual ele ambiciona Ser e Viver.
Para podermos, desde logo, compreender estas primeiras palavras, temos, forçosamente, de saber e acreditar que somos Espíritos, criados por Deus à Sua Imagem e Semelhança.
Ao mesmo tempo, saber igualmente que fomos criados simples, livres e ignorantes.
Simples, porque tudo em Deus é simples;
Livres porque Deus nada obriga;
Ignorantes, por que tudo depende de nós.
Sendo assim, um espírito, qualquer que ele seja, se carece de vir à Escola física para receber mais algumas lições, terá de trazer sua mochila, seus livros e apetrechos, ou seja, tem de preparar, convenientemente, essa sua vinda, pois que, como soe dizer-se:
- Ninguém vai para o mar, sem se aparelhar em terra.
Sabida e aceite que esteja essa necessidade de Vir… o espírito terá, forçosamente, de se abeirar de seus Guias/Mentores Espirituais, a fim de com eles acordar e construir essa sua Carta de Vida.
A duração normal para tudo isso realizar, em tempo terreno, leva cerca de dois anos.
Pode, porém, se se tratar de uma Encarnação compulsória, ser tratada em poucos dias. Aí, diga-se, o espírito (Entidade) encarnante pode nem dela saber, ou pouco pode vislumbrar, uma vez que essa sua Carta de Vida lhe é imposta por força de Lei.
Muito poucos são, porém, os casos em que isso se verifica.
Voltemos à normalidade e prossigamos com a nossa dissertação…
O espírito que sinta, portanto, a necessidade de voltar a um Planeta Escola, para isso poder saber, terá de possuir, porém, algum discernimento, pois que, caso contrário, e sem estarmos dentro da obrigatoriedade (de efeitos compulsórios), é quase sempre, amorosamente, ajudado a vir, vendo seus Guias/Mentores espirituais as suas absolutas necessidades.
Isto quer dizer que, enquanto um espírito não possuir discernimento bastante para, por si mesmo, elaborar e promover sua Carta de Vida a seus Guias, esta é-lhe oferecida por eles, em função de suas efectivas necessidades evolutivas.
Isto acontece, via de regra, a todos os espíritos novos, os quais, naturalmente, não possuem saber nem experiência, para poderem elaborar sua Carta de Vida.
Posto isto, vamos subir de degrau, posicionando-nos junto de um espírito detentor desse discernimento, acompanhando-o nos actos preparatórios que ele vai realizando na elaboração dessa sua Carta de Vida.
Uma questão se coloca desde logo!
Quando é que esse espírito – seja ele quem for – sabe ou tem noção que necessita voltar a um Planeta/Escola?
A resposta será:
1.- Sempre que ele tiver conhecimento e aceitar, disciplinadamente, se possível, sua ignorância espiritual;
2.- Sempre que ele der conta e aceitar, por tal facto, que necessita evoluir;
3.- Sempre que ele tiver noção de suas dívidas pretéritas, a pagar a quem dever, bem como de seus créditos a receber de quem lhos deve.
Fora destas situações, as mais vulgares, só Encarnará se lhe for solicitada Missão específica. É o caso dos nossos amados irmãos Espíritos Superiores, Perfeitos ou de Luz, que aqui têm vindo em ajuda fraternal.
Estamos, como já deste conta, a falar de vidas já vencidas, pretéritas, ao fim e ao cabo, de Vidas Passadas.
Estamos, então, a falar da Reencarnação?
Sim, estamos, em absoluto, pois que, enquanto não ascendermos a Planos (Dimensões) Superiores, toda a nossa evolução espiritual passa por ela, o mesmo será dizer, pelos nossos ciclos reencarnatórios. É um sobe e desce que pode demorar alguns milénios, até que se verifique essa nossa Ascensão.
Mas, voltemos ao espírito que se apresta para Reencarnar…
Sabedor de suas dívidas e de seus créditos de suas vidas passadas, conjuntamente com seus amorosos Guias, vai traçando os alinhavos que redundarão na sua Carta de Vida.
Colocado tudo em cima da mesa… dívidas e créditos, se verá quem pode pagar e quem deseja receber.
No Mundo Espiritual, no Instituto de Reencarnação, como se vê, tudo é sujeito ao livre arbítrio de cada um e, assim, este ou aquele, devedor ou credor, aceita igualmente vir para receber ou pagar, o que houver no seu saldo, seja ele negativo, seja ele positivo…
Quem aceitar vir, pela reencarnação, para que aqui tudo se possa pagar e receber – “cá se fazem cá se pagam” – elaborará igual e naturalmente sua Carta de Vida, junto de seus Guias/Mentores, pois que ninguém, nunca, está Só.
Vemos, assim, que alguns espíritos aceitam voltar juntos, para que tudo se normalize entre eles. Assim se executa, pelo AMOR, a Lei de Deus/Pai/Mãe/Criador.
Então, depois de tudo ter sido acordado com o espírito que deseja reencarnar, começam os outros espíritos, os que aceitaram vir com ele, a elaborar, por sua vez, sua própria Carta de Vida, obedecendo sempre aos mesmos critérios e intenções.
O espírito ‘A’, aquele que tudo desencadeou, ao acordar o que acordou com os demais espíritos, sempre sob o olhar amoroso e atento de seus Guias/Mentores, aquando da elaboração de sua Carta de Vida, sabe então, finalmente, quem vai ser, por sua escolha, seus Pais, seus Familiares, seus Amigos, seus conhecidos e todos os que, por alguma razão inscrita nessa sua Carta de Vida, se irão encontrar consigo durante a sua próxima vinda, pela Reencarnação.
Os dois espíritos, ‘B’ e ‘C’, que aceitaram vir como seus Pais, reencarnarão naturalmente mais cedo, para que, também eles, possam cumprir sua Carta de Vida e, no momento exacto, por um acto seu de Amor, possam ser co-criadores e, em Deus promoverem a vinda de seu filho, ou filha, pois que, o espírito ‘A’ pode ter desejado vir, desta vez, como Homem ou como Mulher.
Entretanto, também seus Avós, seus Irmãos, seus Tios, Tias, Primos, Primas e demais família, bem como amigos, conhecidos e os outros… reencarnaram, uns antes, outros depois, aqui se unindo em nova Família, ou em laços de sincera amizade, e assim se vão libertando, através do AMOR, de seu Carma negativo, vindo de suas Vidas pretéritas.
Vê-se assim e aqui, a Sabedoria, a Justiça e a Bondade de nosso Deus/Pai/Mãe/Criador, que nos permite sempre, digamos assim, novas oportunidades para podermos vir e reparar nossos desacertos passados… através de nossas novas vindas à Carne.
Não é difícil ver, então, porque razão ’amamos’ ou não, quem se cruza no nosso caminho.
É que, se é verdade que um véu se estende à nossa frente, sempre que se verifique a nossa descida aos planos da matéria, pela reencarnação, e nos faça Não Lembrar Quem Somos, de Onde Viemos, nem Porque Viemos… não é menos verdade que o nosso espírito, mesmo que a matéria que o acolhe não o saiba, conhece – recorda-se - quem lhe é mais ou menos Querido.
O chamado ‘Amor‘ à primeira vista, é, pois, uma faculdade cognitiva espiritual, incontroversa, como também será, o sentimento oposto, naturalmente, já que tudo tem sua justa causa, para ser como é!
No próximo Capítulo, já que isto faz parte do Livro que estou a escrever, falarei da razão por que não se deve praticar a interrupção voluntária da gravidez.
Podeis, desde já, intuir por que razão será.
Fiquem bem e… na LUZ!
Eu sou,
Álvaro de Jesus
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