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COINCIDÊNCIA OU CRIAÇÃO - Mensagem de Scott Rabalais - em 13 de dezembro de 2010.

Foi uma Terça-feira normal e eu fiz uma curta paragem na mercearia para comprar uns quantos artigos. À procura entre as bananas pelo melhor cacho no lote, eu apanhei uma conversa junto à secção das maçãs.


“Meu deus, és tu, Dolores?”


“Porquê, sim, sou! Não te vi durante anos, Betty Sue!”


“Estou na cidade de visita à minha filha. Viajámos manifestamente ao longo do país para chegarmos aqui.”


“Também eu, e estou a visitar parentes também.”


“Sim, imagina as probabilidades de nos encontrarmos assim.”


A coincidência pode ser definida como uma possibilidade de eventos marcantes ou por serem simultâneos ou por serem aparentemente ligados. As coincidências são frequentemente atribuídas à sorte, à mudança, à fortuna ou a um evento que “apenas aconteceu”. A aplicação do termo “coincidência” presta-se a uma consciência limitada que sugere aleatoriedade e acaso no universo. A coincidência implica que não há nada para além do escopo do intelecto no entendimento de uma casualidade aparente.


A consciência da coincidência é a mesma que aquela que julga eventos e situações como acidentes, desastres, erros ou falhas. Da mesma forma, mas no lado oposto da moeda, esta consciência classifica mais ocasiões fortuitas como sorte, fortuna ou feitiço.


Por exemplo, se nós estamos envolvidos num acidente de carro, podemos julgar prontamente a perda como um incidente indesejável. Para além disso, podemos afirmar que, se tivéssemos partido cinco minutos mais cedo, teríamos evitado a colisão. Podemos ser inclinados a fazermo-nos de vítimas, particularmente se o outro condutor passou um stop ou estava em falta.


De modo similar, se somos um vencedor da loteria, somos capazes de chamá-lo de sorte ou que deus ou os anjos estavam a olhar para ou a cuidar de nós. Vamos entreter-nos repetidamente com questões parecidas a “Quais eram as probabilidades disso acontecer?”


A percepção da coincidência, possibilidade ou acaso é duma consciência limitada que está inconsciente da acção “por trás do cenário”. Há sempre muito mais na história, não somente em termos de acontecimentos dramáticos nas nossas vidas, mas com respeito a toda a criação. O que vemos com frequência com a nossa mente consciente é, analogicamente, o filme de duas horas composto por diversos actores, ao passo que a partir de um ponto de vista alargado vemos que a criação do filme foi feita através de incontáveis horas de trabalho, de prática, de criatividade e de produção, talvez por milhares de trabalhadores, a maioria dos quais nunca aparece no ecrã.


Quando expandimos a nossa consciência para lá do escopo da mente e para o domínio transcendental, vemos de longe mais no trabalho do que do ponto de vista limitado da razão e da lógica. O que vemos é que, não importa a circunstância ou situação, nós criámo-lo ou montámo-lo ao nível da alma. Quer julgados como bons ou maus, afortunados ou desafortunados, com sorte ou com azar, nós somos os Miguel Ângelo da nossa realidade. Ao nível superior da consciência, não existe jogo da culpa, vítimas, acidentes ou coincidências. Saber isto dá-nos um sentido da responsabilidade última pela nossa realidade; nós somos os mestres do nosso próprio barco. Não nos sentimos mais sujeitos a algumas mãos desconhecidas do destino conduzindo as nossas vidas.


A inteligência infinita é uma qualidade inata da alma. Cada um de nós é uma essência divina, interligada com cada e todos os seres humanos no planeta e, por este motivo, a toda a criação. Análogo aos computadores, o intelecto serve apenas como tela para a inteligência divina do disco duro (e um disco duro infinitamente amplo para isso!). É somente quando estamos em contacto directo com a realidade da alma, o nosso ser autêntico, que percebemos que somos de longe mais do que a nossa “caixa de sapatos” do pensamento.


Apenas porque não estamos cientes de tudo o que acontece ao nível transcendental não quer dizer que as forças da nossa alma não funcionem. Podemos imaginar a nossa alma a fazer o seu trabalho “24/7” em toda a parte da criação, tecendo automaticamente o pano das nossas vidas sem qualquer esforço ou consciência da nossa parte. Quando levantamos o véu ou expandimos a nossa consciência, podemos começar a perceber o que se está a passar nos bastidores ou para além da visão limitada.


A amplitude da inteligência da alma é inspiradora. Considerai o que foi denominado como “efeito borboleta”. Através de uma série de acções e reacções interconectadas, é teorizado, por exemplo, que o bater de asas de uma borboleta no Brasil pode, eventualmente, iniciar um tornado no Texas. Do mesmo modo, conforme oferecemos palavras amáveis a um passante na rua, podemos iniciar uma cadeia de eventos que finalmente levam à paz mundial! Considerai também o número virtualmente infinito de efeitos borboleta interagindo em simultâneo e podemos apenas começar a ver a mais ínfima fracção da inteligência da alma a funcionar.


Tudo está no nosso campo de percepção do projecto divino, e está tudo lá para nos mostrar quem e o que somos. Tudo o que experimentamos no corpo, pensamento e sentimento está lá por um propósito – para servir como uma oportunidade para o auto-conhecimento. Nós somos os artistas das nossas vidas, e o que estamos sem esforço a criar por via da alma a cada momento é absolutamente perfeito para nós. Nós vamos conhecer a verdade desta afirmação quando avançarmos para além da mente e virmos a tapeçaria divina na consciência superior.


Do ponto de vista da consciência maior, também percebemos que não existe sorte, fortuna, erro ou coincidência. Por detrás da cortina auto-imposta que limita a nossa percepção, é-nos oferecida uma compreensão mais profunda da bondade e da divindade inerentes em todas as situações. Muito provavelmente, para além da consciência a nossa alma pode estar a trabalhar neste mesmo momento para criar o nosso próximo encontro de surpresa na mercearia!



Direitos de Autor Scott Rabalais – É concedida permissão para copiar e distribuir este artigo de forma livre na condição de que o nome do seu autor seja incluído no mesmo.

Fonte: spiritlibrary.com

Tradução: Ana Belo

 

Publicação: “Mi Anrim”, 18/12/10.

 

/mg.

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Comentário de PAULO CESAR em 19 dezembro 2010 às 15:00

MI ANRIM. amada amiga e irmã na luz, não tem nem o que comentar, é isso aí, enquanto não nos evoluirmos para saber um pouco mais da nossa conciencia, nossas vidas será guiada, pela sorte pelo acaso pelo si eoutras cocitas mais.... um abração   até mais.

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