COLUNA AFRODITE QUEM QUISER-
Ao ler esse artigo, mantenha sua cabeça erguida, os olhos curiosos e cheios de janelas, as mãos discursivas como porcelanas, para frente e olha lá o que vou dizer. E não baixe os ombros. Nada de encolhimentos ou lamentos. Evite dar comentários distantes, mas não disfarce suas emoções. Comente umas borrifadas que estavam atravessadas na sua garganta há tempos. Vou entender. Lá dentro mesmo de você já existem espaços maiores... Sim, amores muito largos ou muito curtos você já conseguiu disfarçar algum tempo. O pacto dos lobos você já viu e não gostou. Nada disso agora. Invada esse espaço com todos os seus hábitos cotidianos. É todo seu. Pois, deslizar aqui você já sabe e olhar de esguela ou narizinho arrebitado não deixa nenhum escritor transtornado. Aliás, aqui é como se a internet fosse feita para nós os colocadores de exclamações. Portanto, inspire com os pés bem para frente se quiser realmente me escrever. Agora um comentário elegante é importatíssimo para uma mulher ou homem que deseja aprender a ser feliz. Não baixe a cabeça mais, por favor, nada de timidez, pois já estamos aqui há bastante textos. Calma, não fique com pensamentos duros ou afastados de si. Pouse primeiro o olhar em você e não peça licença. Isso, vá longe! E revire os olhos ao dar tais declarações.
Trata-se de você mesma ou mesmo, navegante do reino de Afrodite. Eu sei que você é e sei que você existe. Sei que você pode ser leitor ou leitora. Sei que você pode até mentir e até me abandonar e assumir outro portal. Mas eu sei que este é inconfundível para você. Sei até quando você tentou sair para não se mostrar. Sei e compreendo, pois não conseguiu sair tão fácil. Não foi. Sei também do tempo que você levou para entrar. E conclui: um leitor satisfeito é tudo de bom e um dos seres mais realizados e menos chatos do planeta. Os outros que não se inscreveram por aqui me perdoem, mas os inscritos estão muitíssimos bem posicionados no mundo.
Me lembro bem da primeira vez que você entrou. Eu estava revisando um artigo, era de manhã, umas dez, numa segunda, aquela chuvinha fina. E eu já havia respondido um montante de e-mails escolhidos pela Rede. Daí vi seu pedido de inclusão. Li, gostei e aprovei. Você passou a entrar em todas as discussões, todas as páginas. Incrível. Você há de convir. E eu aqui, firme, buscando o melhor de minhas publicações. Foi aí que o fato de sua entrada se deu. Público e notório. Uma amiga jornalista até me sugeriu que esse titulo de minha coluna virasse logo um livro e incluisse até seus comentários. De muitos, claro. Algo bem democrático. O quente é manter essa cumplicidade dos amigos, dos convidados e até dos enfurecidos acidentalmente. Não agradamos à todos. Claro, ninguém escapa. Pois leitor e escritor sabem quando se batem. Vão juntando gente, curiosos, vizinhos, partidos, tecnologias... Quando você menos espera é coadjuvante do nosso texto. Eu observo. Você também.
E, pra quem não sabe, agora não tem mais jeito, e tem mais: já passou do ponto de você aparecer. Não resista mais. Pra quê essas duas mãos nos bolsos? Particularmente, eu não sei o que meu blog e coluna fazem para atrair você tantas vezes por aqui. Até parece que tudo que escrevo foi feito para você. E agora você, me lendo, se pergunta: como é que ela sabe que eu estava pensando nisso agorinha? Investigação, muita investigação na poesia da vida, meu caro. Vê que eu nem tenho perto de mim o Sherlock Holmes. E você fica ai esperando algum advento de outro colunista. Elementar! Olha só que perda de tempo, você diz que encaixa na rede, me visita, me apaga, não se mostra, até se balança um pouco por algumas das coisinhas de assuntos que já tratei por aqui. Já foi visto até nos melhores treinos dessa coluna, gostou dos pormenores. Pra quê agora ficar na porta da loja parado? Com soluço, você também pode participar.
Saiba que aqui você não será clonado, nem encostado na parede. Saiba que aqui tem gente zarolha, sistemática, careca, cabeluda, gordo, magro, intelectual, jovem, velho, gente palpiteira, tem gente com horário e sem horário, gente que pode e que não pode, gente falsa, verdadeira, rica, pobre, apressada, lenta. Outra coisa, até gente suspeita tem por aqui. Mas gente suspeita não sei do quê. Aliás, gente é gente, mesmo que seja do Planalto. Sim, porque nem todos vão poder dizer que está tudo dando certo, que o Brasil é uma potência e coisa e tal, que a obturação terminou num canal. Afinal, só você e seu dentista pra saber o que se passa na sua boca do seu país. E o destino pode rir mesmo da cara da gente.
Qual será a solução pra você? Encher balões de aniversário? Ver o Sarney soluçando no congresso? Falar besteiras solenes? É terrível essa cena! Agora aos mais entendidos em colunas, vai o meu exame. Seja você mesmo, mas seja. E ponto final! Agora deixo aos formadores de opinião os meus agradecimentos.
abraços apertados para todos,
Cristina Guedes
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© Cristina Guedes é jornalista, escritora e poeta. Autora do Livro, QUANDO RIEM AS MAÇÃS - que reúne deliciosas crônicas e tiradas com humor sobre homens, mulheres, políticas tropicais e ainda traz a divertida e envolvente história da mineira Ritinha.
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