DO PONTO AO ILIMITADO

[Luiz Soares da Silva]

Luiz Soares das Terras Nordestinas.

Você tem ideia de onde está neste presente momento, em se comparando com a infinitude do Universo? Para entender algo que nos é tão sabiamente transferido precisamos sim, nos desvincularmos da materialidade e adentrarmos na imaginação. Sem esse exercício talvez muito não consigam assimilar o que seria estar e ser parte do outro lado do véu.

A nossa jornada começa a uma distância de 1 metro. Podemos assim distinguir os detalhes de uma folha e de uma flor. Afastando-nos para cima chegamos aos 10 metros. Podemos ver os arbustos da floresta. Nos 100 metros de distancia já podemos ver a floresta bem definida, um pedaço do lago e as edificações.

Para facilitar vamos mudar a unidade métrica para quilômetro. Assim já é possível saltar de paraquedas. A 10 quilômetros o estado do Rio Grande do Norte, pode ser visto por completo. A 1000 quilômetros já temos uma visão que um satélite pode nos oferecer.  A 10.000 quilômetros, na linha do equador podemos vislumbrar os dois hemisférios. A 100.000 quilômetros o planeta Terra já seria visto como uma bola de futebol vagando pelo espaço.

Continuando a nossa viagem para uma distancia de 1 milhão de quilômetros podemos observar a orbita da lua em torno da Terra. A 10 milhões de quilômetros apenas identificamos a órbita da Terra, em torno do Sol. A 100 milhões de quilômetros facilmente constatamos os planetas Vênus, Terra e Marte em suas trajetórias em torno do Sol. A 1 bilhão de quilômetros as órbitas de: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte e Júpiter.

Subindo ainda mais e atingindo 10 bilhões de quilômetros, nessa “altura” da nossa viagem conseguiremos enxergar todo o Sistema Solar e a órbita dos seus planetas. A 100 bilhões de quilômetros o Sistema Solar começa a desaparecer no meio do universo. A 1 trilhão de quilômetros o Sol se torna uma pequena estrela no meio de outras milhares.

Para conseguirmos ir mais adiante vamos mudar a unidade para outra grandeza, qual seja “ano-luz”. A “estrela sol” aparece bem pequena. A 10 anos-luz só vemos estrelas no infinito. A 100 anos-luz apenas estrelas e nebulosas. A 1.000 anos-luz as estrelas se parecem fundir. Estamos desta feita viajando pela Via-Láctea, nossa galáxia. A 10.000 anos-luz continuando a nossa viagem dentro da Via-Láctea, chegaremos na periferia da mesma ao atingirmos 100.000 anos-luz.

Ufa, paramos ou continuamos? Vamos continuar. Mais acima ao atingirmos 1 milhão de anos-luz, nessa imensa distância podemos ver toda a Via-Láctea e também outras galáxias. Nos 10 milhões de anos-luz as galáxias tornam-se pequeninas formando aglomerados e, entre elas a imensidão de espaços vazios. Por toda parte é a mesma lei regendo todos os corpos do universo. Poderíamos continuar viajando “para cima”, desta feita por pura imaginação, mas, agora, é melhor voltar para casa rapidamente.

Se você ao ler tais especificidades e conseguir com certa facilidade se situar dentre desta inimaginável amplitude, talvez tenha consciência do que somos, onde estamos e onde podemos ou poderemos estar.

Somos mais e muito mais do que as leis que governam o universo dentro de uma cadência que jamais poderemos imaginar como tudo isto acontece. Mas, se nos considerarmos como sendo parte de quem as criou; ai, sim, saberemos nos entender, nos valorizar, nos amar incondicionalmente e, por conseguinte, o nosso próximo e a todos os incomensuráveis valores que nos ajudam a viver em harmonia com o planeta. Em assim sendo estaremos nos colocando como seres iluminados que seguem outras leis. A lei do EU SOU.

Abraços ilimitados do Luiz Soares.