Afroditequemquiser investiga a inveja
Cobiça, olho gordo, mau-olhado, cara feia, recadinhos subliminares...
Não importa o nome aqui, mas Cristina Guedes investigou que essa é uma
causa que assusta muitas pessoas. E há quem acredite que ela tem o
poder de minar conquistas, esgotar a energia, atrapalhar planos. Mas
será que a inveja que os outros sentem de você é real ou trata-se uma
desculpa para a sua própria insegurança? Afrodite coloca o dedo na
ferida e passa essa história a limpo.
Aline Riedel
Vamos ver isso?
Vivemos cercadas de cobras ou andamos por aí cutucando a onça com vara curta enquanto
exibimos nossas vitórias? Para você sair dessa encruzilhada,
afroditequemquiser decidiu investigar a
inveja a fundo e descobrir até que ponto a dita-cuja pode influenciar
sua vida. Depois desta reportagem, espero que vocês prestem atenção nas
pessoas em volta de vocês.A leitora Ana Silva, de 33 anos, jura de pés
juntos que já foi
vítima desse mau agouro. “Quando fui premiada no meu trabalho, percebi que muita gente
ficou incomodada na redação. Tive de lidar com tantos comentários maldosos que ir
trabalhar virou um suplício, lembra. Para a psicanalista Yvone Pessoa,
comentarista neste portal, o olho gordo que falam é uma força
energética que vem de
outra pessoa — nem sempre intencionalmente — e interfere em seu
bem-estar e equilíbrio se o outro deixar. Quer dizer que ser invejada é sentença para que
sua vida fuja do controle, perguntei a ela? "Acredito que não. Se a sua
determinação for forte o suficiente para atingir o seu objetivo,
nenhuma interferência ganhará dela”, afirma Yvone. O problema é quando você
fica insegura e questiona o próprio potencial de conquista. A dra. Yvone faz coro e revela: “O mal do outro só entra
pela abertura que damos ou não, náo podemos permitir essa interferência quando nos conhecemos na integridade desse universo.
Portanto, a responsabilidade é sempre nossa, sim”.
Resumindo, se ficar acuada diante da máscara do outro, achando que o pensamento negativo de alguém
exerce poder sobre você, estará vulnerável. Sua fraqueza é que
determina quanto a inveja do outro vai atingir você. Sim, mas inveja é
o pesar pelo bem ou pela felicidade do outro. É um desejo violento de
possuir o bem alheio. Parece inadmissível o despertar de um sentimento
considerado tão deplorável num ambiente corporativo, não é meninas?
Mas, quando ele aparece, surge com uma sutileza inigualável, em
comportamentos até considerados inadequados, mas muitas vezes
fomentados pelas próprias lideranças. Não se trata de um sentimento
raro na vida profissional e mesmo emocional. Inclusive, há lugares
propícios a ele. Quando a confiança e a credibilidade entre líderes e
liderados não estão instauradas; quando o discurso não condiz
com a prática; quando não há alinhamento entre objetivos pessoais e
organizacionais; quando as metas não são claras; e o potencial humano
não é despertado, reconhecido e recompensado, o ambiente está fértil
para o nascimento da inveja negativa.
E EXISTE INVEJA POSITIVA?
Essa é boa, porém, a inveja não é de todo negativa. Se pensarmos na inveja
como o desejo de possuir o bem alheio, entendendo esse bem como
conhecimento, crescimento e evolução, o que até então era visto como
pejorativo, pode se transformar em inveja positiva. Se é que podemos
chamar de inveja. Mas querer ser ou ter algo que alguém próximo possui
pode denotar inveja, somente se a conquista implicar necessariamente
perdas para o outro. Agora, que bom termos modelos que orientam os
nossos sonhos de crescimento. Eu quero ser você amanhã porque o admiro.
Isso é extremamente saudável. Mas, se o seu querer implicar no outro
deixar de
ter, aí você pode se denominar invejosa, menina.
Para Yvone Pessoa, primeiramente, é
preciso entender que é natural admirarmos o sucesso e as realizações do
outro. E aceitar que é da natureza humana a necessidade de sentir-se
reconhecido, valorizado, de querer fazer melhor sempre. Podemos chamar certo
grau de inveja de 'inveja do bem', que funciona como um impulso para as
realizações, para a transformação.
QUANDO ELA SE TORNA PROBLEMA?
Da mesma forma que é preciso compreender por que sentimos a inveja, é preciso perceber
quando essa vontade de ser melhor torna-se negativa, de acordo com
Yvone. "Quando esse desejo crônico de ter ou ser o
que o outro é provoca dor, angústia, desgosto e insatisfação, bem como
leva a pessoa a estar constantemente se comparando com os outros.
Quando, num pensamento mesquinho e destrutivo, nos consideramos muito
mais dignos do que aquele que possui o que não temos".
A Yvone explica que a inveja nasce da auto-rejeição,
diminuindo a auto-estima e minando o crescimento pessoal. Somos as
grandes vítimas da inveja que nutrimos do outro. Nos tornamos a causa e
a conseqüência de nossas dores e prazeres.
Afroditequemquiser diz que alguns sinais denunciam que a inveja se tornou destrutiva:
Estar sempre "reparando", atento e vigilante ao que o outro faz, compra, consegue obter na vida;
Ter o hábito da crítica destrutiva;
Ser maledicente;
Estar sempre se comparando com os outros;
Demonstrar pesar com o sofrimento do outro, mas no fundo achar "que ele
mereceu";A inveja é um vício e, como tal, deve ser combatido - não
reprimido. Combater significa aprimorar as virtudes (auto-estima,
compreensão, tolerância, humildade), a partir do auconhecimento e da
autoperceção.
VOCÊ ACHA QUE É INVEJOSO?
Você sabe mesmo aplaudir o sucesso dos amigos? É importante reconhecer o
sentimento, no lugar de ignorá-lo. É muito difícil alguém se assumir
como invejoso. A sociedade repugna esse sentimento, considerando-o
fútil, infantil e inadequado. Isto é suficiente para que ele seja
camuflado ganhando aparências e roupagens do que é socialmente aceito.
A questão é que todo sentimento negativo pode acarretar resultados
desastrosos, tanto para quem sente quanto para quem é o alvo. Se eu não
me conheço, não tenho como medir o impacto do meu comportamento no
outro, no ambiente e nos resultados da equipe e empresa. Pensem nisso.
A inveja no ambiente profissional impede que as pessoas enxerguem seus
próprios talentos e aspirações, porque elas perdem muito tempo se
comparando com o próximo e tentando imitar o modelo do profissional
bem-sucedido. Isso trava o crescimento profissional.
É bom se inspirar, mas nunca copiar o outro.
Sim, é natural e saudável a competição no ambiente de trabalho. Todos
queremos ser e fazer melhor, obter reconhecimento, inclusive
financeiro, mas ela se torna negativa quando desperta rancor,
maledicência, boicote e destrói, no lugar de construir. Cabe a você
estar atento para não se deixar envolver neste perigoso jogo.Devemos
buscar em nós mesmos o que nos faz feliz. E diz Yvone Pessoa: "Cada um,
em sua individualidade, possui habilidades, virtudes, limitações,
vícios e, principalmente, a possibilidade de ser quemquiser". Legal
mesmo os conselhos da Dra. Yvone.
CONSELHOS
Faça as pessoas assumirem as rédeas da sua própria vida. Tire-as da condição de
vítimas. Agora, se as pessoas não são ainda percebidas como o ativo
mais importante, se você acredita que a competição interna é
saudável, pois tira as pessoas da zona de conforto e as coloca em
estado de alerta, assuma as suas responsabilidades sobre o ambiente que
está criando. Mas crie com muita alegria e satisfação além daquela dose de gratidão pela vida.
PERCEPÇÃO
Aprendi há muitos anos com minha avó que há quem diga mal de nós e que nos queira mal, mas que
isso é bom sinal, quer dizer que existimos e que estamos bem. Fui
absorvendo essa filosofia com o tempo e a verdade é que a minha vó é
que sabe viver a vida: o caminho é sempre em frente e não vale a pena
permanecer em
vales de lágrimas. E graças sempre fui capaz de o fazer, houve momentos da
minha vida em que fiquei parada em caminhos que pareciam becos sem
saída e houve alturas em que me entristeci com a maldicência e o
desejar nocivo dos invejosos. Mas agora não. Podem falar o que
quiserem, afroditequemquiser, e invejar tudo o que quiserem: a vida que
pensam sobre os seres, as riquezas que imaginam que temos, tudo o que
vos apetecer
que isso já não afeta. E não
vai adiantar nada. E porquê? Porque descobri o elixir da felicidade. Tenho
em casa os sorrisos mais lindos do mundo, o sentido de humor mais
hilariante, os abraços mais fofinhos do mundo e amigos lindos demais em
minha volta, escolhidíssimos por Deus, isso faz com que tudo
passe, nada permaneça, a não ser todo esse amor que transborda de mim
para todos os amigos…Cultivem antes os sorrisos e talvez aprendam que só a energia positiva faz avançar o mundo!
Agora
olhem esse recadinho saudável e amigo do nosso novo inscrito do dia, é
Gilvando Estevam, Sociólogo da USP e chegando já com toda essa luz para
nós. Recebam ele com todo carinho.
"Cristina
Guedes, participar de teu portal é algo enriquecedor...te conhecer
pessoalmente mais ainda...poder participar de teu mundo virtual me
deixa feliz."
muitos beijos e graças à todos os amigos que aqui estão
por Cristina Guedes
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