Vossos filhos não são vossos filhos.
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos,
Porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã,
Que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podereis saciar-lhes a sede do corpo, mas jamais saciareis a sede de suas almas;
Podereis vestir-lhes os corpos, mas jamais conseguireis vertir-lhes o espíritos;
Podereis alimentar-lhes o vaso carnal, mas jamais conseguireis mitigar-lhes a a fome do espírito;
Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós,
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força
Para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.
Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria:
Pois assim como ele ama a flecha que voa,
Ama também o arco que permanece estável.
Gibran Kalil Gibran
“Uma Pérola da Vida do Messias Jesus.”
Certa noite, em uma de minhas viagens astrais, deparei-me com majestoso prédio em dimensão superior, onde se encontravam registrados os arquivos espirituais da vida de Jesus, segundo informações que obtive de formosa Entidade que acompanhava minhas digressões.
Apresentaram-me precioso livro intitulado:
“Crônicas de Luz – Episódios da Vida do Messias Jesus, Antes e Depois de Sua Descida ao Planeta Terra.”
Escolhi uma página ao acaso, cerrei os olhos e respirei fundo.
Ato seguinte,comecei a ler a estrelada crônica que passo á narrar com certa emoção.
Escolhida entre todas as nações do mundo, Belém de Judá preparava-se para acolher em seu seio tribal, preciosíssima pérola da divina concha celestial.
A capital do mundo conduzia os assuntos terrestres á ferro e fogo, e sob o açoite da chibata imperava César, o Augusto! O mundo ainda não conhecia a misericórdia, que estava prestes á se precipitar da plenitude do céu para as entranhas da terra, que chorava e gemia sob o látego das provações humanas.
E enquanto Herodes e César consumiam seus dias no prazer e na volúpia dos instintos mais baixos, sufocando os gritos anônimos de milhões de escravos execrados, na Mansarda Celeste, O Divino Cordeiro ultimava os preparativos de Sua sagrada Missão na face triste do planeta.
Poderoso exército de Luz e uma numerosa falange de seres angélicos posicionavam-se nos limites da terra e do céu, aguardando Aquele que se tornaria o maior referencial para a vida de todos os povos, em direção do amor e da paz.
Jesus, O Divino Mestre, percebendo que era chegada a hora do Seu maior sacrifício, buscou silencioso recanto ás margens de um cristalino lago, nessas régias dimensões onde vivem os espíritos puros, e ajoelhou-se para falar com Deus...
Seus olhos perscrutaram as estrelas que pareciam sorrir, como se acenassem com mãozinhas de milhões de Querubins diáfanos, e disse com voz emocionada:
- Pai! É chegada a hora! Abençoe o Filho, para que o Filho Te Glorifique lá na Terra, como Tu me glorificaste antes que houvesse Terra.
Ofereço o meu amor em holocausto, por compaixão das criaturas que lá se encontram e que ainda não conhecem o Teu amor como Eu o conheço.
Eu sei que Tu estás em todas as coisas, e que jamais haverá de me deixar só, em meio aos tristes labirintos de ódios e maldades que os homens ergueram com o cimento do orgulho e do egoísmo.
Mas onde buscarei o consolo para as horas difíceis em que a matéria levanta o véu sombrio da dúvida e da incerteza?
- Já providenciei o Anjo que será a lanterna de teu caminho. – Foi a resposta que Jesus ouviu da misteriosa voz de Seu Pai Celeste.
- E nos brincos da minha infância, quando Eu estiver ensaiando os primeiros passos, quem cuidará da minha educação; da cultura que se fará necessária a fim de refletir as expansões de minha alma em direção de Ti?
- Já providenciei o Anjo de sabedoria, que velará por ti e cuidará para que não se perca a semente do amor que levarás aos teus irmãos de jornada.
- E quando sentir falta deste Amor que Eu apeteço junto de Ti, Ó Pai de Misericórdia, quem me dará amor igual?
- Já providenciei o Anjo, cujo amor é semelhante ao Meu.
-E quando Meu corpo tiver fome e frio, quem cuidará de minha subsistência, uma vez que é da Vontade Tua que Eu seja o “mendigo do Amor?”
Já providenciei o Anjo que se fará presente em solicitude, a fim de que te não falte o pão á mesa, e que te cubra a nudez da carne.
- E nos momentos angustiosos, na hora amaríssima de Meu calvário, quando a ingratidão zombar do meu exemplo, quem Me abraçará a fim de mitigar a minha dor?
- Já providenciei o Anjo, cujos braços se abrirão para receber a menor de tuas lágrimas.
- E quando na cruz do martírio, meu corpo exangue e despojado, se despedir do mundo, que garantias terei de que este Anjo não me abandonará ás zombarias dos adversários da Luz?
- Compreenderás Filho Meu, que o Anjo de Misericórdia, que Eu providenciei para acompanhar-te em todos os teus caminhos, jamais abandona o fruto de seu próprio ventre.
Jesus encheu-se de coragem ao ouvir as promessas de Seu Pai, e antes que se levantasse para iniciar sua descida junto ás sombras da Terra, perguntou em tom de despedida:
- Ó Pai de Misericórdia! E como deverei chamar este Anjo de Providência? Por qual nome ele atende?
Foi quando Deus respondeu ao Seu Filho Jesus:
- Chamá-lo-ás de Mãe!
Por Premanandâchâryâ
Canalização: Gandhara
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