FLUTUAR...
Estamos definitivamente convencidos de que o ser humano não foi dotado de uma capacidade cerebral e de uma condição mental para atuar em sua vida com um ou dois, três ou apenas alguns níveis e estados de consciência.
É verdade... Constatamos que a utilização de umas poucas freqüências cerebrais exaustivamente repetitivas no cotidiano de um indivíduo, tendo ele por profissão estar como um pedreiro ou um professor de ensino fundamental ou universitário, um médico ou um engenheiro, uma dona-de-casa ou um alfaiate, um pobre tecelão ou um rico empresário, freqüentador por nascimento de um único país ou uma pessoa que viaja constantemente por vários países, enfim, rico ou pobre, instruído ou não; definitivamente, o homem não foi criado para operar em uma ou algumas poucas variações frequenciais ou vibracionais de sua mente.
Um homem ou mulher, para ser ou tornar-se efetivamente um ser humano íntegro e integral, portanto situado na inteireza de si mesmo, necessita e deve, como prazer ou como obrigação, espontaneamente ou por injunções da própria vida, aprender a flutuar em vários níveis e estados de sua própria consciência e pluralizar ao máximo a sua capacidade de ver o todo e a diversidade, com vistas a adquirir uma visão mais abrangente ou toda-abrangente dos múltiplos níveis da própria realidade donde se insere em estágios sempre contínuos e sucessivos.
É preciso pois, ascendermo-nos em nós mesmos. Essa ascensão gradual e seqüencial importa fundamentalmente na questão milenar do autoconhecimento, quando se torna necessária a visão e o trabalho interior em harmonia com a manifestação fenomenológica humana e natural do exterior.
Imperativo se faz então, a fim de nos proporcionarmos maior qualidade de vida e justificar o trabalho e a missão de nosso atual estágio vivencial aqui na Terra, flutuar por vários níveis conscienciais, em vigília e para mais além, procurando buscar o estado de consciência totalmente desperto mesmo enquanto se dorme no corpo físico. Com esse flutuar consciente e responsável, podemos aos poucos nos espreguiçar e acordar de um longo sono de milênios...
Assim, é fundamental [fundamental: do fundo da mente] para cada um de nós, mormente na época neo-ecológica e tecnológica altamente turbulenta em que nos encontramos, saber conduzir o nosso pensar e direcionar o nosso sentir para esferas ainda mais elevadas, onde se encontra a mansuetude, a calma, e a visão maior em relação aos nossos dramas humanos e cotidianos, flutuando consciencialmente e de forma absolutamente natural para a visão oni-abarcante que se pode conceber quando situamos a nossa mente em estado meditativo e contemplativo e a partir dessa altura, podermos voltear a nossa vista para baixo... Olhando, examinando e tomando posse de estados sublimes conscienciais, para além da mentira, da hipocrisia, dos véus da ilusão, da própria temporalidade da vida, para além, muito além dos paradigmas impostos pelas sociedades que tentam fixar o homem dentro de parâmetros que não ultrapassam os estreitos limites da mediocridade.
É preciso pois, multidiversificar nossa concentração e aquisição cognitiva, abrindo sempre mais nosso leque perceptual, não nos deixando aprisionar pelas correntes exteriores encontráveis dentro dos restritos âmbitos da dita educação oficial, dos modelos cristalizados do dogmatismo científico, religioso e filosófico, limitantes da nossa condição de seres pensantes, dotados de Individualidade e Alma Eterna, portanto, seres-sementes da árvore de todas as possibilidades e seres-frutos do Conhecimento e dos ilimites do Amor.
Flutuar para cima e para baixo, mas mantendo a consciência em estado elevado, no cume do que se nos é no momento possível alcançar, isto é, subir a montanha bem alta dentro de nós mesmos, e poder assim, conviver com todo e qualquer nível de visão, toda e qualquer idiossincrasia humana, todo e qualquer nível vibracional dos nossos semelhantes, em harmonia com todos os reinos da natureza, para, assim, sabermos nos situar nas peculiaridades dos detalhes, primando por os tê-los e executá-los com nossa melhor exatidão e maestria, sem jamais perder a visão do todo, do conjunto global e intersistêmico que nos encontramos mundialmente, sob a influência globalizada do nosso hoje planetário. Flutuar da visão e consciência sectarizada, fragmentária, para a visão e consciência também globalizada.
Assim, sugerimos: Flutue, voe bem alto. Sonhe. Pense grande, pense profundamente. Flutue e aprenda em diversos Planos e Esferas. Flutue na Luz. Flutue em Luz. Metamorfoseie tudo em ti em Luz. Mas esteja acima de seu próprio sonho, de seu próprio flutuar. Em outras palavras, ancore sua Consciência no ponto mais alto do seu próprio Ser, seja qual denominação melhor lhe aprouver: Seu Eu Maior, seu Eu Superior, seu Poder Interior, sua Mônada, seu Ser Eterno e Imperecível, seu Espírito Imortal, seu Eu Crístico, seu Deus-Interior. Que lhe dá a capacitação de flutuar por infinitos níveis de consciência e perscrutar o Absoluto. Mas também de compreender o nível e ponto evolutivo de cada irmão, irmanando-se e auxiliando a todos, tendo compaixão e amor por cada ser, simples ou complexo, na infância ou na maturidade, da relva à abelha, dos minerais aos animais, do bebê espiritual aos Mestres, assim aberto ao aprendizado com os tolos e os sábios, os ventos e as estrelas, o certo e o errado, a vida e a morte, vendo, respeitando e compreendendo a verdade relativa de cada um - inclusive a nossa - a partir do ponto máximo que puderes alcançar no Silêncio Imutável da âncora de tua Consciência.
Flutuar na imensidão do tempo-espaço, sabendo de antemão que é plenamente possível flutuarmos ou visitarmos em consciência os parâmetros duais passado e futuro, atravessando pela porta do instante do presente, exatamente neste agora e resvalando para outras dimensões além do espaço tridimensional em que ora nos ocupamos e temos focada a nossa consciência ordinária.
Flutuar portanto para além de meros dogmas, científicos, filosóficos, religiosos... Buscando a Verdade Viva que existe na nossa realidade externa, porém com a consciência sempre centrada no nosso interior: isto é Harmonia. Isto é estar no
minho da autosuperação constante, da busca da maestria vivencial na escola da cavida. Isto é saber conviver com o mundo sem necessariamente estar no mundo e
assim não se deixar escravizar seja por qualquer tipo de norma, injunção, política, cultura, moral... É enfim, situar-se para além da normalidade entediosa que se baliza por parâmetros estáticos e apenas referenciais pré-estabelecidos do bem e do mal... Situando-se assim para a conquista de Si mesmo, do Bem Total, da Verdade que, por enquanto em cada um de nós é relativa, mas que um dia nos estará em perfeição revelada e a nós reservada e se nos prepara para o Encontro com a Verdade Absoluta, com o nosso Deus Interior em consonância com o nosso Deus Supremo, criador de tudo o que existe, desde o nosso micro-universo humano e para além de todo o macro-universo que ultrapassa todos os limites da mais longínqua galáxia...
Flutuar de níveis subatômicos e transfísicos para os mais grandiosos e poderosos sóis que sustentam sistemas inteiros, proporcionando à nossa Mente e Consciência um salto quântico que ultrapassa os necessários, porém transitórios e profícuos limites de um parâmetro pré-condicionado para a evolução humana nas fronteiras bipolares do tempo-espaço...
Assim flutuaremos no mais distante passado ou no mais distante futuro, ou seja, no ponto em que focarmos nossa consciência, como também no lugar mais perto (nosso íntimo, nosso Eu Maior) ou no lugar mais distante, sempre tendo como ponto inicial de partida e chegada o AQUI e o AGORA como centro imutável e todo-dinâmico de nossa Consciência Maior.
Isto é liberdade de pensamento, portanto liberdade vivencial e consciencial. Também representa uma maior elasticidade de raciocínio sempre crescente e que jamais se rompe. É saber efetivamente estar aqui e agora, flutuando em viagens siderais e atemporais, sabendo aterrisar nossa nave Mental-Espiritual sempre no nosso instante do presente, porto seguro e âncora que nos dá a sustentação na Terra, onde, por começo e por término de nosso flutuar perquirindo tempos e espaços, através de portas transdimensionais, representa a nossa chegada à estação que provisoriamente nos encontramos para a continuidade em sucessão aparentemente indeterminada de nossa evolução planetária.
Por flutuar queremos aqui dizer que significa estar simultaneamente dentro e fora dos sistemas que, ao tempo em que aprisionam o homem em sociedade, aprisionando também sociedades inteiras, no entanto também aqui é deixado para nós - a partir de nós mesmos - portas, signos, chaves e brechas por onde escapar para a visão total, holística, não-separatista, não-dogmática, desde que comecemos, agora, a flutuar por uma multidiversificada gama de níveis conscienciais, ampliando a tecnologia de nossa inteligência, portanto aumentando-a
e expandindo-a dia a dia, momento por momento, noite após noite, ampliando diuturnamente nossos horizontes mentais, espirituais, afeto-cognitivos, sabendo utilizar, p.ex., tanto o racional quanto o irracional, o normal quanto o paranormal,
entender e atuar tanto no infra quanto no supranormal, viver tanto a sensibilidade quanto a suprasensibilidade, amplificar o poder de nossa imaginação – poderosa fôrça criativa - ver o mortal e o imortal, o simples e o complexo, o fácil e o difícil, que em verdade são expressões de polaridades de forças ou almas gêmeas... Ou
bipolaridades complementares que se comportam dentro da Lei Maior da Dualidade que rege nosso universo.
Isto aqui é parte de uma expansão consciencial, quiçá uma pequena “deixa” para a aquisição da supraconsciência.
De um libertar de amarras pré-conceituais, culturais, sociais, vivenciais, seculares e atualmente ainda presentes.
E tudo pode começar através do exercício do direito que o nosso Livre-arbítrio nos concede de flutuar em vários níveis e planos donde a nossa Mente pode e tem a capacidade de alcançar.
Para finalmente nos conhecermos, sabermos o que realmente estamos fazendo, o que verdadeiramente importa, por que e como estamos realmente vivendo: - consciente ou inconscientemente? Para desembaraçarmos véus que a nossa e a coletiva ignorância (no sentido de ignorar) insistem em querer fazer prevalecer em consciências prémoldadas induzidas sob encomenda (Aqui indagamos: De quem? Quem “encomenda”? – Quem ou o que lançam no inconsciente coletivo esse ou aquele arquétipo comportamental ou paradigmas-matriciais que determinam sub-moldes de pensamentos que chegam aos indivíduos e até mesmo a nações inteiras... que agora, com a globalização...) para também assim moldar o pensamento e o comportamento e intentarem perpetuar limitações que as correntes das massas se encontram...
Flutuar por níveis diversificados de nossa própria consciência é um começo, um princípio onde podemos expandir nosso pensar, qualificá-lo, selecioná-lo, aprofundá-lo para, um dia, cada vez mais lúcidos e felizes alcançarmos a visão oceânica, a comunhão com o Universo, a Suprema Compreensão que se inicia dentro dos universos relacionas entre os homens e a natureza e se consolida através da correta meditação profunda.
Permita-se sair da rotina. Permita-se ousar. Ousar, sempre e ousar estrategicamente. Permita-se flutuar para além de suas próprias crenças, pré-conceitos, pré-julgamentos e limitações, porém não permitindo a si mesmo, em tempo algum, tornar-se um mero repetidor de idéias, reprodutor de ideologias e de sistemas individual e socialmente castrantes, de fatos e situações que simplesmente o mundo nos preparou... E prepara todo o tempo... Permita-se portanto, alcançar a Liberdade Definitiva, o estado consciencial imutável que é sempre dinâmico, o ser você mesmo, concedendo-se todo o direito de atuar na livre-conduta de ser como é: único, original, igual e diferente, com visão e opiniões e múltipla gama de pontos-de-vista que provêm de seu próprio ser que
experimenta, diariamente, vários níveis de instrução e aprendizado que faz parte da realidade da Escola da Existência em que vivemos.
Flutue! Ultrapasse-se. Vá e volte. Esteja e não esteja. Transcenda-se. Não se fixe em dogmas, ou no que lhe disseram e continuam dizendo... Questione. Com a positividade de quem duvida para saber, questione tudo, até ter a certeza do conhecer, incluindo este texto. Autoquestione-se. Inquira. Saiba o que perguntar.
Flutue no universo infindo de mil possibilidades que pode vislumbrar no seu cotidiano. E assim você poderá alcançar a maestria de estar concomitantemente dentro e fora de sistemas... Ou consciencialmente em sistemas maiores que comportam uma visão unificada de toda a diversidade que te rodeia... Rumo aos Céus. Ao Éden consciencial partindo de onde estais. Mas sobretudo, rumo ao infinito de possibilidades permitida por Deus – A Grande Luz, a Mente Suprema - ao ser humano como você, como nós.
Flutue acima de qualquer limitação. Aprendendo, pois, a conviver com o compreensível e o possível, o incompreensível e o impossível, sempre transitório. A lidar com o programável e o improgramável, as relativas certezas e as inexoráveis incertezas, deixando-se fluir com a corrente incessante da própria vida, abrindo em nossa consciência margem para a confiança e a aceitação dos processos sempre sábios e atualmente incognoscíveis da própria vida. Flutuar com as possibilidades e compreender as impossibilidades, sabendo-as sempre passageiras. Estar no conhecido, mas abrir nossas janelas mentais para aprender com o desconhecido e fundamentalmente com a riqueza que o momento do agora nos traz.
Experimente flutuar pela sua consciência senciente do Amor, em níveis cada vez mais profundos do próprio ato de amar... De sentir e espalhar eflúvios amoráveis em círculos cada vez maiores de tua atual espiral de amor incondicional, de aprofundares cada vez mais a tua compreensão afetiva dentro da afetividade de tua compreensão, flutuando desde os níveis mais rasos aos “abismos incompreensíveis” do Amor Universal, do mais simples ao mais profundo...
Flutuando com coragem e serenidade, menosprezando o medo, mas sem incorrer em temeridade; com amor, amor por tudo o que te cerca – porque o Amor aniquila qualquer temor e a Humildade e Persistência a tudo conquista - e adquirindo sempre sabedoria, mais amor e poder, dentro de si mesmo e assim, integrando-se com o todo social e planetário, com o visível e o invisível, flutuando além do prazer e da dor, alcançando por teus próprios meios e méritos, mas sempre com a indispensável Presença de Deus que habita em teu íntimo, estados cada vez mais elevados e sublimes de consciência; assim também conquistando a adaptabilidade multifrequancial instantânea, permitindo-se então estar em plena comunhão e harmonia, na inteireza total de teu Ser, com todos os teus irmãos e irmãs, compreendendo-lhes e com eles colaborando em seus processuais destinos bem como o destino que a coletividade humana faz a cada segundo, de todo o teu planeta...
Ivanildo Falcão da Gama – (Vando) – Caldas Novas (GO), 9 de agosto de 2005.
emamoreluz@gmail.com
“Sua ortodoxia consiste em se rejubilar na heresia e sua heresia em substituir qualquer ortodoxia do mundo pela Verdade Viva”. G.R.S. Mead
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