NA LEVEZA DO VOO DA BORBOLETA

[IVANILDO FALCÃO DA GAMA]

NA LEVEZA DO VÕO DA BORBOLETA


Sinto na leveza do vôo da borboleta,
Essências sublimes da mais sutil vibração
Que trabalham para a harmonização
De cada ambiente,
Sem se indagar se é para o pobre ou o rico,
Para o marginal ou o santo.

Assim, “vendo” a presença de Deus em toda a Sua criação,
No coração de todos os homens,
Em especial naqueles que O buscam,
No caminho da aquisição da Verdade,
Sentimos no Amor a razão que existe por trás de cada coisa, fato, acontecimento.
Em cada segundo de nosso viver a presença divina é constante,
Dentro da aparente inconstância da vida.

Podemos então servir a Deus
Como todo o Universo O serve:
Em cada pensamento – optando pelos melhores e mais positivos;
Em cada sentimento: a opção mais sublime e veraz é o Amor;
Em cada ação – desempenhada e conscientizada corretamente,
Seja em nosso trabalho, nossa convivencia
Seja primordialmente no âmbito de nossa necessária introspecção diária,
Seja na dor,
Seja no sorriso.

Porque a felicidade é autosustentada pelo conscientizar do Ser,
Nas alturas de sua alma.
A felicidade não depende de ninguém,
Nem da nada,
Dentro ou fora de nós mesmos.

Felicidade é estar com Deus, apreciando cada momento que se vive,
No devir infindo de nossos caminhos,
Colaborar com o que Deus nos traz,
E assim, sem julgamentos,
Como a borboleta,
Empreender um movimento do servir, do altear-se às alturas de nosso Ser,
Permitir-se viver,
Na simplicidade amorável e na humildade,
De quem se sabe filho de Deus,
Portanto sempre amparado pelo Pai.

Na leveza do vôo da borboleta,
Podemos ter vislumbres de eternidade,
Quando nos situamos com inteireza,
No eterno instante do Agora,
Onde acontece toda a Vida.

Ivanildo Falcão da Gama – Caldas Novas (GO), 7 de novembro de 2009
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