Não perca de vista o seu saber
Osho, mais uma vez você recordou-me que o saber tende a se tornar conhecimento, que
tende a se tornar a prática de tal conhecimento. Isso quer dizer que o saber
tende a torna-se uma prática viciosa. Por favor, comente sobre isso.
“A sabedoria sempre se torna conhecimento – e você precisa estar alerta para não permiti-lo. Uma das mais delicadas situações no caminho do buscador:
a sabedoria sempre se torna conhecimento – porque no momento quando você sabe
de algo, sua mente coleta isso como conhecimento, como experiência.
A sabedoria é um processo. Conhecimento é uma conclusão. Quando a sabedoria
morre, ela se torna conhecimento. E se você seguir reunindo esse conhecimento,
a sabedoria tornar-se-á mais e mais difícil – porque com o conhecimento o saber
nunca acontece. E você segue levando o seu conhecimento consigo. A pessoa
conhecedora está quase escondida atrás de seu conhecimento; ela perde toda a
claridade, toda a percepção. O mundo fica distante, obscurecido; a realidade
perde toda a transparência.
O homem conhecedor está sempre vendo através de seu conhecimento. Ele projeta o
seu conhecimento. O conhecimento dele colore tudo – e já não há mais nenhuma
possibilidade de saber. Lembre-se: o conhecimento não é compilado apenas
através de escrituras – ele também é acumulado, e até bem mais, por meio de
suas próprias experiências.
Você ama uma mulher, por exemplo. Você nunca havia conhecido uma mulher antes,
nunca se apaixonou profundamente. Você se apaixona pela primeira vez – você é
inocente, virgem. Você não conhece o que é o amor – sua mente está aberta. Você
não possui nenhum conhecimento sobre o amor. Você é espontâneo; está se movendo
no desconhecido. É misterioso. O amor abre portas de templos desconhecidos,
canta canções desconhecidas em seus ouvidos e em seu coração, dança com tons
desconhecidos. E você tudo desconhece; você não tem conhecimento algum para
julgar, avaliar, condenar, dizer que é ‘bom’ ou ‘ruim’. Você se sente
deslumbrado – arrebatado pela inexprimível experiência do amor. Você está
vivendo momentos de graça.
Mas aos poucos você se torna um erudito – você já sabe o que é o amor, já sabe
o que é uma mulher; você já conhece a geografia, a topografia do amor. Você se
tornou um conhecedor.
Então você se apaixona por outra mulher. Agora, nada acontece como na sua
primeira experiência – nada parecido. Agora é superficial, uma repetição: como
se você tivesse ido assistir ao mesmo filme novamente, ou ler mais uma vez o
mesmo romance. Há uma pequena diferença aqui e ali, mas não muita. O que deu
errado desta vez? Por que a mesma experiência misteriosa não o está
arrebatando? Por que não está você novamente palpitando com o desconhecido?
Você já é um erudito. Algo tão lindo quanto o amor tornou-se uma repetição.
A sabedoria sempre transforma-se em conhecimento. Então você precisa permanecer
bem alerta: saiba de algo – mas assim que isso começar a se tornar conhecimento,
abandone-o. Siga morrendo para os seus conhecimentos, não os carregue com você
– porque mulher alguma é igual à outra. A primeira mulher era um mundo
totalmente diferente; e essa nova mulher por quem você se apaixonou é um outro
mundo completamente diferente. Nunca serão a mesma coisa. Mas se você for olhar
através do conhecimento, elas parecerão ser.
Abandone/desista do conhecimento. Torne-se outra vez inocente. Mova-se para o
desconhecido novamente – porque duas pessoas nunca são iguais. Cada pessoa é
tão única que nunca houve alguém como ela antes e nunca haverá outra novamente.
Aprenda de novo do A B C e você ficará cheio de deslumbre. E então você terá
aprendido uma profunda experiência: a de nunca permitir que conhecimento algum
se edifique.
Todo saber se torna conhecimento. No momento quando ele se tornar conhecimento,
jogue fora. É exatamente como poeira acumulada num espelho; você deve limpá-lo
diariamente. A poeira acumula-se no espelho da sua mente, poeiras de
experiências: ela se transforma em conhecimento. Limpe-o. Esse é o motivo pelo
qual diariamente a meditação é necessária. Meditação nada mais é que limpar o
pó do espelho de sua mente. Limpe-a continuamente. Se você puder limpá-la em
cada momento de sua vida, não haverá mais a necessidade de sentar-se
separadamente para meditar.
Lembre-se, esteja alerta para o fato de que o conhecimento não deve ser
acumulado, que você deve conservar-se como uma criança – cheia de deslumbre, de
graça. Todas as esquinas e cantos são misteriosos, e você não sabe o que eles
são. É impossível desvendar o que a vida é. Encantado, você corre para esta e
para aquela direção.
Você já observou uma criança correndo pelas praias do mar? Tão jubilosa! Com
tanta euforia! Catando conchas e pedras coloridas. Já observou uma criança
correndo atrás de uma borboleta no jardim? Mesmo se Deus estiver lá você não
correrá dessa forma – não correrá. Você não será tão extático mesmo no caso se
Deus estiver lá. Você se comportará como um cavalheiro; você não correrá, não será
selvagem – continuará com suas maneiras, demonstrará que é maduro, que não é
infantil.
E Jesus diz: "Somente os que são como criancinhas serão capazes de entrar
no Reino de meu Pai" – somente aqueles que são como crianças, que ainda
possuem a capacidade de se maravilhar. O maravilhamento é o maior tesouro da
vida. Uma vez que você o perde, a sua vida foi perdida. Então você vai levando
vida, mas deixa de viver. O conhecimento assassina o maravilhamento.
Este é um dos problemas mais difíceis que a mente moderna vem enfrentando,
porque o conhecimento tem se acumulado a cada dia mais e mais. O século vinte
está muito sobrecarregado com o conhecimento. E é por isso que a religião
desapareceu – porque a religião só pode existir com o maravilhamento, com olhos
preenchidos de deslumbre, de fascínio. Olhos que não possuem conhecimento, mas
que estão prontos para correr em qualquer direção só para ver o que há ali.
Olhos inocente, virgens. Então, lembre-se de permanecer capaz de deslumbrar-se
como uma criança.
A ciência se desenvolve a partir da dúvida. Religião se desenvolve a partir do
deslumbre. E a filosofia existe entre ambas – ainda não se decidiu entre uma ou
outra: procede dependurada entre a dúvida e o deslumbramento. Algumas vezes o
filósofo duvida e algumas vezes ele se maravilha: ele está exatamente no meio.
Se ele duvida muito, pouco a pouco torna-se um cientista. E se ele se deslumbra
muito, torna-se pocuco a pouco religioso.
É por isso que a filosofia está desaparecendo do mundo – porque noventa e nove
por cento dos filósofos tornarm-se cientistas. E uns poucos – um Buber em algum
lugar, um Krishnamurti em algum lugar, ou algum Suzuki em algum lugar – mentes
grandiosas, intelectos magnamente penetrantes, alguns poucos tornaram-se
religiosos. A filosofia está quase perdendo o seu chão.
Se vocês se tornam muito céticos, vocês se tornam cientistas. Se se tornarem
assim como crianças, vocês se tornam religiosos. A ciência existe com a dúvida.
Religião existe com o maravilhamento. Se você quer ser religioso, crie mais
deslumbramento, descubra mais maravilhas. Permita seus olhos estarem mais
preenchidos com maravilhamento antes de qualquer outra coisa. Surpreenda-se com
tudo o que estiver acontecendo. Tudo é tão tremendamente maravilhoso que é
simplesmente inacreditável como você segue vivendo a vida sem dançar, sem
tornar-se extasiado. Você deve não estar percebendo o que está acontecendo em
todo o redor.
É tão maravilhoso apenas ser, é tão maravilhoso apenas poder respirar. Apenas
ser e apenas respirar! – Nada mais é necessário para a pessoa religiosa. Esteja
cheio de deslumbramento. Quando alguém está repleto de deslumbre, de fascínio,
surge o louvor, e o louvor é prece. Ao perceber essa existência maravilhosa,
você começa a louvá-la. Em seu louvor, a prece surge. E você exalta: “santo,
santo, santo”. Ela é santa. É tão bela e tão santa.
Assim, a pergunta levantada é de grande pertinência: “mais uma vez você recordou-me que o saber torna-se
conhecimento, que se torna a prática de tal conhecimento.” Estes
são os três passos. Primeiro o saber; então o saber morre, atrofia-se, torna-se
conhecimento; e o conhecimento também se atrofia ainda mais e se torna prática
ou caráter.
Um homem de caráter é o homem mais morto do mundo. Ele pratica o seu
conhecimento; ele tenta seguir o seu conhecimento. Ele não é espontâneo. Está
continuamente administrando, manipulando, obrigando-se a isto ou aquilo. Ele
não é responsável – responsável no sentido de ser capaz de responder. Se você
for até ele e abraçá-lo, ele corresponderá, mas essa resposta provirá de suas
experiências passadas, de seu caráter.
Um homem de caráter é previsível. Apenas um mecanismo pode ser previsível. Um
homem inteiramente consciente é imprevisível. Nenhum astrólogo consegue prever
algo sobre um homem totalmente consciente. Ele se move de momento em momento,
repleto de maravilhamento. Ele não carrega conhecimento algum, não carrega
nenhum caráter. Cada momento é novo, renascido.
Assim, estes são os três passos: o saber morre; o saber torna-se conhecimento;
o conhecimento torna-se caráter. Tenha cautela – cuidado! Não permita que o seu
saber desabe e se converta em conhecimento. E jamais deixe que o seu
conhecimento o controle e crie um caráter em você. Um caráter é uma armadura.
Nessa armadura você está aprisionado... e você jamais consegue ser espontâneo.
Você já está em sua tumba – um caráter é uma tumba.
Deixe que o seu saber mantenha-se aí, mas não o deixe converter-se em
conhecimento ou caráter. No momento em que começar a se tornar conhecimento,
abandone isso, esvazie as mãos. Esqueça tudo a respeito. E siga em frente:
novamente como uma criança. Difícil, eu sei. É fácil apenas dizer; difícil ser
assim – mas essa é a única forma de poder fazê-lo alcançar "satchitanand" – fazê-lo atingir a
verdade, a consciência, o êxtase.
Sim, não é fácil. Há um preço alto a ser pago – mas Deus não é barato. Você
terá de pagar com a totalidade do seu ser. Só quando você tiver pago
totalmente, sem ter retido uma única coisa, só quando você não for um
miserável, e você tiver se rendido e sacrificado a si mesmo totalmente, você
atingirá. Deus vai até você quando você não é; quando você se torna um zero,
Deus vem até você. Ele está apenas esperando na esquina. No momento em que você
se torna vazio, Ele corre para você, Ele chega e o preenche.
Não permita que o seu saber torne-se conhecimento e caráter. Então surgirá em
você um tipo totalmente diferente de caráter, um que não será igual a nenhum
caráter que você já tenha visto neste mundo. Ele será interno – uma disciplina
que surge do centro mais profundo do seu ser. Jamais forçada! – é sempre
espontânea. Não como um mandamento: mas como um crescimento orgânico. Deus é o
seu crescimento espontâneo e natural."
Osho – "A Sudden Clash of Thunder" – cap. 2 – pergunta 5
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CHEQUES DA ABUNDÂNCIA
NA LUA NOVA.
«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
buscamos e nos dêem a poderosa ajuda
de sua Compaixão e Sabedoria. Existe
um AMOR que transcende a toda compreensão e que mora nos corações
daqueles que vivem no Eterno. Há um
Poder que remove todas as coisas. É Ele que vive e se move em quem o Eu é Uno.
Que esse AMOR esteja conosco e que esse
PODER nos eleve até chegar onde o
Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
se difunda nos mundos.
PAZ e AMOR a todos os Seres»
A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.
Oração ao Criador
“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”
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