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O AUTISMO SOB A VISÃO ESPÍRITA -A IMPORTÂNCIA DOS PAIS -

Segundo a Organização Mundial de Saúde, o autismo é um transtorno invasivo do desenvolvimento, definido pela presença de desenvolvimento anormal que se manifesta antes da idade de tres anos e pelo funcionamento anormal em três áreas: interação social, comunicação e comportamento restrito e repetitivo.

Via de regra os autistas não encaram as pessoas nos olhos, não respondem quando são chamados, não conseguem fazer distinções de situações em que possa haver um perigo imediato. Muitos apresentam ecolalia em sua fala e não compreendem nem o fato nem o que foi dito, demonstrando ainda inexpressividade.

O retardo mental, embora frequente nas comorbidades do autismo, não é um aspecto obrigatório, havendo indivíduos que revelam capacidade de alta funcionalidade para funções como memorização, cálculos e música, a despeito de conservarem suas características autísticas, é o caso de alguns asperger.

Pesquisas apontam que disfunções neurológicas (como as disfunções dos neurônios-espelho) produzem repercussões de natureza autística, mas continuaremos com a pergunta maior: que causas produzem as disfunções neurológicas? Se a responsabilidade for atribuída aos genes, a pergunta se desloca e se reformula assim: que causas produzem desarranjos nos complexos encaixes genéticos?

Compreendemos que apesar dos avanços científicos, o autismo permanece um mistério, um desafio, um enigma que só se revelará mais claramente ao nosso entendimento a partir da introdução da realidade espiritual aclaradas pela Doutrina Espirita.

Segundo o escritor espírita Herminio C. Miranda, o autismo é uma rejeição do espírito à encarnação. Ele reencarna e não quer participar, nem interagir com ninguém, se isolando do mundo. Sem comorbidades não é uma pessoa perturbada e nem um doente mental, é apenas uma pessoa que tem um grande conflito. Também o dr. Jano Alves de Souza – médico neurologista, ao prefaciar o livro de Herminio Miranda, afirma que "Sejam quais forem os mecanismos materiais envolvidos na gênese do autismo, indubitavelmente, sua causa inicial está nas experiências pregressas e nas necessidades cármicas do espírito reencarnante”.

Nesse estado psicológico conflituoso, que leva a pessoa a se fechar em seu próprio mundo, alheando-se, em grande medida, do mundo exterior, há débitos passados muito graves, acompanhados, normalmente, pela consequente obsessão espiritual,

Segundo a literatura espírita, o autismo, resulta de graves desvios de comportamento no passado, de tentativas de afrontar as leis que regem o universo. Entre o passado de faltas e as presentes alterações genéticas, neurológicas e mentais do autismo encontramos um elo que liga estes dois momentos distintos. Este elo é o próprio processo de reencarnação. Aqui evidencia a formação do autismo, que se expressa em duas possibilidades. Na primeira está o reencarnante com profundas lesões perispirituais produzindo alterações neurológicas e a conseqüente formação do autismo conduzindo-o à expiação. Na segunda, o espírito reencarnante rejeita a reencarnação expiatória se fechando na rebeldia e desenvolvendo a autoobssessão e levando à formação do autismo.

Na primeira possibilidade, a consciência do reencarnante marcada pelo comportamento equivocado e pela culpa, acarretou severos danos no perispírito e conseqüentes lesões no Sistema Nervoso Central, gerando uma incapacidade de organizar um corpo sadio na atual encarnação. Neste caso, a entidade espiritual fica aprisionada no corpo deficiente, sem conseguir estabelecer comunicação com o mundo exterior. Esta linha de entendimento de formação do autismo é defendida por alguns estudiosos por acreditarem que certos autistas, realizam angustiantes tentativas de se entender com o mundo externo. Há casos conhecidos na literatura de autistas que alcançaram certa melhora e relataram que muitas vezes entendiam o que as pessoas lhe diziam, mas não sabiam como responder verbalmente. Desta forma, recorriam aos gritos e ao agitar das mãos como único mecanismo de comunicação que dispunham.

Na segunda possibilidade de ligação entre passado de faltas e autismo, temos o indivíduo com a consciência marcada pela culpa que, temendo colher as consequências em uma nova existência rejeita a reencarnação provocando o desenvolvimento de características autisticas. No livro “Loucura e obsessão”, de Manoel Philomeno de Miranda, encontrmaos a confirmação da hipótese de rejeição à reencarnação. Nos capítulos sete e dezoito, o Dr. Bezerra de Menezes explica que o indivíduo com a consciência culpada é reconduzido à reencarnação e acaba buscando o encarceramento orgânico para fugir sem resgatar as graves faltas do passado. Trata-se de um vigoroso processo de auto-obsessão, por abandono consciente da vida. Dr. Bezerra afirma que muitos espíritos buscam na alienação mental, através do autismo, uma tentativa de fugir às suas vítimas e apagar as lembranças que o atormentam.

Diante do exposto, é importante refletirmos um pouco sobre nossa existencia e a de quem reencarna com autismo, como propõe o escritor espírita e diretor do Projeto Espiritizar Alírio Cerqueria Filho, quando infere que o sentido maior da existência do Espírito imortal, criado para evoluir conforme a Vontade de Deus, é de submeter-se às Suas Leis transcendendo o ego e desenvolvendo-se essencialmente. Ele escreve que Deus criou as Leis Morais e uma Lei biológica intimamente conectada às Leis Morais, a Lei da Reencarnação. É por meio dessa Lei que o Espírito se transforma em um Ser Consciencial, elevando-se gradualmente, por meio da vontade, transformando pensamentos e sentimentos nas várias existências sucessivas.

Desta forma, se o que causa a predisposição genética e as disfunções neurológicas são as graves faltas pretéritas, associadas à rebeldia e tentativa de burlar as leis divinas, podemos entender esse processo do Autismo quando Alirio Cerqueira escreve sobre a questão 115 de o Livro dos Espíritos, explicando que murmúrio é o processo circunstancial de revolta insubmissa ao propósito existencial, que pode durar mais ou menos tempo, e ter diferentes graus de manifestação, desde o vazio existencial, passando pelo abandono existencial, podendo chegar até o estágio do isolamento existencial.

Segundo Alirio Cerqueira, todo conflito existencial é resultante do movimento do indivíduo tentar afrontar as Leis Divinas, não se dispondo a desenvolver nas diversas circunstâncias as virtudes que a Vida o convida. Ao agir assim, o indivíduo gera para si um estado de inquietude ansiosa proveniente do distanciamento da Força da Vontade Divina, pois não se dispõe a conectar a sua vontade com a Vontade de Deus, de modo a direcionar adequadamente pensamentos e sentimentos.

Neste sentido, entendemos que o autismo não é um castigo, porque não existe a lei de punição, mas um instrumento que proporcionará aprendizado através da lei de causa e efeito que convida o espírito ao ajuste da consciência ética fustigada pelo arrependimento ou remorso e desejosa de se pacificar. Destarte, os conflitos existenciais são convites para que o indivíduo possa desenvolver o propósito existencial, trabalhando em função da superação dos mesmos, pela conexão com as Leis Divinas e a disposição para desenvolver as virtudes essenciais, elevando o seu estado de consciência na vertical da Vida resultando em uma comunhão consigo mesmo em essência e com Deus.

Não obstante, isso não impede que o espírito possa receber as manifestações de afeto e carinho a ele endereçadas que certamente, graças a essas impressões vigorosas do amor e da compaixão, contribuirão para minimizar a alienação e a dor temporária em que vive. Entende-se assim, que a conjunção de esforços através do atendimento por equipe multidisciplinar, da atuação dos pais desde a gestação conversando com o espírito reencarnante proporcionando um psicosfera de acolhimento para a libertação da culpa, e principalmente a força de vontade do próprio Espírito, são fatores propiciadores para a superação do fenômeno autístico do espírito imortal, iniciando-a ainda nesta existência.

Neste sentido, Alírio de Cerqueira escreve que para que possamos conceber as virtudes essenciais que transmutarão os sentimentos egóicos é fundamental desenvolver o autoacolhimento amoroso. O autoacolhimento amoroso é fruto da aceitação plena da nossa condição de filhos de Deus, aprendizes da Vida. Quando nos percebemos dentro dessa óptica aceitamos que temos um ego equivocado, mas que somos seres essenciais, criados para a iluminação completa.



A IMPORTÂNCIA DOS PAIS NA VIDA DO AUTISTA

É de grande importância a contribuição que os pais ou responsáveis, na tarefa de co-criadores com Deus, podem realizar através da educação para auxiliar o Autista no processo de auto libertar-se da situação em que se encontra.

Chico Xavier disse que o autismo é um caso muito sério, pois a pessoa não se prende a nada na terra, nada aqui lhe interessa, e com isso vai perdendo a vontade de permanecer no corpo, vive num mundo somente dele, alheio a tudo a sua volta. Chico afirma ainda que cabe aos pais, principalmente à mãe, a tarefa de conversar muito com a criança, buscando fazer com que ele (espírito) se interesse por alguma coisa, convence-lo de que a terra não é tão cruel assim, pra que ele fique aqui. É uma tarefa de muita paciência e amor, pois o espírito imortal está em sua plena consciência e percebe o que ocorre à sua volta, ainda que "encapsulado" em si mesmo.

Neste sentido, Divaldo Franco nos orienta uma atitude que os pais podem utilizar, é a de se esperar a criança dormir e conversar com ela, pois a conversa é captada pelo inconsciente (Espírito). Fale devagar, pausadamente: “Estamos contentes por você estar entre nós; você tem muito que fazer na Terra; você vai ser feliz nesta vida; nós te amamos muito; tudo vai ficar bem, acredite; etc. ”.

Desse modo, recorremos à mentora Joana de Angelis nos livros S.O.S. Família e Adolescência e Vida onde orienta que grande tarefa se reserva aos pais no que tange aos valores da educação, deveres que não podem ser postergados sob pena de lamentáveis consequências. Escreve ela que, os deveres dos pais em relação aos filhos, e não somente aos autistas, estão inscritos na consciência. Orienta ainda a falar-lhes de Deus sem cessar e iluminar-lhes a consciência com a flama da fé rutilante, que lhes devem lucilar no íntimo como farol de bênçãos para todas as circunstâncias. Ensinar-lhes a humildade ante a grandeza da vida e o respeito a todos, como valorização preciosa das concessões divinas.

A Mentora ainda alerta para que não se poupe esforços na educação dos filhos. Os pais assumem, desde antes do berço com aqueles que receberão na condição de filhos, compromissos e deveres que devem ser exercidos, desde que serão, também, por sua vez, meios de redenção pessoal perante a consciência individual e a Cósmica que rege os fenômenos da vida, nos quais todos estamos mergulhados.

Joana de Angelis ainda esclarece que “A tarefa da educação deve começar de dentro para fora e não somente nos comportamentos da moral social, da aparência, produzindo efeitos poderosos, de profundidade. Segundo ela, a dor, em qualquer situação, jamais funciona como punição, porquanto sua finalidade não é punitiva, porém educativa, corretora. Qualquer esforço impõe o contributo do sacrifício, da vontade disciplinada ou não, que se exterioriza em forma de sofrimento, mal-estar, desagrado, porque o aprendiz, simplesmente, se recusa considerar de maneira diversa a contribuição que deve expender a benefício próprio.

Por fim, recorremos ao o espírito Honório, através da mediunidade do médium e escritor Afro Stefanini, orientando que há um meio que a nossa querida irmã Emiliana Ducena está nos chamando ao entendimento: o ponto central é o amor de Deus por nós. E que neste sentido, para reflexão do pensamento infantil na prática das virtudes, é necessário colocar o quanto Deus nos ama independente das situações. “Quando a criança sente em si um sentimento que não lhe faz bem deve ser levada a refletir por meio das estórias sobre a presença amorosa de Deus, e que, independente da atitude equivocada, Deus nos ama e o que Ele quer é que fiquemos bem, ou seja, que a criança de sinta amparada, segura, acolhida”.

José Romildo Magalhães

José Romildo Magalhães é

Coordenador de Suporte às FEEMT Regionais e

Facilitador do Projeto Espiritizar da

Federação Espírita do Estado de Mato Grosso.

AMADO SER

Somente o amor consegue superar as

dificuldades inerentes ao ser

que reencarna como autista ou 

especial...

Perante Deus todos somos especiais

por isso Ele nos ama e nos dá chances

de reajustar-nos perante Suas Leis 

divinas...diariamente...

Olhar para nós mesmos com amor e

ver que nossas qualidades  são

maiores que nossos defeitos, é

a nossa grande tarefa...

Saber que somos capazes de sermos

melhores a cada dia e tirarmos

proveito disso para nossa evolução, 

é o nosso caminho de superação...

Ninguém é nada sozinho...

Deus em nossas vidas protege-nos

e nos mostra sempre onde e como

caminhar...

Beijo amoroso da SOL

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Comentário de Maria Miguel em 8 maio 2015 às 15:16

Muito  interessante  a  abordagem  espírita  ,  sobre  o  autismo !

Adorei  a  informação  .

Muito  grata  ,  querida  Sol .

Beijinho .

BOM   FIM   DE   SENANA

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Co-criando A NOVA TERRA

«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
buscamos e nos dêem a poderosa ajuda
de sua Compaixão e Sabedoria. Existe
um AMOR que transcende a toda compreensão e que mora nos corações
daqueles que vivem no Eterno. Há um
Poder que remove todas as coisas. É Ele que vive e se move em quem o Eu é Uno.
Que esse AMOR esteja conosco e que esse
PODER nos eleve até chegar onde o
Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
se difunda nos mundos.
PAZ e AMOR a todos os Seres»

A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.

Oração ao Criador

“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar  todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”

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