http://dharmadhannyael.blogspot.com/2011/03/o-graal-e-carta-para-ma...Dharma dhannya_el e Maria Lucia Campos
Querida amiga, fiquei meditando em suas palavras, nas suas dúvidas sobre a relação afetiva entre o homem e a mulher, e resolvi lhe escrever.
“Cada Cidadão Planetário é um verdadeiro Guardião da Terra, e merece ser reconhecido, exponenciado e apoiado”.
Na jornada mítica de cada um, o mito do Graal que nos fala: “do caminho do herói, da sua saga, da realeza, da fertilidade, do sagrado, do paraíso perdido, e do sentido ético oculto.
Podemos pensar que a consciência ecológica da Unidade de Gaia - o planeta Terra é uma conquista do Graal “Uma luta coletiva, uma estratégia global organizada, justa, transparente, includente e participativa em nível mundial, que visa estabelecer interação com a comunidade de Empreendedores Sociais/Cidadãos Planetários que estão fazendo a mudança necessária pela transformação e preservação da Terra e plenitude humana”.
“Gaia a Terra, na mitologia clássica, personificava a origem do nosso mundo, o triunfo e ordenamento do cosmos frente ao caos, a propiciadora dos sonhos, a protetora da fecundidade e dos jovens, numa acepção direta aos conceitos anteriormente estabelecidos de permanência e perpetuidade colocando-nos em direta sujeição à necessidade de preservação do meio ambiente como motivo fundamental para a sobrevivência nossa e de nossos descendentes”.
“Pela tradição, o Graal é um “objeto” que não deve ser enfrentado pelo ser humano que não tenha a devida pureza, ou a correspondente iniciação. Sendo assim, o Graal representa a comunhão com a Divindade Suprema, só podendo ser alcançado por espíritos puros. Então, é impossível que seja conquistado ou utilizado para o mal. (3)
O Graal representa a transmutação do espírito e do coração, da graça Divina de Ser. Ele está perto e não é visto. As atividades exteriores impedem a contemplação que seria necessária e desviam do desejo.
O Graal é importante para a salvação individual, do planeta e de todos. Será que eles podem ouvir o chamado para uma missão especial em sua vida?
“Assim, essa procura do Graal não é um caminhar a esmo, mas uma circum-ambulação em torno do Espírito, em torno do Graal, do sagrado dentro de nós: o Self, segundo C.G.Jung, nosso centro ordenador da personalidade”. (4)
O símbolo do Graal revela o encontro com o Cristo Íntimo, o Salvador, o Logos Solar. Conquistar o Graal, alcançar a iluminação e beber na Fonte é a integração com
“Eu Sou O que Sou. Eu Sou Um. Eu Sou a Fonte”.
Interessante que no mito do Graal o cavaleiro precisa conhecer as
primeiras noções do código da cavalaria: “O cavaleiro deve socorrer as damas que necessitarem de ajuda, honrando-as. Por fim, a mãe de Perceval aconselha-o a buscar a companhia de homens sábios e a freqüentar igrejas e mosteiros. Terminados os preparativos da viagem, cavaleiro parte, ansioso para cumprir seu destino.”
Se o herói está alinhado com a sua Alma, com o sagrado ecológico, ele lutará com a Sabedoria Divina do vencedor pelo bem de todos.
“O conto é a nossa história. É a encenação metafórica mítica da jornada cada um. O cavaleiro é o guerreiro que se encontra adormecido no inconsciente de cada um de nós, esperando o momento oportuno para se revelar e nos transformar em pessoas melhores, mais perfeitas e felizes”.
“A “Busca do Graal” significa o alimento que nutre os heróis, representa algo que poderia curar os enfermos, criando uma relação de Vida e Regeneração; poderia proporcionar vitória e domínio, gerados pela espada celeste da realeza. Também gerar um poder destruidor, capaz de cegar ou fulminar”.
Um guerreiro revela a luz Crística com o seu caráter ético.
“A Ética é exatamente a sabedoria de colocar a lei a serviço da vida. É como criar uma relação de convivência e cuidado consigo mesmo, uns com os outros e com a natureza, a Terra, a Água e todo ser vivo, a partir de uma consciência de pertença e interdependência.
Existe uma Ética ecológica quando superamos a relação de dono e proprietário da terra, dos animais e das plantas para a relação de que somos gerentes e zeladores da comunidade da Vida da qual pertencemos como membros”.
Será que o “jovem-homem” da nossa época está predestinado a ocupar o lugar de “herói”,de vencedor para o bem de todos?
O herói que tem no coração a união da Alma com o mundo que se misturam é abençoado com o amor da Deusa. O Casamento interior com a Alma é a Luz que guiará o Guerreiro.
Será que ele vai se entregar e ficar apaixonado?
Será que ele esta pronto para acolher, proteger, cuidar e ser amado?
E, ainda acreditar nas palavras “eles serão felizes para sempre”?
Primeiro é necessário treinamento e concentração. Tecer a felicidade exige integridade, concentração total no sonho e na imaginação, sem diluição, nem medo, com definição e estratégia.
Focalizar significa a capacidade de perceber com clareza. Concentrar-se é buscar a iluminação sobre o foco existencial. No teatro o foco de luz sobre o protagonista da cena é a parte mais iluminado do palco.
O jovem precisa de concentração para lutar por um ideal, não afundar, sem identidade, sem Alma, na cultura das massas, que direciona, domestica os desejos, com a intenção de tornar todos iguais.
Apesar de tudo o jovem, ainda é romântico e idealizador? Existe esperança, entusiasmo, no seu coração? Há espaço para alegria, da solidariedade e acolhimento. Porque o que mais precisamos é amor.
Vivemos um momento de dispersão, de hiperatividade, falta de limites, de Leis.
Quando os jovens irão lutar pelo direito de liberdade de expressão para todos e não para o mais forte que regula, controla, modela e delimita para controlar?
Nos velhos tempos o futuro herói tinha um mestre para ensiná-lo a pensar, a lutar e a conhecer o seu corpo e a sua mente em um rito de passagem iniciático. Havia um espelho para se mirar, havia um código de ética para seguir e uma meta traçada para o seu futuro.
Hoje as escolas ocuparam este lugar, mas as escolas não ensinam, não preparam o jovem para a vida. O jovem precisa lutar por seus direitos de cidadania. Há um protótipo de Peter Pan, um estímulo social que reforça o eterno adolescente imaturo que vive distante da realidade e sem preocupações com o futuro, vivendo o presente de uma maneira inconsequente e irresponsável.
Muitos jovens que cresceram em um mundo informatizado assistem passivos à violência, sem envolvimento afetivo e sem ideais de cidadania, sem esperança; eles participam friamente dos jogos violentos de vídeo games sem reflexão; são estimulado a dispersão, a olhar para fora, a ser reativo ao jogo que motiva a violência; muitos vivem sem estímulo para o lúdico saudável, para as brincadeiras de imaginação e a criatividade.
Este contexto de alienação não é favorável na busca do Graal que trata de uma jornada humana de autoconhecimento. A busca do sagrado envolve a formação do caráter do herói para o encontro com a mulher amada, sua preparação para o trabalho e para a construção de um lar.
É sabido que a televisão, os jogos eletrônicos exercem influência neurológica, psicológica, social sobre o comportamento apresentado por crianças e adolescentes e adultos.
Será que nossos jovens estão preparados para a conquista do Graal?
Vamos refletir sobre este tema:
- as escolas e a família não ensinam as crianças a pensar e a refletir
sobre a ética, democracia, cidadania, ecologia e sobre o futuro no aqui e o agora:
“Ética vem do termo grego ethos e significa modo de agir e de ser. É importante porque nossas ações não ocorrem por acaso, arbitrariamente, de acordo com algum impulso de momento.
- As matérias mais importantes do currículo escolar deveriam ser a ética solidária, cidadania, ecologia e ecumenismo.
- a agressividade e egoísmo são incentivados em todos os segmentos.
O jovem não consegue refletir:
- que toda droga (álcool, cigarro, crack, maconha, cocaína...) pode destruir seus neurônios, que eles podem perder a capacidade de memorizar, de raciocínio, de aprendizagem e pode lesar áreas afetivas que estão relacionadas à ética e à moral, aos relacionamentos e vida sexual.
- a droga os leva a sentir ‘felicidade” exclusivamente em seus braços,
- a busca do prazer inconseqüente compulsivo é uma onda que envolve as massas de adolescentes, arrastando-os para um mundo dionisíaco, sado-masoquista, doente e destruidor.
- que os jogos agressivos podem alterar a sua vida emocional e desequilibrar suas reações diante das adversidades.
- que ações políticas transformadoras podem mudar a qualidade de vida para todos com a igualdalde social.
- “A angústia da solidão, da separação e da própria individuação desaparece por um passe de mágica quando o jovem se aglutina nas massas...”
O discurso do mundo midiatizado é construtor de identidades, os meios abandonam a função mediadora para produzir a auto-referência.
O desejo produzido na imersão midiática das massas, é também um guia estético, lógico, de valores, modelos, operando por meio de identificações e de heróis estabelece a moral imposta na sociedade. A imagem vende, é uma promessa de sucesso e de o poder. Tem legitimidade, credibilidade o que é legitimado e tornado crível pela mídia.”
Estaremos sentindo os ventos de Netuno nas massas, unindo dionisiacamente, freneticamente as massas e nossos filhos precisam concentrar-se em um foco, em uma meta, senão veremos milhões de jovens sendo levados pela onda das drogas, da violência, de degradação moral, da alienação dionisíaca do prazer sem responsabilidade, sem envolvimento afetivo.
Há algumas gerações passadas, o planejamento do futuro era o símbolo de maturidade. Mais cedo ou mais tarde alguma coisa parece nos chamar para um caminho específico. Será que o destino dos nossos filhos está sendo escrito e “inspirado” pelo mundo midiático?
Será que o empreendedor do futuro, o vitorioso de sucesso que venceu porque era o mais esperto, mais inteligente, egoísta, oportunista, ambicioso, falso, articulado, falante, político... é o “herói” do nosso tempo?
Mas este “anti-herói” vai terminar se destruindo e destruindo a sociedade e o planeta porque ele “perdeu” o contato com a Alma. Esta “morto”! Mas, “vivo” para destruir aos outros e a si mesmo.
Há algumas gerações passadas, o planejamento do futuro era o símbolo de maturidade.
O ciclo heróico retrata uma saga que objetiva a conquista de um bem, de significados que justifiquem a busca, uma finalidade que ultrapassa as ações do cotidiano à procura de soluções que o ser humano comum não consegue alcançar”.
A vida de um adolescente, de um homem exige que ele seja um herói, um vencedor na escola, no grupo social e com as garotas. Penso que os jovens de hoje, não “querem ou não conseguem” crescer com maturidade psicológica para assumir a espada do herói para conquistar o seu reino, escrever a sua saga, construir sua família e realizar o seu destino.
Hoje a necessidade de prazer internalizada, “comprada” está relacionada a viver sem responsabilidade, sem compromisso afetivo e coloca a mulher como um objeto de consumo, descartável e dissociada do ideal da princesa amada.
Seria a Ética Solidariedade no sentido amplo o caminho para o Graal?
Nossos filhos são criados presos, com medo da morte que ronda lá fora.
Muitos querem viver intensamente, com medo da morte chegar. A energia de combate do guerreiro herói, que poderia lutar para o bem de todos, contra os inimigos do povo, está “contida”. Essa energia que move a vida de conquista e desejo de vencer pode ficar estagnada e reativa na angústia da impotência de realização.
“Então poderemos vencer nos vídeos-games, venceremos a grande guerra fria no mundo informatizado do terceiro milênio.”
O hackers facilmente penetram as redes energéticas de todos os segmentos e invadem computadores e destroem sua memória. O ambiente cibernético, e seus guerreiros do bem e do mal são uma tropa de elite que dissemina “vírus” por todo o mundo.
Penso que haverá uma guerra no futuro que irá acontecer na internet.Os "guerreiros" anônimos no mundo globalizado serão “virtuais”, a procura é eterna e neste mundo de imagens, ação e comunicação veremos ascender o fogo que irá mobilizar conflitos, violência e redenção.
“Como não podemos vencer, então é melhor viver no êxtase dionisíaco, sem limites e sem direção”.
Nossos jovens precisam encontram a força do seu caráter, um ideal para escrever sua história no mundo.
O guerreiro tinha por missão ir sempre além, não somente realizar-se, mas ultrapassar seus limites, lutar contra o mal nas instituições sociais pelo bem.
A “Busca” revela um itinerário iniciático, que o tornava nobre, valente, honrado e digno e o fim é encontrar a Verdade Divina que liberta.
Estamos vivendo um momento histórico vazio de heróis, de exemplos de virtudes e de justiça. O herói é quase que uma necessidade psicológica do ser humano, sendo uma construção simbólica que cumpre algumas funções importantes no nosso desenvolvimento.
O anti-herói, é aquele que tem um moral duvidosa, pouco ou nenhum código de ética, é bem recebido e aplaudido pelo mundo midiático, que valoriza o mais esperto, o mais inteligente empreendedor corrupto e político, mas não vive a margem da sociedade. Um personagem profundo e dúbio, sem definição moral ou mesmo um inimigo da maioria está mergulhado no tecido social da nossa época.
O sistema capitalista tem afundado o mundo numa desigualdade social cada dia mais escandalosa e é responsável por uma destruição ecológica que, se continuar neste caminho, vai destruir o planeta. Ele necessita que o jovem empreendedor perpetue seu poder e sua lucratividade sem escrúpulos. Não percebemos, mas entramos no jogo do sistema e estamos formando nossos filhos para servir ao Poder estabelecido.
Os fins vão se destruir. Chegamos ao fim da linha. A besta dança e atrai para o abismo os “inocentes” para testar as virtudes inerentes. A face negra da escuridão que veio do mundo globalizado, midiático que oferece decadência e degradação é o último degrau...
Neste ponto nasce a esperança do retorno ao centro, ao equilíbrio. Pode haver rejeição do jovem, com nojo da performance que agride a consciência. Ele reage ao cenário sugerido, de degradação moral, de psicopatia, de sangue, drogas e prazer. Assim o efeito acontece ao contrário.
Esta havendo uma autofagia no corpo social. Desta podridão está emergindo o novo, nascerá uma nova criança, um mundo melhor.
Por debaixo desta ruína nascerá a flor do lótus.
“Quando as instituições deixam de nos representar e passam a ser instâncias do poder e de dominação de consciências, não brilham mais os heróis - protagonistas da nossa trajetória de individuação”.
Quando é que veremos líderes jovens atuantes na luta por uma escola de qualidade para todos?
Quando veremos os jovens dizer não, e com consciência de cidadania questionar a mídia e suas propagandas.
Transcendendo os meios a midiatização seria uma nova ordem técnico-simbólica, um novo dispositivo de organização social.
O silêncio passivo nos torna reféns das propagandas dos meios de comunicação. Quando é que os pais e a família terão voz para reivindicar um modelo ético na mídia na escola.
O sistema educacional , familiar e os jovens estão sendo levados sem voz, sem participação política nos segmentos que ditam a moda, o caráter, o modelo para o joven espelhar.
Mas todo herói deve viabilizar a consciência coletiva um caminho de desenvolvimento. talvez o herói que procuramos para o novo milênio seja porta-voz de uma nova forma de relação entre Eros e a Alma na busca de um resgate do sentido de individualidade.”
Dharma dhannya_el e Maria Lucia Campos
este texto é resultado de uma reflexão, de uma pesquisa e inspirada em vários mestres.
http://www.facebook.com/home.php#!/profile.php?id=100001052541884
http://lifeconsulting.multiply.com/journal/item/77?&item_id=77&...http://lifeconsulting.multiply.com/journal/item/77?&item_id=77&...“Ma, como nós temos um coração, o mundo também tem.
3.
http://www.revistasextosentido.net/news/em-busca-do-graal/4.
http://www.oocities.org/vaniaalm/omito.html5.
http://revistacult.uol.com.br/home/2011/02/industria-cultural-e-man...6.
http://blog.opovo.com.br/astroseletras/gaia-terra-na-mitologia-grega/7.
http://caravanadosucessoedasaude.blogspot.com/2011/02/as-drogas-e-s...
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