O Manuscrito da Sobrevivência – Parte 298 . Abril 10, 2013

[Luisa Vasconcellos]

 

O Manuscrito da Sobrevivência – Parte 298 . Abril 10, 2013

1.Como as marés se transformam, também acontece o mesmo à sensação que tendes do mundo à vossa volta. Pois realmente está a mudar, pouco a pouco, dia a dia, e como tal, estais a crescer e a evoluir. Pois realmente quem está a mudar sois vós, porque o mundo tal como o conheceis já não é o mesmo. Mas isso é porque já não sois os mesmos. Pois a cada dia avançais para mais perto do que realmente sois e como tal, a cada dia um pedacinho do velho cai, para nunca mais ser necessário restaurá-lo outra vez. Não estais aqui para juntar as peças que parecem escorregar-vos entre os dedos, quer sejam peças da vossa família, dos vossos relacionamentos, das vossas ideias ou dos vossos bens materiais. Então recordem, tudo o que não pertencer à verdade jamais fará mais parte da vossa vida, e como tal, estão a acontecer muitas despedidas.

 

2. Não tenham receio, isso não significa que irão ficar desprovidos de tudo que vos é familiar, mas sim, que irão ficar com as partes verdadeiras de tudo. Assim, a vossa família ou os amigos não irão desaparecer, mas o vosso relacionamento com eles irá mudar da versão antiga para uma versão nova e verdadeira. Se isso requer tornarem-se mais íntimos ou mesmo afastarem-se, só vós é que sabereis. Pois recordem que eles também têm de decidir o seu caminho e mesmo se vocês podem enfrentar a verdade, muitos não conseguem. Assim sendo, dizemos novamente que não é uma jornada fácil, visto que tudo aquilo em que a luz incide, terá sempre de transformar-se em verdade. E como tal, as ligações difíceis serão reveladas e devem ser separadas, para algumas vezes serem curadas e novamente reatadas, mas noutros casos, para ser o derradeiro adeus.

 

3. Sabemos que isto poderá parecer extremamente dramático para alguns, mas o que estamos a tentar dizer é que neste caso, nada será deixado para agravar e corromper, pois têm de caminhar a vossa verdade, por mais penosa que seja. Dizemos de novo, não é para vos privar de tudo o que amais, é para vos privar de tudo o que é perigoso para vós e, por vezes, a verdade dolorosa é que a dor mais forte, é aquela que estamos mais aptos a esconder, mesmo de nós próprios. Mas agora, se não for deixado nada na vossa vida a que tenham de tornar, isso ser-vos-á mostrado e só quando aceitarem, serão capazes de lidar com essa situação da maneira mais amorosa. Pois trata-se, acima de tudo, de amor, não de raiva, medo ou ódio, e como tal, saibam que tudo que chega para avaliação, é feito a pedido da Luz. A Luz quer apenas o que é bom para vós, mas, por vezes, significa que terão de fazer algo que será penoso. Pelo menos inicialmente, mas creiam que quando dizemos que, em breve, irão ver a sabedoria deste processo e também sentirão o amor profundo que permanece por trás de cada encontro com vós próprios, e que ainda possam ter nos tempos que vão chegar.

 

4. Pois o que estão a cortar os laços que estão a reter-vos e estes laços são profundos, não só na vossa vida, mas também na vida de outros e como tal, por vezes é preciso muita coragem para se manterem no caminho certo. Mas tornamos a dizer, se necessitarem ajuda, peçam-na por favor e saibam que ela vem sob todas as formas e feitios. Podem ficar surpreendidos com a ressonância que os vossos actos terão nos que vos rodeiam, mesmo aqueles que considerariam como sendo menos sensíveis a qualquer coisa que a Luz possa trazer. Recordem, aquilo que a Luz expõe não é só negativo para vós, também é negativo para aqueles com quem vocês estão ligados através desses laços antigos, e quando começam a cortá-los, também estão a libertar os que estiveram amarrados com esses cadeados. Pois é isso que realmente são, cadeados para manter-vos subjugados, e logo que um dos prisioneiros comece a soltar-se, o efeito será sentido por todos que estão amarrados pelo mesmo cadeado. Para alguns, este sentido súbito de liberdade será, no mínimo, assustador, mas para outros será como uma lufada de ar fresco e ajudá-los-á também a ver os assuntos com maior nitidez.

 

 

5. Por isso, dizemos mais uma vez, não é um cortar de amarras duro e cruel, é uma maneira desejável e deliberada de libertar-vos, ou melhor ainda, é oferecer-vos a liberdade e então, é realmente da conta de cada um se quer continuar a libretar-se completamente esses cadeados ou se quer apertá-los ainda mais à sua volta. Pois é o caminho rápido para a liberdade, e para muitos nada é mais pavoroso de contemplar. Porque para um prisioneiro que está junto aos portões da prisão, depois de ter estado preso durante muitos anos, a perspectiva de caminhar no mundo como um homem livre é demasiado pungente, e será tentado a dar meia volta e regressar à velha cela. Pois o confinamento que lhe é familiar pode ser muito mais gratificante do que a perspectiva de ter de caminhar num mundo onde não existem barreiras que lhe sejam familiares. E o mesmo acontece com este processo. Porque todos vós tendes velhas limitações na vossa vida, sejam internas ou externas, e quando vos for dada a opção dessas limitações cessarem de existir, por vezes será difícil abraçar plenamente essa opção. Por isso certifiquem-se que não fogem desta escolha, pois realmente, têm de fazê-la.

 

6. Porque esta jornada não pode ser realizada sem entusiasmo, deve ser tomada como um todo, não escolhendo as partes que parecem ser menos provocantes. E recordem, a escolha foi feita por vós, mesmo antes de chegarem, pois se assim não fosse, nem estariam aqui a contemplar o resultado da vossa escolha. Escolheram libertar-se durante esta vida e é por isso que agora vos foi dada essa oportunidade. Em relação aos outros à vossa volta, também lhes foi dada a mesma escolha, mas recordem que podem ter escolhido um caminho mais sinuoso do que aquele que vocês escolheram. Por isso, as opções podem ser mais alargadas para eles. Porque lhes pode ter sido dada a oportunidade de escolherem desta vez a liberdade, ou de continuarem na velha escola por uma vida, ou mesmo por mais. Dizemos mais uma vez, escolheram a vossa opção, assim como eles escolheram as deles, por isso, nesta vida, vocês deram menos flexibilidade a vós próprios do que os outros têm. Pois consideram que o vosso tempo é agora, enquanto os outros preferiram dizer “o meu tempo pode ser agora, mas também pode não ser”. Por esta razão, dizemos, preparem-se para ficar surpreendidos enquanto continuam a cortar em pedaços essas velhas amarras que vos estão a ligar ao padrão de vida antigo. Pois enquanto fazem isso, a liberdade de se moverem irá fazer com que muitos à vossa volta pisquem os olhos para a Luz e digam “Penso que vou seguir o teu exemplo, querido, e agradeço-te por me dares a oportunidade de fazê-lo”. Pois não é um convite para afastar nada nem ninguém da vossa vida, é um convite para rasgar em pedaços quaisquer limitações antigas e negativas que vos mantêm cimentados ao nível do chão antigo, por assim dizer. E nenhum de vós irá subir as escadas do céu se não removerem os velhos cadeados que vos mantêm aí.

 

7. Hoje, vamos ficar por aqui, e desejamos todo o sucesso na vossa jornada contínua. Para muitos, o peso dos cadeados já começou a aligeirar, e já começam a ver alguns resultados, quer na vossa vida, mas também à vossa volta. Para outros, outros esses pesos parecem sobrecarregar-vos ainda mais, mas por favor saibam que eles necessitam menos esforço do que talvez possam pensar para afastá-los completamente de vós.

 

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Tradutora:Maria Luísa de Vasconcellos

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