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O Livro de Urântia

Documento 122

O Nascimento e a Infância de Jesus


(1344.3) 122:0.3 Dos três casais apontados, a escolha pessoal de Gabriel recaiu sobre José e Maria; em seguida ele fez a
sua aparição pessoal a Maria, ocasião em que lhe comunicou as
boas-novas de que havia sido ela a escolhida para tornar-se a mãe
terrena do menino auto-outorgado.



1. José e Maria

(1344.4) 122:1.1 José, o pai humano de Jesus (Joshua ben José), era um hebreu entre os hebreus, embora trazendo muitos traços hereditários não judeus,
que vinham sendo adicionados à sua árvore genealógica, de tempos
em tempos, pela linhagem feminina dos seus progenitores.


(1345.1) 122:1.2 Maria, a mãe terrena de Jesus, era descendente de uma longa linhagem de ancestrais singulares, que abrangia várias das
mulheres mais notáveis na história das raças de Urântia. Embora
Maria fosse uma mulher comum, dos seus dias e geração, dona de um
temperamento bastante corriqueiro, ela contava entre os seus
antepassados com mulheres bem conhecidas como Anon, Tamar, Rute,
Betsabá, Ansie, Cloa, Eva, Enta e Ratta. Nenhuma mulher judia,
daquela época, era de linhagem mais ilustre de progenitores e
nenhuma remontava a origens mais auspiciosas.



(1345.2) 122:1.3 De todos os casais que viviam na Palestina por volta da época da auto- outorga projetada de Michael, José e Maria
possuíam a combinação ideal de parentescos raciais abertos e de
dons de personalidade acima do normal. Era plano de Michael aparecer
na Terra como um homem comum, de modo tal que a gente comum o
entendesse e o recebesse; e por isso é que Gabriel havia selecionado
pessoas como José e Maria para tornarem-se os progenitores nessa
auto-outorga.



3. O Anúncio de Gabriel Feito a Maria

(1346.4) 122:3.1 Uma tarde, por volta do cair do sol, antes que José tivesse retornado ao lar, Gabriel apareceu a Maria, ao lado de uma mesa baixa
de pedra, e após ela haver- se recomposto, ele disse: “Venho a
pedido daquele que é o meu Mestre, a quem tu irás amar e nutrir. A
ti, Maria, trago alegres novas e anuncio que a concepção em ti foi
ordenada pelo céu e que, no tempo devido, tu te tornarás a mãe de
um filho; tu o chamarás Joshua; e ele irá inaugurar o Reino do céu
na Terra entre os homens. Nada digas disso a ninguém, exceto a José
e Isabel, a tua parente, para quem também eu apareci e que deve
também agora conceber um filho cujo nome será João e será ele
quem preparará o caminho para a mensagem de libertação que o teu
filho irá proclamar aos homens com uma grande força e uma convicção
profunda. E não duvides tu de minha palavra, Maria, pois este lar
foi escolhido como a residência mortal do menino predestinado. A
minha bênção recai sobre ti e os poderes dos Altíssimos irão
fortalecer-te; e o Senhor de toda a Terra acobertar-te-á na Sua
sombra”.


(1347.2) 122:3.4 O anúncio que Gabriel fez a Maria aconteceu no dia seguinte à concepção de Jesus e foi o único
evento de ocorrência sobrenatural ligado a toda a experiência de
Maria de conceber e trazer dentro de si o menino da promessa.


4. O Sonho de José

(1347.3) 122:4.1 José não se conformou com a idéia de que Maria estivesse para tornar-se mãe de uma criança extraordinária, até que teve a
experiência de um sonho de forte impressão. Nesse sonho um
mensageiro celestial brilhante apareceu a ele e, entre outras coisas,
disse: “José, apareço sob o comando Daquele que agora reina nas
alturas; e tenho o mandado de instruí-lo a respeito do filho que
Maria irá gerar e que se tornará uma grande luz para o mundo. Nele
estará a vida; e a sua vida tornar-se-á a luz da humanidade. Ele
virá primeiro para o seu próprio povo, todavia poucos destes o
receberão; mas, a quantos o receberem, será revelado que são os
filhos de Deus”. Depois dessa experiência José deixou totalmente
de duvidar da história de Maria sobre a visita de Gabriel e sobre a
promessa de que a criança que estava para nascer tornar-se-ia um
mensageiro divino para o mundo.

(1347.4) 122:4.2 Em todas essas visitações nada foi dito sobre a casa de Davi. Nada jamais deixou transparecer que Jesus
tornar-se-ia o “libertador dos judeus”, nem mesmo que seria o
Messias há muito esperado. Jesus não era um Messias tal como os
judeus haviam antecipado, mas era o libertador do mundo. A
sua missão não se dirigia apenas a um povo, era para todas as raças
e povos.



6. O Lar em Nazaré


(1350.1) 122:6.2 A casa de José e Maria tinha a estrutura de pedra e um cômodo com um teto plano e uma construção adjacente para
abrigar os animais. A mobília consistia de uma mesa baixa de pedra,
utensílios de barro, pratos e potes de pedra, um tear, uma
lamparina, vários bancos pequenos e esteiras para dormir sobre o
chão de pedra. No quintal ao fundo, perto do anexo dos animais,
ficava o abrigo que protegia o forno e o moinho para moer os grãos.
Eram necessárias duas pessoas para operar esse tipo de moinho, uma
para provê-lo de grãos e outra para moer. Quando ainda menino,
Jesus muitas vezes cuidava de dosar os grãos no moinho, enquanto a
sua mãe girava o moedor.

(1350.2) 122:6.3 Mais tarde, quando a família cresceu, todos se agrupavam em volta da mesa de pedra, que foi aumentada, para desfrutarem das refeições,
servindo-se do alimento em um prato comum, ou potiche. Durante o
inverno, na refeição noturna, a mesa estaria iluminada por uma
lâmpada pequena e achatada de terracota, cheia de óleo de oliva.
Após o nascimento de Marta, José construiu uma outra acomodação,
um quarto grande, usado como carpintaria durante o dia e como quarto
de dormir à noite.



7. A Viagem a Belém



(1350.3) 122:7.1 No mês de março do ano 8 a.C. (mês em que José e Maria casaram-se), César Augustus decretou que todos os habitantes do
império romano fossem contados; que deveria ser feito um censo de
modo a poder ser utilizado para uma cobrança mais eficiente dos
impostos. Os judeus sempre tiveram muita prevenção contra qualquer
tentativa de “enumerar o povo” e isso, além das dificuldades
domésticas com Herodes, rei da Judéia, havia conspirado para causar
o adiamento, por um ano, na concretização desse censo, no reino dos
judeus. Em todo o império romano esse censo ficou registrado no ano
8 a.C., exceto no reino de Herodes, na Palestina, onde foi feito um
ano mais tarde, no ano 7 a.C.

(1350.5) 122:7.3 José praticamente proibiu Maria de acompanhá-lo, mas foi inútil; quando a comida estava sendo
empacotada para a viagem de três ou quatro dias, ela preparou rações
duplas e aprontou-se para a viagem. E, antes que saíssem de fato,
José já se havia acostumado com a idéia de Maria ir junto e então,
alegremente, eles partiram de Nazaré ao alvorecer do dia.


(1351.2) 122:7.6 Cedo, na brilhante manhã de 19 de agosto, José e Maria estavam de novo a caminho. Tomaram a sua refeição do meio-dia
junto ao pé do monte Sartaba, que domina o vale do Jordão, e
continuaram viagem chegando a Jericó à noite, onde pararam em uma
hospedaria na estrada nos arredores da aldeia. Depois da refeição
da noite e de muita discussão sobre a opressão do governo romano,
sobre Herodes, sobre os registros do recenseamento e a influência
relativa de Jerusalém e Alexandria como centros da cultura e ensino
judeus, os viajantes de Nazaré retiraram-se para o repouso noturno.
Bem cedo, pela manhã do dia 20 de agosto, retomaram a sua viagem e
alcançaram Jerusalém antes do meio-dia. Visitaram o templo e
tomaram, de novo, o seu caminho para chegar a Belém bem no meio da
tarde.

(1351.3) 122:7.7 O albergue estava superlotado e José, então, procurou um alojamento entre os parentes distantes, mas todos os quartos em Belém
encontravam-se repletos. Ao retornarem à praça na frente do
albergue, José foi informado de que os animais dos estábulos das
caravanas, construídos nos flancos do rochedo e situados exatamente
abaixo do albergue, haviam sido retirados e que tudo estava limpo
exatamente para receber os hóspedes. Deixando o asno na área à
frente do albergue, José colocou os sacos de roupas e provisões
sobre os seus ombros e desceu, com Maria, os degraus de pedra, até
os alojamentos de baixo. Viram-se instalados naquilo que era uma sala
de estocagem de grãos, na frente dos estábulos e das manjedouras.
Cortinas de tendas haviam sido dependuradas e eles se deram por muito
felizes de terem alojamentos tão confortáveis.



8. O Nascimento de Jesus



(1351.5) 122:8.1 Durante toda essa noite Maria estivera inquieta, de forma que nenhum dos dois dormiu muito. Ao amanhecer, as pontadas do parto já estavam
bem evidentes e, no dia 21 de agosto do ano 7 a.C., ao meio-dia, com
a ajuda e as ministrações carinhosas de mulheres viajantes amigas,
Maria deu à luz um pequeno varão. Jesus de Nazaré havia nascido
para o mundo; encontrava-se enrolado nas roupas que Maria tinha
trazido consigo, para essa contingência possível, e deitado em uma
manjedoura próxima.

(1351.6) 122:8.2 Da mesma forma que todos os bebês tinham vindo ao mundo até então e viriam desde então, nasceu o menino prometido e, ao oitavo dia,
conforme a prática judaica, foi circuncidado e formalmente
denominado Joshua (Jesus).



(1351.7) 122:8.3 No dia seguinte ao nascimento de Jesus, José fez o seu registro. Encontrando- se então com um homem com quem haviam
conversado duas noites atrás, em Jericó, foi levado por ele até um
amigo abastado que possuía um quarto na pousada e este homem se
dispôs, com prazer, a trocar de quartos com o casal de Nazaré.
Naquela tarde eles se mudaram para a pousada, onde ficaram por quase
três semanas, até que encontraram hospedagem na casa de um parente
distante de José.


(1352.1) 122:8.5 No dia do nascimento de Jesus, ao meio-dia, os serafins de Urântia, reunidos com os seus diretores, cantaram hinos
de glória sobre a manjedoura de Belém, mas esses cânticos de
glória não foram escutados por ouvidos humanos. Nenhum pastor, nem
quaisquer outras criaturas mortais vieram prestar a sua homenagem ao
menino de Belém, até o dia da chegada de certos sacerdotes de Ur,
que haviam sido enviados de Jerusalém por Zacarias.


(1352.2) 122:8.6 A esses sacerdotes da Mesopotâmia havia sido contado, há algum tempo, por um estranho professor religioso, do país deles, o qual em
um sonho havia sido informado de que a “luz da vida” estava a
ponto de aparecer sobre a Terra, na forma de um menino, entre os
judeus. E os três sacerdotes partiram, pois, em busca dessa “luz
da vida”. Após muitas semanas de infrutífera procura em
Jerusalém, estavam para voltar a Ur, quando conheceram Zacarias que
lhes confiou sobre a sua crença de que Jesus era o objeto da procura
deles e os enviou a Belém, onde encontraram o menino e deixaram as
suas oferendas com Maria, a sua mãe terrena. A criança estava então
com quase três semanas de idade à época da visita deles.

(1352.3) 122:8.7 Esses sábios homens não tiveram nenhuma estrela a guiá-los para Belém. A belíssima lenda da estrela de Belém originou-se da
seguinte forma: Jesus nasceu aos 21 de agosto, ao meio-dia do ano 7
a.C. Em 29 de maio do mesmo ano houve uma extraordinária conjunção
entre Júpiter, Saturno e a constelação de Peixes. E é um
acontecimento astronômico marcante que conjunções semelhantes
hajam ocorrido aos 29 de setembro e aos 5 de dezembro do mesmo ano.
Com base nesses acontecimentos extraordinários, mas inteiramente
naturais, os bem- intencionados zelotes, das gerações que
sucederam, elaboraram a lenda atraente da estrela de Belém e dos
Reis Magos adoradores, conduzidos pela estrela, até a manjedoura,
para contemplar e adorar o recém-nascido. As mentes orientais e do
Oriente-Próximo deleitam-se com fábulas e inventam constantemente
belos mitos sobre a vida dos seus dirigentes religiosos e dos seus
heróis políticos. Na falta de uma imprensa, quando a maior parte do
conhecimento humano se transmitia, de uma geração a outra pela
palavra saída da boca, era muito fácil que os mitos se tornassem
tradição e que as tradições finalmente acabassem aceitas como
fatos.


Continua...




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«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
buscamos e nos dêem a poderosa ajuda
de sua Compaixão e Sabedoria. Existe
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Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
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PAZ e AMOR a todos os Seres»

A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.

Oração ao Criador

“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar  todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”

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