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O REINO DOS ANJOS DOS DEUSES E DOS DEVAS - UM ESTUDO TEOSÓFICO

Krishna Das (1).mp3


O Festival dos Anjos
Charles Webster Leadbeater
O festival dos Santos Anjos é comemorado no dia de São Miguel, o grande Líder dos Anjos; mas em verdade nós não celebramos nesta ocasião apenas este glorioso Príncipe, mas toda a Falange celeste; nós agradecemos e louvamos a Deus por eles e por toda o maravilhoso auxílio dado por eles a nós.
Há uma grande quantidade de mal-entendidos sobre os Santos Anjos. A idéia que fazemos deles é tão bela, tão poética, que as pessoas freqüentemente pensam neles como sendo apenas poesia.
Fala-se sobre estes grandes e gloriosos seres um pouco como se fala dos contos de fadas.
É tudo muito belo, mas não se faz inteira justiça a eles.

Nada pode estar mais longe da verdade do que uma idéia como esta.
A glória radiosa dos Santos Anjos é muito mais real, e não menos, que qualquer coisa neste plano físico. Suponho que isso pareça estranho, excessivo, talvez um tanto ridículo; mas de fato não é.
As coisas deste plano físico que nós tocamos e sentimos são reais o suficiente para nós, enquanto vivemos por entre elas; mas temos apenas que elevar um pouco nossa consciência dentro de um mundo mais alto, e imediatamente toda essa realidade densa deixa de ser real, mas torna-se mais diáfana que o tecido de um sonho, e entendemos então que as coisas vistas aqui no plano físico são corretamente descritas como transitórias, e as coisas invisíveis daqui estão muito mais perto de serem eternas. Aquelas são as realidades, e não estas. O espírito é o fato real, não o corpo. O corpo é perfeitamente real enquanto dura, mas dura apenas alguns poucos anos; o espírito é uma centelha divina, e vive para sempre.
Assim os Santos Anjos não são de modo algum menos reais que você e eu.

Qualquer um que tenha estudado as descobertas da ciência moderna sabe que há uma linha definida de evolução do mais baixo para o mais alto através dos diferentes reinos da Natureza. O reino mineral é geralmente considerado o reino mais inferior; alguns estudantes sabem que existem outros que o precedem mesmo naquela linha de evolução. O reino mineral gradualmente conduz para os inícios do reino vegetal, e da mesma maneira o reino vegetal se projeta para os inícios do reino animal. O homem é classificado como sendo a cabeça do reino animal; mas em nossos estudos da vida oculta nós o tomamos, por certas boas razões, como um reino separado. Os atributos que possui em muitos aspectos o diferenciam mesmo do animal mais evoluído, ainda que do animal haja um nítido progresso em direção ao humano. Não há lacunas neste sistema evolutivo, e assim da forma de vida mais inferior podemos apontar para nossa vida.

Somos então o ápice de tudo? Não haverá nenhuma forma de vida mais alta que a nossa assim como a nossa é mais alta que a do animal, como a do animal é mais alto que a do mineral? Investigações nos mostram que há sim uma forma de vida mais elevada que a nossa - que há um reino acima do reino humano, mais adiantado na evolução que o nosso; é chamado de Reino Angélico. Os filósofos da Índia dão a seus membros o nome de Devas. Deva é uma palavra sânscrita de onde deriva nosso termo divino. Está ligada a tudo o que sugere excelsitude e divindade. Os Devas são os Seres Brilhantes - uma denominação mui natural para lhes dar, para os homens que os vêem, porque todo o seu mundo elevado está em relação ao nosso como a luz está para as trevas.

Poderíamos pensar: "Podemos ver os animais; por que não podemos ver os Anjos? Os animais pertencem a um reino inferior ao nosso, mas eles podem nos ver; se eles podem ver algo pertencente a um reino superior, por que nós não?" Em primeiro lugar, nós podemos. Há uma grande quantidade de pessoas que têm visto membros do Reino Angélico, mesmo que o plano material mais denso onde apareçam ainda esteja acima de nosso plano físico. Há uma grande variedade de estágios e tipos de matéria mesmo aqui embaixo; temos os sólidos, os líquidos e os gases. Há matéria que escapa aos nossos sentidos, não porque seja de alguma forma irreal ou imaterial, mas porque nossos sentidos são imperfeitos, e abrangem apenas uma pequena fração de tudo o que sabemos que existe. Por exemplo, geralmente podemos ver os sólidos e os líquidos, mas raramente podemos ver gás, ou algo em estado gasoso. Há alguns gases, como o cloreto, que podemos distinguir por sua cor, mas usualmente percebemos os gases de outra maneira, pelo cheiro ou pelo que sentimos quando os respiramos. O que é mais elevado que os gases fica ainda mais além de nossos sentidos físicos, mas estaríamos caindo em um erro básico - para a compreensão destas coisas - se supuséssemos que são irreais. Estes Anjos possuem corpos, construídos de matéria assim como os nossos; só ocorre que esta matéria é mais sutil, respondendo apenas a vibrações mais elevadas. Mas também temos em nós um corpo de matéria mais sutil, um veículo mais elevado que pode ser treinado, seus sentidos desenvolvidos, exatamente como os sentidos físicos do homem podem ser desenvolvidos em um grau muito maior de refinamento do que a maioria de nós possui.

Os sentidos de nosso corpo mais elevado também podem ser treinados para ver coisas destes mundos superiores. As pessoas às vezes obtêm relances delas quando estão em estados exaltados, ou em profunda contemplação. Lemos, por exemplo, que os grandes santos tinham visões de Anjos. Não podemos supor que estes homens fossem apenas sonhadores histéricos; o fato é que sua consciência superior foi por momentos aberta, de modo que viram o que sob condições normais permanecia invisível a eles.

Ainda que o Reino Angélico seja o imediatamente superior ao humano, não é necessariamente o próximo degrau em nossa evolução. Assim como nem todas as criaturas pertencentes ao reino animal vão algum dia se tornar homens, igualmente nem todos os seres humanos entrarão no reino dos Santos Anjos. Todos os que hoje são humanos atingirão a meta, o ápice do desenvolvimento humano, e se tronarão super-homens; mas há muitas outras linhas de evolução dentro da qual o homem pode adentrar, além da hoste angélica.

Este grande reino dos Anjos tem sua próprias raças, seus variados graus de desenvolvimento, suas diferentes linhas de evolução, exatamente como é o caso de todos os outros reinos da Natureza. Há Anjos que não estão mais adiantados na evolução do que alguns dos nossos melhores homens; e há outros cujo esplendor parece-nos incluir tudo o que poderíamos imaginar da Divindade. Podemos notar que as palavras de nossa Liturgia nos lembram, em todo o serviço eucarístico, uma classificação que tem sido largamente aceita na antiga Igreja Cristã - aquela que divide os Anjos em nove ordens: Anjos, Arcanjos, Querubins, Serafins, Tronos, Dominações, Principados, Virtudes e Potestades. A ordenação Judaica, que em grande parte foi adotada pela Igreja Cristã, os divide em sete grandes tipos, correspondentes aos Raios. Até mesmo os nomes daqueles Grandes Seres que ficam à testa de cada um destes sete tipos foi dada em escritos antigos, onde aparecem como Miguel, Gabriel, Rafael, Uriel, Chamuel, Jofiel e Zadkiel.

Na classificação em nove ordens, dois outros tipos são acrescentados - isto é, estendem-se para além de nossa cadeia de mundos, talvez para além de nosso sistema solar. Para cada um desses tipos diferentes características são atribuídas, e em cada uma dessa grandes Ordens de Anjos existem muitos níveis. Nós dividimos nosso reino humano em várias raças - Ariana, Mongólica, Semítica e assim por diante; mas todos reconhecemos que em cada uma destas raças há pessoas altamente evoluídas e pessoas comparativamente menos evoluídas. Há reis e príncipes e nobreza e também há camponeses; mas são todos da mesma raça. Do mesmo modo nas Ordens Angélicas há os grandes líderes, e há outros que não são tão altamente evoluídos; os de níveis inferiores possuem corpos astrais, e ainda estão sob influência do desejo. É verdade que as más intenções não são possíveis a nenhum da hoste angélica, mas há muitos que em intelecto e adiantamento geral estão só levemente à frente de nós.

Eu suponho que a maioria das pessoas, quando pensa em Anjos, os considera como uma falange de Espíritos gloriosos, humanos em forma, ainda que usualmente portando grandes asas sobre os ombros, que passam o tempo em perpétua adoração defronte ao Trono de Deus, ou levando mensagens em Seu nome, a maioria delas ligadas aos acontecimentos respectivos à raça humana, ou resgatando indivíduos de perigos ou misérias. Teremos apenas uma imagem muito truncada e parcial deste reino glorioso se pensarmos em seus membros como sempre ocupados em inúteis louvores à Deidade ou como mensageiros ligados apenas à raça humana. Os Anjos são uma manifestação da Vida Divina num elevado estágio de evolução, e estão prioritariamente interessados, assim como nós estamos, nos trabalhos desta evolução. Eles vivem suas próprias vidas, e estas vidas são um epifania da Deidade certamente muito mais esplêndida que a nossa. Sem dúvida eles amiúde rendem graças a Deus, como nós em nossas igrejas; mas assim como tentamos demonstrar nosso amor por Deus principalmente vivendo no mundo como Ele gostaria que vivêssemos, também eles, em seu nível superior, demonstram melhor seu amor e devoção a Ele desempenhando cabalmente o trabalho que lhes foi confiado.

Seria tolice pensarmos que seu trabalho de algum modo está especialmente ligado a nós; sem dúvida tal pensamento é lisonjeiro, mas também aponta claramente para o autocentramento da humanidade como um todo. Chegaremos talvez a uma apreciação mais racional se meditarmos em nossa própria atitude em relação aos reinos inferiores a nós, o animal e o vegetal. Não gastamos todas nossas vidas pensando em como favorecer estes reinos ou em como ajudá-los; a maioria dos seres humanos está muito mais interessada em pensar em como fazer com que estas criaturas inferiores os sirvam, e em como tirar proveito delas de um modo ou de outro. Nossa relações com os animais merecem, de fato, a mais horrível descrição, e eles podem ser plenamente desculpados de nos olharem não como anjos, mas como demônios. É claro que seria impensável que o reino angélico trabalhasse de alguma forma para nos explorar, mas bem podemos supor que, no conjunto, seja razoável que sigam o caminho de sua evolução sem interferir necessariamente com a nossa.

Quando a humanidade estiver bastante mais adiantada em sua estrada entrará em relações mais estreitas com estas grandes hostes angélicas, e esta proximidade será de grande valia. Algo do método para esta aproximação pode ser lido, por aqueles que desejarem, no livro Homem, De Onde, Como e Para Onde, no qual está descrito como, num futuro não muito longínquo, grandes Anjos assumirão uma função visível e preeminente no serviço eclesiástico daqueles dias, e reunirão a devoção dos membros da congregação e a projetarão para cima, em uma poderosa fonte, em direção aos pés da própria Deidade Solar. Agirão também como recipientes e distribuidores da tremenda influência espiritual ou graça que Ele em resposta derramará sobre os devotos.

Eles já trabalham assim agora, ainda que de modo menos óbvio. Eu já mencionei anteriormente que toda a devoção e todo o amor que ao longo dos séculos tem sido derramado aos pés da Bendita Virgem Maria são recolhidos por Ela, pois agora Ela é um grande Anjo, e conduzidos à Deidade Solar, que certamente os aceita e responde. Na Ciência dos Sacramentos eu já expliquei algo da maravilhosa parte que os Anjos têm no maior de nossos serviços eclesiásticos. Milhares e milhares de devotos Cristãos têm pelos últimos vinte séculos obtido da Sagrada Eucaristia o mais profundo auxílio espiritual e elevação sem saberem que devem a possibilidade deste tão glorioso serviço à assistência paciente e alegre dada pelos Santos Anjos a um mundo que não compreende. Eles acorrem porque podem arranjar para nós um certo tipo de serviço sem cujo concurso não seria possível obtermos, e porque sabem que quando um homem assiste a tal serviço e põe seu coração na prece e no culto, está em uma atitude influenciável, e pode ser alcançado e tocado; um bem pode ser feito a ele e poder pode ser derramado sobre ele.

Quando um homem adentra na igreja, ele se põe na presença de Nosso Senhor, entronizado sobre Seu altar; e só por este fato ele também entra na presença de uma grande multidão de Anjos adorantes. O quanto será possível fazer por ele depende de até onde ele pode abrir seu coração à sua influência, e de sua disposição física, moral e mental. Alguns de nós sentem tais influências fácil e nitidamente, por termos aguçado nossos sentidos em tal direção; outros percebem-nas apenas vaga e incertamente; mas um número crescente de pessoas está se tornando cônscia delas. O homem está andando em lentos passos em direção a tornar-se o tipo de criatura que os Anjos podem ajudar, e à medida que avança mais para dentro de sua esfera, percebe melhor seu interesse e sua graciosa resposta.

A presença dos Anjos não nos deveria ser incerta, vaga ou hipotética; deveríamos começar a pensar que são realidades perfeitamente definidas, e ainda que não possamos de fato vê-los mais do que vemos uma corrente elétrica, são reais como uma corrente elétrica o é, e seus efeitos podem ser notados por aqueles que são capazes de senti-los.

Grandes legiões de Anjos assistem à celebração da Eucaristia. Os maiores Anjos acodem para tomar uma parte definida no trabalho. A Sagrada Eucaristia não é celebrada para nós, ainda que muito benefício possamos obter dela. Nós não vamos no intuito de receber, mas principalmente no de dar. Nós vamos porque este é o método pelo qual Cristo irradia influência espiritual sobre todo o Seu mundo, e nós vamos lá para ajudá-lo nesta distribuição de divina energia. Incidentalmente obtemos muito para nós mesmos, mas este não é nosso objetivo principal.

Os Anjos vêm - os grandes Anjos - a fim de fazer tudo isso possível para nós. Ao fim do Asperges, pedimos a Deus que envie Seu Anjo para nos ajudar e para estar conosco. Em resposta a aquele apelo acorre o Anjo da Eucaristia e constrói um receptáculo a partir de nossa devoção e de nossos sentimentos, e da energia liberada pela parte musical do serviço. Maiores que ele são os Anjos que vêm quando os chamamos justamente antes do Sanctus - quando o sacerdote ou bispo, tendo pedido que elevássemos nossos corações e déssemos graças a Deus, prossegue dizendo que com os Santos Anjos (enumerando os diferentes tipos), também fazemos nossa parte. Este é o chamamento tradicional a eles, e a melodia com que cantamos "Corações ao alto!" e "Nosso coração está em Deus" tem quase dois mil anos, se não mais. Ela remonta aos primeiros tempos em que tais músicas eram cantada na Igreja.


OS ANJOS E A NOVA RAÇA
Geoffrey Hodson
Os livros de Geoffrey Hodson são bem-vindos porque trazem mensagens de serviço gentil e boa vontade aos homens. Este livro de sua lavra nos aponta uma nova e interessante possibilidade de ser útil. Trata, de um modo aprofundado, de nossos amigos invisíveis, os anjos e os espíritos da natureza. O escritor assegura que as hostes angélicas são igualmente nossas companheiras cidadãs deste planeta, e anseiam à espera de nosso reconhecimento. Nós temos apenas que reconhecê-las e elas responderão, e manterão comunhão sensível conosco. Não sei de melhor mensagem do que esta - de que poderemos tomar ciência de um mundo invisível povoado de seres amistosos e vivazes que só esperam nosso consentimento para trazer cura e radiância às nossas vidas. Certamente são excelentes notícias.
A habilidade do autor em contatar e estudar o reino angélico não deve surpreender, uma vez que tal poder é apenas o desenvolvimento especial de uma faculdade comum a todos que mantêm uma vida espiritual consistente. Como poderíamos esperar, a prometida cooperação dos anjos depende de nós mesmos. Devemos abrir a porta através do amor e do serviço. O amor ainda é a maior coisa do mundo. Este livro não falhará em exaltar a mente e satisfazer o espírito.

Max Wardall

A idéia que desejo expor através deste livreto é a de que a cooperação entre seres angélicos e homens terá um importante papel no desenvolvimento da nova raça que agora está aparecendo no mundo, e que mesmo agora isso é uma possibilidade real. O auxílio objetivo de inteligências angélicas e de várias ordens de espíritos da natureza é disponível em todos os trabalhos planejados e executados no intuito de ajudar os outros e servir o mundo.
Como Cristãos, fomos ensinados a pensar nos anjos como mensageiros que vêm de Deus ao homem somente em circunstâncias muito importantes, e que permanecem, normalmente, invisíveis e apartados do homem. Ao mesmo tempo que desejo manter esta concepção, desejo também expandi-la, dizendo que os anjos estão sempre conosco; que não vêm a nós somente em magnas ocasiões, mas estão sempre ao nosso alcance.
Mesmo antes do nascimento, os anjos guardam a mãe e conduzem a construção do pequeno corpo que cresce em seu ventre. Na hora do nascimento, anjos permanecem junto ao leito, ajudando mãe e bebê, para que a nova vida possa iniciar sob as mais elevadas e auspiciosas condições. Ao longo de todas nossas vidas somos abençoados pela orientação e proteção de seres angélicos; e mãos angélicas nos recebem ao passarmos pelas portas da morte. Com raras exceções, somos inconscientes deste ministério de amor e serviço, mas sob certas condições estas companhias angélicas podem ser percebidas. O véu que oculta os anjos de nossa visão pode ser baixado, os óbices transpostos, e podemos ver.
A fim de que possamos entender e eventualmente propiciar tais condições, é essencial que possuamos conhecimento de nossa constituição interna, e do propósito da existência dos ramos humano e angélico da família de Deus. Definamos, pois, os termos "homem " e "anjo". Por "homem" concebemos um ser divino e imortal que utiliza um corpo material e mortal, dentro e através do qual trabalha e se desenvolve. O propósito de sua vida no corpo é simplesmente que ele possa evoluir, pois através do resultado das experiências que possa obter através dele o homem vai-se dirigindo à perfeição. Em outras palavras, a razão para sua existência aqui é que possa tornar-se perfeito como seu Pai Celeste é perfeito. Todas as tristezas e alegrias da vida são planejadas para levá-lo à meta da perfeição.
Os anjos também são seres que evoluem em direção a um ideal de perfeição. Eles são nossos companheiros cidadãos deste planeta e neste sistema solar. Podemos pensar neles como nossos irmãos mais imateriais, nascidos do mesmo Pai, divinos em sua origem como somos divinos, viajando em direção à mesma meta que nós, que é a união com Deus e a manifestação perfeita de seus atributos divinos. Quando Jacó, em Bethel, sonhou com uma escada unindo o céu à terra, e os anjos de Deus descendo e subindo por ela, teve uma visão verdadeira da evolução angélica.
Os anjos diferem de nós em muitos aspectos, o principal sendo a ausência de corpo físico, o que os torna normalmente invisíveis a nós. A matéria com a qual seus corpos são formados é mais sutil que aquela que forma os nossos. Suas vibrações estão além do espectro visível, por isso nossos olhos não podem captá-las. Nós temos outros olhos, entretanto, com os quais é possível para nós vê-los: os olhos da alma. Se apenas abrirmos nossos olhos interiores, nossos companheiros anjos se tornarão visíveis a nós e os veremos face a face, pois eles estão sempre presentes; o ar cerca de nós está coalhado de seres invisíveis, de muitas raças e graus de evolução.
Os vários reinos da Natureza são seu campo evolutivo. Nós os encontramos nas árvores, junto às flores no campo e do jardim, na água, no ar, no fogo, na terra, associados a metais e cristais do reino mineral. Onde quer que a vida divina se manifeste, lá estarão as crianças de Deus: as fadas, espíritos da natureza, e seus irmãos mais velhos, os anjos, que são encarnações brilhantes e formosas de Sua vida. As lendas sobre a existência de fadas, brownies, pixies, gnomos ou espíritos da terra, ondinas ou espíritos da água, salamandras ou espíritos do fogo, silfos ou espíritos do ar, e das náiades e dríades das árvores, são lendas baseadas na verdade. Todos estes são muito mais que personagens de contos de fadas ou habitantes dos poéticos reinos de fantasia das crianças; são realidades vivas, membros mais jovens do reino angélico, fazendo a grande peregrinação da vida lado a lado conosco.
Como se parecem? Ainda que não possuam corpo físico, eles certamente têm alguma espécie de existência corpórea. Suas formas, entretanto, são criações de luz, ou antes, de material que é auto-luminescente, pois cada átomo de seus corpos e do mundo em que vivem é uma partícula de luz brilhante. A forma que possuem se parece muito com a nossa, de fato é construída sobre o mesmo molde da forma humana. Fadas e anjos geralmente aparecem como seres humanos muito belos e etéreos. Suas faces, entretanto, ostentam uma expressão que definitivamente não é humana, pois dão uma impressão de energia dinâmica, de consciência e vida extremamente vívidas, com uma notável beleza transcendente que raramente é vista entre os homens. Por estas razões os povos do Oriente sempre os têm chamado de "Devas", que significa "Seres Brilhantes".
Se um cientista moderno pudesse capturar e aplicar testes eletromagnéticos a uma fada ou anjo, eles os definiriam como altamente radioativos. Enquanto não ocorre nenhum evento desse gênero no futuro próximo, há boas razões para crer que os anjos voluntariamente entrarão, como eventualmente já o fazem, em laboratórios e locais de estudo humanos a fim de guiar e inspirar a pesquisa das forças ocultas da natureza, tendo-se em conta que seu conhecimento a respeito é extraordinariamente amplo. Quando o homem tiver aprendido a reconhecer sua presença e tiver se certificado por si mesmo de sua boa vontade, novas e insuspeitas fontes de conhecimento e de poder serão reveladas.
A aparência dos anjos é sempre extraordinária para a visão humana, por causa do contínuo fluxo de energia por dentro e através de seus corpos e de suas auras brilhantes. Eles podem ser concebidos como agentes, ou mesmo como engenheiros das forças básicas da natureza. Os poderes que eles controlam e manipulam estão continuamente irradiando de si mesmos, produzindo em sua passagem o efeito de "auroras boreais" em miniatura.
Centros de força distintos, vórtices e certas linha de força definidas são visíveis em seus corpos; na descarga áurica formas definidas são produzidas, que às vezes se assemelham a coroas sobre suas cabeças ou asas estendidas, de tons luminosos e sempre mutantes. As asas áuricas, entretanto, não são usadas para o vôo, pois os anjos se movem no ar à vontade, com um movimento gracioso e flutuante, e não necessitam de asas que os sustentem. Os pintores e escritores antigos, que aparentemente tiveram impressões de sua aparência, tomaram erroneamente estas forças fluentes como vestidos e asas, e assim os pintaram como homens e mulheres alados, ataviados com vestes humanas, e até mesmo dera-lhes penas para as asas!
Como seus corpos são formados de luz, cada variação no fluxo energético produz uma variação de cor. Uma alteração em sua consciência é imediatamente visível, objetivamente, como uma mudança no formato e cor de suas auras brilhosas. Um extravasar de afeto, por exemplo, os inunda de um clarão carmesim, com uma nítida corrente de róseas forças amorosas fluindo em direção ao objeto de sua afeição. Atividade intelectual aparece como um poderoso fulgor amarelo jorrando da cabeça, o que freqüentemente os faz parecer coroados com um brilhante halo de luz, uma coroa do ouro que são seus pensamentos, adornada de muitas jóias, cada jóia uma idéia.
Todos os fenômenos de consciência que para nós são subjetivos, como as emoções e pensamentos, para eles são objetivos, de modo que eles vêem os processos de pensamento, emoções e aspirações como fenômenos externos e materiais, pois vivem precisamente nos mundos do pensamento, emoção e intuição espiritual. Sua troca de pensamentos é levada a cabo por meio de cores, luzes e símbolos, antes que por palavras. Na verdade, os anjos têm uma linguagem cromática própria, que é bela de se "ver".
Maravilhosamente belos como aparecem à nossa vista, sua mais extraordinária característica fala antes ao coração e à mente: sua perfeita unidade com Deus. Suas vidas e seus atos são baseadas sobre esta unidade fundamental. Nós esquecemos que somos divinos em nossa origem, que somos unos com Deus. Separatividade, egoísmo, crueldade e ódio aparecem entre nós por causa deste esquecimento. Nós experimentamos abandono e nos sentimos sozinhos por não saber, como os anjos sabem, que não pode haver nenhuma solidão ou separação reais num universo que é preenchido com a vida única de Deus, sustentado por seu inabalável amor, e povoado por incontáveis miríades de Seus filhos nos muitos reinos de Seus mundos manifestos. Os anjos vivem no contínuo conhecimento destes fatos e em ininterrupta percepção de sua unidade com Deus. De acordo com o estágio de sua evolução - e há muitos estágios - eles são perfeitas encarnações da vontade, da sabedoria e da inteligência divinas. Imortais, eles vivem através dos séculos de sua longa peregrinação em perfeito acordo com a Fonte única de sua vida e existência.
Unos com Deus, unos entre si, unos com toda a vida, eles vivem cheios de alegria; pois são inteiramente inconscientes de todas as divisões e separações com que nos cercamos, e que são as poderosas origens de todos os nossos sofrimentos.
A existência de seres angélicos é mais aceita no Oriente que no Ocidente. As religiões do Oriente mantêm presentes muitas informações sobre sua vida e atividades, seus meios de crescimento, seus muitos tipos e ordens, e sua existência universal. No Cristianismo fomos ensinados que há nove ordens de anjos, chamadas Tronos, Dominações, Principados, Potestades, Querubins, Serafins, Virtudes, Anjos e Arcanjos.
A cada uma destas ordens são atribuídas certas qualidades e atividades especiais.
Os Querubins são os que primam no esplendor do conhecimento, os Serafins são os mais ardentes no amor divino, os Tronos são os que contemplam a glória e a eqüidade do julgamento divino. Daí, os Querubins iluminam com sabedoria, os Serafins inspiram pelo amor, os Tronos ensinam a governar com discernimento. As Dominações supostamente regulam as atividades e deveres dos anjos; os Principados presidem sobre os povos e províncias, e servem como governantes angélicos das nações do mundo; Potestades são adversários dos espíritos malignos; Virtudes têm o dom de operar milagres; e Arcanjos são enviados como mensageiros de Deus em assuntos da mais alta importância, como o foram Gabriel e Rafael. Quase em todas as descrições bíblicas das visões de Deus, Ele é descrito como transcendente em glória e rodeado de infinitas hostes de Seus santos anjos. Duas passagens ilustrativas são as que descrevem as visões de Daniel e de São João, respectivamente no Velho e Novo Testamentos. Daniel diz: "Eu contemplei até que tronos foram postos, e o Ancião dos Dias assentou-se, Cujas vestes eram brancas como a neve, e o cabelo de Sua cabeça como pura lã; Seu trono era como uma chama ardente, e Suas rodas como um fogo consumidor. Uma torrente de fogo saía diante de onde estava: mil milhares o serviam, e dez mil vezes dez mil ficavam diante de dEle" (Daniel, VII, 8-9). São João escreve: "E eu contemplei, e ouvi a voz de muitos anjos em torno do trono, e dos Santos Seres e dos anciãos: e o seu número era dez mil vezes dez mil, e miríades de milhares" (Apocalipse, V, 11). Quão maravilhosa deve ter sido também a experiência de Jacó em Bethel, quando ele viu "uma escadaria assentada na terra e cujo topo alcançava o céu: e vi os anjos de Deus descendo e subindo por ela", e quando ele voltou de Canaan "os anjos de Deus foram ao seu encontro. E Jacó os viu, e disse: 'Esta é a hoste de Deus', e ele chamou àquele lugar de Mahanaim, ou seja, 'duas hostes'".
(Gênesis, XXVIII, 12; Gênesis, XXXII, 2).
Um estudo teosófico.
Gandharananda Shanti

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Co-criando A NOVA TERRA

«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
buscamos e nos dêem a poderosa ajuda
de sua Compaixão e Sabedoria. Existe
um AMOR que transcende a toda compreensão e que mora nos corações
daqueles que vivem no Eterno. Há um
Poder que remove todas as coisas. É Ele que vive e se move em quem o Eu é Uno.
Que esse AMOR esteja conosco e que esse
PODER nos eleve até chegar onde o
Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
se difunda nos mundos.
PAZ e AMOR a todos os Seres»

A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.

Oração ao Criador

“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar  todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”

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