Deus da destruição do Universo, o principal do Xamanismo Ancestral.
Em Sânskrito escreve-se Siva, mas se lê Shiva.
O Senhor Shiva é um Deus ("Mahadeva") Hindu, o Destruidor ou o Transformador, integrante da Trimurti juntamente com Brahma, o Criador, e Vishnu, o Preservador. O Senhor Shiva representa o ciclo completo do processo de geração, destruição e regeneração. Existem mil e oito nomes nas escrituras védicas para se referir ao Senhor Shiva, sendo as mais conhecidas: Mahesha, Mahadeva, Pashupati, Nataraja, Shambo, Shankara, Ardhanaríshvara, Rudra, Bhava, Sarva, Ishan, Bhima e Ugra.
No Xamanismo Ancestral, o Senhor Shiva é a figura mais importante, não apenas por representar o Pai do Xamanismo Ancestral, mas por possuir essencialmente múltiplas formas e aspectos em um único poder divino.
Sua simbologia é altamente venerada. O aspecto Shankara é a forma xamã do Senhor Shiva, que o representa como sendo um grande índio Hindu e o maior devoto do Grande Espírito, o Senhor Krishna.
Sua simbologia é representada de diversas maneiras, através de diversas escrituras e de diversas escolas filosóficas, entretanto, as características xamânicas do Senhor Shiva mais importantes são representadas aqui da seguinte forma:
Sentado sob a pele de um Tigre:
O Tigre é o veículo de sua shákti, a Deusa de todas as forças e poderes. Shiva está além e acima de qualquer força. Sentado sob a pele de um Tigre, simboliza a vitória sobre todas as forças.
A Serpente Naja sobre o pescoço:
A Naja é a mais mortal das Serpentes. Usar uma Serpente em volta da cintura e do pescoço, simboliza que Shiva dominou a morte e tornou-se imortal. Este aspecto também dá outro nome a Shiva, Neelkantha, o Deus que pode beber sozinho a porção da morte e ficar livre de seus efeitos. Na tradição do Yoga, ela também representa Kundalini, a energia de Fogo que reside adormecida na base da coluna. Quando despertamos essa energia, ela sobe pela coluna, ativando os centros de energia (chakras) e produzindo a iluminação (samadhi), um estado de consciência expandida.
A Lua crescente em seu cabelo:
A Lua, que muda de fase constantemente, representa a ciclicidade da natureza e a renovação contínua, a qual todos estamos sujeitos. Ela também representa as emoções e nossos humores, que são regidos por esse astro. Usar uma Lua crescente nos cabelos simboliza que Shiva está além das emoções. Ele não é mais manipulado por seus humores como são os humanos, ele está acima das variações e mudanças, ou melhor, ele não se importa com as mudanças, pois sabe que elas fazem parte do mundo manifesto. Os mestres que se iluminaram afirmam que as transformações pelas quais passamos durante a vida (nascimento e morte, o final de uma relação, mudança de emprego, etc.) não afetam nosso verdadeiro ser e, portanto, não deveríamos nos preocupar tanto com elas. Este aspecto significa então, que Shiva possui o poder da procriação, além da destruição.
O cabelo enrolado no topo da cabeça:
O cabelo enrolado de maneira circular no topo da cabeça significa que Shiva é o senhor do vento, Vayu, representando o controle da respiração, o simples ato de inspirar e expirar.
O sagrado rio Ganges nascendo de sua cabeça:
No topo da cabeça de Shiva se vê um jorro d’água. Na verdade é o rio Ganges ou Ganga, que nasce dos cabelos de Shiva. Há uma história que diz que Ganga era um rio muito violento e não podia descer à Terra pois a destruiria com a força do impacto. Então, os homens pediram a Shiva que ajudasse, e ele permitiu que o rio caísse primeiro sobre sua cabeça, amortecendo o impacto e depois, mais tranqüílo, corresse pela Terra.
O tridente (TRISHULA):
O Trishula de Shiva é o símbolo das três funções do Criador (Brahma), Preservador (Vishnu) e o Destruidor (Shiva). É com essa arma que ele destrói a ignorância nos seres humanos. Suas três pontas também representam as três qualidades da existência: tamas (a inércia ou ignorância), rajas (o movimento ou paixão) e sattva (o equilíbrio ou bondade).
O Touro Branco:
Nandi é o Touro Branco que acompanha Shiva, sua montaria e seu mais fiel servo. O Touro está associado às forças telúricas e à virilidade. Também representa a força física e a violência. Montar o Touro Branco, significa dominar a violência e controlar sua própria força.
A palavra Nandi significa, “aquele que dá a alegria”. Sua devoção por seu senhor é tão grande que sempre se encontra sua figura diante dos templos dedicados a Shiva. Ele está sempre deitado, guardando o portão principal do templo.
O Lingam:
Também chamado de Linga, é o símbolo fálico de Shiva. Ele representa o pênis, o instrumento da criação e da força vital, a energia masculina que está presente na origem do Universo. Está associado ao poder criador de Shiva. A palavra Lingam significa, “emblema, distintivo, signo”.
O Lingam é o emblema de Shiva. Na Índia, reverenciar o Lingam é o mesmo que reverenciar a Shiva. Ele pode ser feito em qualquer material, embora o preferido seja o de pedra negra. Na falta de uma escultura, se constrói um Lingam com a areia da praia ou do leito do rio, ou simplesmente se coloca em pé uma pedra ovalada.
É comum, nos templos, se pendurar sobre o Lingam uma vasilha com um pequeno orifício no fundo. A água é derramada constantemente sobre ele numa forma de reverência. A base do Lingam representa a yoni, o genital feminino, mostrando que a criação se dá com a união do masculino e feminino.
O tambor Damaru:
O tambor em forma de ampulheta representa o som da criação do Universo. No Xamanismo Ancestral, como no Hinduísmo, o Universo brota da sílaba “Om” (AUM). É interessante comparar essa afirmação com o conhecido prólogo do Evangelho de São João: “No princípio era o Verbo (a sílaba, o som). E o Verbo era Deus. (...) Tudo foi feito por Ele (o Verbo) e sem Ele nada se fez”.
É com o som do Damaru que Shiva marca o ritmo do Universo e o compasso de sua dança. Às vezes, ele deixa de tocar por um instante, para ajustar o som do tambor ou para achar um ritmo melhor e, então, todo o Universo se desfaz e só reaparece quando a música recomeça.
Kamandalu:
O vaso de bronze, conhecido como Kamandalu é o repositório onde Shiva guarda o amrita, a bebida da imortalidade, similiar à ayahuasca no Ocidente.
O amrita é sempre utilizado entre os xamãs ancestrais em rituais e pujas (cerimônias de adoração) para se conectar à essência divina e receber os ensinamentos sagrados de Shiva.
As escrituras sagradas da Índia, os Vedas, afirmam que dentro do Kamandalu está o néctar divino, o amrita, a bebida da imortalidade, ou como os cristãos nomearam, “a água da vida”.
Além destes símbolos, uma outra característica física muito importante de Shiva é o seu “Olho Vertical”, também conhecido como “Terceiro Olho”. No Mahabharata, o grande épico Hindu, é narrada a história de como Shiva obteve seu terceiro olho. A história diz que um dia sua linda esposa, Parvati, colocou suas mãos sobre seus olhos enquanto Ele meditava, pois toda vez que Shiva fechava os olhos, o Universo inteiro ficava em total escuridão. Então, através do toque das mãos de sua esposa que seu terceiro olho se desenvolveu, dando luz ao mundo. Simbolizando assim, o olho frontal, o olho de Fogo, o olho da alta percepção. Tendo então três olhos, Shiva ficou também conhecido como: Tri-Netra, Tri-Ambaka, Tri-Aksha ou Tri-Nayana.
Akaiê Sramana
Grão-Mestre e Fundador Acharya da Sagrada Tradição Xamanismo Ancestral
Fundador da ALDEIA DE SHIVA - Centro Espiritualista Universal Xamânico Ancestral
Grão-Mestre e Codificador do R'XA - REIKI XAMÂNICO ANCESTRAL
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NA LUA NOVA.
«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
buscamos e nos dêem a poderosa ajuda
de sua Compaixão e Sabedoria. Existe
um AMOR que transcende a toda compreensão e que mora nos corações
daqueles que vivem no Eterno. Há um
Poder que remove todas as coisas. É Ele que vive e se move em quem o Eu é Uno.
Que esse AMOR esteja conosco e que esse
PODER nos eleve até chegar onde o
Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
se difunda nos mundos.
PAZ e AMOR a todos os Seres»
A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.
Oração ao Criador
“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”
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