"Os desastres, catástrofes, tragédias e choques em sua vida não foram erros,
falhas ou punições do universo.
O universo não premia ou castiga – não usa as regras humanas dualistas. Estes momentos difíceis foram chamados para o despertar, e fizeram com que você desacelerasse, fizesse um balanço da sua vida, parasse de se distrair ou se fazer indiferente, e a fazer perguntas profundas e muitas vezes difíceis sobre a realidade. Fizeram com que você voltasse a focar naquilo que realmente importa, voltasse a a se comprometer com o seu caminho de curiosidade e interminável investigação da forma.
Sem os desafios que você experimentou, sem as crises que você atravessou, sem a dor que você sentiu, não haveria o real entendimento da impermanência das coisas, e de certa forma você ainda acreditaria que o ego era o imperador supremo.
A sua dor expôs as mentiras da supremacia do ego e da ilusão do controle. As suas lutas salvaram você de endurecer um sólido "eu", de torná-lo algo que você jamais seria.
Sob este prisma, não há erros, não há ‘problemas’, mas apenas desafios, chamados ao despertar e momentos de grande incerteza; apenas circunstâncias que estão desesperadamente ansiando por sua generosa atenção e amorosa presença.
Não existem aberrações em sua vida - apenas intermináveis oportunidades para colocar novo foco em seu caminho, para relembrá-lo com convicção de quem você verdadeiramente é, para viver esta preciosa e frágil vida momento pós momento, e submergir cada vez mais profundo em maravilha e gratidão.(...)
Nós nomeamos tudo, incluindo a nossa própria experiência íntima. 'Tristeza', nós dizemos. 'Raiva'. 'Medo'. 'Frustração'. 'Alegria'. 'Tédio'. 'Saudade'. Mas as emoções são apenas energias em movimento, e além dos rótulos conceituais, sem as palavras, nós realmente não temos nenhum meio de saber o que estamos vivenciando. Retire o rótulo da 'tristeza', e que é isso? Retire a descrição da 'raiva', e o que é isso?
Remover o conceito de 'tédio' e o que é essa nua e crua energia de vida que pulsa em você? Torne-se curioso. Permita que a sua experiência presente se torne totalmente fascinante.
Pare de chamar a energia de 'positiva' ou "negativa', 'claro' ou 'escuro", 'certo' ou 'errado', e o que sobra? Volte para as sensações do corpo. Vida nua e crua.
O palpitar do mistério. Formigamento, sensações vivas - irritação, tédio, entusiasmo, intensidade, oscilação - dançando na barriga, peito, pescoço, cabeça. Inseparáveis daquilo que você é. Íntimos. Sagrados. Tão presentes,
vivos apenas neste momento."
Jeff Foster em Satsang
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