Joaquim:É a partir dos valores que a mente estabelece via pensamento que vocês seres humanos vivem. A vida humana é, na verdade, uma sucessão de pensamentos que vão passando e pelo poder de maya é transformada nas realidades que afirmam viver. Ou seja, pelo poder de maya os pensamentos se transformam em consciências. Mas, cada pensamento é só uma história. Ele não tem nada a ver com realidade.
As histórias criadas pela mente só ganham força de real porque são submetidas ao poder de maya. É ele age sobre o pensamento e transforma as formas, percepções e sensações e as movimentações que a mente cria em algo real para o ser humanizado. Justamente por estarem submetidas a esta ação é que a realidade que vocês vivem não é real, mas ilusão.
Para podermos falar sobre realidade temos que entender o conceito de tempo. Para isso, vamos ouvir Santo Agostinho, um dos seres espirituais que ajudaram na formação dos ensinamentos trazidos por O Livro dos Espíritos.
“O que é realmente o tempo? Quem poderia explicá-lo de modo fácil e breve? Quem poderia captar o seu conceito, para exprimi-lo em palavras? No entanto, que assunto mais familiar e mais conhecido em nossas conversações? Sem dúvida, nós o compreendemos quando dele falamos e compreendemos também o que nos dizem quando dele nos falam. Por conseguinte, o que é o tempo? Se ninguém me pergunta, eu sei; porém, se quero explicá-lo a quem me pergunta, então não sei. No entanto, posso dizer com segurança que não existiria um tempo passado, se nada passasse; e, não existiria um tempo futuro, se nada devesse vir; e não haveria o tempo presente se nada existisse. De que modo existem esses dois tempos – passado e futuro –, uma vez que o passado não mais existe e o futuro ainda não existe? E quanto ao presente, se permanecesse sempre presente e não se tornasse passado, não seria mais tempo, mas eternidade. Portanto, se o presente, para ser tempo, deve tornar-se passado, como poderemos dizer que existe, uma vez que a sua razão de ser é a mesma pela qual deixará de existir? Daí não podermos falar verdadeiramente da existência do tempo, senão enquanto tende a não existir”. (Confissões – Santo Agostinho)
Se no tempo de Santo Agostinho o conceito de tempo era de difícil compreensão, até hoje ainda o é. Compreender o que é passado, futuro ou presente é algo que a mente humana não possui elementos necessários para poder bem definir. Por isso, a questão do tempo não deveria ser de importância do ser humanizado. Mas, é...
Isso acontece porque a própria existência depende sempre de um tempo. Como existir se não houver tempo? Para vocês o fato de existirem está diretamente ligado a um período de tempo. Se isso é verdade, a própria realidade que vivem está também ligada a existência de um período de tempo. Por isso este tema é importante para nós quando falamos da realidade que o ser humanizado vive.
O passado já passou; o presente ainda não chegou. Estes dois momentos não entram no espaço do tempo que chamamos de realidade porque não existem mais ou ainda não começaram a existir. O passado deixa de ser realidade e vira lembrança; já o futuro se transforma em previsão, projeção etc. O único tempo, portanto que existe dentro da realidade é o presente.
Mas, qual o espaço de tempo que podemos chamar de presente?
“Vejamos, portanto, ó alma humana, se pode ser longo o tempo presente, desde o momento que te foi concedido o poder de perceber e de medir-lhe a duração. Que me responderás? Talvez cem anos sejam um tempo longo? Considera primeiro: cem anos podem ser presentes? Se está transcorrendo o primeiro deles, este sim, é presente, mas os outros noventa e nove são futuros, isto é, ainda não existem. Se decorre o segundo, o primeiro é já passado, o segundo é presente e todos os outros são futuros. O mesmo acontece a cada um dos anos intermediários que escolhermos; apenas um será presente, os anteriores serão passados e os posteriores serão futuros. Portanto, cem anos não podem ser presentes. E o que está transitando poderá ser presente? Na realidade, se estamos no primeiro mês, os restantes são futuros; quando estivermos no segundo, o primeiro é passado e os outros ainda não existem. Portanto, nem mesmo o ano presente é totalmente presente. De fato, o ano é feito de doze meses; quando um deles está em curso é presente, enquanto que os outros são passados ou futuros. Nem sequer, porém, o mês que está decorrendo é presente, mas somente o dia.Tratando-se do primeiro dia, todos os outros são futuros; se trata-se do último, todos os outros são passados; se é um dia intermediário, está entre dois dias: um passado e um futuro”. (idem)
Aplique também o mesmo sistema usado por Santo Agostinho neste trecho ao dia, à hora ou mesmo ao minuto que compõe a sua existência e verá que o presente não pode ser medido. Mesmo o segundo que você vivencia pode ser desmembrado em outras unidades e com isso cada um destes desmembramentos será um presente.
O presente, portanto, não pode ser medido. Sendo assim, ele não é um período de tempo e se isso é real, ele é, como afirmou Santo Agostinho, uma eternidade. Como eternidade ele é estático já que qualquer movimentação que existisse teria que abranger diversos presentes.
Apenas para fins didáticos, mas não imaginando que vocês conseguirão compreender, afirmo que o que vocês chamam de tempo é uma sucessão de presentes que se sobrepõem sem que isso denote um espaço de tempo. Na verdade são sempre presentes que vão existindo separadamente.
Para explicar um pouco melhor o que acabei de afirmar reporto a um conhecimento de vocês: o desenho animado. A animação que vocês vêem nos filmes são uma sucessão de desenhos estáticos (presentes). Cada fotograma possui um desenho e a aparente movimentação dos elementos desenhados só é alcançada quando os fotogramas se sucedem a uma determinada velocidade.
Esta é a realidade que vocês vivem. As movimentações que vocês percebem a cada momento das suas existências só existem porque os presentes (fotogramas) se sucedem numa velocidade que lhe cria a ilusão de estarem ocorrendo realmente.
Estão surpresos com o que disse? A própria ciência de vocês ensina isso...
Como se dá a ilusão da movimentação dos elementos que estão em um fotograma do cinema? Segundo a ciência é por um processo chamado persistência da visão, persistência retiniana ou retenção retiniana. Esse processo designa o fenômeno ou a ilusão provocada quando um objeto visto pelo olho humano persiste na retina por uma fração de segundo após a sua percepção. Segundo essa teoria, ao captar uma imagem, o olho humano levaria uma fração de tempo para esquecê-la. Assim, quando os fotogramas de um filme de cinema são projetados na tela, o olho misturaria os fotogramas anteriores com os seguintes, provocando a ilusão de movimento: um objeto colocado à esquerda num fotograma, aparecendo à direita no fotograma seguinte, cria a ilusão de que o objeto se desloca da esquerda para a direita.
Este é o mesmo processo que dá ao ser humanizado a idéia da existência da movimentação das coisas no mundo humano. A ciência o chama de persistência da visão, mas nós que acreditamos que exista um algo além da matéria que nos foi ensinado pelos mestres da humanidade, o chamamos do inescrutável poder de maya, como Krishna o fez.
Por favor, levante sua mão agora. Para você o processo de levantar uma mão é uma realidade, mas isso não pode ser assim, pois durante ele aconteceram diversos presentes. Na verdade foi uma sucessão de imagens estáticas – uma a cada mínima posição que mão ocupou ao se levantar – que aconteceram em sucessão e que o poder de maya juntou tudo numa movimentação só.
Aí está, portanto, a sua realidade: figuras estáticas que pela força de maya ganham movimentação que são atribuídas a sujeitos e qualificadas pela mente através de pensamentos. Estas são as consciências que vocês possuem e que servem de provação aos espíritos quando encarnados.
Espiritualismo Ecumênico Universal
Para mantermos os sites de Anjo de Luz, precisamos de ajuda financeira. Para nos apoiar é só clicar!
Ao fazer sua doação você expressa sua gratidão pelo serviço!
CHEQUES DA ABUNDÂNCIA
NA LUA NOVA.
«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
buscamos e nos dêem a poderosa ajuda
de sua Compaixão e Sabedoria. Existe
um AMOR que transcende a toda compreensão e que mora nos corações
daqueles que vivem no Eterno. Há um
Poder que remove todas as coisas. É Ele que vive e se move em quem o Eu é Uno.
Que esse AMOR esteja conosco e que esse
PODER nos eleve até chegar onde o
Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
se difunda nos mundos.
PAZ e AMOR a todos os Seres»
A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.
Oração ao Criador
“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”
© 2024 Criado por Fada San. Ativado por
Você precisa ser um membro de Anjo de Luz para adicionar comentários!
Entrar em Anjo de Luz