Falaremos hoje sobre o amor ao próximo. Mas o que será amar ao próximo? Muitas podem ser as respostas, mas eu diria que o amor ao próximo é a expressão máxima do amor incondicional. Começaremos nossa conversa de hoje a partir desta definição.
Amor ao próximo é acima de tudo colocar-se à disposição de Deus para servir de instrumento aos carmas do próximo. Este é o maior amor que alguém pode expressar pelo outro. Por quê? Porque só existe uma realidade: a espiritual. E a realidade espiritual é que a vida carnal é uma sucessão de carma onde existem provas a serem vencidas.
O amor ao próximo não é o amor ao ser humano, mas ao espírito que está humanizado ligado àquela carne através de um determinado ego. Se isto é verdade, como, então, posso amar ao próximo? Auxiliando-o a vivenciar os seus carmas. Para isso temos que ser instrumentos da criação das provas que darão ao próximo oportunidades de exercer o amor incondicional e assim alcançar a elevação espiritual.
Eu vou dar um exemplo. Quase todos que já tiveram contato com a doutrina espírita, seja por literatura ou estudo. Por isso, com certeza, já ouviram falar em expiação, ou seja, carma. Este ensinamento, na concepção espírita diz que o ser humanizado precisa passar por determinadas situações para expiar faltas anteriores.
Para falarmos do destino carmático de um ser que encarne, vamos supor uma expiação que é comum na literatura espírita: o espírito matou alguém em outra vida e, por isso, na próxima terá que expiar esta ação, ou seja, ele adquire o carma de morrer assassinado na próxima vida. Para isso ele vai nascer com diversos outros objetivos a executar na vida e no momento que estas provações acabarem ele morrerá assassinado. Isso será necessário para que este ser tenha a expiação que lhe possibilite a alcançar a elevação espiritual.
Sendo isso verdade, o fato de alguém dar um tiro, enfiar uma faca ou praticar qualquer outra ação que leve à morte deste ser humanizado é importantíssima na encarnação dele. No momento que estiver programando a sua futura vida, criando os carmas (expiações), este espírito estará consciente da necessidade de ser vitimado pela ação que o levará à morte e preocupar-se-á em fazer de tudo para que isto aconteça.
Acontece que para a ação assassina ocorra é necessário um ser humanizado, um espírito ligado ao mundo humano, a execute. Sendo assim, aquele que atirará terá também que reencarnar, às vezes sem necessidade para si mesmo, mas levará uma vida onde talvez nunca encontre aquele que veio ajudar até que no momento certo ficará frente a frente com ele e dará o tiro.
Sei que vocês devem estar achando fantasioso este raciocínio, mas veja esta seqüência de ensinamentos de O Livro dos Espíritos:
“258. Quando na erraticidade, antes de começar nova existência corporal, tem o Espírito consciência e previsão do que lhe sucederá no curso da vida terrena? Ele próprio escolhe o gênero de provas por que há de passar e nisso consiste o seu livre arbítrio”.
“851. Haverá fatalidade nos acontecimentos da vida, conforme ao sentido que se dá a este vocábulo? Quer dizer: todos H
os acontecimento são predeterminados? E, neste caso, que vem a ser do livre arbítrio? A fatalidade existe unicamente pela escolha que o Espírito fez, ao encarnar, desta ou daquela prova para sofrer. Escolhendo-a, instituiu para si uma espécie de destino, que é a conseqüência mesma da posição em que vem a achar-se colocado”.
“853a. Assim, qualquer que seja o perigo que nos ameace, se a hora da morte ainda não chegou, não morreremos? Não; não perecerás e tens disso milhares de exemplos. Quando, porém, soe a hora da tua partida, nada poderá impedir que partas. Deus sabe de antemão de que gênero será a morte do homem e muitas vezes seu Espírito também o sabe, por lhe ter sido isso revelado, quando escolheu tal ou qual existência”.
“132. Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos? … Visa ainda outro fim a encarnação: o de pôr o Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação. Para executá-la é que, em cada mundo, toma o Espírito um instrumento, de harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim de aí cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus”.
Segundo o Espírito da Verdade, o ser desencarnado escolhe os gêneros de suas provações e com isso gera para si um determinado destino, que espelhará aquilo que quer expiar. Este pensamento vale para todas as situações da vida humana, inclusive a morte. Como para que estas situações ocorram é necessário um agente, outros seres encarnados precisam executar a situação programada para o outro.
Agora, pergunto: se você tem uma missão importante para a o seu futuro a entregará nas mãos de qualquer um ou a atribuirá a alguém em que confie? Por isso, este agente da ação expiatória será, muitas vezes, um espírito que tenha uma relação amorosa profunda com quem precisa sofrer o acontecimento. Ou seja, o que motivará o crime que dará cabo da encarnação de um espírito será o amor entre eles.
Este é o amor ao próximo. É um amor que transcende os conceitos humanos, mas que se realiza na plenitude do mundo espiritual, da vida espiritual. O amor ao próximo transcende completamente os objetivos materiais.
O amor ao próximo não pode se apegar a fazer o bem ao ser humanizado porque muitas vezes ao fazer isso estaremos fazendo o mal para o espírito. Se o amigo daquele que deveria morrer se negar a dar o tiro, aquele espírito perdeu uma oportunidade de expiação e terá que reencarnar novamente para levar um tiro. Isto não é mal para o espírito?
Ficou clara a realidade do amor ao próximo? Um amor muito mais do que incondicional, mas transcendente ao materialismo. Um amor que vai além das leis, normas, objetivos, padrões materiais, mas que se inspira na realidade espiritual.
Pergunta: Fora da caridade não há salvação, não há elevação espiritual.
A caridade não é dar o prato de comida. Para se fazer a caridade é preciso atentar-se às questões espirituais. Matar o outro, se ele precisa morrer, é uma grande caridade.
Pergunta: Tem espíritos encarregados de fazer estes acontecimentos?
Encarregados de fazer acontecer além da matéria e um encarregado de executar um ato na matéria. Todos comandados por Deus.
Todos os encarregados só agirão na hora que Deus ler no livro da vida que chegou a hora do ser humanizado levar o tiro. É Deus quem decide se o espírito está merecendo ter esta oportunidade de expiação.
Pergunta: Então Judas amava Cristo como este também aos soldados romanos?
Assim como Cristo amava Judas e a todos. “O que vai fazer faça logo”, é o que Cristo diz a Judas ainda durante a santa ceia.
Sim, ele amava Judas e aos soldados, tanto assim que quando os soldados vêm prendê-lo diz para Pedro: “guarde a sua espada! Você pensa que eu não vou beber o cálice do sofrimento que o meu Pai me deu?”.
Pergunta: E a catástrofe que ocorreu na Ásia?
Vamos falar dela dentro deste assunto de hoje, mas é preciso antes se compreender bem o amor ao próximo, senão não entenderemos catástrofe nenhuma. Vamos ainda vai acusar os terroristas que mataram as crianças na Rússia e os que jogaram os aviões no World Trade Center nos Estados Unidos. Eles são agentes carmáticos, não inimigos. Não são terroristas porque tanto no prédio como na escola morreu quem tinha que morrer pelo seu carma. Vou chegar no assunto das tsunamis, mas antes é preciso firmar esta noção de amor ao próximo no sentido de transcender a felicidade material.
Amar ao próximo não é dar a ele o que se quer dar ou o que ele deseja, mas se colocar à disposição de Deus para servir como agente carmático das pessoas, independente até de se gostar da ação que será praticada para servir como agente carmático.
Usei justamente a questão do assassinato no início desta conversa para poder levar o assunto às catástrofes, mas este ensinamento vale para qualquer situação da vida dos seres humanizados. Um casamento, por exemplo. Marido que tem a índole de bagunceiro e mulher que prima pela arrumação, são dois espíritos que se amam muito porque aceitam conviver e ser instrumento do carma um do outro.
Pergunta: As pessoas que lá estavam (nas praias atingidas pelas ondas gigantes) e passaram pela situação tiveram este momento de expressão, ou seja, foi benéfico para eles?
Se o momento foi benéfico, não pode se afirmar apenas por que se passou por ele. O momento se transformará em benéfico ou não pela forma como o espírito reagir a ele e não simplesmente por vivenciá-lo. Se alguém for tragado pela onda e ao despertar do outro lado sair acusando seja lá quem for de ser o responsável pela sua morte, não aproveitou a expiação. Para aproveitar a expiação é preciso que o espírito esteja em estado de graça no momento do desencarne, ou seja, que diga “louvado seja Deus por tudo que me acontece”.
Apenas passar pela situação em si não garante elevação espiritual, mas sim a forma como cada um passa pela situação.
Pergunta: O Cristo sabia que Judas ia traí-lo, pois fazia parte da profecia?
Mais do que fazia parte da profecia antiga, fazia parte da programação cósmica da encarnação Jesus Cristo.
Isso fica bem claro quando, no início do Novo Testamento o mestre diz aos apóstolos: sairemos e andaremos pela Palestina ajudando muita gente. Depois iremos para Jerusalém onde serei crucificado. Em resposta Pedro afirma: rezemos a Deus para que isto não ocorra. Cristo responde: cala a boca Pedro, sai de mim Satanás, você está falando como um ser humano.
Nesta passagem podemos observar que ele sabia de tudo o que ia acontecer e mais, sabia que era necessário passar por aquilo.
Pergunta: Como melhor desenvolver nosso amor ao próximo?
Amando tudo que você faz a ele e amando tudo o que ele faz a você.
O amor ao próximo existirá quando você, mesmo que brigue, mantenha o amor (estar sem raiva, sem ódio), mesmo que xingue, mantenha a paz. Permanecendo equânime você estará conscientemente se sentindo como instrumento de Deus.
Ao amar o que o outro faz, mesmo que a ação deste não fosse de seu desejo, estará se elevando espiritualmente. Quando aprender a viver desta forma será mais requisitado por Deus para servir de instrumento a carma dos outros. É isso que Cristo afirma quando ensina: ninguém acende uma lamparina para esconder debaixo do armário. Assim que você alcançar a evolução espiritual mais espíritos que precisam receber amor na hora da vivência dos seus carmas será levado até você.
Amando constantemente você aprenderá a amar muito mais.
Somente o amor é Realidade. Por isto Paulo nos ensinou:
“Eu poderia falar todas as línguas que se falam na terra e até no céu, mas, se não tivesse amor, as minhas palavras seriam como o barulho do gongo ou o som do sino. Poderia ter o dom de anunciar mensagens de Deus, ter todo o conhecimento, entender todos os segredos e ter toda a fé necessária para tirar as montanhas dos seus lugares; mas, se não tivesse o amor, eu não seria anda. Poderia dar tudo o que tenho e até entregar o meu corpo para ser queimado; mas, seu eu não tivesse o amor, isso não me adiantaria de nada”.
“O amor é paciente e bondoso. O amor não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso. Não é grosseiro, nem egoísta. Não se irrita, nem fica magoado. O amor não se alegra quando alguém faz alguma coisa errada, mas se alegra quando alguém faz o que é certo (espiritualmente falando). O amor nunca desanima, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência”.
Este amor incondicional (sublime) citado por Paulo é o mesmo que Deus tem pelos Seus filhos. O amor que o Pai tem por cada um dos espíritos é este que transcende a tudo que é bem material, mas que está sempre preocupado com o bem estar e a evolução do ser universal. É este amor que O faz agir sobre as coisas do planeta.
No caso das ondas gigantes que alcançaram a Ásia, quem criou o movimento das placas submarinas, quem criou as ondas que se formaram a partir desse movimento, quem escolheu que lugar seria atingido e também quem teria que estar naquele lugar naquela hora foi Deus. Ninguém estava ali por acaso, coincidência, mas todos foram colocados no lugar e no momento certo e tiveram o efeito que mereciam ter à passagem da onda. Por isso uns se salvaram e outros não.
Então, não há uma catástrofe, uma tragédia ou uma onda gigante, mas há um amor gigante e sublime de Deus pelos seus filhos. Esta é a conclusão que podemos tirar de tudo que estudamos até hoje e que está no ensinamento de todos os mestres da humanidade.
Não há catástrofes, mas Deus dando a cada um de acordo com as suas obras. Deus dando a cada espírito o que ele precisa e merece, não para a sua felicidade carnal, mas para a sua progressão espiritual. Entre os religiosos do mundo carnal é muito famoso o ditado: não vai pelo amor vai pela dor. As catástrofes não são nada mais do que o resultado deste ensinamento. A dor só há para quem quer curtir a felicidade material. Para quem se liga na realidade espiritual o que existe é o amor de Deus em ação. É o Pai dando a cada filho o necessário (a cruz que ele pode carregar) para que ele possa aproveitar a oportunidade e elevar-se espiritualmente. Por isto estes vão pelo amor a Deus.
Desta forma, a primeira coisa que devemos retirar do pensamento durante as catástrofes é a compreensão de que ocorreu uma tragédia ou um acidente (acontecimento por acaso). Estas coisas não existem no universo: tudo é guiado pela ação carmática e realizada por Deus através do mundo espiritual.
Pergunta: Nós encarnados valorizamos a vida carnal porque não nos lembramos a do outro lado que, segundo dizem, é melhor.
Valorizar a vida carnal é importante. No entanto o que devemos fazer é valorizá-la como instrumento espiritual e não pelo bem terrestre.
Não devemos nos apegar a valores que se refletem apenas neste curto período que vocês chamam de vida, mas que é morte. Para o espírito a vida é a eternidade. Quando o ser humanizado valoriza estes pequenos anos que vive na Terra, esquece da eternidade que ainda terá que viver.
Valorizar a vida terrestre, sim, mas valorizá-la como a oportunidade de elevação espiritual.
Ainda existe algo importante para ser falado hoje, que na verdade é o tema de hoje: o amor ao próximo nas catástrofes. Mas, antes é preciso que a compreensão de que não houve acidente nem catástrofe, mas o amor de Deus em ação sendo vivenciado. Por isso, se quiserem perguntar sobre o tema fiquem à vontade.
Pergunta: Um dia reclamei a um espírito que eu tinha nojo dos corruptos. Ele respondeu: dê graças a Deus, pois se não fossem os corruptos não teríamos o trabalho de hoje. Eles terão que renascer na miséria e com isso nos auxiliam no nosso trabalho.
O corrupto é o instrumento de um carma, porque ele roubará de quem precisa e merece ser roubado.
Toda ação humana é um instrumento de Deus. Agora, se o ser humanizado participa da ação de Deus levando benefício próprio, ou seja, tirando prazer do que está acontecendo, o problema é dele. Ele terá que arcar com a justa reação à sua ação. Não a ação de ser corrupto, mas por ter tido prazer ao representar o papel de corrupto durante a vida carnal.
Pergunta: Aí não podemos condenar ninguém.
É, mas não foi isto que o Cristo ensinou?
Tire a trave do seu olho ao invés de querer tirar o cisco dos olhos dos outros; é muito fácil você cumprimentar o seu amigo, quero ver cumprimentar o seu inimigo; se você dever a alguém, antes de ir rezar, faça as pazes senão Deus saberá que está acusando os outros. É isto que Cristo ensinou.
Pergunta: Resumindo. A aparente injustiça existe por causa de nossa visão limitada sobre a Realidade espiritual?
Isto. As injustiças do mundo são criadas apenas na mente do espírito pela personalidade humana. Isso porque só ela pode encontrar injustiça num Universo que é guiado pela Justiça Suprema, Deus.
Por causa desta propriedade elevada ao expoente máximo da Causa Primária do Universo, Ele é justo, ou seja, só acontece a cada um de acordo com as suas próprias obras. Tudo que é injusto é fruto do amor próprio, o amor a si acima de tudo. É o individualismo do ser humanizado que o faz ver injustiça nos acontecimentos do mundo.
Mas, porque juntei amor ao próximo e catástrofes como temas de hoje? Vou explicar agora.
Por mais destrutiva que tenha sido a onda marítima que provocou os acontecimentos recentes, a onda de falso amor ao próximo que invadiu o planeta nos dias subseqüentes foi ainda mais devastadora.
O sofrimento, a acusação, o falar mal dos governos ou de qualquer coisa e ter pena de quem morreu é uma onda sentimental que está cercando o planeta de individualismos, ou como muitos conhecem, de energias negras e pesadas.
O momento das catástrofes não deve levar o ser humanizado a este padrão sentimental, mas sim a exercer o amor ao próximo, louvando a Deus pelo que aconteceu. É hora de se louvar ao Pai porque o processo carmático está em ação. Quando a humanidade deixa de louvar ao Pai e aproveita a oportunidade para sentir injustiça, sofrimento, pena, dó, está acusando o próprio Deus que chama para socorrê-la. Suja, polui, o amor Sublime de Deus com o seu individualismo, com a sua compreensão pequena do universo.
Por causa desta ação da humanidade e da proximidade com o ocorrido na Ásia, nesta conversa sobre o tema amor ao próximo enfatizei a questão das catástrofes. Neste momento que o planeta vivencia esta calamidade é uma boa oportunidade para aprender a reagir a este tipo de acontecimento mantendo o amor ao próximo dentro do campo espiritual e não trazê-lo para o material, criando lamentos.
Seria melhor aprender com Jó.
“Eu sei muito bem que as coisas são assim. Mas como é que uma pessoa pode provar a Deus que ela está com a razão? Quem se atreve a discutir com Deus? Ele pode fazer mil perguntas a que ninguém é capaz de responder. A Sua sabedoria é profunda e o Seu poder é grande; quem pode desafiá-Lo e vencer? Sem aviso ele muda de lugar os montes e na Sua ira os destrói. Deus manda terremotos e o chão treme; Ele abala as colunas que sustentam a terra”.
Sempre que acontece uma catástrofe existe uma oportunidade esplêndida para que a humanidade do planeta se ligue a Deus e louve o Seu poder. Para isto, no entanto, é preciso se desligar dos corpos fétidos que ficaram no local da catástrofe.
Aqueles que vivenciam estes momentos com pena, na verdade estão com dó de carne podre. Naquela aparente cena de desolação não existe nada mais do que carne. O espírito já entrou em glória, já se desligou daquela carne.
Aquele foi um momento glorioso para o espírito e a humanidade, mas, ao invés de voltar-se para Deus e agradecê-Lo e louvá-Lo pelo seu santo nome, por nunca se esquecer de Seus filhos dando a cada o que precisa, simplesmente os seres humanizados voltam as costa a Deus para chorar carnes podres.
Pergunta: Acredito que amor incondicional é não julgar as outras pessoas e sim procurar compreendê-las no contexto que estão inseridas. Procurar compreender e ver Deus agindo de uma forma que nos agrada ou não e aceitar as pessoas como são.
Perfeito, mas faça por amor a Deus, não ao que você julga.
Não julgue (queira saber o motivo) porque Deus matou tanta gente. Apenas compreenda que Ele ama todos os seus filhos e jamais irá traí-los.
“Eu venci o mundo”, disse Cristo.
Precisamos extrapolar a matéria e entrar no verdadeiro amor ao próximo. Este amor se revela principalmente nos momentos de catástrofes quando glorificamos a ação divina que promoveu um carma para quem precisava e merecia.
No momento que as verdades materiais (desejo de estar vivo) são atacadas é que o verdadeiro buscador deve manter-se em paz. Quando falo para não lastimar os acontecimentos, não estou dizendo para reagir com risadas ou fazendo piadas, mas manter-se em paz, não se deixando encobrir pelo lodo do individualismo que é sempre lançado pela coletividade humanizada nos acontecimentos deste tipo (coitado, que pena).
Esta é a hora de exercer o amor ao próximo. Esta é a oportunidade de se amar incondicionalmente.
Mesmo que você não tenha nada a ver com o acontecimento, ao ter notícia de uma catástrofe (o carma que outros passaram) se criou uma prova para você. Houve uma oportunidade para exercer o amor ao próximo no seu sentido espiritual e com isso conquistar a sua evolução. Portanto, louve aquele espírito que pelo seu carma gerou a oportunidade de você, mantendo a sua paz, e felicidade conquistar a evolução espiritual. Não desperdice esta oportunidade caindo na depressão do sofrimento por causa de carnes podres.
Pergunta: Ninguém é vítima frente a lei da causa e efeito.
Perfeito, mas não é assim que se vive no planeta Terra, apesar dos ensinamentos dos mestres neste sentido. Trata-se a todos como coitados e como vítimas. Coitado nada: ele não podia estar em outro lugar nem poderia ter acontecido nada diferente. Ele não é vítima: tinha que estar ali naquela hora. Então, louvado seja Deus.
Pergunta: Mas, isso não é fácil de compreender para a grande maioria dos encarnados, não é?
Eu lhe responderia que realmente não é, mas isso porque a humanidade não quer.
Todos os religiosos têm este ensinamento (a busca do bem espiritual e não do material) trazido pelo Cristo, Buda, Krishna, Maomé e Kardec. Se não colocam em prática, então, é porque não querem. Utilizando-se do seu livre arbítrio continuam preferindo viver o bem terrestre ao invés de amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
Agora, se os outros optam por este sentimento, o problema é deles. Cada um deve compreender que veio aqui (na carne) para promover a sua reforma íntima e, para isso deve trabalhar. Só quando os seres humanizados compreenderem que precisam se mudar e não aos outros poderão auxiliar o próximo de verdade.
Falamos até aqui em catástrofes coletivas, mas este mesmo amor deve ser mantido quando o ser humanizado passa pelas suas catástrofes individuais.
Quando alguém vive um momento de grande depressão, de grande sofrimento por qualquer contrariedade, este é o momento de amá-los incondicionalmente, levando-os a compreender a ação divina e não o de chorar com ele por sua perda.
Portanto, se você conhece uma pessoa que está sofrendo uma perda de qualquer tipo, não chore com ela, mas mantenha sua paz e harmonia, pois só assim estará transmitindo o verdadeiro amor a ela.
Agora que já compreendemos bem o amor ao próximo (incondicional, que extrapola a materialidade) queria pedir a cada um que, sempre que ocorressem catástrofes (individuais ou coletivas), formasse uma corrente de louvor a Deus. Esta ação de espíritos auxilia na limpeza da sujeira (pena, dó) que é lançada no planeta quando a catástrofe ocorre.
Eu queria convocar a todos que buscassem o verdadeiro amor ao próximo nos momentos de catástrofes. Esta ação é importante porque o individualismo que é lançado no Universo através da pena, da dó e da saudade, prejudica aqueles que desencarnaram.
As religiões ensinam que se deve rezar pelos mortos, mas o ser humanizado ora chamando-os, ora pelo ser material e não pelo espiritual. Quando se lança no Universo este tipo de individualismo (“eu estou com tanta saudade do meu pai que morreu”), este ser se prende ao nível de consciência humano. Por isso, ele fica preso à vida humana, mesmo desencarnado.
A onda de sentimentos individualistas é muito mais catastrófica do que a onda marinha. A onda da pena, do dó, da saudade, da falsa compaixão que é jogada aos espíritos que desencarnam em acidentes pode causar estragos grandes na existência de um espírito, tanto de quem emite quanto de quem recebe.
Respondendo ao que já foi me perguntado hoje (será que os espíritos que desencarnam em catástrofes aproveitam a oportunidade do seu carma?), diria que muitos estão deixando de aproveitá-la por culpa do próprio encarnado que está prendendo-o á Terra.
“Porque meu marido foi para lá e não ficou em casa?”. Reagir desta forma prende o espírito à materialidade.
Quando vivermos uma catástrofe na nossa vida é preciso que façamos uma mentalização muito forte para lançar o amor ao próximo para quem se foi. Devemos mentalmente procurar conversar com o espírito querido para lhe dizer: “irmão, você não morreu por acaso, mas cumpriu o seu carma. Não houve nenhum agente causador da sua tragédia, mas foi Deus, foi o amor do Pai que fez aquilo acontecer”.
Vivendo nossas catástrofes individuais ou reagindo a notícias de catástrofes coletivas desta maneira, poderemos realmente auxiliar aos espíritos que viveram seus carmas. Só assim conseguiremos neutralizar um pouco da falsidade, do individualismo que é sendo lançada sobre estes espíritos pela humanidade.
Pergunta: De que maneira as ondas de pensamentos negativos da humanidade (dó, tragédia), podem atrapalhar o trabalho das equipes extra físicas que neste momento estão auxiliando os espíritos alvo destes pensamentos?
Não é o pensamento material, mas sim o sentimental. É como o Cristo disse: o que sai do coração.
O sentimento emanado pela humanidade, na verdade não atrapalha os amparadores, os trabalhadores espirituais, mas sim aos espíritos que desencarnaram. Quando você coloca o sentimento de pena no Universo ele passa fazer parte da atmosfera do planeta e os espíritos que desencarnaram respiram estes sentimentos. Eles se contaminam com estes sentimentos e por isto é mais difícil para eles exercer o livre arbítrio no sentido de amar o que está acontecendo.
Claro, existem espíritos trabalhando para desmagnetizar o sentimento lançado pela humanidade, mas, volto a repetir, quando a catástrofe assume proporções planetárias ele é muito forte e prejudica alguns espíritos.
Pergunta: Significa que eles perdem a lucidez para compreender o que está acontecendo com eles?
Significa que eles começam a se banhar de individualismo e por isso têm raiva por terem morrido. Ficam assustado com o fenômeno morte e por isto xingam a Deus, acusando-O de não os ter protegido retirando-os da praia naquela hora. Reagindo desta forma ao seu momento carmático, o espírito não alcança a evolução espiritual, ou seja, não aproveita a situação carmática de expiação que vivenciou.
Sei que muitos estão reagindo ao meu pedido pensando: somos tão poucos. Isto não é realidade. Nossa força junto com outras oriundas de outros lugares onde está sendo repassado este ensinamento pode socorrer muito mais do que aqueles que buscam sobreviventes nas tragédias. Sempre que ocorrer uma catástrofe, a nossa força junto com outras que sobem aos céus para dizer a Deus quanto lhe amamos pelo que fez, cria a barreira energética que protege espíritos da influência deste individualismo.
Quando você tiver contato com a foto de uma criança morta em uma catástrofe, ao invés de chorar, diga: vá em paz espírito. Vendo a foto de uma mulher morta, não critique, não tenha pena, não chore, mas ame a Deus e aquele espírito para que possa auxiliar verdadeiramente aqueles que precisam de você.
Toda catástrofe coletiva é uma ação carmática: é um dos instrumentos de desencarne em massa. Através dela são recolhidos tanto espíritos que não tem mais chance de fazer a sua elevação espiritual nesta encarnação, quanto espíritos que já conseguiram. Tanto para um como para outro foi feita a Justiça.
Nós podemos contribuir com esta ação divina auxiliando a estes espíritos e àqueles que têm notícia do acontecimento a amar a Deus acima de todas as coisas nesta hora.
Espiritualismo Ecumênico Universal
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SEMANA REPLETA DE BENÇÃOS !
""Agora, pergunto: se você tem uma missão importante para a o seu futuro a entregará nas mãos de qualquer um ou a atribuirá a alguém em que confie? Por isso, este agente da ação expiatória será, muitas vezes, um espírito que tenha uma relação amorosa profunda com quem precisa sofrer o acontecimento. Ou seja, o que motivará o crime que dará cabo da encarnação de um espírito será o amor entre eles.""
POR ISSO É QUE JESUS DISSE : AMO O PRÓXIMO COMO A TI MESMO .
POR VEZES , NÓS QUEREMOS TRABALHAR O PERDÃO , NESTA ENCARNAÇÃO , ENTÃO
IRÃO SURGIR SITUAÇÕES PROPICIAS A ESSE PROPÓSITO .
NESTE CASO , AQUELE QUE PROPORCIONA TAL ACONTECIMENTO , QUE POR VEZES APELIDAMOS DE INCORRETO , ESTÁ POIS A DESEMPENHAR A AÇÃO ""PRECISA "" PARA QUE O SEU
IRMÃO TRABALHE DETERMINADA PARTE , A QUE SE PROPÔS NESTA ENCARNAÇÃO .
ASSIM COMO TUDO NA VIDA !
SEMPRE É SUGERIDO , A QUE NÃO JULGUEMOS .
GRATIDÃO .
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daqueles que vivem no Eterno. Há um
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Que esse AMOR esteja conosco e que esse
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Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
se difunda nos mundos.
PAZ e AMOR a todos os Seres»
A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.
Oração ao Criador
“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”
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