Meditar é não pensar em nada. É a habilidade de ensinar a sua mente a se afastar da ansiedade que está presente em nosso cotidiano. Imagine como seria aprender a educar a mente, para não ser influenciada pelas angústias, a despertar o poder da intuição no momento em que precisar fazer escolhas importantes e a cultivar uma vida mais saudável? E, se para conquistar tudo isso, não fosse necessário muito esforço? Aliás, se o desafio fosse esforçar-se para não se esforçar, você gostaria de saber o que é e como meditar? Se a resposta for sim, vamos adiante!
O que é meditação?
Segundo o conceito propagado entre os povos ocidentais, e registrado em nossos dicionários, o ato de meditar é associado ao ato de refletir, ponderar, pensar sobre alguma coisa, quando, na realidade, o objetivo é justamente o inverso. Meditar para os orientais significa não pensar em nada. A meditação remete à Índia Antiga, ao Ayurveda, ou medicina indiana, onde já era uma prática comum em sua forma terapêutica.
Meditação é também o nome dado ao processo no qual a mente se acalma e os pensamentos começam a diminuir até desaparecerem. Nesse processo é comum que muitas pessoas desistam mesmo antes de começar, pois acreditam que são muito ansiosas e jamais conseguirão ficar sem pensar em nada. mas não é assim. Como tudo na vida, basta insistir e praticar.
As fases da meditação
Didaticamente, podemos dividir a meditação em três fases principais:
Primeiro estágio: turbulência.
É o momento inicial, quando a mente ainda está muito agitada e começa a aquietar-se. A duração dessa fase é relativa, mas normalmente perdura de 5 a 20 minutos, em média, para um iniciante. É o ponto mais difícil para quem começa, pois como não está acostumado a ficar parado e de olhos fechados ou cerrados, parece estranho e sente vontade de parar. Acha que o excesso de pensamentos que está surgindo é um sinal de péssima concentração e que está fazendo tudo errado. Não é nada disso!
Com a meditação, começamos a condicionar nossa mente a “desabafar”. Ela cria o hábito de, pelo menos uma vez ao dia, despejar o excesso de experiências carregadas de emoções que sobrecarregam nossos pensamentos para fora. E quando esse acúmulo vai diminuindo, a mente vai ficando mais calma e passamos para a segunda fase da meditação.
Segundo estágio: transição.
Trata-se do momento em que, após vencer a turbulência inicial, começamos a entrar em um estado de relaxamento mais profundo no qual ficamos mais predispostos a programações de comportamentos e a aprender com mais facilidade. É um instante maravilhoso em que nos sentimos fisica e emocionalmente muito bem. Este é um estágio intermediário entre a turbulência e o transe. Na turbulência, há uma chuva de pensamentos diferentes e desconexos. Na transição, há uma pequena garoa, ou seja, os pensamentos são mais tranquilos. Ainda existem, mas não geram o desconforto da fase anterior.
Terceiro estágio: transe.
É o ápice da meditação para o iniciante. Trata-se do momento em que estamos em meditação profunda e experimentando sensações indescritíveis. cada um descreve sua experiência de maneira muito particular. Há quem ache que dormiu, devido ao relaxamento profundo. É o momento em que a mente está serena, como as águas de um rio que venceram a agitação. Na turbulência, alguém jogou uma pedra nessas águas e elas estavam muito agitadas. Não conseguíamos vislumbrar o que há por baixo. No transe, já não há mais ondas. A mente é limpa, transparente. O que há de melhor em nós aflora. É nesse estágio que ocorrem os famosos relatos de recebimento de intuições, de grandes inspirações e descobertas.
QUATRO PREPARAÇÕES --
1. Assuma atitudes corretas diante da vida.
Pare de fugir e viver superficialmente, pois isto só lhe trará desarmonia em sua vida. Encare a vida de frente e mergulhe para além da superfície para descobrir suas verdades e realidades. Resolva os problemas que a vida lhe apresenta e você descobrirá que solucioná-los contribuirá para seu crescimento interior. Ajudar a resolver problemas coletivos também contribui para o crescimento e estes jamais devem ser evitados.
2. Viva boas crenças.
As leis que governam a conduta humana se aplicam tão inexoravelmente como a lei da gravidade. Obediência a essas leis nos conduz à harmonia; desobediência leva-nos à desarmonia. Uma vez que muitas dessas leis são do domínio do senso comum, você pode começar praticando todas as coisas boas em que você acredita. Nenhuma vida pode atingir a harmonia a menos que crença e prática estejam, igualmente, em harmonia.
3. Encontre seu lugar no Plano da Vida.
Você tem um lugar no esquema das coisas. Qual é este lugar você só o saberá olhando para dentro de você mesmo. Você pode começar a viver de acordo com isto, fazendo todas as coisas boas para as quais sente-se motivado e atribuindo a esta prioridade todas as coisas superficiais que, em geral, ocupam a vida humana.
4. Simplifique a vida a fim de estabilizar harmonia entre o bem-estar interior e exterior.
Posses desnecessárias são cargas desnecessárias. Muitas vidas são sobrecarregadas não só com coisas desnecessárias mas também com atividades sem sentido. Vidas sobrecarregadas são vidas desarmônicas e requerem simplificação. Os desejos e necessidades podem ser uma mesma coisa na vida de uma pessoa, e quando isto acontece, há um senso de harmonia entre o bem-estar interior e exterior. Tal harmonia é necessária não só em termos da vida individual, mas, também, da vida coletiva.
-- QUATRO PURIFICAÇÕES --
1. Purificação do templo do corpo.
Você está livre de todos os maus hábitos? Em sua dieta, você dá ênfase aos alimentos vitais: frutas, grãos integrais, legumes e nozes? Você vai para a cama cedo e dorme o suficiente? Toma bastante ar puro, sol, exercício e contato com a natureza? Se você responder "sim" a todas essas perguntas, você já avançou bastante na direção da purificação do templo do seu corpo.
2. Purificação dos pensamentos.
Não basta fazer e dizer coisas corretas: é necessário também pensar corretamente. Os pensamentos positivos podem exercer poderosa influência para o bem. Os pensamentos negativos podem, por sua vez, lhe deixar fisicamente doente. Assegure-se de que não há qualquer situação conflituosa entre você e qualquer outro ser humano, porque somente quando não mais nutrir pensamentos hostis, você conquistará a harmonia interior.
3. Purificação dos desejos.
Uma vez que você está neste mundo para viver em harmonia com as leis que governam a conduta humana, e com a sua parte no esquema das coisas, seus desejos devem estar voltados para esta direção.
4. Purificação dos motivos.
É óbvio que seus motivos jamais deveriam ser a ambição, o egoísmo ou o desejo por auto-glorificação. Você não deveria sequer alimentar o motivo egoísta de alcançar a paz interior para você mesmo. Estar a serviço de seu próximo deve ser sua motivação antes que sua vida encontre a harmonia.
-- QUATRO RENÚNCIAS --
1. Renuncie à vontade arbitrária.
Você tem, ou é como tivesse dois eus. O eu inferior, que, em geral, lhe governa egoisticamente, e o eu superior, que está pronto a lhe usar gloriosamente. Você deve subordinar o eu inferior, evitando fazer coisas más, para as quais se sente motivado, não reprimindo-as, mas transformando-as de maneira que seu eu superior possa manter controle sobre sua vida.
2. Renúncia à sensação de isolamento.
Todos nós, em todo o mundo, somos células no corpo da humanidade. Você não está separado dos outros seres humanos e, assim, não pode encontrar a paz apenas para você mesmo. Você só poderá encontrar a harmonia, quando você empreende a unidade de todos e trabalha para o bem de todos.
3. Renúncia aos apegos.
Somente quando você renunciar a todos os seus apegos, você estará livre. As coisas materiais estão aqui para serem usadas e qualquer coisa à qual você não pode renuciar, uma vez cessada sua utilidade, lhe possui. Você só poderá viver em harmonia com seus semelhantes quando você abandonar o sentimento de possuí-los e a tentacão de tentar dirigir suas vidas.
4. Renúncia a todos os sentimentos negativos.
Se você viver o momento presente, que é o único momento que lhe é dado, realmente, viver, você tende a preocupar-se menos. Se você compreende que aqueles que cometem más ações são psicologicamente doentes, seus sentimentos de rancor se transformarão em sentimentos de compaixão. Se você reconhecer que todas as suas dores interiores são causadas por suas próprias ações erradas, suas próprias reações erradas, ou sua própria errônea inatividade, então você cessará de lhe causar sofrimento.
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