Os departamentos da mente são os recôndidos, as pregas mentais, as
profundezas abismais dentro de cada um de nós, onde se escondem os mais
terríveis agregados psíquicos, demônios que criamos, eus diabos que nos
escravizam, que nos tornam habitantes seguros do Averno, enfrascando a
Essência pura e divina. Estes agregados possuem morada nas infradimensões
da natureza.
Conforme nos aprofundamos em nós mesmos, à medida em que vamos
nos limpando de todo lixo psicológico, no trabalho interno de autoobservação
e auto-superação aqui entregue, iremos captar defeitos até então
desapercebidos, escondidos em nossas mais obscuras profundezas mentais.
Alguém que se julgue muito honesto, com muito espanto poderá ver em
si mesmo o defeito da desonestidade, o eu da trapaça, que quer levar
vantagens sobre os semelhantes. Aquele que se julga casto, eis que tem
dentro de si descobrirá o defeito da fornicação. Aquele que se julga caridoso,
tremenda será sua surpresa ao se deparar com o eu do egoísmo, da
crueldade, etc... Por isto há que se eliminar os agregados e suas múltiplas
ramificações, com todos os seus ângulos distintos nas inumeráveis pregas
mentais, pois, os defeitos se encontram irmanados, um alimentando ao
outro. Necessitamos eliminar os defeitos que aqui e agora observados para
avançar no trabalho para captar e compreender os defeitos até então
desapercebidos.
Será preciso trabalhar muito firme e decididamente de forma a nos
fazermos fortes e corajosos para investigar toda podridão interior, enfrentar
e vencer a nós mesmos!
O Trabalho Interior e os Meios de Informações
As mensagens que aqui são entregues necessitam ser compreendidos por
todos nós através das práticas. Assim tornaremos o diário viver uma eterna
prática em busca do Silêncio Mental, pois, não há como dar o segundo passo
sem ao menos ter dado o primeiro, há estágios, patamares, níveis distintos
de compreensões. O Revolucionário de si mesmo travará
uma verdadeira batalha interior contínua para dar oitavas ascendentes no
trabalho interior.
É preciso apertar a auto-observação sobre nós mesmos, assim como as
disciplinas internas para ver quem dentro protesta! É algo como que ao
longo de muitos anos ao limpar a casa fôssemos empurrando, ou varrendo
toda sujeira para debaixo de tapete da sala. Se não quisermos conviver com
todo este lixo, este chiqueiro mal cheiroso, certamente que teremos que
retirar o tapete para observar e limpar todo lixo acumulado. Este paralelo
faço com relação ao trabalho contínuo de lapidação interior para realizarmos
a emergente limpeza psicológica.
Podemos dar ênfase na questão da televisão, internet, assim como
ampliar isto com relação aos demais maus hábitos, manias, atos mecânicos e
hábitos em geral que alimentamos amarras, travas para o nosso despertar...
Devemos romper com tudo isto, se é que realmente queremos nos tornar
revolucionários de nós mesmos!
Através da auto-observação vamos descobrindo que não somos tão
bonzinhos como achávamos, vamos percebendo que somos uma pilha de
defeitos psicológicos, envoltos em manias, em egoísmos, em busca do saber
subjetivo, intelectual que nos mantém adormecidos e desconectados da
Infinita Sabedoria do SER!
Sendo assim, defeito observado deve ser defeito eliminado
imediatamente! Não podemos continuar passando as mãos, sobre a cabeça
do ego.
Inconformados conosco mesmo, com esta triste situação interior em que
nos encontramos, buscaremos nas práticas de morte do ego a nossa
libertação de tudo o que criamos ao longo destes anos todos, vivendo na mais
absoluta inconsciência de nós mesmos.
Com a prática da morte do ego, haveremos de realizar profundas
transformações em nós mesmos. Se não nos transformamos, se não
rompemos com toda a mecanicidade em que estamos mergulhados, significa
que não estamos morrendo. Que estamos nos auto-enganando.
Quem não morre em si mesmo não pratica, não é um revolucionário,
mas sim um simpatizante do ensinamento, gosta de participar das reuniões,
ouvir as palestras, as conferências, etc... Mas está sempre justificando isto ou
aquilo para continuar no adormecimen e robustecer os gostos, os hábitos,
as manias, a mesmice... Não quer mudar, não quer se transformar, tem
medo, tem apegos pelo ego, não quer morrer, é um eterno pré-ocupado
consigo mesmo, pré-ocupado com as suas múltiplas necessidades, um
egoísta, não quer se revolucionar e isto é tudo!
Eliminando o egoísmo, nos lançamos a servir o semelhantes, não vamos
esperar que aqueles que necessitam venham até nós, mas sim vamos até eles!
O ego curioso faz as pessoas se perderem muito facilmente pelas buscas
subjetivas, assuntos fantasiosos, meias-verdades, pois, não gosta de
disciplinas, se dispersa muito facilmente, já que se encontra perdido em
múltiplos pontos conflitantes entre si.
Vamos despertando quando percebemos que o sentido da vida está em
servir aos semelhantes, quando eliminamos os eus que gostam disto ou
daquilo, que nos faz perder horas e horas diárias atrás de entretenimentos,
jogos, disputas, sonhos de consumo já tão massificados pelos meios de “desinformações”,
para fazer as pessoas consumirem desenfreadamente e assim
serem consumidas pelo sistema degenerado.
Com a morte do ego compreendemos onde nossa psicologia se apoiava
naquele tempo que passávamos a buscar algo externo, inferior, vamos
morrendo em nós mesmos, vamos mudando, nos transformando, colocando
“nossas vidas”, entre aspas pois não nos pertence, mas sim ao Pai! E a Obra
do Pai está em servir a Humanidade, realizar boas obras, pagar as dívidas,
eliminar o ego! Revolucionar a Consciência!
Os meios de “des-informações” conduzem as pessoas ao consumismo, a
consumir impulsivamente até aquilo que não necessitam, o descartável, o
inútil, o fútil, o mais “bonito”, o mais “moderno” apenas para satisfazer o
desejo momentâneo em “ter” isto ou aquilo, tal ou qual produto, que todos
estão comprando, inclusive os vizinhos, colegas da escola, colegas de
trabalho, etc... Então, o ego que não quer ficar para trás, quer ter também,
pois, o ego é um eterno insatisfeito, quanto mais tem, mais ainda quer
possuir, se robustecendo conduzindo as pessoas à involução. Seguem as
pessoas assim alimentando as cobiças, a inveja, o materialismo!
das propagandas em massa, saturam as pessoas de informações que feito
robôs se colocam a consumir, a obedecer às ordens do sistema, sem ao
menos se questionar internamente, apenas pelo “prazer” de ter e consumir.
É urgente compreendermos isto tudo, para que nos façamos autoobservadores
conscientes de nós mesmos e de tudo à volta, para que não nos
tornemos mais um em meio à multidão, para que desgarremos desta manada
involutiva e despertando a consciência, possamos ajudar aos semelhantes,
alertando-os, entregando estas compreensões vividas à todos. Se estivermos
diante das revistas, dos out-doors, dos programas de tv, dos comerciais, das
propagandas, iremos nos manter suplicantes, transformando as impressões
que nos chegam ao corpo mental de segundo a segundo, para não nos
deixarmos dormir, para não nos deixarmos seduzir pelo fútil, pelo inútil,
pelo ilusório, pelo que pertence ao tempo e com o tempo será consumido
inevitavelmente.
A internet da mesma forma que é usada pela loja negra para alimentar o
consumismo, a pornografia, a maldade, iremos transcender a tudo isto
Estamos vivendo isto, pois, as mensagens veiculadas chegam aos mais
diversos pontos do país, desde o interior do Estado do Amazonas, no meio da
floresta, como atravessa os Oceanos chegando aos demais continentes. Isto
tudo fui compreendendo nas práticas, buscando a transformação interior,
compreendendo a emergência de morrer em mim mesmo os múltiplos
desejos, para fazer a Única Vontade do Pai. Assim precisamos nos direcionar,
pois se não estamos praticando, implantando e estreitando as disciplinas
interiores em auto-observação e auto-superação, estaremos robustecendo o
ego, criando formas mentais com as quais iremos sonhar, ao invés de termos
desdobramentos conscientes no astral.
Despertar a Consciência é descobrir que o motivo pelo qual estamos
aqui é o de auto-superação, de realização de boas obras, enfim, viver para
realizar a Obra do Pai servindo os semelhantes!
O tempo que perdíamos com os maus hábitos passamos agora à nos
dedicar a realização da vontade e Obra do Pai, realizando algo superior por
nós mesmos e pela Humanidade, servindo-a, mas em secreto, sem fazer
alarde, sem ficar fazendo propagandas do que estamos fazendo, o Pai sabe e
isto nos basta.
Vale o que fizermos pela Alma!
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