sadoc, rabino do sinédrio

[ismael de almeida]

Na época do Cristo a palestina era um protetorado romano . O poder político era exercido pelo império.

Havia um simulacro de Rei (Herodes) corrupto e decadente, que governava , obedecendo a vontade do Sinedrio, que de fato mandava no Estado, e ajudava o rei a administrar fornecendo talentos (barras de ouro) A fonte econômica do Sinedrio, era o Templo, que exercia o pode civil. As crianças ao nascerem eram registradas no Templo, que recebia oferendas  geralmente ovelhas que eram sacrificadas, e depois a carne  era vendida pelos sacerdotes.

Qualquer impureza cometida pelo povo, devia  ser purificada com a oferenda de ovelhas, também podia ser farinha, frutos e flores. Estes últimos não cobriam pecados muito fortes, como faltar às cerimônias do Templo.

Os leprosos não podiam freqüentar o Templo de Jerusalem, e eram segregados , em locais afastados da cidade, pelo receio do contágio.

Naquela época , o Sinedrio, colegiado de sacerdotes tinham como patrono, Hanas, que era cunhado de SADOC. Sadoc ocupava um alto posto no Sinédrio, mas era leproso. Os leprosos de acordo com a localização da enfermidade, podiam esconde-la sob a túnica, mas Sadoc, tinha a enfermidade no rosto, e a disfarçava com ungüentos, uma espécie de pomada. Quando a doença estava muito visível , o orgulhoso sacerdote, para não perder o cargo que rendia polpudos rendimentos, procurou Jesus, à noite, para não ser visto,na casa do carpinteiro José, muito conhecido entre os judeus.

Jesus não olhava o ser humano, como personalidade, mas como ALMA, e de coração generoso como a imensidão do infinito curou Sadoc, que não voltou para agradecer.

Algum tempo depois Jesus foi condenado pelo Sinédrio.

D.K. um instrutor do mundo, membro da Hierarquia , tinha no primeiro quartel do século 20, aproximadamente 50 discípulos que preparava para a iniciação. Os 50 foram reduzidos a 6, segundo afirmação do mestre. O mestre pedia aos seus discípulos que escrevessem textos para que seus progressos fossem analisados, e DK, com uma simples leitura, conhecia todo o mundo interno do aluno, por um processo parecido à psicometria. E através deste "siddi "(poder da alma), sabia das necessidades do discípulo e o ensinamento a ser administrado.

A amanuense de DK, era Alice A.Bayle discípula do mestre Kutumi,  que a cedeu para DK, para escrever aquela monumental obra que a Hierarquia fornece ao mundo sempre no primeiro quartel de cada século.

Em todo agrupamento humano, o servidor, carrega a sua carga, e ainda precisa suportar a inveja,a  crítica ,a maledicência, e orgulho dos próprios companheiros.

Eis, um desabafo de Alice Bayle “O mundo está cheio de organizações , sociedades , e fraternidades que ficam felizes em dar oportunidade de treinamento a pessoas ambiciosas. Não quero  dizer para não serem bondosos,mas minha experiência com o grupo comum é que ele é um canteiro de ciúmes,de pessoas tentando impressionar com a quantidade de conhecimentos e a maravilha de suas vidas de auto sacrifício. Isto não é trabalho grupal. O trabalho grupal é permanecer sozinho espiritualmente na manipulação dos assuntos pessoais,esquecendo completamente de si mesmo e no bem estar no segmento da humanidade ao qual está associado. Ele nega a ambição; ele nega o progresso o progresso vertical em qualquer organização; ele nega  qualquer pretensão a assumir prerrogativas  oficiais. Não penso que os novo grupos terão qualquer administradores  burocratizados, mas trabalharão automaticamente devido ao intercambio espiritual institucional entre as mentes das unidades no grupo.”

Vocês serão capazes de pensar num grupo, onde cada um pense no bem do companheiro, e que suas ações visem o bem e o amor ? Podem verificar que o orgulho e ambição pessoal são maiores que o amor. Que devia reger as atitudes do grupo!

O componente do grupo precisa aprende a amar desinteressadamente, a amar não somente aqueles que pensam como ele, mas amar também aqueles que discordem dele!

Um grande benfeitor da humanidade foi um monge católico: Saõ João  da Cruz, aquele que escreveu “noite escura da alma”. João da cruz era o reitor de um mosteiro, e por um daqueles caprichos do destino, foi transferido para outro mosteiro, nomeando um substituto antes de sair. Depois impelido pelo carma retornou ao mosteiro. O monge chefe, alma ralada de ciúmes, acusou João da Cruz de herege, e o encarcerou em uma cela onde ficou quase até a morte.

O servidor da luz, pelos “siddis” conquistados sabe do orgulho e ambição do companheiro, mas deve agir como se o companheiro fosse um verdadeiro santo, não tendo o direito de omitir amor, nem para o maior inimigo.

Servir é renuncia completa, ignorar a crítica alheia, e amar sem limites, principalmente aqueles que discordam e criticam!

Bibliografia:

Hilarião  de Monte Nebo

Harpas Eternas

Alice A. Bayle

Os Trabalhos de Hércules.