Quinta-feira, 21 de Abril de 2011
Hoje coloco para vocês o último discurso de Jesus, aos Apóstolos, durante a última ceia. Quando Jesus lava os pés de Pedro (Documento 179) explica que isso será uma importante lição para o futuro. Em seu discurso, após a ceia, ele modifica o primeiro mandamento usando, o que havia acontecido no início da ceia, como uma lição para ser aprendida e assim nasce o primeiro mandamento como hoje o conhecemos: “Amai uns aos outros como eu vos amei”.
Com Amor
Lucia
O Livro de Urântia - Documento 180
O Discurso de Despedida
1. O Novo Mandamento
(1944.4)180:1.1Após alguns momentos de conversa informal, Jesus levantou-se e disse: “Quando interpretei para vós uma parábola, indicando como deveríeis estar dispostos a servir uns aos outros, disse que desejava prover-vos com um novo mandamento e, agora que estou para deixar-vos, gostaria de fazer isso. Conheceis bem o mandamento que indica que deveis amar-vos uns aos outros, que ameis vosso semelhante como a vós próprios. Mas não estou plenamente satisfeito, nem mesmo com tal devoção sincera da parte dos meus filhos. Gostaria de ver-vos praticando atos ainda maiores de amor no Reino da fraternidade crente. E assim vos dou este novo mandamento: Amai uns aos outros como eu vos amei. E amando, assim, uns aos outros, todos os homens saberão que sois meus discípulos.
(1944.5)180:1.2“Ao dar-vos esse novo mandamento, não coloco nenhum peso novo sobre as vossas almas; trago, sim, a vós, uma nova alegria, tornando possível que experimenteis um novo prazer de conhecer a delícia de dar afeição do vosso coração aos vossos semelhantes. Estou na iminência de experimentar uma alegria suprema na dádiva da minha afeição a vós e aos vossos companheiros mortais, mesmo passando por um sofrimento exterior,.
(1944.6)180:1.3“Quando vos convido a amar uns aos outros, como eu vos amei, apresento a medida suprema da afeição verdadeira, pois um amor maior do que este nenhum homem pode ter: o de dar a sua vida pelos seus amigos. Sois vós os meus amigos; e continuareis sendo meus amigos se estiverdes dispostos a fazer o que vos ensinei. Me chamais de Mestre, mas não vos chamo de servos. Se apenas amardes uns aos outros, como eu vos estou amando, sereis meus amigos e sempre declararei o que o Pai revela a mim.
(1945.1)180:1.4“Não fostes meramente vós que me escolhestes, eu também vos escolhi; e ordenei- vos que saísseis pelo mundo para colher o fruto do serviço de amor aos vossos semelhantes, do mesmo modo que eu vivi entre vós e vos revelei o Pai. O Pai e eu trabalharemos ambos convosco, e vós experimentareis a plenitude divina da alegria se apenas obedecerdes ao meu mandamento para que amai uns aos outros, do mesmo modo que eu vos amei”.
(1945.2)180:1.5Se quiserdes compartilhar a alegria do Mestre, deveis compartilhar o seu amor. E compartilhar o seu amor significa que compartilhastes o seu serviço. Essa experiência de amor não vos liberta das dificuldades deste mundo, não cria um novo mundo, mas muito certamente faz do velho um novo mundo.
(1945.3)180:1.6Tende sempre em mente: É a lealdade, não o sacrifício, que Jesus pede. A consciência do sacrifício implica a ausência daquele afeto de todo o coração, que haveria feito desse serviço de amor uma alegria suprema. A ideia do dever significa que tendes a mente voltada para o servir e que, pois, falta a emoção poderosa de fazer o vosso serviço como um amigo e para um amigo. O impulso da amizade transcende todas as convicções do dever, e o serviço de um amigo para um amigo nunca pode ser chamado de sacrifício. O Mestre ensinou aos apóstolos que eles são filhos de Deus. Ele chamou-os de irmãos; e, agora, antes que ele parta, chama-os de seus amigos.
2. A Vinha e os Ramos
(1945.4)180:2.1Então Jesus, levantando-se novamente, continuou ensinando aos seus apóstolos: “Eu sou a vinha verdadeira e o meu Pai é o cultivador. Sou a vinha, e vós sois os ramos. E o Pai exige de mim apenas que vós deis muitos frutos. A vinha é podada apenas para que aumente a frutificação dos seus ramos. Cada ramo que sai de mim, sem dar nenhum fruto, o Pai o cortará. Todo ramo que gera frutos, o Pai o limpará para que possa conceber mais frutos. Vós já estais limpos por intermédio da palavra que pronunciei, mas deveis continuar a ser limpos. Deveis habitar em mim, e eu em vós; o ramo morrerá se separar-se da vinha. Como o ramo não pode dar fruto a menos que habite na vinha, assim, também vós não podereis produzir os frutos do serviço do amor, a menos que habiteis em mim. Lembrai-vos: Sou a vinha verdadeira, e vós sois os ramos vivos. Aquele que vive em mim, e que nele eu vivo, dará muitos frutos do espírito e experimentará a alegria suprema de produzir essa colheita espiritual. Se mantiverdes comigo essa ligação espiritual viva, dareis frutos abundantes. Se habitardes em mim e se as minhas palavras viverem em vós, sereis capazes de comungar livremente comigo e, então, o meu espírito vivo pode infundir-se em vós para que possais pedir tudo o que o meu espírito quer, e cumprir tudo com a segurança de que o Pai nos concederá o nosso pedido. Nisto o Pai é glorificado: pois a vinha tem muitos ramos vivos, e cada ramo dá muitos frutos. E, quando o mundo vir esses ramos frutificando — os meus amigos que se amam uns aos outros, como eu os amei — , todos os homens saberão que vós sois verdadeiramente os meus discípulos.
(1945.5)180:2.2“Como o Pai me amou, assim eu vos amei. Vivei no meu amor como eu vivo no amor do Pai. Se fizerdes como eu vos ensinei, vós residireis no meu amor como eu tenho mantido a palavra do Pai e eternamente moro no Seu amor”.
4. O Ajudante Prometido
(1948.2)180:4.1Jesus continuou a ensinar, dizendo: “Quando eu tiver ido para o Pai, e depois que Ele houver aceitado plenamente a obra que fiz para vós na Terra, e após ter recebido a soberania final do meu próprio domínio, direi ao meu Pai: Tendo deixado os meus filhos sozinhos na Terra, a minha promessa é de enviar a eles um outro instrutor. E, quando o Pai aprová-lo, eu verterei o Espírito da Verdade sobre toda a carne. O espírito do meu Pai já está nos vossos corações e, quando chegar esse dia, vós ireis também me ter convosco, como agora tendes o Pai. Essa nova dádiva é o Espírito da Verdade viva. No início, os descrentes não ouvirão os ensinamentos desse espírito, mas todos os filhos da luz irão recebê-lo com alegria e no fundo do coração. E vós conhecereis esse espírito quando ele vier, como vós me conhecestes; e recebereis essa dádiva nos vossos corações, e ele residirá em vós. E, assim, percebereis que não hei de deixar-vos sem ajuda e sem guiamento. Eu não vos deixarei em desolação. Hoje posso estar convosco apenas pessoalmente. Nos tempos que virão eu estarei convosco, e com todos os outros homens que desejarem a minha presença, onde quer que estejais; e com cada um de vós ao mesmo tempo. Não conseguis discernir quão melhor é que eu vá embora; que eu vos deixe na carne para que eu possa estar convosco melhor e mais plenamente em espírito?
(1948.5)180:4.4Como o Mestre parou por um momento, Judas Alfeus ousou fazer uma das poucas perguntas que tanto ele quanto o seu irmão fizeram a Jesus em público. Disse Judas: “Mestre, tu sempre viveste entre nós como um amigo; como te conheceremos quando tu não mais te manifestares a nós, exceto por esse espírito? Se o mundo não te vir, como poderemos nós estar certos de que és tu? Como tu te mostrarás a nós?”
(1949.1)180:4.5Jesus olhou para todos, sorriu e disse: “Meus filhinhos, eu estou indo embora, de volta para o meu Pai. Dentro de pouco tempo não me vereis como agora, em carne e osso. Dentro de pouco tempo eu enviarei a vós o meu espírito, que é exatamente como eu, exceto por esse corpo material. Este novo instrutor é o Espírito da Verdade que viverá em cada um de vós, nos vossos corações, e assim todos os filhos da luz serão como um e serão atraídos uns aos outros. E, desse modo, o meu Pai e eu seremos capazes de viver nas almas de cada um de vós e também nos corações de todos os outros homens que nos amam e que fazem esse amor tornar-se real nas suas experiências, amando-se mutuamente como eu agora vos amo”.
6. A Necessidade de Partir
(1952.4) 180:6.8 “Aqui na Terra eu vos ensinei por meio de provérbios e falei a vós por parábolas. E o fiz assim porque no espírito sois apenas como crianças, mas a época está chegando em que eu vos falarei claramente a respeito do Pai e do Seu Reino. E eu farei isso porque o próprio Pai vos ama e deseja ser revelado mais plenamente a vós. O homem mortal não pode ver o espírito do Pai; portanto eu vim ao mundo para mostrar o Pai aos vossos olhos de criaturas. Mas, quando tiverdes crescido para tornar-vos perfeitos em espírito, então vereis o Pai”.
(1952.5)180:6.9Quando os onze ouviram-no falar, eles disseram uns aos outros: “Vede, ele fala claramente a nós. Certamente o Mestre veio de Deus. Mas por que ele diz que deve voltar ao Pai?” E Jesus viu que nem assim eles o haviam compreendido ainda. Esses onze homens não conseguiam escapar das suas ideias, longamente alimentadas dentro do conceito judeu do Messias. Quanto mais eles criam em Jesus como sendo o Messias, mais complicadas tornavam-se essas noções arraigadas a respeito do triunfo material glorioso do Reino na Terra.
Você precisa ser um membro de Anjo de Luz para adicionar comentários!
Entrar em Anjo de Luz