Por Alê Barello
4 de janeiro de 2014
Schrödinger tinha um gato hipotético. Eu sou tida por uma gata real e verdadeira, se bem que a mente do cientista em quase nada é parecida com a minha, mas temos em comum o monte de perguntas que nos fazemos, a nós mesmos, ao mundo e aos gatos!
Uma caixa, no caso dele, um espaço no caso de Mia, a gata que descobriu uma dimensão a mais e já me explico, se tiver paciência.
Desde que nasceu, Mia mora num apartamento. Saiu, pelo que eu saiba, da ninhada, diretamente para uma gaiola de um petshop. De lá, mudou-se em definitivo para seu atual endereço, de onde não saía nem para ver o hall do elevador.
Mas a vida dela mudou neste janeiro!
Por conta de uma troca de planos, decidimos que Mia nos acompanharia em nossas férias, ao invés de ficar sozinha no apartamento, sendo alimentada por uma colaboradora que ofereceu-se para vê-la diariamente.
Logo na chegada, imaginamos que tínhamos tomado a pior decisão possível: Mia ficou dois dias paralisada de medo; parou de comer e de beber água; quando se locomovia, o fazia rastejando, a barriga colada no chão e as orelhas baixas, como se quisesse ser apenas uma sombra, um éter de gato, uma ideia de individualização. O que ela constatava eram espaços muito grandes, barulhos aterrorizantes, cheiros nunca sentidos e o pior: nada acima de sua cabeça, a vida inteira coberta por tetos, armários e tocas… Era um céu imenso, que ela nunca havia suportado, não sobre si mesma.
“E o gato dentro da caixa, existe, ao menos? Vivo ou morto?” – pergunta Schrödinger.
Pois bem: Mia, um tipo peculiar de gato, saiu de um tipo particular de caixa e esteve frente à frente com um tipo curioso de dimensão: o “fora dali”.
“Fora dali” – o apartamento – nunca fora cogitado, não era para ela; não existia, então.
Desconhecer é, assim, um modo de negar: se eu não conheço na minha experiência, só pode inexistir! Falo por Mia e por tantos que questionam outras dimensões.
Mas Mia persistiu e venceu 48 horas do mais abrangente pavor. No fim, o instinto falou mais alto e todo o seu potencial, como o gato que sempre fora, resplandeceu dignamente.
No início da terceira noite, descobriu as janelas abertas e percebeu que a vida toda, até então, havia sido um grande treino para a sua maior aventura.
Ela esticou as patas dianteiras, abaixou as patas traseiras concentrando todo o vigor nos músculos responsáveis pela impulsão e saltou tão graciosamente no muro de quase três metros que ouvimos até um miado de satisfação.
Agora éramos nós, os amedrontados…
“Mas e se ela fugir? E se não souber voltar? E se a vida lá fora for melhor do que a que proporcionamos até agora?”
Longe do medo, perto do Amor! E se apenas olhássemos o que estava acontecendo sem tentar descobrir o futuro?
Não houve mais tempo para especulação. Nem estávamos refeitos do susto do muro quando a encontramos sobre o telhado e começamos a segui-la pelos outros jogos de telhado, de nossa casa e dos vizinhos.
Claro que a chamamos! Claro que buscamos a ração e tentamos um acordo, ou uma chantagem, como preferirem! Claro que nada disso funcionou…
Ah, a liberdade…
Mia descobriu-se uma individualização plena, pronta para o desenvolvimento completo de todo o seu potencial (Codex). Afinal, para que servem as unhas afiadas, os músculos treinados e os bigodes orientadores? Aquele olhar curioso não era apenas para seguir moscas de banana sobre a fruteira da cozinha! Os olhos adaptados às diversas formas de luminosidade não se destinavam apenas a achar o pote de água. Quantos e quão perfeitos eram os mecanismos biológicos preparados para apreciar tudo o que o planeta oferece!
E nem que nunca mais voltasse, nem que sumisse definitivamente, nem que ficasse apenas na memória, nosso sorriso por presenciar aquele momento de descoberta seria apagado.
E sabe o que aconteceu depois disso?
Na manhã seguinte, com os primeiros raios do sol, acordamos com uma respirada marota junto ao queixo… Mia nos brindou com o sorriso do gato de Alice e pareceu responder à pergunta que nunca me abandonou: “o gato, dentro da caixa, sequer existe, vivo ou morto?”
“ – Hummm… desconfio que você não tenha pensado que não é do gato que se trata a questão… O que não existe é o ‘lá fora’, não, enquanto não se passa por ele. Eu sempre estive, o que não estava era o “lá fora’ e somente depois da experiência, eu existo dentro e fora da caixa! Tanto faz!!! Ei, olha eu aqui!!! Mas eu também quero perguntar… De que lado da caixa você está?” – disse o coração de Mia, ao meu.
E agora, enquanto escrevo este relato real, da gata que conheceu mais uma dimensão, Mia dorme cansada, relaxada e feliz de tanto telhado, espaço e jardim e eu, a olho com a certeza de que além da dimensão “lá fora” ela descobriu, simultaneamente, o que quer dizer Seja Luz!
Quanto a mim, vou tratar de verificar minha condição de existência e de alcançar quantos “lá fora” eu conseguir.
** Schrödinger foi minha inspiração secundária para contar a história de Mia. Se você quiser saber mais sobre a experiência imaginária de um dos cientistas mais importantes do século XX, pode começar por aqui:
Comentar
É, A GATA DELA A INSPIROU BASTANTE E AINDA MAIS ELA ASSOCIOU A GATA DELA AO GATO IMAGINADO POR Schrödinger. BOM, DIZEM QUE OS GATOS VEEM AS 7 DIMENSÕES DA NATUREZA. UM GRANDE ABRAÇO.
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NA LUA NOVA.
«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
buscamos e nos dêem a poderosa ajuda
de sua Compaixão e Sabedoria. Existe
um AMOR que transcende a toda compreensão e que mora nos corações
daqueles que vivem no Eterno. Há um
Poder que remove todas as coisas. É Ele que vive e se move em quem o Eu é Uno.
Que esse AMOR esteja conosco e que esse
PODER nos eleve até chegar onde o
Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
se difunda nos mundos.
PAZ e AMOR a todos os Seres»
A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.
Oração ao Criador
“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”
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