Um Ato de Perdão

[Vânia Cândido de Oliveira]

Os textos que escrevo são baseados em fatos e experiências que vivo. São sentimentos, emoções que sempre me trazem algum ensinamento.
Hoje aconteceu algo interessante...

A vendedora de uma loja, do nada resolveu conversar comigo sobre problemas que está passando. Problemas conjugais, etc, etc...
E claro que dei minhas pitácoras.
Mas aí está o legal. O que eu falei para ela serviu foi prá mim. Pude observar que a forma e o teor do "conselho" me demonstrou que finalmente eu havia resolvido o meu divórcio. Eu já havia liberado os sentimentos com meu ex-marido, tanto é que achei que estava tudo certo. Mas não era só o relacionamento com ele. Era o casamento em si. Pude entender que existia uma energia presa nessa construção que um dia fizemos juntos que eu nem sabia que existia. Ao prestar atenção no que eu disse vi que eu tinha que liberar esta experiência, este sentimento. Finalmente entendi a experiência que tive. Compreendi a lição. Pude entender que estava pronta para liberar isso. Então respirei profundamente e deixei este sentimento, esta energia, que até então eu desconhecia a existência, finalmente sair. Eu a honrei e a liberei. Então me vi como sentada em um lugar onde várias experiências passadas, de tempos longínquos, se apresentavam, e iam. Então vi aquela energia toda se perder no nada, ficar para trás. Eram como pessoas há tanto esquecidas que se despediam, que agradeciam por poderem ir. Daí ví que laços/fios sei lá o que, que me prendiam eram cortados. É como se tivéssemos vários fios que nos prendem a determinadas coisas, parecendo polvo. E esses "braços" são ligados a diversos tipos de energias, mas essas energias são criações nossas, algo mais ou menos assim para vc entender. E conforme esses braços eram cortados eu flutuava mais. Esta "visão" foi muito rápida e então senti um profundo prazer. Uma sensação maravilhosa de desprendimento. Me senti muito leve como se tivessem tirado quilos do meu corpo. Senti como se meu estômago (chacra plexo solar na verdade né rsss) estivesse cheio de borboletas... Daí vem aquela sensação e aquela voz que diz: Escreva!!!
Então escrevi.

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Quantas vezes não nos damos conta que ainda estamos presos por sentimentos egóicos e mesquinhos. Sentimentos camuflados em uma paz aparente.

Quantas vezes achamos que estamos livres de determinadas reações, de determinados efeitos, sendo que continuamos a sentir suas ações sem nos darmos conta da sua existência.

Sem atentarmos que ainda temos sentimentos antigos que nem lembramos mais que existem, mas que ainda estão lá. Sentimentos esquecidos por situações mal resolvidas, que o tempo se encarregou de encobrir.

Sentimentos que estão esperando a hora de serem libertos. A hora em que os deixamos ir, rompendo as amarras que os aprisionam e consequentemente nos libertando. Libertando de sentimentos velhos e mofados que ser arrastam por eras, que necessitam ir.

Será que não está na hora de fazermos uma faxina? Será que não está na hora de vasculharmos dentro de nossas supostas verdades a existência de rusgas sombrias?
Será que está tudo livre de pó? Esse pó secular oriundo de problemas já acabados e tidos como resolvidos?

Tido como resolvidos sim, pq uma situação só está realmente resolvida quando olhamos verdadeiramente para ela, a honramos e a liberamos.

Quando agradecemos a experiência adquirida por aquele fato, respiramos profundamente e deixamos ir.... se dissolver, voltando para a energia universal.

Quando agimos assim podemos observar que há um respeito. Que aquilo que aconteceu nos fez crescer. Nos ensinou. Que no fundo foi bom.

Que faz vermos que hoje somos melhores que ontem.

Quando honramos nossas experiências sejam elas tidas como “boas” ou “ruins”, quando realmente as honramos, elas se vão. Com total tranquilidade.

E esse deixar ir, essa liberação nos trás um profundo sentimento de alegria, de bem estar, de leveza.

Somos tomados por uma sensação de desprendimento. Banhados por uma bem aventurança que nos proporciona serenidade.

É como se cascas desprendessem do nosso corpo nos tornando menos densos e uma sensação de amplitude toma seu lugar.

Os fios que nos prendiam às experiências, às pessoas, são rompidos e os laços da lei de causa e efeito são cortados. Não há mais motivo para repetir a lição porque aprendemos. Não necessitamos mais passar pelo mesmo processo.

Ao aprendermos verdadeiramente uma lição, uma experiência despertamos espiritualmente.

E havendo o despertar espiritual estamos mais próximos do nosso efetivo destino.

Eu Sou o Amor em todos Vocês.

Beijos Eternos,

Vânia
30/07/2010

[MI ANRIM]

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Parabéns Vânia. Sou Grata a você por compartilhar sua experiência a aprendizado.
Já senti algo assim. É como se o Ego ficasse de lado, como se o Ego nos desse uma chance para ver nossa reação, e ficasse só observando. E quando aproveitamos essa chance que o Ego nos permitiu, ele fica ali só a ver a nossa subida, nossa elevação, a conquista de mais um degrau.
E nesse momento nos enxergamos e entendemos qual era a lição.
E quando reconhecemos, aceitamos e liberamos, é como se algo se soltasse dentro, como se um nó fosse desfeito. Já senti essa soltura interna. Sei bem o que você diz.
Grata por compartilhar sua sabedoria.
Paz, Luz e Alegria Sempre.
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