ADMITINDO CONCEITOS EXTREMOS E EXPONENCIAIS

[Luiz Soares da Silva]

Luiz Soares das Terras Nordestinas.

Queiramos ou não, devemos a duras provas admitir uma realidade dominada pela energia cósmica e, outra que compõem todos os eventos que podemos presenciar, em tempo real; bastando para tanto, nos transportarmos para a condição de sábios, numa perspectiva eminentemente de caráter superior. Naturalmente que devemos poder avaliar, superar e adentrar, partindo do principio de que a essência da nossa existência no planeta, é um mundo antagônico estimulado pela ação e reação. Se aprendermos, por livre e espontânea vontade a enveredarmos ou nos transportarmos para o nível intuitivo, facilmente estaremos deixando para traz, as limitações, as regras, os enunciados, os medos que o atual estágio emocional impõe a muitos de nós.

Nunca e em tempo algum, pelo menos registrado nos alfarrábios da nossa historia, se tem presenciado tantos eventos, onde o clima assume uma posição de destaque. Eis, portanto o grande extremo que estamos a constatar. O homem saiu, como uma fuga a buscar outros horizontes fora dos seus limites gravitacionais. Pisou na Lua, montou telescópios altamente potentes, enviou sondas a planetas distantes, na busca por civilizações, supostamente identificadas com a nossa forma de ser, de pensar e de agir.

Propositadamente poderia afirmar que em assim agindo, esqueceu-se de fazer o dever de casa. Essa busca seria por assim dizer, uma forma de negar o desastre ou tentar colocar todos os graves problemas do nosso cotidiano, sob um tapete, o lixo advindo da nossa falta de compromisso, para com os nossos semelhantes, seres vivos; e, ainda com todos os incomensuráveis recursos naturais tão bem imaginados e colocados a nossa disposição para vivermos com dignidade e respeito.

O desrespeito assumiu níveis alarmantes. Comodismo ou ambição? Expansão ou simples especulação por espaços restritos?

A lógica intuitiva nos transporta facilmente para uma atualidade, por sinal deveras degradante. Poluímos o Ar. Infectamos a Água. Destruímos as Zonas Estuarinas. Contaminamos os nossos Oceanos. Criamos um Sistema Monetário que não leva em consideração, o poder de compra de milhões dos nossos semelhantes. Matamos os Rios, com a construção de hidroelétricas, com a justificativa de poder oferecer energia. Provocamos desastres radioativos ao querer dominar o Átomo. Desmatamos as Matas Ciliares de todos os nossos perfeitos e límpidos reservatórios naturais, com a justificativa de produzir ou dar amplitude ao conceito imobiliário. Estreitamos o leito natural dos nossos rios, que hoje são apenas filetes onde deixa escorrer moribundo, a podridão e a fedentina, por nós provocados. Acho que já chega de tantas e tantas constatações!

A ordem natural, econômica e social foi desconsiderada vergonhosamente. Não é a toa que alguns estudiosos afirmam que brevemente apenas 1% da população mundial concentrará todas as reservas monetárias, baseadas única e exclusivamente na ânsia do Capital Especulativo. Por sua vez, o Governo se mostra como um grande tutor para apenas arrecadar, descapitalizar e assim inviabilizar todo e qualquer esforço, pelo menos no que diz respeito à produção de alimentos.

Os acontecimentos vão se tornando cada dia, mais e mais expressivos. Em contrapartida, as soluções começam pela minha culpa, minha máxima culpa, de cada um de nós. Imaginamos tudo. Supomos tudo. Criamos dispositivos, esquecendo-se de combinar com a Mãe Natureza. Assim, cada dia ficamos e nos sentidos mais e mais vulneráveis. Não existe reversibilidade ou a tentativa de reconciliar os desmando consagrados. Essa atitude seria uma amostra de quanto agimos somente sob os acordes do nosso conhecimento materialista ou desleixo emocional, constatando e consagrando irremediavelmente o nosso inequívoco sentimentalismos.

Cá com os meus botões, assistindo e imaginando como estamos e para onde devemos caminhar, surge uma luz no final do túnel, qual seja, deixarmos fluir, como um grito de liberdade, a nossa consciência coletiva. Somos uma casa e nunca uma porta. Somos uma semente e nunca uma árvore. Somos um oceano e nunca um rio. Tudo se funde e tudo se completa dentro da universalidade do EU SOU único, parte indivisível do tudo dentro de um todo.