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QUINTA FEIRA DA PAIXÃO – A SANTA CEIA SEGUNDO O OCULTISMO

O período Pascal representa o caminho iniciático dos Mistérios do Cristo.

Na 5º feira da Paixão se desenvolve o mais elevado ensinamento sobre o processo alquímico desta data. É um momento de transmutação das energias femininas e masculinas para vive-las de uma forma mais elevada.

O Cristianismo teve como um dos seus focos o resgate do feminino para restabelecer o equilíbrio masculino(propagador-expansivo) e feminino (gerador- intuitivo). A criança, o filho, só pode nascer deste equilíbrio. Em todas as épocas houve mulheres iniciadas que tiveram um papel muito importante na difusão dos mitos.

Intuição e imaginação são dois atributos básicos das mulheres assim como força e coragem o são do masculino. Naquela época somente os princípios masculinos estavam em evidência com os governos-religiões que evidenciavam o homem como centro de tudo inclusive da religião. Até hoje as religiões protecionistas se referem a Deus apenas no masculino como se fosse um homem negando o aspecto masculino-feminino de toda a natureza e algumas negando até o feminino não reconhecendo este aspecto Divino nem a missão de Maria, Mãe de Jesus.

Os ensinamentos de Jesus, o Cristo visam resgatar este poder e restaurar o bom desenvolvimento dos dois aspectos porque para aquela época reconhecer que a mulher podia crescer em cargos de poder era uma ameaça.
Ao cuidar do aspecto feminino, seja homem ou mulher, se desperta o lado subjetivo da personalidade que faz crescer a consciência e o compromisso cada vez maior com a vida como um todo. 

A ÚLTIMA CEIA

A reunião de Jesus com seus discípulos numa mesa única com Ele no centro representa a alquimia da verdadeira magia da vida: somente da união masculino-feminino pode surgir uma nova vida. Esta ceia simboliza a festa da Polaridade e com ela Jesus ensinou aos discípulos o que deveriam seguir como ensinamentos. Primeiro: somente se chega à Luz, o Cristo, purificado (lava pés). Segundo: Cristo é o Amor, por isso Ele os uniu e juntou em torno de Si.

Todas as tradições antigas de mistérios tinham esta celebração que pode ser celebrada somente por aqueles que compreenderam o verdadeiro sentido esotérico, místico e Divino da vida. Somente os verdadeiros iniciados podem compartilhar do pão e do vinho e aprender como viver, transmutar, procriar e continuar o milagre da vida. A Luz é centralizada no coração e dele expandida para todos.

A Sagrada Comunhão surge do Centro do Seu Coração como se Ele  estivesse segurando em suas mãos o pão, alimento e amor, e o ofereceu como seu corpo, o corpo que gera, o aspecto feminino.
Depois tomou o cálice, receptáculo do coração, e nele derramou o vinho, a Vontade Espiritual e o deu aos discípulos dizendo-lhes para beberem e serem os precursores da Nova Era.

 

Depois da ceia Jesus os convidou a dançar uma dança sagrada em agradecimento ao Divino e para que compreendessem Suas palavras não somente com o intelecto, mas também com a emoção e o físico.
Terminada a dança dize-lhes: ‘Saiamos para o que nos aguarda’.


Segundo a tradição esotérica mais antiga Maria também fez uma reunião num andar superior da mesma casa. Ela reuniu doze mulheres discípulas iniciadas.

A verdadeira ceia posterior reuniu homens e mulheres e todos aprendiam a mostrar seus poderes de cura e regeneração.

Nos mistérios da Última Ceia o pão representa o princípio feminino, o trigo, a semente germinada e transformada em alimento da vida.
O vinho representa o princípio masculino, a Energia Masculina que corresponde ao elemento fogo. O fogo da vida, do espírito, do Cristo.

Esotericamente para poder participar desta festa da Ceia é preciso transmutar as energias inferiores que impedem o florescer da rosa da vida espiritual. Cristo não tinha energias inferiores para transmutar por isso se ofereceu para faze-lo com as energias da humanidade. Isto está simbolizado na cerimônia do lava-pés.

 Rakel Possi 

– Texto de baseado em ensinamentos da Grande Fraternidade Branca e em dados históricos.

http://rakelpossi.com/20120404225448/