Anjo de Luz

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O ALQUIMISTA
-O OURO DO TOLO E A PEDRA FILOSOFAL-



Descobriu que na alquimia existia uma tal Pedra Filosofal, que tinha o
poder de transmutar tudo.

Pensou: já imaginou o que posso fazer? Tudo que posso conseguir?
-Seus olhos brilharam.

Nunca havia desejado tanto uma coisa. Ali estava a chave para resolver
todos os seus problemas. Seria poderoso, admirado, reverenciado.

Sempre se achou especial, diferente da maioria das pessoas. Sempre se
achou injustiçado. Parecia que as pessoas não reconheciam a sua
grandeza, sua importância. Era melhor do que qualquer um. Era
especial. Um dia haveria de ser notado e reconhecido. Sonhava com as
pessoas aos seus pés venerando-o. Ficava encantado com estes
pensamentos.

Por isso, não se misturava com ninguém. Onde já se viu, ele, uma
pessoa especial, se misturar com pessoas tão pouco evoluídas!!

Por isso, vivia só, entrincheirado. Tinha se colocado no altar. Estava
no alto e precisava conservar sua posição especial. Não falava com
qualquer um.

Assim, um dia sua consciência apareceu para ele na forma de um anjo,
com asinhas e tudo mais. Era como sua mente poderia entender aquele
nível de consciência, utilizando um símbolo, uma forma.

E a sua consciência-anjo lhe falou:

Se deseja transformar tudo. Se deseja encontrar a Pedra Filosofal deve
empreender uma caminhada.

Irá encontrá-la em tal lugar, embaixo de tal árvore. Mas, sua
caminhada será conduzida por um guia. Primeiro tem que encontrar este
guia e o reconhecer.

Quando chegar ao lugar indicado, vai encontrar um Mestre que lhe dará
a chave.

Evidentemente, que para ter o mérito de possuir a Pedra Filosofal terá
que passar por alguns testes.

Se não conseguir passar pelo teste vai interromper a caminhada e
voltar.

Sempre estarei ao seu lado. Sempre que precisar de auxílio estarei
pronto para servi-lo.

Antes que pudesse fazer qualquer pergunta, seu anjo-consciência
desapareceu.

No outro dia planejou toda a caminhada. Fantasiou tudo. Imaginou como
seria o seu guia. Lógico que ele seria assim e assado, conforme são os
guias.

E o Mestre, então! Que sensação não seria encontrar um Mestre?!! Deve
ser magnífico este encontro. Ele deve ser revestido de um momento
fantástico.

Depois de tudo planejado, iniciou sua jornada. Que beleza! Enfim,
teria em suas mãos todo o poder! As pessoas viriam a ele pedir
conselhos, homenageá-lo e coisa e tal.

Assim que entrou naquela estrada, uma pessoa horrorosa se aproximou
dele.

Fingiu não notar aquela presença.

-Moço, está indo para aonde?

Que petulância! – pensou – Não vou nem responder.

-Estou indo para tal lugar – disse aquele estranho.

Não se conteve.

-Conhece tal lugar?! – perguntou espantado.

-O que está procurando que está olhando para todos os lados?

-Uma pessoa especial.

-Conheço tal lugar com a palma de minha mão. Posso acompanhá-lo? Estou
indo para lá também.

Um pensamento se insinuou nele. Não poderia ser! Esta pessoa
insignificante não pode ser o guia!

“É evidente que esta pessoa não é o guia que o anjo me falou. Tão
comum, tão banal, tão simples. Que pensamento tolo o meu. É lógico que
este aí não é o guia”.

Sequer respondeu aquela criaturinha insignificante e prosseguiu.

Mais adiante teve que se decidir por tal ou qual caminho. Estava
diante de uma bifurcação.

Resolveu seguir seus instintos e esperava ainda encontrar o tal guia.
Mas, assim que tomou um dos caminhos escutou a voz daquele sujeito que
vinha atrás.

-É por aqui, moço!

Desejou ignorar aquela informação, mas teve que se dobrar ao fato de
que aquele sujeitinho conhecia aquele caminho de fato. Não disse nada
e apenas deu meia volta e pegou aquele outro caminho indicado por tal
sujeito.

Estava ficando constrangido e chateado com tudo aquilo.

-Quando o meu guia vai aparecer? – pensou.

Caminharam juntos, calados, durantes horas e dias. Muitas coisas
aconteceram que fizeram que ele dobrasse o seu orgulho. Muitas dúvidas
já apareciam em sua mente. Pensou até em voltar, mas precisava
encontrar de todo o jeito aquela tal Pedra Filosofal. Estava disposto
a tudo para consegui-la. Mesmo que fosse até suportar aquela
presença...

-Afinal, onde estava aquele guia?

Depois de meses caminhando e lhe ter acontecido uma série de
infortúnio, onde teve que contar com a ajuda daquele sujeito, já não
lhe restava nenhum vestígio de orgulho. Aliás, nos últimos dias
conversava demais com aquela pessoa. Na verdade, chegou até a rir
muito com aquele sujeito. Já tinha esquecido até que precisava
encontrar o seu guia.

O importante para ele era chegar a tal lugar, onde encontraria o
Mestre que lhe daria uma chave e uma árvore onde a Pedra Filosofal
estava.

-Moço, o que vai encontrar naquele lugar?

-Ah, algo maravilhoso!

-Seja o que for, você merece. Você é uma pessoa boa.

Ficou surpreso com aquela afirmação. Na verdade, ficou comovido com as
palavras pronunciadas por aquele estranho. Só não chorou porque teve
vergonha.

-Falta muito?

-Depende.

-Como assim? Não entendi. Como depende?

-Depois vai entender, moço. O que pretende fazer com o que vai
encontrar?

Engraçado, quando começou aquela jornada, sabia direitinho o que
desejava fazer, mas agora aquela pergunta lhe pareceu estranha, como
se nunca a tive feito. Percebeu que não manteve o mesmo desejo. O que
foi que aconteceu?-se perguntou.

Descobriu o óbvio. Tinha mudado e isto tinha mudado seus desejos. Na
verdade, imaginou que não saberia o que faria com aquela pedra em suas
mãos.

Seus pensamentos foram interrompidos por aquele seu companheiro de
jornada.

-O lugar que deseja está logo ali na frente.

-O quê?! Você não disse...você não disse que...

-Você já está pronto, moço.

-Como assim?

Não conseguiu concluir sua pergunta.

-Ali está – apontou seu companheiro.

Olhou meio decepcionado. Um lugar um descampado que tinha uma árvore
destacada de toda paisagem e um camponês que colhia algumas folhas de
alguns arbustos próximos á árvore.

-Onde está o Mestre? Pensei que fosse um lugar idílico, mágico!!-
pensou surpreso.

-Fale com aquele camponês ali que ele conhece tudo por aqui.

Ficou em dúvida se deveria fazer isso. Quis dizer que seu companheiro
tinha errado o lugar, mas, para sua surpresa, ele tinha sumido. Enfim,
não lhe restava nenhuma opção.

Caminhou decepcionado em direção ao camponês. Não tinha alternativa
mesmo.

Quando o camponês percebeu sua presença, veio ao seu encontro com um
sorriso nos lábios. Parecia que já o estava esperando.

-Não é possível que este senhor seja o tal Mestre! – pensou
angustiado.

-Bom dia, o que está querendo? – perguntou-lhe o camponês.

Não sabia se devia responder. Considerou aquela situação insólita
demais. Aquilo não tinha nada a ver com o que imaginou e o que poderia
ser de fato.

-Estou procurando um lugar! – disse com certa má vontade.

-Como é o nome deste lugar, senhor?

-Portal da felicidade!

-É aqui.

Engasgou. Ficou confuso. Não estava compreendendo nada. Tinha que ter
havido um engano. Não era possível!

-O senhor viu alguém por aqui? – perguntou inconformado ao camponês.

-Ás vezes, para percebermos a verdade é preciso eliminar as mentiras
que há em nós – respondeu-lhe aquele senhor.

Ficou surpreso com a sabedoria vinda daquele sujeito tão simples,
tão...

Ficou encantado com aquelas palavras. Olhou os olhos doces,
compreensivos daquele camponês. Parecia uma pessoa familiar,
confiável.
Perdeu a vergonha e perguntou:

-Procuro uma chave.

O camponês pôs as mãos nos bolsos e retirou uma chave. Não uma chave
admirável, magnífica, mas uma simples chave, destas que podemos
comprar em qualquer chaveiro e lhe entregou.

Ele ficou perplexo com aquela chave nas mãos. Pensou que a chave fosse
uma palavra, um gesto mágico, enfim uma revelação grandiosa que faria
os céus emitirem trombetas e coisas e tais. Mas, tinha ali nas mãos
uma chave banal, comum. Uma chave qualquer. O que faria com ela? Não
existia ali nenhuma construção, nenhum templo, nada que pudesse ser
aberto com aquela chave.

Ficou paralisado com aquela chave na mão.

-Que ridículo! Andei tudo isso para alguém me entregar uma chave
comum! –pensou. Aliás, não conseguia nem pensar direito. Estava em
choque, decepcionado.

-Se ainda ver portas, então, vai sempre precisa de chaves. Quando
deixar de ver portas não precisará de chaves. Se não há nada para
abrir o que fará com esta chave?

Arregalou os olhos e reconheceu. Estava diante de um Mestre a despeito
da aparência. Estava diante de um ser comum, extremamente simples, mas
poderoso. Que sabedoria!

Eis o poder que tanto buscava! Jogou a chave fora.

O camponês lhe sorriu.

-Meus parabéns! Você acaba de encontrar a chave. Você acabou de abrir
uma porta.

-Onde está a Pedra?-insistiu.

-Ah, a pedra?!- disse admirado aquele camponês. Então, se agachou,
pegou uma pedra qualquer, que estava próximo aos seus pés, e lhe
entregou.

-Isto é a Pedra Filosofal?!

-Pensei que você tivesse encontrado-a! Mas, como me pediu uma pedra,
aí está!

Foi aí que descobriu que passou o tempo todo procurando as coisas
fora, quando tudo estava dentro de si mesmo.

O camponês, em sua simplicidade, olhou para ele com bondade e disse:

-Olhe para trás de sua jornada. Não reconhece o quanto mudou? Não
reconhece o poder transformador de sua jornada? A chave já lhe foi
dada. A pedra você já a possui. Se não tivesse feito esta jornada,
jamais iria crescer. Você chegou ao fim desta caminhada e que
maravilha, por ter feito esta jornada. Você cresceu.

Outra jornada está se iniciando para você. Aproveite!

Olhou para trás e lembrou as perguntas que a nossa consciência faz
quando fazemos a transição:

-O que aprendestes? O que amastes?

Olhou para o caminho e se perguntou: O que aprendi? O que amei?

Havia deixado para trás o orgulho, a prepotência e o egoísmo. Percebeu
que a caminhada havia acontecido dentro de si mesmo e sorriu com esta
descoberta.

Na verdade, descobriu que caminhamos sempre nesta direção. A vida não
nos oferece outra alternativa. Abrimos os olhos ao nascermos e a
jornada começa. Sentiu uma grande paz. Uma paz profunda.

Levantou da cama consciente que iria começar uma jornada, mas agora já
sabia o que levaria para ela e o que deixaria para trás.


Hideraldo Montenegro


leia OS MERCADORES DO TEMPLO  acessando:
http://www.clubedeautores.com.br/book/47410--OS_MERCADORES_DO_TEMPLO

Exibições: 10

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Co-criando A NOVA TERRA

«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
buscamos e nos dêem a poderosa ajuda
de sua Compaixão e Sabedoria. Existe
um AMOR que transcende a toda compreensão e que mora nos corações
daqueles que vivem no Eterno. Há um
Poder que remove todas as coisas. É Ele que vive e se move em quem o Eu é Uno.
Que esse AMOR esteja conosco e que esse
PODER nos eleve até chegar onde o
Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
se difunda nos mundos.
PAZ e AMOR a todos os Seres»

A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.

Oração ao Criador

“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar  todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”

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