Até onde sabemos, o Espírito Infinito, enquanto personalizado na sede central do universo local, propõe-se produzir uniformemente serafins perfeitos, todavia, por alguma razão desconhecida, essa progênie seráfica é muito diversificada. Tal diversidade pode ser o resultado da interposição desconhecida da Deidade experiencial em evolução; se for assim, nós não podemos comprová-lo. Porém, observamos que, após se haverem sujeitado aos testes educacionais e à disciplina do aperfeiçoamento, clara e infalivelmente, eles passam a ser classificados nos sete grupos seguintes:
1. Serafins Supremos.
2. Serafins Superiores.
3. Serafins Supervisores.
4. Serafins Administradores.
5. Ajudantes Planetários.
6. Ministros de Transição.
7. Serafins do Futuro.
Dizer que algum serafim é inferior a um anjo de qualquer outro grupo não seria verdadeiro. Contudo, cada anjo é, em princípio, para o seu serviço, limitado pelo grupo da sua classificação original e inerente. Manótia, o meu agregado seráfico no preparo dessa declaração, é um serafim supremo que, no passado, funcionou apenas como serafim supremo. Por diligência e serviço devotado, ele realizou, um por um, todos os sete serviços seráficos, tendo funcionado em quase todos os caminhos de atividades abertos a um serafim; e agora encontra-se designado como comandante conjunto dos serafins de Urântia.
Os seres humanos algumas vezes acham difícil compreender que uma faculdade criada para um nível mais elevado de ministração não implica necessariamente a capacidade para funcionar em níveis relativamente mais baixos de serviço. O homem começa a sua vida como uma criança indefesa; cada realização mortal deve, pois, abranger todos os pré-requisitos experienciais; os serafins não têm essa vida pré-adulta – a infância. Eles são, contudo, criaturas experienciais e, pela experiência e por meio de educação complementar, podem aumentar seus dons divinos e inerentes de aptidão, pela aquisição experiencial de habilidade funcional em um ou mais serviços seráficos.
Após haverem sido comissionados, os serafins ficam designados para as reservas dos seus grupos inerentes. Aqueles que têm o status planetário e de administradores , freqüentemente, servem durante longos períodos como indica a sua classificação original; no entanto, quanto mais alto é o nível da sua função inerente, mais persistentemente os ministros angélicos procuram designações para as ordens mais baixas de serviço no universo. Eles desejam especialmente designações para as reservas dos ajudantes planetários e, se forem bem-sucedidos, entram nas escolas celestes da sede central do Príncipe Planetário de algum mundo evolucionário. E, nelas, começam os estudos das línguas, da história e dos hábitos locais das raças da humanidade. Os serafins devem adquirir conhecimento e ganhar experiência, tanto quanto os seres humanos. Eles não estão muito distantes de vós, em certos atributos de personalidade. E todos eles anseiam por começar de baixo, no nível mais baixo possível da ministração; assim, eles podem almejar chegar ao nível mais elevado possível do destino experiencial.
1. OS SERAFINS SUPREMOS
Estes são, entre as sete ordens reveladas de anjos do universo local, os mais elevados serafins. Eles funcionam nos sete grupos seguintes, cada um deles estreitamente ligado aos ministros angélicos do Corpo Seráfico dos Completos:
1. Ministros do Filho-Espírito. O primeiro grupo dos serafins supremos é designado para o serviço dos Filhos elevados e dos seres originais do Espírito, residentes e funcionando no universo local. Este grupo de ministros angélicos também serve ao Filho do Universo e ao Espírito do Universo, e permanece intimamente afiliado ao corpo de informação do Brilhante Estrela Matutino, o principal executivo no universo das vontades unidas do Filho Criador e do Espírito Criativo Materno.
Sendo designados para os Filhos e para os Espíritos elevados, esses serafins estão naturalmente associados aos serviços múltiplos dos Avonais do Paraíso, a progênie divina do Filho Eterno e do Espírito Infinito. Os Avonais do Paraíso são sempre assistidos, em todas as missões magisteriais e de auto-outorga, por essa ordem elevada e experiente de serafins os quais se devotam, nessa missão, a organizar e a administrar o trabalho especial ligado ao término de uma dispensação planetária e à inauguração de uma nova idade. Mas a eles não concerne o trabalho do julgamento, o qual poderia estar ligado a essa mudança de dispensações.
Os Ajudantes das Auto-Outorgas. Os Avonais do Paraíso, mas não os Filhos Criadores, quando em uma missão de auto-outorga, são sempre acompanhados por um corpo de 144 ajudantes das auto-outorgas. Esses 144 anjos são os chefes de todos os outros ministros do Filho-Espírito que possam estar ligados a uma missão de outorga. Poderia haver, talvez, legiões sujeitas ao comando de um Filho de Deus, encarnado para uma auto-outorga planetária, mas todos esses serafins seriam organizados e dirigidos pelos 144 ajudantes das auto-outorgas. Ordens mais elevadas de anjos, supernafins e seconafins poderiam também formar uma parte da hoste de ajudantes e, ainda que as suas missões fossem diferentes das dos serafins, todas essas atividades seriam coordenadas pelos ajudantes das auto-outorgas.
Tais ajudantes das auto-outorgas são serafins consumados; todos eles atravessaram os círculos de Seráfington e alcançaram o Corpo Seráfico dos Completos. E foram ainda mais especialmente treinados para fazer frente às dificuldades e para arcar com as emergências associadas às auto-outorgas dos Filhos de Deus, visando o avanço dos filhos do tempo. Todos esses serafins alcançaram o Paraíso e o abraço pessoal do Filho Eterno, a Segunda Fonte e Centro.
Os serafins igualmente anseiam por serem designados para as missões dos Filhos encarnados e por estarem agregados, como guardiães do destino, aos mortais dos reinos; sendo este último o mais seguro passaporte seráfico para o Paraíso; ao passo que os ajudantes das auto-outorgas realizam o mais elevado serviço, no universo local, entre os serafins Completos que hajam alcançado o Paraíso.
2. Conselheiros dos Tribunais. Estes são os conselheiros seráficos e os ajudantes agregados de todas as espécies de tribunais para julgamentos, desde os conciliadores até os tribunais mais altos dos reinos. Não é propósito desses tribunais determinar as sentenças punitivas, mas, sim, julgar divergências sinceras de opinião e decretar a sobrevivência eterna dos mortais ascendentes. E nisto está o dever dos conselheiros da corte: providenciar para que todas as acusações contra as criaturas mortais sejam expostas com justiça e julgadas com misericórdia. Nesse trabalho, eles encontram-se intimamente associados aos Altos Comissários, mortais ascendentes fusionados ao Espírito, servindo no universo local.
Os conselheiros seráficos da corte servem extensivamente como defensores dos mortais. Não que jamais haja existido qualquer disposição de ser injusto para com as criaturas inferiores dos reinos, todavia, enquanto a justiça demanda o julgamento de todas as faltas durante a escalada até a divina perfeição, a misericórdia requer que todo passo errado seja avaliado com equanimidade, de acordo com a natureza da criatura e o propósito divino. Esses anjos são os expoentes e o exemplo do elemento da misericórdia inerente à justiça divina – a eqüidade baseada no conhecimento dos fatos subjacentes, aos motivos pessoais e tendências raciais.
Essa ordem de anjos serve, desde aos conselhos dos Príncipes Planetários, até os mais altos tribunais do universo local, enquanto os seus parceiros, do Corpo Seráfico dos Completos, atuam nos reinos mais altos de Orvônton e até mesmo nas cortes dos Anciães dos Dias em Uversa.
3. Orientadores do Universo. Estes são os verdadeiros amigos e conselheiros pós-graduados de todas as criaturas ascendentes as quais fazem uma última estada em Sálvington, no universo de origem delas, e que estão no umbral da aventura espiritual que se apresenta diante delas, no vasto superuniverso de Orvônton. E, nesse momento, muitos seres ascendentes têm um sentimento tal que os mortais só poderiam entender fazendo uma comparação com a emoção humana da saudade. Para trás ficam os reinos das realizações, reinos que se tornaram familiares pelo longo serviço e nas realizações moronciais; à frente está o mistério desafiante de um universo maior e mais vasto.
É tarefa dos orientadores do universo facilitar a passagem dos peregrinos ascendentes dos níveis alcançados para os níveis não alcançados de serviço, no universo, e ajudar esses peregrinos a fazer os ajustamentos caleidoscópicos para a compreensão dos significados e dos valores inerentes à compreensão da posição de um ser espiritual do primeiro estágio; posição esta que não se encontra no fim, nem no clímax da ascensão moroncial no universo local, mas, que está ainda no ponto mais baixo da longa escada de ascensão espiritual até o Pai Universal no Paraíso.
Muitos dos graduados de Seráfington, membros do Corpo Seráfico dos Completos, associados a esses serafins, engajam-se no ensino extensivo em certas escolas de Sálvington, ligadas ao preparo das criaturas de Nébadon para as relações da próxima idade do universo.
4. Conselheiros do Ensino. Estes anjos assistentes são de uma ajuda inestimável para o corpo espiritual de ensino do universo local. Os conselheiros do ensino são os secretários de todas as ordens de mestres, desde os Melquisedeques e os Filhos Instrutores da Trindade, até os mortais moronciais designados como ajudantes daqueles da sua espécie que estão imediatamente atrás deles na escala da vida ascendente. Vós vereis, pela primeira vez, esses serafins associados ensinando em algum dos sete mundos das mansões que giram em torno de Jerusém.
Tais serafins tornam-se os colaboradores dos chefes de divisão das inúmeras instituições educacionais e de aperfeiçoamento dos universos locais, e encontram-s agregados, em grande número, às faculdades dos sete mundos de aperfeiçoamento dos sistemas locais e às setenta esferas educacionais das constelações. E essas ministrações estendem-se até os mundos individuais. Mesmo os mestres verdadeiros e consagrados do tempo são assistidos, e muitas vezes acompanhados, por esses serafins supremos conselheiros.
A quarta auto-outorga como criatura, do nosso Filho Criador, foi à semelhança de um conselheiro de ensino dos serafins supremos de Nébadon.
5. Diretores das Designações. Um corpo de 144 serafins supremos é eleito, de tempos em tempos, pelos anjos que servem nas esferas evolucionárias e arquitetônicas habitadas por criaturas. Esse, sendo o mais elevado conselho angélico de qualquer esfera, coordena as fases autodirigidas do serviço e das designações seráficas. Tais anjos presidem a todas as assembléias seráficas que pertencem à linha do dever ou ao chamado à adoração.
6. Registradores. Estes são os registradores oficiais dos serafins supremos. Muitos desses anjos elevados nasceram com os seus dons completamente desenvolvidos; outros se qualificaram para as suas posições de confiança e responsabilidade, pela sua aplicação diligente ao estudo e uma atuação fiel em deveres semelhantes, quando estiveram agregados a ordens mais baixas ou de menor responsabilidade.
7. Ministros sem Vínculo. Um grande número de serafins não vinculados da ordem suprema é de servidores autodirigidos nas esferas arquitetônicas e nos planetas habitados. Esses ministros satisfazem voluntariamente ao aumento da demanda do serviço dos serafins supremos, constituindo, assim, a reserva geral dessa ordem.
2. OS SERAFINS SUPERIORES
Os serafins superiores recebem o seu nome, não porque sejam qualitativamente superiores a outras ordens de anjos, mas porque estão encarregados das mais altas atividades de um universo local. Muitos, dentre os dois primeiros grupos desse corpo de serafins, são serafins de designação, anjos que serviram em todas as fases do aperfeiçoamento e que retornaram para um compromisso glorificado como diretores da sua espécie, nas esferas das suas atividades anteriores. Sendo um universo jovem, Nébadon não possui muitos dessa ordem.
Os serafins superiores atuam nos sete grupos seguintes:
1. O Corpo de Informação. Estes serafins pertencem ao corpo de assistentes pessoais de Gabriel, o Brilhante Estrela Matutino. Eles cobrem o universo local, recolhendo informações dos reinos para a orientação de Gabriel nos conselhos de Nébadon. Eles são o corpo de informação das hostes poderosas presididas por Gabriel, vice-regente do Filho Mestre. Esses serafins não estão diretamente afiliados nem aos sistemas, nem às constelações, e as suas informações chegam diretamente a Sálvington por meio de um circuito contínuo, direto e independente.
Os corpos de informação dos vários universos locais podem intercomunicar-se, todavia fazem-no apenas dentro de um mesmo superuniverso. Há um diferencial de energia que efetivamente separa os assuntos e as transações dos vários supergovernos. Um superuniverso em geral pode comunicar-se com outro superuniverso apenas por meio das provisões e das instalações do centro distribuidor do Paraíso.
2. A Voz da Misericórdia. A misericórdia é a tônica do serviço seráfico e da ministração angélica. E, portanto, para satisfazer a isso é que deve haver um corpo de anjos que, de um modo especial, retrate a misericórdia. Esses serafins são os verdadeiros ministros da misericórdia aos universos locais. Eles são os líderes inspirados que fomentam os impulsos mais elevados e as emoções mais sagradas dos homens e anjos. Os diretores dessas legiões passam a ser agora, e sempre, serafins completos que são também guardiães graduados do destino mortal; isto é, cada par angélico já guiou pelo menos uma alma, de origem animal, durante a vida na carne, e atravessou subseqüentemente os círculos de Seráfington, tendo sido incorporado ao Corpo Seráfico dos Completos.
3. Os Coordenadores do Espírito. O terceiro grupo de serafins superiores está baseado em Sálvington, mas funciona no universo local e em qualquer lugar onde possa prestar serviços fecundos. Ainda que as tarefas deles sejam essencialmente espirituais e, portanto, ainda que estejam além do entendimento verdadeiro das mentes humanas, vós podereis captar talvez algo da sua ministração aos mortais, se vos for explicado que a esses anjos é confiada a tarefa de preparar os seres ascendentes na sua jornada a Sálvington, para o seu último trânsito dentro do universo local – desde o mais alto nível moroncial até o status de seres espirituais recém-nascidos. Do mesmo modo que os planejadores da mente, nos mundos das mansões, ajudam as criaturas sobreviventes a ajustarem-se à mente moroncial e a fazerem um uso eficaz dos potenciais dela, esses serafins instruem os graduados moronciais de Sálvington no que diz respeito às capacidades recém-alcançadas pela mente espiritual. E eles servem aos mortais ascendentes de muitos outros modos.
4. Os Mestres Assistentes. Os mestres assistentes são os ajudantes e colaboradores dos seus companheiros serafins, os conselheiros do ensino. Eles estão também individualmente relacionados aos empreendimentos educacionais extensivos do universo local, especialmente aos do esquema sétuplo de aperfeiçoamento, operante nos mundos das mansões dos sistemas locais. Um maravilhoso corpo dessa ordem de serafins funciona em Urântia com o propósito de fomentar e levar adiante a causa da verdade e da retidão.
5. Os Transportadores. Todos os grupos de espíritos ministradores têm o seu corpo de transporte; ordens angélicas dedicadas ao provimento do transporte para as personalidades incapazes de viajar, por si próprias, de uma esfera para a outra. O quinto grupo de serafins superiores tem a sua sede central em Sálvington, e os seus membros servem como transportadores do espaço, para ir à sede central do universo local e para voltar dela. Como em outras subdivisões dos serafins superiores, alguns foram criados como tais, enquanto outros ascenderam de grupos mais baixos ou menos dotados.
O “alcance energético” dos serafins é completamente adequado ao universo local e preenche mesmo as exigências para transitar no superuniverso, mas eles não poderiam suportar a demanda de energia requerida em uma viagem tão longa quanto a de Uversa até Havona. Essa viagem tão exaustiva requer os poderes especiais de um seconafim primário com os dons do transporte. Os transportadores carregam-se com a energia para o vôo durante o próprio trânsito e recuperam o poder pessoal no fim da viagem.
Mesmo em Sálvington, os mortais ascendentes não possuem modos pessoais de transitar. Os seres ascendentes devem depender do transporte seráfico para avançar de mundo a mundo, até depois do último descanso do sono no círculo mais interno de Havona e do despertar eterno no Paraíso. Depois disso, vós não mais sereis dependentes de anjos para o vosso transporte de universo para universo.
O processo de ser enserafinado não é diferente da experiência da morte ou do sono, exceto pelo fato de haver um elemento automático de tempo, no sono do trânsito. Vós permaneceis conscientemente inconscientes durante o descanso seráfico. Mas o Ajustador do Pensamento permanece plena e totalmente consciente; e, de fato, ele torna-se excepcionalmente eficiente já que vós ficareis incapazes de opor, resistir, ou, de qualquer outro modo, impedir o trabalho criativo e de transformação desse Ajustador solidário.
Quando enserafinados, vós ireis dormir por um tempo específico, e ireis acordar no momento designado. A duração de uma jornada, quando em sono de trânsito, é irrelevante. Vós não ficareis diretamente conscientes do passar do tempo. É como se vós fôsseis dormir em um veículo de transporte em uma cidade e, após descansar em um sono pacífico durante toda a noite, acordásseis em uma outra metrópole distante. Vós viajastes enquanto dormíeis. E, assim, voais através do espaço, enserafinados, enquanto descansais – adormecidos. O sono de trânsito é induzido por uma conexão entre os Ajustadores e os transportadores seráficos.
Os anjos não podem transportar corpos combustíveis – de carne e osso – como os que vós tendes agora, mas podem transportar todos os outros, da mais baixa constituição moroncial às mais elevadas formas espirituais. Eles não atuam no evento da morte natural, pois quando vós terminais a vossa carreira terrena, o vosso corpo permanece neste planeta. O vosso Ajustador do Pensamento prossegue para o seio do Pai, e os anjos transportadores não se encontram ligados diretamente à subseqüente reconstituição da vossa personalidade, no mundo de identificação nas mansões. Ali o vosso novo corpo é uma forma moroncial, daquelas que podem enserafinar-se. Vós “semeais um corpo mortal” na sepultura; e “colheis uma forma moroncial” no mundo das mansões.
6. Os Registradores. Estas personalidades ocupam-se especialmente com a recepção, preenchimento e reenvio dos registros de Sálvington e seus mundos interassociados. Eles também servem como registradores especiais para os grupos residentes do superuniverso e para as personalidades mais elevadas, tais como os oficiais das cortes de Sálvington e os secretários dos seus governantes.
Os Difusores – os receptores e os emissores – constituem uma subdivisão especializada dos registradores seráficos, ocupando-se com o envio dos registros e com a disseminação da informação essencial. O seu trabalho é de uma ordem elevada, estando ligados a tantos circuitos múltiplos que 144 000 mensagens podem atravessar simultaneamente as mesmas linhas de energia. Eles adaptam as técnicas ideográficas mais apuradas dos chefes superáficos registradores e, com esses símbolos comuns, mantêm contato recíproco, tanto com os coordenadores da informação dos supernafins terciários, quanto com os coordenadores glorificados da informação do Corpo Seráfico dos Completos.
Os registradores seráficos da ordem superior efetivam, assim, uma ligação íntima com o corpo de informação da sua própria ordem e com todos os registradores subordinados, enquanto as emissões capacitam-nos a manter comunicação constante com os registradores mais elevados do superuniverso e, por intermédio desse canal, com os registradores de Havona e os custódios do conhecimento no Paraíso. Muitos, da ordem superior dos registradores, são serafins ascendentes vindos de deveres semelhantes, em seções mais baixas do universo.
7. As Reservas. Amplas reservas de todos os tipos de serafins superiores são mantidas em Sálvington, disponíveis instantaneamente para serem despachadas aos mundos mais longínquos de Nébadon, tão logo sejam requisitadas pelos diretores da designação ou a pedido dos administradores do universo. As reservas de serafins superiores também fornecem ajudantes mensageiros quando estes são requisitados pelo comandante dos Brilhantes Estrelas Vespertinos, a quem estão confiados a custódia e o despacho de todas as comunicações pessoais. Um universo local é plenamente provido de meios adequados de intercomunicação, mas há sempre um resíduo de mensagens requerendo que o seu envio seja feito por meio de mensageiros pessoais.
As reservas básicas para todo o universo local são mantidas nos mundos seráficos de Sálvington. Esse corpo inclui todos os tipos de anjos.
3.OS SERAFINS SUPERVISORES
Esta versátil ordem de anjos do universo é designada para o serviço exclusivo das constelações. Esses hábeis ministros têm sua sede central nas capitais das constelações, mas atuam em todo o Nébadon, na defesa do interesse dos reinos das suas designações.
1. Os Assistentes da Supervisão. A primeira ordem dos serafins supervisores é designada para o trabalho coletivo dos Pais da Constelação, e são os ajudantes, sempre eficientes, dos Altíssimos. Esses serafins ocupam-se primariamente com a unificação e a estabilização de toda uma constelação.
2. Os Prognosticadores da Lei. A fundação intelectual da justiça é a lei e, em um universo local, a lei origina-se nas assembléias legislativas das constelações. Esses corpos deliberativos codificam e promulgam formalmente as leis básicas de Nébadon, leis destinadas a proporcionar a maior coordenação possível de toda uma constelação de acordo com a política fixada de não-transgressão do livre-arbítrio moral das criaturas pessoais. É dever da segunda ordem de serafins supervisores colocar, diante dos legisladores da constelação, um prognóstico de como qualquer comando proposto afetaria as vidas das criaturas de livre-arbítrio. Eles estão bem qualificados para executar esse serviço, em virtude de possuírem longa experiência com os sistemas locais e mundos habitados. Esses serafins não procuram nenhum favor especial para um grupo, nem para outro; eles aparecem, diante dos elaboradores celestes das leis, para falar por aqueles que não podem estar presentes nem falar por si próprios. Até o homem mortal pode contribuir para a evolução da lei do universo, pois esses mesmos serafins, plena e fielmente, retratam não necessariamente os desejos transitórios e conscientes do homem, mas, sim, as verdadeiras aspirações do homem interior, da alma moroncial em evolução do mortal material nos mundos do espaço.
3. Os Arquitetos Sociais. Dos planetas individuais até os mundos moronciais de aperfeiçoamento, esses serafins trabalham para engrandecer todos os contatos sociais sinceros e levar adiante a evolução social das criaturas do universo. São esses anjos que procuram despojar de toda artificialidade os grupos de seres inteligentes, empenhando-se, ao mesmo tempo, em facilitar a interassociação das criaturas de vontade com base em um verdadeiro auto-entendimento e uma valoração mútua genuína.
Os arquitetos sociais tudo fazem dentro do seu domínio e poder para reunir indivíduos de modo a constituir grupos de trabalho eficientes e agradáveis nos planetas; e, algumas vezes, esses grupos têm se achado novamente re-associados nos mundos das mansões, para um serviço frutífero e continuado. Não é sempre, porém, que tais serafins alcançam as suas metas; nem são capazes, sempre, de reunir aqueles que formariam o mais ideal dos grupos para realizar um dado propósito, ou para executar uma certa tarefa; sob essas condições, eles devem utilizar da melhor maneira o material disponível.
Esses anjos continuam a sua ministração nos mundos das mansões e nos mundos moronciais mais elevados. Ocupam-se de qualquer empreendimento que tenha a ver com o progresso nos mundos moronciais e que envolva três ou mais pessoas. Dois seres são considerados como operando em uma forma de casal, complementarmente, ou em sociedade; mas, quando três ou mais se agrupam para o serviço, eles constituem uma questão social e, portanto, caem na jurisdição dos arquitetos sociais. Esses eficientes serafins estão organizados em setenta divisões em Edêntia; e tais divisões ministram nos setenta mundos moronciais de progressão que circundam as esferas da sede central.
4. Os Sensibilizadores Éticos. A missão desses serafins é fomentar e promover o crescimento do valor que a criatura dá à moralidade, nas relações interpessoais, pois esta é a semente e o segredo do crescimento contínuo e pleno de propósito da sociedade e do governo humano ou supra-humano. Esses estimuladores da valoração ética funcionam em todo e qualquer lugar onde possam ser de utilidade, como conselheiros voluntários dos governantes planetários e como mestres de intercâmbio nos mundos de aperfeiçoamento dos sistemas. Contudo, vós não chegareis a estar plenamente sob o seu cuidado, não antes de chegardes às escolas de irmandade em Edêntia, onde eles irão estimular a vossa apreciação daquelas verdades da fraternidade que vós ireis então explorar seriamente, por meio da experiência efetiva de viver com os univitátias nos laboratórios sociais de Edêntia, os setenta satélites da capital de Norlatiadeque.
5. Os Transportadores. O quinto grupo de serafins supervisores opera como transportadores de personalidades, carregando seres, em um circuito, de ida e volta, às sedes centrais das constelações. Esses serafins de transporte, durante o vôo de uma esfera para outra, estão plenamente conscientes da sua velocidade, direção e posição astronômica; não atravessam o espaço como um projétil inanimado. Eles podem passar perto um do outro, durante o vôo no espaço, sem o menor risco de colisão. E são plenamente capazes de variar a velocidade de progressão e de alterar a direção do vôo e, mesmo, de modificar os destinos caso os seus diretores os instruírem a fazê-lo em qualquer entroncamento espacial, nos circuitos da inteligência do universo.
Essas personalidades de transporte são organizadas de um modo tal que possam utilizar simultaneamente todas as três linhas de energia universalmente distribuídas; cada uma com a velocidade desimpedida de 299 725 quilômetros por segundo no espaço. Desse modo, esses transportadores são capazes de superpor velocidades da energia à velocidade da potência até atingirem uma velocidade média, nas suas longas jornadas, que varia entre 893 000 e 899 400 quilômetros por segundo do vosso tempo. A velocidade é alterada pela massa e a proximidade de corpos materiais e pela força e direção dos circuitos próximos principais de força do universo. Há inúmeros tipos de seres, semelhantes aos serafins, os quais são capazes de atravessar o espaço e capazes também de transportar outros seres preparados adequadamente.
6. Os Registradores. A sexta ordem de serafins supervisores atua como registradora especial dos assuntos da constelação. Um corpo grande e eficiente funciona em Edêntia, a sede central da constelação de Norlatiadeque, à qual pertencem o vosso sistema e o vosso planeta.
7. As Reservas. Reservas gerais de serafins supervisores são mantidas nas sedes centrais das constelações. Estes reservistas angélicos não ficam inativos em nenhum sentido; muitos servem como mensageiros ajudantes para os governantes das constelações; outros ficam agregados às reservas de Vorondadeques não designados, em Sálvington; outros ainda podem continuar agregados aos Filhos Vorondadeques nos compromissos especiais: de observadores Vorondadeques, e, algumas vezes, de Regentes Altíssimos de Urântia.
4. OS SERAFINS ADMINISTRADORES
A quarta ordem de serafins está designada para os deveres administrativos dos sistemas locais. Eles são naturais das capitais dos sistemas, porém permanecem estacionados, em grande número, nas esferas moronciais e das mansões, e nos mundos habitados. Os serafins de quarta-ordem, por natureza, são dotados de habilidades administrativas incomuns. Eles são os assistentes habilitados dos diretores das divisões mais baixas do governo do Filho Criador do universo e ocupam-se principalmente dos assuntos dos sistemas locais e seus mundos componentes. Para o serviço, eles organizam-se do modo seguinte:
1. Os Assistentes Administrativos. Estes serafins capacitados são os assistentes imediatos de um Soberano de Sistema, um Filho Lanonandeque primário. São ajudantes de valor inestimável na execução dos detalhes intrincados do trabalho executivo, nas sedes centrais do sistema. Eles também servem como agentes pessoais dos governantes do sistema, viajando, em grande número, indo e voltando aos vários mundos de transição e aos planetas habitados, executando muitos mandatos para o bem-estar do sistema e no interesse físico e biológico dos seus mundos habitados.
Esses mesmos administradores seráficos ficam também vinculados aos governantes dos mundos, os Príncipes Planetários. A maioria dos planetas, em um mesmo universo, está, cada um, sob a jurisdição de um Filho Lanonandeque secundário, mas, em certos mundos, como Urântia, tem havido um desvio do plano divino. No caso da traição de um Príncipe Planetário, esses serafins passam a ser vinculados aos Melquisedeques, os quais recebem o mandato, e seus sucessores na autoridade planetária. O governante atual de Urântia é assistido por um corpo de mil serafins dessa versátil ordem.
2. Os Guias da Justiça. Estes são os anjos que apresentam o sumário das evidências úteis ao bem-estar eterno dos homens e dos anjos, quando essas questões surgem para julgamento nos tribunais de um sistema ou planeta. Eles preparam as declarações para todas as audiências preliminares, envolvendo a sobrevivência mortal; declarações que são subseqüentemente levadas, junto com os registros desses casos, aos tribunais mais altos do universo e superuniverso. A defesa de todos os casos em dúvida, quanto à sobrevivência, é preparada por esses serafins, que têm uma compreensão perfeita de todos os detalhes de cada aspecto de tudo que pesará nas acusações lançadas pelos administradores da justiça do universo.
Não é missão desses anjos derrotar ou retardar a justiça, mas, sim, assegurar que uma justiça sem erros seja feita, com misericórdia generosa e com eqüidade, a todas as criaturas. Esses serafins freqüentemente funcionam nos mundos locais, comumente aparecendo diante dos trios de árbitros das comissões de conciliação – as cortes para desentendimentos menores. Muitos daqueles que já serviram como Guias da Justiça, nos reinos mais baixos, mais tarde aparecem como Vozes da Misericórdia nas esferas mais altas e em Sálvington.
Na rebelião de Lúcifer, em Satânia, poucos guias da justiça foram perdidos, porém mais de um quarto dos outros serafins administradores e das ordens mais baixas de ministros seráficos foi desguiada e iludida pelos sofismas da liberdade pessoal desenfreada.
3. Os Intérpretes da Cidadania Cósmica. Quando os mortais ascendentes houverem completado o aperfeiçoamento nos mundos das mansões, o primeiro aprendizado como estudantes na carreira do universo, passará a ser-lhes permitido desfrutar das satisfações transitórias de uma maturidade relativa – a cidadania na capital do sistema. Conquanto o alcance de cada meta ascendente seja uma realização real, no sentido mais amplo, essas metas são simplesmente marcos no longo trajeto ascendente até o Paraíso. No entanto, por mais relativos que esses êxitos possam ser, a nenhuma criatura evolucionária jamais é negada a plena, ainda que passageira, satisfação de haver alcançado um objetivo. De quando em quando, há uma pausa na ascensão ao Paraíso, uma curta parada para respirar, durante a qual os horizontes no universo permanecem quietos, o status da criatura fica estacionário e a personalidade sente o gosto da doçura de haver atingido o seu objetivo.
O primeiro desses períodos na carreira de um ascendente mortal ocorre na capital de um sistema local. Durante essa pausa, como cidadãos de Jerusém, vós intentareis expressar, na vida de criatura, aquelas coisas que vós adquiristes durante as oito experiências precedentes de vida – que abrangem aquela passada em Urântia e aquelas dos sete mundos das mansões.
Os intérpretes seráficos da cidadania cósmica guiam os novos cidadãos das capitais do sistema, e estimulam a sua apreciação das responsabilidades do governo do universo. Esses serafins estão também intimamente associados aos Filhos Materiais na administração do sistema; e retratam a responsabilidade e moralidade da cidadania cósmica para os mortais materiais nos mundos habitados.
4. Os Estimuladores da Moralidade. Nos mundos das mansões, vós começais a aprender o autogoverno, que beneficia a todos os envolvidos. A vossa mente aprende a cooperar, aprende como planejar junto a outros seres mais sábios. Nas sedes centrais dos sistemas, os instrutores seráficos irão estimular ainda mais a vossa apreciação da moralidade cósmica – as interações entre a liberdade e a lealdade.
O que é lealdade? É o fruto de uma valoração inteligente da irmandade no universo: não se deveria tomar muito e não dar nada. À medida que ascenderdes na escala da personalidade, primeiro aprendereis a ser leais, depois a amar, depois a ser filiais e, então, podereis ser livres; mas não podereis alcançar a finalidade da liberdade antes de vos tornardes finalitores, antes de haverdes alcançado a perfeição da lealdade.
Esses serafins ensinam a fecundidade vinda da paciência: que a estagnação é a morte certa, mas que o crescimento rápido em excesso é igualmente suicida; que, como uma gota de água cai do nível mais alto para o mais baixo e continua a fluir, indo sempre para baixo, em uma sucessão de pequenas quedas, também assim, só que para cima, é o progresso nos mundos moronciais e do espírito – igualmente devagar e por meio de estágios igualmente gradativos.
Para os mundos habitados, os estimuladores da moralidade retratam a vida mortal como uma corrente contínua de muitos elos. A vossa curta permanência em Urântia, esta esfera da infância mortal, é apenas um elo, o primeiríssimo da longa cadeia que irá estender-se através dos universos e através das idades eternas. Não é tanto o que aprendeis nesta primeira vida; é a experiência de viver essa vida que é importante. Mesmo o trabalho deste mundo, por mais importante que seja, não tem tanta importância, não tanto quanto a maneira com a qual vós fazeis esse trabalho. Não há nenhuma recompensa material para a vida na retidão, mas há a satisfação profunda – a consciência da realização – e isso transcende qualquer recompensa material concebível.
As chaves do Reino dos céus são: a sinceridade, e mais sinceridade; e mais sinceridade ainda. Todos os homens têm o alcance dessas chaves. Os homens usam-nas – avançando em status espiritual – por meio de decisões, de mais decisões e mais outras decisões ainda. A escolha moral mais elevada é a escolha do valor mais elevado possível e – em toda e qualquer esfera –, isso sempre significa escolher fazer a vontade de Deus. Se o homem escolhe assim, ele é grande, ainda que seja o mais humilde cidadão de Jerusém ou mesmo o menor dos mortais de Urântia.
5. Os Transportadores. Estes são os serafins de transporte que funcionam nos sistemas locais. Em Satânia, o vosso sistema, eles levam os passageiros a Jerusém e os trazem de volta, e também servem como transportadores interplanetários. Raramente passa um dia sem que um serafim de transporte de Satânia traga algum visitante, estudante, ou algum outro viajante, de natureza espiritual ou semi-espiritual, até as margens de Urântia. Esses mesmos cruzadores do espaço irão, algum dia, levar-vos, em um circuito de ida e volta, aos vários mundos do grupo da sede central do sistema e, quando houverdes concluído os vossos compromissos em Jerusém, eles vos levarão adiante, até Edêntia. Contudo, sob nenhuma circunstância, eles vos carregarão de volta ao mundo de origem humana. Um mortal nunca retorna ao seu planeta de nascimento, durante a dispensação da sua existência temporal, e, se ele devesse retornar durante uma dispensação subseqüente, seria acompanhado por um serafim de transporte do grupo da sede central do universo.
6. Os Registradores. Estes serafins são os guardiães dos registros tríplices dos sistemas locais. O templo dos registros, na capital de um sistema, é uma estrutura singular da qual uma terça parte é material, construída de metais luminosos e de cristais; outra terça parte é moroncial, fabricada com a ligação da energia espiritual com a material e para além do alcance da visão mortal; e uma terça parte é espiritual. Os registradores dessa ordem mantêm esse sistema tríplice de registros e presidem a ele. Os mortais ascendentes irão primeiramente consultar os arquivos materiais; os Filhos Materiais e os seres de transição, mais elevados, consultam os arquivos das salas moronciais; enquanto os serafins e as personalidades espirituais mais elevadas do reino pesquisam nos registros das seções do espírito.
7. As Reservas. O corpo reserva dos serafins administradores em Jerusém passa grande parte do tempo de espera servindo como companheiros espirituais, junto aos mortais ascendentes recém-chegados de vários mundos do sistema – graduados acreditados dos mundos das mansões. Uma das delícias da vossa permanência em Jerusém será conversar e estar, durante os períodos de férias, com esses serafins bastante viajados, e de muitas experiências, que vos aguardam no corpo de reserva.
São exatamente os relacionamentos amigáveis desse tipo que tornam uma capital de sistema tão querida para os mortais ascendentes. Em Jerusém, ireis encontrar o primeiro congraçamento entre Filhos Materiais, anjos e peregrinos ascendentes. Ali se confraternizam os seres que são totalmente espirituais com os semi-espirituais e os indivíduos que acabam de emergir da existência material. As formas mortais estão tão modificadas ali e as gamas das reações humanas à luz encontram-se tão ampliadas, que todos poderão desfrutar do reconhecimento mútuo e da compreensão simpática entre as personalidades.