Anjo de Luz2024-03-29T08:52:35ZMaria Paula da Silva Moreira Viehttps://anjodeluz.ning.com/profile/MariaPauladaSilvaMoreiraViehttps://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/33897193?profile=original&width=48&height=48&crop=1%3A1https://anjodeluz.ning.com/group/luzdamontanha27/forum/topic/listForContributor?user=2ror778ztxwml&feed=yes&xn_auth=noNa minha dor eu te louvo Senhor!tag:anjodeluz.ning.com,2014-03-13:867289:Topic:35901112014-03-13T08:34:38.727ZMaria Paula da Silva Moreira Viehttps://anjodeluz.ning.com/profile/MariaPauladaSilvaMoreiraVie
<p>Na minha dor eu te louvo Senhor!</p>
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<p><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89792912?profile=original" target="_self"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89792912?profile=RESIZE_1024x1024" width="750"></img></a></p>
<p>Ismael de Almeida<br></br>Disse o Anjo de Luz: “Vem a mim os que padecem angustia no coração e eu transformarei sua tristeza em alegria, enxugarei as suas lágrimas, dividirei a sua dor, pois eu curarei o seu sofrimento e o transmuto em virtude, e abrirei o Portal do Átrio Celeste, e lhe mostrarei a melodia do Amor…</p>
<p>Na minha dor eu te louvo Senhor!</p>
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<p><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89792912?profile=original" target="_self"><img width="750" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89792912?profile=RESIZE_1024x1024" width="750" class="align-full"/></a></p>
<p>Ismael de Almeida<br/>Disse o Anjo de Luz: “Vem a mim os que padecem angustia no coração e eu transformarei sua tristeza em alegria, enxugarei as suas lágrimas, dividirei a sua dor, pois eu curarei o seu sofrimento e o transmuto em virtude, e abrirei o Portal do Átrio Celeste, e lhe mostrarei a melodia do Amor Eterno”! <br/>E tu podes caminhar numa estrada de luz que começa na Terra e termina no Céu!<br/>Nunca esqueças de que a Terra é uma esfera de dor, e que todo passado delituoso adquirido na tua trajetória de milhares de encarnações na Matéria, é uma nódoa escura que manchou a prístina beleza da tua alma terrestre, e precisa purificar teu coração com o fogo do amor, que arde, mas não queima. <br/>Na tua jornada terrestre existe o deserto da TERRA ARDENTE, onde se necessita atravessar, para se conhecer a terrível angustia da perda e da solidão, para que o puro amor de diamante celeste seja extraído das profundezas de ti mesmo, a fim de que possas brilhar na luz do céu, na divina alquimia da transmutação do chumbo em ouro, ou seja, tuas emoções más no santo amor de Deus!<br/>Eu Sou aquele que te ama, sempre te amei e sempre te amarei! Eu sinalizo o melhor caminho a ser percorrido na tua peregrinação eterna na busca do Amor de Deus, que refulge no infinito como Ímã que atrai a alma pecadora, na delicia celeste da luz imperecedoura!<br/>Eu Sou o Amor!<br/>Não me busques fora de ti, pois nunca me encontrarás, pois as coisas terrenas são roseirais com serpentes no caule, mas busque-me na profundeza de ti mesmo, com santa devoção e me encontrarás de braços apertos, e coração ardente, pronto para a nupcia da alma com a Divindade!<br/>Não lamente a dor!<br/>Faça a dor tua amiga, e ela te ajudará a conquistar asas de fogo para a grande jornada celeste!<br/>Senhor! Lavo as minhas mãos na inocência; e assim andarei no teu altar. Para publicar com voz de louvor e cantar todas tuas maravilhas. Eu amo tua habitação onde permanece tua gloria eterna. Caminho na estrada plana e sou guiado por tuas mãos, Ó Deus de piedade!<br/>O Senhor é o Deus que me guia; minha salvação e minha luz!<br/>Assim cantou o salmista na entrega a Ti de seu coração amargurado!<br/>Não escondes de mim a Tua face, não me deixes ao desamparo Ó Deus Meu Amado para todo o sempre!<br/>Gloria a Ti Senhor do Eterno Amor!<br/>Alma querida, meu coração acolhe a tua dor!<br/>PAZ E LUZ!</p> TRANSPORTAI UM PUNHADO DE TERRA TODOS OS DIAS E FAREIS UMA MONTANHAtag:anjodeluz.ning.com,2012-10-22:867289:Topic:31096882012-10-22T18:05:56.735ZMaria Paula da Silva Moreira Viehttps://anjodeluz.ning.com/profile/MariaPauladaSilvaMoreiraVie
<p><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89735087?profile=original" target="_self"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89735087?profile=RESIZE_1024x1024" width="750"></img></a></p>
<div class="pensa"><p class="fr"><span class="font-size-3">Fiz a escalada da montanha da vida</span><br></br><span class="font-size-3">removendo pedras e plantando flores.</span></p>
<span class="font-size-3"><i class="aut" title="Adicionar à minha coleção"><a class="autor" href="/autor/cora_coralina/">Cora Coralina…</a></i></span></div>
<p><a target="_self" href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89735087?profile=original"><img width="750" class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89735087?profile=RESIZE_1024x1024" width="750"/></a></p>
<div class="pensa"><p class="fr"><span class="font-size-3">Fiz a escalada da montanha da vida</span><br/><span class="font-size-3">removendo pedras e plantando flores.</span></p>
<span class="font-size-3"><i title="Adicionar à minha coleção" class="aut"><a class="autor" href="/autor/cora_coralina/">Cora Coralina</a></i></span></div>
<div class="gooad"></div>
<div class="pensa"><p class="fr"><span class="font-size-3">... acho que a vida é um processo... É como subir uma montanha. Mesmo que no fim não se esteja tão forte fisicamente, a paisagem visualizada é melhor.</span></p>
<span class="font-size-3"><i class="aut"><a title="Adicionar à minha coleção" rel="nofollow" class="autor" href="/editar.php?editar=NDMwNTQ%3D&a=incluir">Lya Luft</a></i></span><br />
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<div class="pensa"><p class="fr"><span class="font-size-3">Um bom exemplo é o melhor sermão.</span></p>
<span class="font-size-3"><i title="Adicionar à minha coleção" class="aut"><a class="autor" href="/autor/benjamin_franklin/">Benjamin Franklin</a></i></span></div>
<div class="pensa"><p class="fr0"><span class="font-size-3">No alto</span><br/><br/><span class="font-size-3">O poeta chegara ao alto da montanha,</span><br/><span class="font-size-3">E quando ia a descer a vertente do oeste,</span><br/><span class="font-size-3">Viu uma cousa estranha,</span><br/><span class="font-size-3">Uma figura má.</span><br/><br/><span class="font-size-3">Então, volvendo o olhar ao subtil, ao celeste,</span><br/><span class="font-size-3">Ao gracioso Ariel, que de baixo o acompanha,</span><br/><span class="font-size-3">Num tom medroso e agreste</span><br/><span class="font-size-3">Pergunta o que será.</span><br/><br/><span class="font-size-3">Como se perde no ar um som festivo e doce,</span><br/><span class="font-size-3">Ou bem como se fosse</span><br/><span class="font-size-3">Um pensamento vão,</span><br/><br/><span class="font-size-3">Ariel se desfez sem lhe dar mais resposta.</span><br/><span class="font-size-3">Para descer a encosta</span> <br/><span class="font-size-3">O outro lhe deu a mão.</span></p>
<span class="font-size-3"><i title="Adicionar à minha coleção" class="aut"><a class="autor" href="/autor/machado_de_assis/">Machado de Assis</a></i></span></div>
<div class="pensa"><p class="fr"><span class="font-size-3">Quando sobes a montanha do sucesso não encontras um amigo.</span></p>
<span class="font-size-3"><i class="aut"><a title="Adicionar à minha coleção" rel="nofollow" class="autor" href="/editar.php?editar=MTMxMzE%3D&a=incluir">Mark Twain</a></i></span><br />
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<div class="pensa"><p class="fr"><span class="font-size-3">Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores.</span></p>
<span class="font-size-3"><i class="aut"><a title="Adicionar à minha coleção" rel="nofollow" class="autor" href="/editar.php?editar=NTIyMTI4&a=incluir">Cora Coralina</a></i></span><br />
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<div class="pensa"><p class="fr"><span class="font-size-3">"Leve um punhado de terra todos os dias e logo terás uma montanha."</span></p>
<span class="font-size-3"><i title="Adicionar à minha coleção" class="aut"><a class="autor" href="/autor/confucio/">Confúcio</a></i></span></div>
<div class="pensa"><p class="fr0"><span class="font-size-3">Vulcões</span><br/><br/><span class="font-size-3">Tudo é frio e gelado. O gume dum punhal</span><br/><span class="font-size-3">Não tem a lividez sinistra da montanha</span><br/><span class="font-size-3">Quando a noite a inunda dum manto sem igual</span><br/><span class="font-size-3">De neve branca e fria onde o luar se banha.</span><br/><br/><span class="font-size-3">No entanto que fogo, que lavas, a montanha</span><br/><span class="font-size-3">Oculta no seu seio de lividez fatal!</span><br/><span class="font-size-3">Tudo é quente lá dentro…e que paixão tamanha</span><br/><span class="font-size-3">A fria neve envolve em seu vestido ideal!</span><br/><br/><span class="font-size-3">No gelo da indiferença ocultam-se as paixões</span><br/><span class="font-size-3">Como no gelo frio do cume da montanha</span><br/><span class="font-size-3">Se oculta a lava quente do seio dos vulcões…</span><br/><br/><span class="font-size-3">Assim quando eu te falo alegre, friamente,</span><br/><span class="font-size-3">Sem um tremor de voz, mal sabes tu que estranha</span><br/><span class="font-size-3">Paixão palpita e ruge em mim doida e fremente!</span> <br/><br/><span class="font-size-3">04/05/1916</span></p>
<span class="font-size-3"><i title="Adicionar à minha coleção" class="aut"><a class="autor" href="/autor/florbela_espanca/">Florbela Espanca</a></i></span></div>
<div class="pensa"><p class="fr0"><span class="font-size-3">Promessas de Casamento</span><br/><br/><span class="font-size-3">Em maio de 98, escrevi um texto em que afirmava que achava bonito o ritual do casamento a igreja, com seus vestidos brancos e tapetes vermelhos, mas que a única coisa que me desagradava era o sermão do padre. "Promete ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-lhe e respeitando-lhe até que a morte os separe?" Acho simplista e um pouco fora da realidade. Dou aqui novas sugestões de sermões:</span><br/><br/><span class="font-size-3">- Promete não deixar a paixão fazer de você uma pessoa controladora, e sim respeitar a individualidade do seu amado, lembrando sempre que ele não pertence a você e que está ao seu lado por livre e espontânea vontade?</span><br/><span class="font-size-3">- Promete saber ser amiga(o) e ser amante, sabendo exatamente quando devem entrar em cena uma e outra, sem que isso lhe transforme numa pessoa de dupla identidade ou numa pessoa menos romântica?</span><br/><span class="font-size-3">- Promete fazer da passagem dos anos uma via de amadurecimento e não uma via de cobranças por sonhos idealizados que não chegaram a se concretizar?</span><br/><span class="font-size-3">- Promete sentir prazer de estar com a pessoa que você escolheu e ser feliz ao lado dela pelo simples fato de ela ser a pessoa que melhor conhece você e portanto a mais bem preparada para lhe ajudar, assim como você a ela?</span><br/><span class="font-size-3">- Promete se deixar conhecer?</span><br/><span class="font-size-3">- Promete que seguirá sendo uma pessoa gentil, carinhosa e educada, que não usará a rotina como desculpa para sua falta de humor?</span><br/><span class="font-size-3">- Promete que fará sexo sem pudores, que fará filhos por amor e por vontade, e não porque é o que esperam de você, e que os educará para serem independentes e bem informados sobre a realidade que os aguarda?</span><br/><span class="font-size-3">- Promete que não falará mal da pessoa com quem casou só para arrancar risadas dos outros?</span><br/><span class="font-size-3">- Promete que a palavra liberdade seguirá tendo a mesma importância que sempre teve na sua vida, que você saberá responsabilizar-se por si mesmo sem ficar escravizado pelo outro e que saberá lidar com sua própria solidão, que casamento algum elimina?</span><br/><span class="font-size-3">- Promete que será tão você mesmo quanto era minutos antes de entrar na igreja?</span><br/><br/><span class="font-size-3">Sendo assim, declaro-os muito mais que marido e mulher: declaro-os maduros.</span></p>
<span class="font-size-3"><i class="aut"><a title="Adicionar à minha coleção" rel="nofollow" class="autor" href="/editar.php?editar=MjA4Nzg%3D&a=incluir">Martha Medeiros</a></i></span><br />
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<div class="pensa"><p class="fr"><span class="font-size-3">A perfeição é uma montanha impossível de escalar que deve ser escalada um pouco a cada dia.</span></p>
<span class="font-size-3"><i title="Adicionar à minha coleção" class="aut"><a class="autor" href="/autor/codigo_samurai/">Código Samurai</a></i></span></div>
<div class="gooad"></div>
<div class="pensa"><p class="fr"><span class="font-size-3">Qualquer carreira no mundo artístico é uma montanha-russa, e muitos sucessos resultam da combinação de várias circunstâncias felizes. Mas deve existir algo mais também.</span></p>
<span class="font-size-3"><i title="Adicionar à minha coleção" class="aut"><a class="autor" href="/autor/orson_welles/">Orson Welles</a></i></span></div>
<div class="pensa"><p class="fr"><span class="font-size-3">Passo a passo</span><br/><span class="font-size-3">sobre a montanha no verão -</span><br/><span class="font-size-3">de repente o mar.</span></p>
<span class="font-size-3"><i title="Adicionar à minha coleção" class="aut"><a class="autor" href="/autor/issa/">Issa</a></i></span></div>
<div class="pensa"><p class="fr"><span class="font-size-3">Num atalho da montanha</span><br/><span class="font-size-3">Sorrindo</span><br/><span class="font-size-3">uma violeta</span></p>
<span class="font-size-3"><i class="aut"><a title="Adicionar à minha coleção" rel="nofollow" class="autor" href="/editar.php?editar=MTM3Mjg%3D&a=incluir">Matsuo Bashô</a></i></span><br />
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<div class="pensa"><p class="fr0"><span class="font-size-3">“Numa batalha ou numa escalada de montanha, muitas vezes há uma manobra que exige muita coragem; mas é ela também que, no final, constitui o movimento mais seguro. Se você optar por outro curso de ação, ver-se-á horas depois num perigo muito maior. O caminho do covarde é também o caminho mais perigoso”</span></p>
<span class="font-size-3"><i class="icon fav"><a class="autor" href="/autor/c_s_lewis/">C.S. Lewis</a></i></span></div>
<div class="pensa"><p class="fr0"><span class="font-size-3">SILÊNCIO</span><br/><br/><span class="font-size-3">É tão vasto o silêncio da noite na montanha. É tão despovoado. Tenta-se em vão trabalhar para não ouvi-lo, pensar depressa para disfarçá-lo. Ou inventar um programa, frágil ponto que mal nos liga ao subitamente improvável dia de amanhã. Como ultrapassar essa paz que nos espreita. Silêncio tão grande que o desespero tem pudor. Montanhas tão altas que o desespero tem pudor. Os ouvidos se afiam, a cabeça se inclina, o corpo todo escuta: nenhum rumor. Nenhum galo. Como estar ao alcance dessa profunda meditação do silêncio. Desse silêncio sem lembranças de palavras. Se és morte, como te alcançar.</span> <br/><br/><span class="font-size-3">É um silêncio que não dorme: é insone: imóvel mas insone; e sem fantasmas. É terrível - sem nenhum fantasma. Inútil querer povoá-lo com a possibilidade de uma porta que se abra rangendo, de uma cortina que se abra e diga alguma coisa. Ele é vazio e sem promessa. Se ao menos houvesse o vento. Vento é ira, ira é a vida. Ou neve. Que é muda mas deixa rastro - tudo embranquece, as crianças riem, os passos rangem e marcam. Há uma continuidade que é a vida. Mas este silêncio não deixa provas. Não se pode falar do silêncio como se fala da neve. Não se pode dizer a ninguém como se diria da neve: sentiu o silêncio desta noite? Quem ouviu não diz.</span> <br/><br/><span class="font-size-3">A noite desce com suas pequenas alegrias de quem acende lâmpadas com o cansaço que tanto justifica o dia. As crianças de Berna adormecem, fecham-se as últimas portas. As ruas brilham nas pedras do chão e brilham já vazias. E afinal apagam-se as luzes as mais distantes.</span> <br/><br/><span class="font-size-3">Mas este primeiro silêncio ainda não é o silêncio. Que se espere, pois as folhas das árvores ainda se ajeitarão melhor, algum passo tardio talvez se ouça com esperança pelas escadas.</span> <br/><br/><span class="font-size-3">Mas há um momento em que do corpo descansado se ergue o espírito atento, e da terra a lua alta. Então ele, o silêncio, aparece.</span> <br/><br/><span class="font-size-3">O coração bate ao reconhecê-lo.</span> <br/><br/><span class="font-size-3">Pode-se depressa pensar no dia que passou. Ou nos amigos que passaram e para sempre se perderam. Mas é inútil esquivar-se: há o silêncio. Mesmo o sofrimento pior, o da amizade perdida, é apenas fuga. Pois se no começo o silêncio parece aguardar uma resposta - como ardemos por ser chamados a responder - cedo se descobre que de ti ele nada exige, talvez apenas o teu silêncio. Quantas horas se perdem na escuridão supondo que o silêncio te julga - como esperamos em vão por ser julgados pelo Deus. Surgem as justificações, trágicas justificações forjadas, humildes desculpas até a indignidade. Tão suave é para o ser humano enfim mostrar sua indignidade e ser perdoado com a justificativa de que se é um ser humano humilhado de nascença.</span> <br/><br/><span class="font-size-3">Até que se descobre - nem a sua indignidade ele quer. Ele é o silêncio.</span> <br/><br/><span class="font-size-3">Pode-se tentar enganá-lo também. Deixa-se como por acaso o livro de cabeceira cair no chão. Mas, horror - o livro cai dentro do silêncio e se perde na muda e parada voragem deste. E se um pássaro enlouquecido cantasse? Esperança inútil. O canto apenas atravessaria como uma leve flauta o silêncio.</span> <br/><br/><span class="font-size-3">Então, se há coragem, não se luta mais. Entra-se nele, vai-se com ele, nós os únicos fantasmas de uma noite em Berna. Que se entre. Que não se espere o resto da escuridão diante dele, só ele próprio. Será como se estivéssemos num navio tão descomunalmente enorme que ignorássemos estar num navio. E este singrasse tão largamente que ignorássemos estar indo. Mais do que isso um homem não pode. Viver na orla da morte e das estrelas é vibração mais tensa do que as veias podem suportar. Não há sequer um filho de astro e de mulher como intermediário piedoso. O coração tem que se apresentar diante do nada sozinho e sozinho bater alto nas trevas. Só se sente nos ouvidos o próprio coração. Quando este se apresenta todo nu, nem é comunicação, é submissão. Pois nós não fomos feitos senão para o pequeno silêncio.</span> <br/><br/><span class="font-size-3">Se não há coragem, que não se entre. Que se espere o resto da escuridão diante do silêncio, só os pés molhados pela espuma de algo que se espraia de dentro de nós. Que se espere. Um insolúvel pelo outro. Um ao lado do outro, duas coisas que não se vêem na escuridão. Que se espere. Não o fim do silêncio mas o auxílio bendito de um terceiro elemento, a luz da aurora.</span> <br/><br/><span class="font-size-3">Depois nunca mais se esquece. Inútil até fugir para outra cidade. Pois quando menos se espera pode-se reconhecê-lo - de repente. Ao atravessar a rua no meio das buzinas dos carros. Entre uma gargalhada fantasmagórica e outra. Depois de uma palavra dita. Às vezes no próprio coração da palavra. Os ouvidos se assombram, o olhar se esgazeia - ei-lo. E dessa vez ele é fantasma.</span></p>
<span class="font-size-3"><i title="Adicionar à minha coleção" class="aut"><a class="autor" href="/autor/clarice_lispector/">Clarice Lispector</a></i></span></div>
<div class="pensa"><p class="fr"><span class="font-size-3">Não importa o Tamanho da Montanha . . .</span><br/><span class="font-size-3">Ela Nunca Poderá Tampar o Sol ! ! !</span></p>
<span class="font-size-3"><i class="aut"><a class="autor" href="/autor/deus/">Deus</a></i></span></div> SERMÃO DA MONTANHA RECONTADO POR LOURENÇO DIAFÉRIAtag:anjodeluz.ning.com,2012-10-22:867289:Topic:31096852012-10-22T17:58:41.601ZMaria Paula da Silva Moreira Viehttps://anjodeluz.ning.com/profile/MariaPauladaSilvaMoreiraVie
<div align="center"><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89735107?profile=original" target="_self"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89735107?profile=original" width="445"></img></a> <br></br><p><font color="#003399" face="Amazone BT, VivaldiD" size="7"><b>C</b></font><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">omo houvesse uma multidão que o queria ouvir, Jesus subiu a uma colina nas cercanias de Cafarnaum e pôs-se a ensinar aqueles que o seguiam, dizendo :…</font></p>
<div align="justify"><p></p>
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<div align="center"><a target="_self" href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89735107?profile=original"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89735107?profile=original" width="445"/></a><br/><p><font color="#003399" face="Amazone BT, VivaldiD" size="7"><b>C</b></font><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">omo houvesse uma multidão que o queria ouvir, Jesus subiu a uma colina nas cercanias de Cafarnaum e pôs-se a ensinar aqueles que o seguiam, dizendo :</font></p>
<div align="justify"><p><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">Bem-aventurados os humildes e despojados, porque deles é a riqueza de Deus.Bem aventurados os que recusam a violência, porque eles herdarão o mundo.</font></p>
<p><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">Bem-aventurados os que não desesperam na aflição, porque eles serão consolados.Bem-aventurados os que lutam pela justiça como se luta pela comida e pela água, porque sua fome e sede serão saciadas..</font></p>
</div>
<div align="justify"><p><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">Bem-aventurados os que se esforçam para perdoar sempre, porque nenhuma culpa lhes ficará sobre os ombros.</font></p>
<p><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">Bem-aventurados os que não corrompem seu coração, porque verão a pureza de Deus.</font></p>
<p><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">Bem-aventurados os que buscam e promovem a paz, porque serão como filhos de Deus.</font></p>
<p><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">Bem-aventurados os que são perseguidos por fazer o bem, porque serão glorificados diante de Deus.</font></p>
<p><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">Bem-aventurados sede quando sofrerdes injúrias, mentiras,difamações e ataques por praticardes o que vos ensinei.alegrai-vos, não desanimeis, porque sereis reconhecidos na eternidade. Da mesma forma os profetas que viveram antes de vós, foram desacreditados e perseguidos.</font></p>
</div>
<div align="justify"><font color="#003399" face="Amazone BT, VivaldiD" size="7"><b>V</b></font><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">ós sois o sal da terra. Mas se o sal perder seu próprio sabor e se tornar insosso que se fará com ele ? Para nada servirá e as pessoas o atirarão fora, por inútil.Vós sois a luz que clareia o mundo. Não se pode ocultar uma cidade iluminada no alto da montanha. Também não se acende uma lâmpada para escondê-la debaixo da mesa ou dentro do armário.</font></div>
<div align="justify"><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">Ao contrário, nós a colocamos em lugar onde possa oferecer luz a todos na casa. Assim, portanto, que vossas obras sejam como lâmpadas que a todos iluminem. E, ao ver tais obras, as pessoas sejam levadas a reconhecer a presença de Deus.Não vim mudar os mandamentos nem anular o que disseram os profetas. Não vim revogar, mas viver a lei de Deus. Nenhum ponto e nenhuma vírgula dos mandamentos serão omitidos até que minha missão se cumpra. Digo que aquele que desprezar mesmo o menor desses mandamentos e instigar os outros fazê-lo será pequeno diante de Deus. Aquele que praticar e ensinar esses mandamentos será grande diante de Deus. Eu asseguro que se a vossa justiça limitar-se apenas a cumprir a legislação e as normas, os artigos e parágrafos e a salvar as aparências, Deus não vos será revelado.</font></div>
<div align="justify"><p><font color="#003399" face="Amazone BT, VivaldiD" size="7">O</font><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif" size="3">uvistes sempre dizer: <i>Não matarás; quem matar deverá responder por seus crimes nos tribunais.</i> Todavia, eu digo que também o ódio e o desprezo -ainda que manifestados em palavras- serão julgados. Portanto, antes de cumprir promessas, fazer devoções, acender velas ou ter um gesto de filantropia, pergunta-te se teu próximo não foi prejudicado por ti. Antes de entregar tua oferta, vai pedir-lhe desculpas. Depois oferece tua dádiva e tua piedade.Reconcilia-te com teu desafeto enquanto estás junto dele e ele perto de ti, para não acontecer que a reparação que lhe deves tu a tenhas de dar no julgamento, quando então ficarás livre somente depois de pagar toda a tua culpa.</font></p>
</div>
<div align="justify"><p><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">Ouvistes o que foi ensinado : <i>Não praticarás adultério</i>. Digo, porém: quem olha para uma mulher com o propósito de trair já cometeu adultério em seu coração. Portanto, se teu olho direito te escandaliza, poupa teu olhar. Pois é melhor renunciar à vista do que entregar o corpo inteiro às trevas. E se tua mão direita te escandaliza, não a utilizes, pois é preferível privar-te da mão do que entregar o corpo inteiro à escravidão. Foi dito: aquele que rejeitar sua mulher, dê-lhe documento de divórcio. Eu, porém , vos digo : todo aquele que abandona sua mulher, a não ser por motivo de prostituição, a expõe ao adultério; e aquele que se une à mulher adúltera também é adúltero.</font></p>
</div>
<div align="justify"><p><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">Ouvistes o que foi dito aos antigos : <i>Não jurarás falso, cumprirás teus juramentos para com o Senhor</i>. Eu, porém, digo: não jureis nunca sem motivo justo, nem pelos céus em nome de Deus, nem pela terra em nome dos homens,nem por nada de sagrado. Nem mesmo jureis por vossa cabeça, pois não tendes sequer o poder de controlar os fios brancos ou pretos de vossos cabelos. Se é sim dizei sim. Se é não, dizei não.</font></p>
</div>
<div align="justify"><p><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">Ouvistes o que foi dito: <i>Olho por olho e dente por dente</i>. Eu, porém, vos digo: não revideis ao mau com a maldade. Se vos agridem e humilham. não guardeis no rosto a marca da ofensa. Àquele que disputar convosco o pouco que tendes, mostrai-vos desprendidos e acima de mesquinharias. Se alguém vos obriga a um sacrifício, sede generosos e pacientes. Se alguém vos pede, oferecei o que tendes; e se estiver em vosso alcance, não volteis as costas a quem necessita pedir-vos emprestado.</font></p>
</div>
<div align="justify"><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">Ouvistes o que foi dito : <i>Amarás teu próximo e odiarás teu inimigo.</i> Eu, porém, vos digo: amai vossos inimigos. Lembrai-vos de pedir a Deus o bem também aos que vos perseguem; porque é assim que vos tornais filhos de Deus, que é Pai, e que faz nascer o sol igualmente sobre bons e maus e cair a chuva sobre justos e injustos. Se amais aos que vos amam, que recompensa tendes ? Os interesseiros e oportunistas também fazem isso. Se quereis bem e desejais a felicidade apenas a vossos amigos fraternos, não há nisso nenhum mérito. Não é isso que se faz no relacionamento social comum ? Entretanto, deveis buscar o aperfeiçoamento constante como vosso Pai é perfeito.</font></div>
<div align="justify"><font color="#003399" face="Amazone BT, VivaldiD" size="7"><b>T</b></font><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">omai cuidado para que as boas obras e a justiça que praticais não sejam apenas pretexto para aparecer perante os olhos das pessoas. Se isso acontecer, não haverá nelas nenhum mérito perante os olhos de Deus. Por isso, quando derdes ajuda ou auxílio a alguém, não espalheis o fato , nem conteis vantagens, nem façais propaganda de vosso gesto, como agem aqueles que buscam elogios e criam uma boa imagem em torno de si. Na verdade, os que querem apenas distinguir-se já estão pagos e recompensados com a fama que conquistaram. Vós, porém, quando socorrerdes uma pessoa, fazei-o sem alarde, com discrição e desinteresse, de sorte que vossa mão esquerda não saiba o que faz vossa mão direita. O Pai, que vê o que está oculto no coração vos dará o valor devido.</font></div>
<div align="justify"><p><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">Ao orar, não queirais parecer devotos, nem façais exibição de piedade, para que as pessoas que vos vejam digam que sois gente boa e de bem. Em verdade, digo que quem age assim já é recompensado por sua vaidade e vanglória. Mas tu, quando rezares, recolhe-te dentro de ti mesmo, como se estivesses num quarto fechado, e pede que apenas o Pai te veja, pois Ele enxerga o fundo do coração e te atenderá.</font></p>
</div>
<font color="#003399" face="Amazone BT, VivaldiD" size="7">E</font><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">m vossas preces não repitais as palavras maquinalmente, sem senti-las, como fazem aqueles que imaginam ser tanto mais ouvidos quanto mais longo for o palavreado. Não sejais como eles, porque vosso Pai sabe do que tendes necessidade antes mesmo de pedirdes as coisas.Orai desta maneira :</font></div>
<blockquote><div align="center"><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif"><strong>Pai nosso, que estais no céu,</strong></font></div>
<div align="center"><strong><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">santificado seja o Vosso nome,</font></strong></div>
<div align="center"><strong><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">venha a nós o Vosso reino,</font></strong></div>
<div align="center"><strong><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">seja feita a Vossa vontade</font></strong></div>
<div align="center"><strong><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">assim na terra como no céu.</font></strong></div>
<div align="center"><strong><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">O pão nosso de cada dia nos dai hoje.</font></strong></div>
<div align="center"><strong><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem</font></strong></div>
<div align="center"><strong><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">nos tenha ofendido.</font></strong></div>
<div align="center"><strong><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do ma</font></strong><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">l.</font></div>
</blockquote>
<div align="center"><p style="text-align: justify;" align="center"> </p>
<div align="justify"><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif" size="3">Se perdoardes às pessoas as falhas que elas têm, vosso Pai também vos perdoará; mas se não oferecerdes vosso perdão, não estareis em condição de receber o perdão de Deus.</font></div>
<p style="text-align: justify;" align="center"> </p>
<div align="justify"><p><font color="#003399" face="Amazone BT, VivaldiD" size="7"><b>N</b></font><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">o jejuar, não assumais um ar de sacrifício, como fazem os hipócritas que desfiguram o rosto para que seu jejum seja notado pelas pessoas. Eu vos digo que eles recebem sua recompensa ao serem observados. Tu, porém, quando jejuares, penteia os cabelos e lava o rosto, para que as pessoas não saibam que fazes jejum, mas apenas o teu Pai , que está presente em segredo. E o Pai que vê o que está oculto, te retribuirá.</font></p>
</div>
<div align="justify"><p><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">Não façais de vossa vida um acúmulo de riqueza e bem-estar, que são passageiros e podem ser dilapidados e destruídos. Acumulai tesouros de boas obras, que nem a traça e a ferrugem corroem, nem os assaltantes carregam. Onde colocardes o valor de vosso tesouro, aí estará vosso amor.</font></p>
</div>
<div align="justify"><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">A luz do corpo é o olho. Se teu olho não tiver malícia, todo teu corpo refletirá pureza, mas se teu olhar se corromper, todo teu corpo se obscurecerá. Pois se a luz que há em ti são trevas,quão grandes não serão as próprias trevas.Ninguém pode ter como patrão o bem e o mal e servi-los igualmente ao mesmo tempo. Ou estima um e desserve o outro, ou se apega ao primeiro e desatende ao segundo. Não podeis servir a Deus e ao egoísmo do dinheiro.</font></div>
<div align="justify"><p><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">Por isso vos digo: não vos inquieteis com a vossa vida, com o que haveis de comer, com o vosso corpo, com o que tereis para vestir. Não é a vida mais importante que o alimento; e o corpo, mais que a roupa ? Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, não guardam em celeiros. No entanto, vosso Pai as alimenta. Não valeis mais que os pardais e bem-te-vis ? Quem dentre vós, por mais que se preocupe e aflija, pode prolongar por pouco que seja o tempo de sua vida ? E por que preocupar-vos com as roupas que tereis para vestir ? Aprendei com os lírios do campo. Vede como crescem; e no entanto não trabalham nem tecem. Todavia, nem Salomão, em todo o seu esplendor vestiu-se como um deles. Ora se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã será cortada e queimada, não fará ele muito mais por vós, homens fracos na fé ?</font></p>
<p> </p>
</div>
<div align="justify"><p><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">Portanto, não vivais preocupados dizendo: que iremos comer? Ou, que iremos beber? Ou, que iremos vestir ? Quem não crê é que vive preocupado excessivamente com isso.</font></p>
</div>
<div align="justify"><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">Deus, que é Pai, sabe de vossas necessidades. Buscai, em primeiro lugar, praticar no mundo os mandamentos do Pai e sua justiça. E tudo o mais vos será dado. Não vos preocupeis , pois, com o dia de amanhã. O amanhã terá outras preocupações. Bastam para cada dia as dificuldades desse dia.</font></div>
<div align="justify"><p><font color="#003399" face="Amazone BT, VivaldiD" size="7">N</font><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">ão julgueis para não serdes julgados. Os juízos que aplicardes aos outros serão aplicados a vós. Com as medidas com que medis, sereis medidos. Por que reparas no cisco no olho de teu irmão e não percebes a farpa que está encravada no teu ? Como poderás dizer a teu irmão : - Deixa-me tirar esse cisco do teu olho- quando mal podes enxergar com a farpa na tua vista Falso, limpa primeiro teus olhos para que posas enxergar bem e tirar o cisco do olho do teu irmão.</font></p>
</div>
<div align="justify"><p><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">Assim como as carnes que eram consagradas no templo não deviam ser atiradas aos cães; assim como não se oferecem pérolas aos porcos no chiqueiro, para que não sejam confundidas com lavagem; o que envolve a fé deve ser tratado com respeito. Pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei à porta e vos será aberta. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, acha; e o que bate à porta, entrará.</font></p>
</div>
<div align="justify"><p><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">Se vosso filho vos pedir uma fatia de pão, quem de vós lhe dará uma pedra? Se o filho pedir um pedaço de peixe, qual o pai que lhe dará uma serpente venenosa ? Ora, se vós, que sois imperfeitos, atendeis aos pedidos de vossos filhos, muito mais so fará vosso Pai que sabe do que necessitais.</font></p>
</div>
<div align="justify"><font color="#003399" face="Arial, Helvetica, sans-serif">T<font color="#000080">udo o que quereis que as pessoas vos façam, fazei-o vós a elas. Essa é a Lei e o ensinamento dos profetas.</font></font></div>
<p style="text-align: justify;" align="center"><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">Há dois caminhos. Um é amplo e fácil, sua porta é larga e conduz às trevas e à escravidão. Muitos são os que caminham por ele. Outro é apertado e dificultoso, sua porta é estreita, e conduz à Vida. São poucos os que o encontram. Preferi a porta estreita. Tomai cuidado com os falso profetas, que iludem pela aparência. Vós os conhecereis por suas obras. Não se colhem uvas dos espinheiros, nem os cardos dão figos.</font></p>
<div align="justify"><p><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">A árvore boa dá frutos bons. A árvore má dá frutos ruins. A árvore boa não pode dar frutos ruins, da mesma forma que a árvore má não pode dar bons frutos. Se uma árvore frutífera não dá bons frutos, ela é inútil. Assim, é pela qualidade de seus frutos que conhecereis os profetas verdadeiros.</font></p>
</div>
<div align="justify"><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">Nem todo aquele que vive invocando o nome de Deus verá sua face, e sim aquele que realiza a vontade do Pai que está no céu. muitos me dirão no dia final : Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos, discursamos, expulsamos demônios e fizemos coisas miraculosas? Então eu lhes direi : nunca vos conheci. Afastai-vos de mim, vós que praticastes a injustiça.</font></div>
<div align="justify"><font color="#003399" face="Amazone BT, VivaldiD" size="7"><b>Q</b></font><font color="#000080" face="Arial, Helvetica, sans-serif">uando Jesus acabou de falar estas coisas, a multidão estava extasiada, porque Jesus ensinava com a autoridade de que vivia o que pregava..Ao descer da montanha, muitas pessoas o seguiram.</font></div>
<p style="text-align: justify;"><font color="#000080"><strong>texto do livro "O Sermão da Montanha", recontado por Lourenço Diaféria,</strong></font> <font color="#000080"><strong>brinde do Círculo do Livro SA, edição de 1983.</strong></font></p>
<p><strong><font color="#000066"><font face="Arial, Helvetica, sans-serif">NOTA<font color="#003399">:</font></font></font></strong></p>
<strong><font color="#003399" face="Arial, Helvetica, sans-serif">Nosso Site não visa fins lucrativos. Estamos interessados na divulgação da doutrina espírita e dos ensinamentos de Jesus. Caso alguém se sinta prejudicado pelo uso de alguma imagem ou texto aqui exibidos, por favor entre em contato, que providenciaremos a sua imediata retirada.</font></strong></div> QUEM NÃO RENUNCIAR A TUDO QUE TEM NÃO PODE SER MEU DISCÍPULO - PARTE 18tag:anjodeluz.ning.com,2011-09-16:867289:Topic:24300292011-09-16T23:27:57.053ZMaria Paula da Silva Moreira Viehttps://anjodeluz.ning.com/profile/MariaPauladaSilvaMoreiraVie
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<p><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89602253?profile=original" target="_self"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89602253?profile=original" width="445"></img></a></p>
<p> </p>
<p><strong><span class="font-size-5">Ter — ou Ser? É a estes dois monossílabos que se reduz, em última análise, toda a filosofia do Evangelho e toda a sabedoria dos séculos. Ter — ou Ser? Duas atitudes aparentemente incompatíveis. ―Ninguém pode servir a dois senhores. O homem que tem algo não pode ser alguém — e vice-versa. O homem profano só conhece o…</span></strong></p>
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<p><a target="_self" href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89602253?profile=original"><img class="align-full" width="445" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89602253?profile=original"/></a></p>
<p> </p>
<p><strong><span class="font-size-5">Ter — ou Ser? É a estes dois monossílabos que se reduz, em última análise, toda a filosofia do Evangelho e toda a sabedoria dos séculos. Ter — ou Ser? Duas atitudes aparentemente incompatíveis. ―Ninguém pode servir a dois senhores. O homem que tem algo não pode ser alguém — e vice-versa. O homem profano só conhece o ter, ou os teres, isto é, certo número de objetos quantitativos, que estão ao redor dele, no plano horizontal, e que ele considera ingenuamente como sendo seus bens. O profano total nada sabe do seu íntimo ser, de algo que não é dele, mas que é ele mesmo. Pode alguém ser milionário no plano horizontal dos seus teres, e ser ao mesmo tempo mendigo indigente na zona vertical do seu ser. De tanto ter, não chega a ser alguém. Outros, mais avançados, resolvem renunciar a todos os seus teres e se isolam no puro ser, isto é, na divina essência do seu eterno Eu, sua alma, seu Cristo interno. E, de tão enamorados desse seu verdadeiro ser, desprezem soberanamente todos os ilusórios teres dos profanos. São os ascetas, os místico, os yoguis, os austeros desertores de todas as coisas periféricas, os impávidos bandeirantes da verdade central. E, por mais tenebrosa que a outros pareça essa noite da renúncia absoluta e incondicional, ela é solene e grandiosa, porque possui a fascinante sacralidade das noites estreladas... É a estes que Jesus se refere nas palavras que encimam o presente capítulo: ―Quem não renunciar a tudo que tem não pode ser meu discípulo. Quer dizer que qualquer ter, ou posse de objetos externos, impede o homem de ser discípulo do Cristo, ele, que não tinha onde reclinar a cabeça nada tinha, porque tudo era; porque o seu ter descera ao ínfimo nadir, quando o seu ser atingira o supremo zênite. Por fim, renuncia também ao ter mais intimamente ligado ao ser, o corpo físico. E assim acabou ele de ―entrar em sua glória‖. Pode parecer estranho e humanamente inexeqüível esse inexorável radicalismo do Mestre. E não faltou quem mobilizasse contra essa sangrenta verdade da renúncia absoluta e incondicional todas as legiões da dialética mental, a ver se conseguia salvar do naufrágio ao menos alguns dos seus queridos ídolos, a ver se conseguia passar pelo ―fundo da agulha‖ pelo menos com uma parte da bagagem que o profano costuma levar de reboque, nessa jornada terrestre; habituados a subornar os outros e a entrar de contrabando em todos os paraísos da terra, tentam eles aplicar essa sua política e diplomacia também, ao Evangelho do reino de Deus. Entretanto, as palavras do Mestre não admitem vestígio de dúvida; são inexoravelmente claras: ―Quem não renunciar a tudo que tem não pode ser meu discípulo‖ — tudo, sem exceção de coisa alguma! O episódio trágico do jovem rico é uma ilustração clássica para essa verdade austera.Tudo quanto o homem possui em bens terrestres torna-o dependente e64escravo; mas o reino dos céus é somente para as almas completamente livres. Enquanto o homem tem algo que o mundo lhe possa tirar, ou deseja algo que o mundo lhe possa dar, não é definitivamente livre, e por isto não pode ser discípulo do Cristo. Os nossos teres quantitativos nos excluem do reino dos céus — o nosso ser qualitativo nos fez entrar no reino de Deus. Aproximamo-nos de Deus na razão direta do que somos, e na razão inversa do que temos. O ter é nosso, o ser é de Deus. Mas, em que consiste esse ser? Consiste na consciência da verdade sobre nós mesmos.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">Se conhecermos a verdade sobre nós mesmos, seremos livres. ―Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. E, se o Filho do homem vos libertar, sereis realmente livres.‖ Essa verdade libertadora sobre nós mesmos porém, está na experiência íntima da nossa essencial identidade com Deus — ―eu e o Pai somos um —e na completa harmonia da nossa vivência cotidiana com essa verdade suprema. * Mas... não é necessário que o homem, aqui no mundo, possua certas coisas? Poderá ele viver decentemente sem possuir nada? Bastará, aqui na terra, o simples e puro ser? E não é um certo ter compatível com esse ser?</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">É este, talvez, o ponto em que o Cristianismo organizado falhou mais deploravelmente, e, o que é pior, as próprias igrejas cristãs procuram justificar esse espírito de possessividade de seus filhos — tanto mais que os próprios chefes espirituais são, não raro, os maiores possuidores de bens materiais. Será que a muitos desses chefes não caberiam as palavras veementes que o Cristo fulminou aos guias de Israel? ―Guias cegos guiando outros cegos! Mas, se um cego guiar outro cego, ambos acabarão por cair na cova. Ai de vós, doutores da lei! Roubastes a chave do conhecimento do reino de Deus! Vós não entrais, nem permitis que outros entrem!‖ Não há nada no Evangelho em que o divino Mestre insista com maior rigor e freqüência do que no espírito de absoluta e total renúncia aos bens terrenos, por sinal que ele considera a posse desses bens como absolutamente incompatível com o espírito do reino de Deus.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">À primeira vista, parece possível e até necessário esse consórcio entre o ser e o ter, razão por que os teólogos e moralistas cristãos de todos os tempos têm tentado realizar esse congraçamento. Entretanto, continua a ser verdade inconcussa que ―ninguém pode servir a dois senhores: a Deus e ao dinheiro‖. Ter algo e ser alguém, são duas antíteses tão inexoravelmente hostis que nenhum tratado de paz é possível entre essas duas potências, assim como impossível é um consórcio entre as trevas e a luz, entre o não e o sim, entre a morte e a vida.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">Entretanto, sem revogar o que acabamos de dizer, passaremos a explicar dois termos: possuir e administrar. É possível que o homem seja discípulo do Cristo, e ao mesmo tempo administre parte dos bens de Deus em benefício dos outros: filhos de Deus, seus irmãos. Deus é o único dono, proprietário e possuidor de todas as coisas que ele creou; nenhum homem é dono de coisa alguma e, se ele se arroga o direito de ser proprietário disto ou daquilo, comete crime de ―apropriação indébita‖, roubando a Deus e aos filhos de Deus algo que não lhe pertence. Por isto, nenhum genuíno discípulo do Cristo se65considera possuidor, dono ou proprietário do dinheiro ou de quaisquer bens materiais que, casualmente, estejam sob a sua administração; considera-se invariavelmente como simples administrador desses bens, de cujo emprego terá de dar estreitas contas ao legítimo senhor e proprietário.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">Lemos nos ―Atos dos Apóstolos‖ que entre os primeiros discípulos do Cristo não havia propriedade particular, mas que todos os bens eram comuns. Não existia nenhuma lei externa que obrigasse os cristãos a socializarem os seus bens, mas havia neles a lei interna do amor nascido da compreensão da grande verdade de que todas as coisas do mundo são de Deus e que nenhum filho de Deus tem o direito de se arrogar a posse exclusiva de uma parte desses bens. A administração desses bens deve ser entregue a pessoas que tenham maior capacidade, e sobretudo maior espírito de desapego, mas o usufruto dos bens deve reverter sempre em prol da humanidade como tal. Se os homens se considerassem administradores, em vez de possuidores, dos bens materiais, seria proclamado o reino de Deus sobre a face da terra; cessariam guerras, explorações, brigas, roubos, assassinatos, etc. ―A cobiça é a raiz de todos os males‖, dizem os livros sacros. *</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">Esse conceito de administração, em vez de propriedade, é um simples e espontâneo corolário da realização crística do homem. Em face do nascimento do sol do ser empalidecem todas as estrelas noturnas do ter. O homem crístico sente intuitivamente a total incompatibilidade entre o ―ser discípulo do Cristo‖, e ―possuir bens terrenos‖. Essa alternativa representa para ele um dilema de lógica inexorável: ou isto — ou aquilo! Uma vez que ele conhece a sua sublime dignidade em Cristo Jesus, como poderia, ainda, degradar-se ao ponto de colocar a mão, pesadamente, sobre algum pedaço de matéria morta e declarar enfaticamente: ―Isto aqui é meu, e de mais ninguém!‖? Semelhante atitude lhe pareceria tão incrívelmente ridícula e vergonhosa que ele não a perdoaria a si mesmo.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">E se, pela força das circunstâncias, esse homem for obrigado a assinar em cartório com firma reconhecida, algum documento de propriedade, tem ele plena consciência de que esse instrumento de posse vigora apenas no plano horizontal das pobres relações legais e jurídicas, mas que nada significa na zona vertical da sua atitude espiritual e ética, perante Deus e seus irmãos humanos; esse homem sabe que, a despeito do que ele assinou sobre as infalíveis estampilhas, testemunhas da humana desconfiança e inconfidência, continua a não ser dono e proprietário de coisa alguma. Também, como poderia um genuíno discípulo do Cristo declarar de boa-fé ―este objeto me pertence‖, quando ele mesmo já não se pertence, uma vez que pertence a Deus e à humanidade? Como apropriar-se de um objeto, se ele já desapropriou o próprio sujeito? Com o voluntário naufrágio do meu falso eu, do ego personal, naufragaram, também, todos os bens que eu chamava falsamente meus.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">A idéia do meu nasceu com a idéia do eu; quando esse eu morre morrem necessariamente todas as ilusões relacionadas com o meu. O EU verdadeiro, divino, nada sabe de meus, porque o zênite do ser provoca o nadir do ter: quem tudo é, nada tem; a intensa luminosidade do ser aniquila todas as trevas do ter. Quem de fato é discípulo do Cristo nada tem nem quer ter, para si mesmo, embora possa prestar-se para administrador de uma parte dos bens de Deus em prol de seus irmãos.66O que eu considero meu só tem função enquanto ainda vive em mim a noção do eu físico-mental; no momento em que o meu pequeno eu personal se afogar nas profundezas do TU divino e no vasto NÓS da humanidade, deixa esse conceito de meu ter razão de ser; é como um objeto suspenso no vácuo, depois que lhe foi subtraído o sujeito de inerência que lhe servia de base e substrato. Por isso, o homem que atingiu a plenitude do seu ser, pelo despontar da consciência cósmica; perde toda a noção de posse e propriedade.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">Nada adquire e nada perde. O fluxo e refluxo incerto de lucros e perdas deixou de existir para ele, e com isto foi eliminada a fonte principal da inquietação que atormenta os profanos. Nada possui que o mundo lhe possa tirar, e nada deseja possuir que o mundo lhe possa dar. Entretanto, se as circunstâncias terrenas o nomearam administrador do patrimônio de Deus e da humanidade, esse homem administra com a máxima solicitude essa parcela do patrimônio terrestre universal.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">Pela mesma razão , o homem que se despojou dos teres pela maturação do ser não experimenta a menor dificuldade nem tristeza em passar a outras mãos a gestão dos negócios temporários que lhe foi confiada. O grande industrial norte-americano R. G. Le Tourneau, fabricante de possantes máquinas de terraplenagem, mandou colocar sobre a entrada de uma das suas fábricas o seguinte letreiro: ―Não digas: Quanto do meu dinheiro dou a Deus? Dize antes: Quanto do dinheiro de Deus guardo para mim?‖ Esse homem descobriu que nós não temos dinheiro algum, mas que todas as coisas do mundo são de Deus; entretanto, pode o administrador dos bens de Deus tirar para si uma pequena ―comissão‖. Le Tourneau, no princípio, tirava uma comissão de 90% para si, dando 10% a Deus, para fins de altruísmo e religião; hoje inverteu as quotas, dando 90% a Deus e guardando 10% para si. Entretanto, mesmo esses 10% Le Tourneau não se considera proprietário, senão apenas administrador, porque, também, este dinheiro pertence a Deus e à humanidade. ―Quem não renunciar a tudo que tem não pode ser meu discí</span></strong></p> QUANDO JEJUARES, LAVA O ROSTO E UNGE A CABEÇA - PARTE 17tag:anjodeluz.ning.com,2011-09-16:867289:Topic:24300272011-09-16T23:22:44.902ZMaria Paula da Silva Moreira Viehttps://anjodeluz.ning.com/profile/MariaPauladaSilvaMoreiraVie
<p> </p>
<p><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89602308?profile=original" target="_self"></a><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89602274?profile=original" target="_self"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89602274?profile=original" width="310"></img></a> <br></br></p>
<p> </p>
<p><strong><span class="font-size-5">A mais fascinante poesia do homem plenamente cristificado consiste em fazer com leveza as coisas pesadas, — com facilidade as coisas difíceis, — com suavidade as coisas amargas, — com alegria as coisas…</span></strong></p>
<p> </p>
<p><a target="_self" href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89602308?profile=original"></a><a target="_self" href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89602274?profile=original"><img class="align-full" width="310" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89602274?profile=original"/></a><br/></p>
<p> </p>
<p><strong><span class="font-size-5">A mais fascinante poesia do homem plenamente cristificado consiste em fazer com leveza as coisas pesadas, — com facilidade as coisas difíceis, — com suavidade as coisas amargas, — com alegria as coisas tristes, — com sorridência as coisas dolorosas. O homem bom asceticamente bom, eticamente virtuoso, faz pesadamente as coisas pesadas, tristemente as coisas tristes, dificilmente as coisas difíceis, amargamente as coisas amargas, e assim por diante. Nisto há verdade e bondade, mas, não há beleza e poesia. A suprema perfeição do homem crístico é uma verdade revestida de beleza. A vida do homem plenamente cristificado é comparável à máquina de aço de lei, que funciona com absoluta precisão e infalibilidade, mas o seu funcionamento é leve como a luz, silencioso como a trajetória dos astros, espontâneo como o amor, sorridente como um arco-íris sobre vastos dilúvios de lágrimas.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">O homem totalmente profano não pratica as coisas boas, procura evitá-las e ser alegremente mau. O homem semi-espiritual, simplesmente cristão e virtuoso, pratica o bem, mas com gemidos e dor; ser bom é, para ele, carregar a cruz, cumprir heroicamente o imperativo categórico do dever. O homem plenamente espiritual, cristico, entrou na zona da suprema sabedoria, que é leve e luminosa, espontânea e radiante. Ele é, de fato, a ―luz do mundo‖, é como esse sol de estupendo poder e de inefável suavidade, esse sol que lança pelos espaços as esferas gigantescas — mas sua luz não quebra a delgada lâmina de uma vidraça que penetra, nem ofende a delicadeza de uma pétala de flor que beija silenciosamente.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">O homem crístico é como o sol, suavemente poderoso, poderosamente suave. É poderoso — mas não exibe poder. É puro — mas não vocifera contra os impuros. Adora o que é sagrado — mas sem fanatismo. É amigo de servir — mas sem servilismo. Ama — sem importunar a ninguém. Vive alegre — com grande compostura. Sofre — sem amargura. Goza — sem profanidade. Ama a solidão — sem detestar a sociedade É disciplinado — sem fazer disto um culto. Jejua — mas não desfigura o rosto para mostrar a vacuidade do estômago. Pratica abstinência de muitas coisas — sem fazer disto uma lei ou mania. É um herói — mas ignora qualquer complexo de heroísmo. É virtuoso — mas não é vitima da obsessão de virtuosidade.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">Trabalha intensamente, com alegria e entusiasmo — mas renuncia serenamente, a cada momento, aos frutos do seu trabalho. Assim é o homem que se tornou ―luz do mundo‖. *62Mas, como pode um homem fazer hoje, por um querer espontâneo, o que ontem só fazia por um dever compulsório? Como pode jejuar com alegria, hoje, de rosto em festa, quando ontem só jejuava com tristeza, de rosto desfigurado? Que foi que lhe aconteceu entre esse hoje e aquele ontem? Entre esse jubiloso querer de hoje e aquele doloroso dever de ontem? Algo de estranho e de grande deve ter acontecido... Sim, aconteceu-lhe algo de estranho e de grande — aconteceu-lhe a coisa maior do universo que pode acontecer a um ser mortal — aconteceu-lhe a graça divina de uma grande, vasta e profunda compreensão de si mesmo, do Deus nele, do seu Cristo interno. Esse homem superou a velha ilusão de que ―ser bom‖ seja necessariamente ―ser sofredor‖. Certamente, ser bom é cruz e sacrifício no seu estágio inicial, e por isto o homem bom é, geralmente, um sofredor. Mas ser bom, no seu estágio final, não é sofrimento, é gozo e felicidade.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">Se a vontade de Deus pode e deve ser feita ―assim na terra como nos céus‖, e se, nos céus, essa vontade divina é feita com imensa alegria e felicidade, é certo que, segundo as palavras do divino Mestre, a vontade de Deus também pode ser cumprida, aqui na terra, com alegria e felicidade, O homem terrestre também pode ser jubilosa-mente bom, a sua mais pura felicidade pode consistir em ser bom.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">A compreensão é uma misteriosa alquimia, transmuta o caráter doloroso do ser bom em algo gozoso. O doloroso provém da personalidade do ego, ainda não plenamente integrada na divina individualidade do Eu; mas, uma vez que o pequeno ego humano se integrou no grande Eu divino assume o fenômeno do sofrimento caráter totalmente diverso daquele que tinha antes. A dolência acaba em delícia. O sacrifício perde o seu caráter habitual de dolorosidade e se reveste do caráter da sacralidade. Sacrifício vem de sacrumfacere, fazer coisa sagrada. Ora, a coisa mais sagrada que existe é o amor. Por isto, o sacrifício assumido por amor é sacrum, coisa sagrada, é um ato litúrgico. * Que semelhante alquimia seja possível, di-lo claramente o divino Mestre: ―Meu jugo é suave e meu peso é leve.‖ Di-lo também o seu grande discípulo Paulo de Tarso: ―Eu transbordo de júbilo no meio de todas as minhas tribulações.‖ Afirma-o, também, um dos modernos discípulos do Cristo, Mahatma Gandhi: ―Nada tenho que perdoar a ninguém, porque nunca ninguém me ofendeu.‖ É esta a suprema perfeição do homem crístico: praticar c dever austero da Verdade com a leve e luminosa poesia do querer espontâneo.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">NOTA: A oração dominical, ou Pai-nosso, que fez parte do Sermão da Montanha, não está incluída neste volume, porque dele tratamos, explicitamente em nossa obra A Metafísica do Cristianismo, Editora Martin Claret.</span></strong></p> CUIDADO QUE NÃO PRATIQUEIS AS VOSSSAS BOAS OBRAS PARA SERDES VISTOS PELAS GENTES - 16 PARTEtag:anjodeluz.ning.com,2011-08-17:867289:Topic:22289002011-08-17T18:18:27.302ZMaria Paula da Silva Moreira Viehttps://anjodeluz.ning.com/profile/MariaPauladaSilvaMoreiraVie
<p class="Default"><b><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89591258?profile=original" target="_self"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89591258?profile=RESIZE_1024x1024" width="750"></img></a> <br></br></b></p>
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<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Cuidado que não Pratiqueis as Vossas Boas Obras Para Serdes Vistos Pelas Gentes”</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Repetidas vezes, e de modos vários, insiste Jesus neste preceito ou…</span></strong></p>
<p class="Default"><b><a target="_self" href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89591258?profile=original"><img class="align-full" width="750" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89591258?profile=RESIZE_1024x1024"/></a><br/></b></p>
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<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Cuidado que não Pratiqueis as Vossas Boas Obras Para Serdes Vistos Pelas Gentes”</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Repetidas vezes, e de modos vários, insiste Jesus neste preceito ou proibição, que, à primeira vista, parece ser de caráter simplesmente ético. Entretanto, esse inextirpável desejo de publicidade, embora ético em suas ramificações, tem as suas raízes embebidas no abismo da metafísica. Há em toda tendência publicitária algo de profano e prosaico — como existe em toda atitude silenciosa algo de sagrado e poético. Todas as coisas grandes estão envoltas em silêncio e mistério. Parece que o silêncio engrandece e o ruído amesquinha todas as coisas. Quando o homem recebe alguma grande inspiração e a assoalha aos quatro ventos, ela enfraquece e se esteriliza — mas quando ele a guarda na solidão de um grande silêncio, ela se robustece e fertiliza. Vigora secreta afinidade entre solidão e sacralidade — e há semelhança entre publicidade e profanidade. Na origem da vida física colocou a natureza humana o sentimento do recato e pudor — e o início da vida espiritual também está envolto na misteriosa castidade de uma profunda reverência. Toda a decadência do indivíduo ou de um povo começa, invariavelmente, com a perda do pudor e da reverência pela vida, quer material, quer espiritual. ―Não pratiqueis as vossas boas obras para serdes vistos pelos homens!‖ Qual a razão última por que todo homem profano — isto é, de consciência apenas físico-mental — sente a imperiosa necessidade de fazer alarde das suas boas obras? Por que quer ver-se admirado, louvado ou de outro modo qualquer, ser recompensado pelo bem que pratica? É porque todo homem profano é essencialmente mercenário — e esse espírito mercenário é indício da sua fraqueza. O homem interiormente rico, completo, sadio, não tem necessidade de ser recompensado, nem compensado, nem pensado; só o pobre e indigente é que deseja ser recompensado, porque fazer o bem é para ele um sacrifício, uma perda; quer ser compensado, porque se sente incompleto; deve ser pensado porque está doente e chagado. O homem de sentimentos mais nobres, é claro, não espera receber dinheiro nem outro equivalente material por seus atos bons — mas todo homem que ainda se move no plano da consciência horizontal julga-se com o direito de receber por suas boas obras pelo menos uma palavrinha de reconhecimento, de gratidão, de apreciação, e aguarda sobretudo algum resultado visível por seus trabalhos e esforços — e esse desejo dos resultados palpáveis também é, em última análise, espírito de espírito mercenário. A própria esperança de receber, em troca de suas boas obras, o céu — isto é, uma recompensa externa e adicional ao fato de ser bom — é desejo impuro e mercenário. Dificilmente encontraríamos entre milhares de homens um só que fosse capaz de prosseguir, corajosa e serenamente, uma árdua empresa espiritual ou beneficente, através de anos e decênios, sem jamais receber uma palavra de estímulo externo em forma de louvor ou aplauso.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Por que é que só nos sentimos seguros e corajosos quando, pelo menos de vez em quando, alguém nos louva ou quando aparecem resultados visíveis 60</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">do nosso trabalho? É porque todo homem profano, como já foi dito alhures, é essencialmente extroverso, objetivado; não tem noção clara de si mesmo a não ser quando o seu ego é, por assim dizer, refletido no espelho de algum objeto. Assim como ninguém pode ver o seu próprio rosto, ou a cor dos seus olhos senão quando refletidos em um espelho, semelhantemente, também, o homem profano só conhece o seu sujeito interno quando refletido por um objeto externo —como uma onda de radar, que só dá sinal de si quando, depois de emitida, encontra no seu caminho um objeto donde possa ricochetear e ecoar rumo ao aparelho emissor. A consciência físico-mental, relacionada com os objetos, é sempre indireta. Quando ninguém reflete o meu ato, nada sei da natureza do meu ato. Mais ainda, quando pratico um ato bom e ninguém me louva nem reconhece essa bondade, pouco a pouco começo a duvidar da natureza positiva desse ato; e se alguns vão ao extremo de tachar de mau o meu ato bom — por quanto tempo serei capaz de crer na bondade do meu ato? Meu Deus! Como o homem profano depende do mundo externo! Como ele é escravizado pelo reflexo da opinião pública! Não possui nenhuma autonomia e segurança intrínseca e por isto necessita dessas escoras e muletas extrínsecas. Quando, então, o homem profano consegue ultrapassar a invisível fronteira que medeia entre o seu pseudo-eu, ou ego personal, e o seu verdadeiro Eu crístico, o seu divino EU SOU — então caem por terra todas as escoras e muletas; então proclama ele a sua verdadeira independência, a ―gloriosa liberdade dos filhos de Deus‖. Daí por diante, não mais pratica ele boas obras para ser visto e louvado pelos homens; essa atitude lhe pareceria tão absurda e ridícula como arrastar-se arrimado a muletas em plena saúde. A partir daí, toda a firmeza e segurança lhe vêm de dentro, das profundezas da sua consciência espiritual. Esse homem conhece-se a si mesmo por intuição íntima, e não necessita de derivar esse conhecimento das palavras dos que não o conhecem. Ele sabe que os seus atos e sua atitude estão sintonizados com a Lei Eterna e a consciência nítida dessa harmonia lhe dá tão grande firmeza e serenidade que, ainda que todo o mundo o louvasse, nem por isso se sentiria mais seguro; e embora o mundo inteiro o censurasse e condenasse, nem por isso perderia esse homem um só grau da sua segurança e tranqüilidade interna; e ainda que os seus trabalhos não surtissem nenhum efeito palpável, ele prosseguiria a trabalhar com o mesmo afinco e otimismo de sempre. ―Trabalha intensamente — diz a sabedoria oriental — e renuncia a cada momento aos frutos do teu trabalho!‖ O homem que conquistou essas alturas é supremo árbitro da sua vida e não necessita de olhar para a direita, para a esquerda, para trás, a ver se os homens louvam ou vituperam os seus atos. Nem há motivo para fazer publicidade das suas boas obras, porque elas são boas em si mesmas, independentemente da aprovação ou reprovação de terceiros. ―Não pratiqueis as vossas boas obras para serdes vistos pela gente!‖ — isto é um ultimatum para a consciência físico-mental e um veemente chamariz para a consciência espiritual.</span></strong></p> AMAI OS VOSSOS INIMIGOS - 15 PARTEtag:anjodeluz.ning.com,2011-08-17:867289:Topic:22287362011-08-17T18:14:37.098ZMaria Paula da Silva Moreira Viehttps://anjodeluz.ning.com/profile/MariaPauladaSilvaMoreiraVie
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<p class="Default"><b> <a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89590883?profile=original" target="_self"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89590883?profile=original" width="640"></img></a></b></p>
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<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">“Amai os Vossos Inimigos” É dos tópicos evangélicos mais repetidos no mundo cristão — e de todos o menos praticado. E a razão última e mais profunda dessa falta de prática do amor aos inimigos nasce de uma falsa…</span></strong></p>
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<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">“Amai os Vossos Inimigos” É dos tópicos evangélicos mais repetidos no mundo cristão — e de todos o menos praticado. E a razão última e mais profunda dessa falta de prática do amor aos inimigos nasce de uma falsa compreensão dessas palavras do Mestre. A imensa maioria dos cristãos julga tratar-se aqui de um imperativo categórico do dever compulsório, quando, de fato, se trata de um ato de querer espontâneo; não do heroismo de uma virtude ética, e sim da evidência de uma sabedoria cósmica. naturalmente, para que o dever compulsório da virtude possa converter-se no querer espontâneo da sabedoria, terá de acontecer algo de imensamente grande entre esse doloroso dever de ontem e esse glorioso querer de hoje. Que é que deve acontecer entre esses dois pólos adversos? Deve acontecer uma grande compreensão. É sabido que tudo que é difícil não tem garantia de perpetuidade — mas tudo que é fácil tem sólida garantia de indefectível continuidade. Enquanto o ―amor aos inimigos‖ se nos apresentar como um dificultoso dever compulsório, uma virtude ou virtuosidade, é claro que não temos a menor garantia de que vamos amar nossos inimigos, amanhã e depois, mesmo que talvez hoje os amemos. Só quando o dificultoso dever compulsório se transformar num jubiloso querer espontâneo, e quando a virtude passar a ser sabedoria e profunda compreensão da realidade, é que o nosso amor aos inimigos deixará de ser um fenômeno intermitente, passando a ser uma realidade permanente. Estas palavras de Jesus não têm, pois, em primeiro lugar, caráter ético, mas sim um sentido metafísico, visando estabelecer a solidariedade cósmica através da sabedoria da compreensão. Exemplifiquemos. Alguém é meu inimigo, e eu sou inimigo dele. Estamos ambos no plano negativo, nas trevas, ele, e eu. Alguém é meu inimigo, mas eu não sou inimigo, e sim amigo dele; neste caso, ele está na zona negativa das trevas, mas eu estou na zona positiva da luz. Ora, como a luz sempre atua positivamente, rumo à construção, e as trevas atuam negativamente, rumo à destruição, é certo que, no caso de um encontro mútuo entre a luz e as trevas, o positivo eliminará o negativo, e não vice-versa. ―A luz brilha nas trevas, mas as trevas não a prenderam‖ (extinguiram). O preceito de amar nossos inimigos é, pois, antes de tudo, um postulado de caráter metafísico, único capaz de estabelecer solidariedade cósmica. Sendo eu de vibração positiva, filho da luz, posso ajudar a quem é negativo, filho das trevas. Se eu não for positivo, nada poderei fazer em benefício do meu semelhante negativo, porque ambos estamos no mesmo plano negativo, fraco, inerte. Mesmo no caso em que eu não tenha ódio real a meu inimigo, não o posso ajudar eficazmente, porque sou neutro e fraco; só no caso em que eu seja realmente positivo, pelo amor, é que posso ajudar a quem está no ódio, contrapondo uma ―violência espiritual a uma violência material‖, no dizer de Mahatma Gandhi. Se odeio a quem me odeia, acrescento negativo a negativo, aumentando as trevas do mundo. 57</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Se deixo de odiar a quem me odeia, não aumento os fatores negativos, mas, também, não destruo o que já existe, deixando as trevas no statuo quo. Se amo a quem me odeia, neutralizo o negativo do meu inimigo com o meu positivo, eliminando assim as trevas e dando vitória à luz. E este o único modo eficiente de tornar o mundo melhor: substituir as trevas negativas do ódio pela luz positiva do amor. O Sermão da Montanha, a filosofia da Bhagavad Gita, a sabedoria do Tao Te Ching, a vida de Gandhi e de todos os grandes iluminados, estão baseados nesta matemática espiritual. ―Um único homem que tenha chegado à plenitude do amor neutraliza o ódio de milhões.‖ (Mahatma Gandhi.) * Acresce outro fator importante. Quando odeio a quem me odeia, não apenas aumento as trevas em que ele está, mas, também, aumento as minhas próprias trevas, direta e indiretamente. Diretamente, pelo próprio ódio que produzo em mim, como vimos, e indiretamente porque todo pensamento, sobretudo quando transformado em atitude permanente, produz vibrações de certa categoria; e estas vibrações, segundo uma lei cósmica inexorável, demandam automaticamente aquela zona onde encontram afinidade vibratória: vibrações negativas associam-se a vibrações negativas, vibrações positivas vão em busca de vibrações positivas, no mundo da humanidade, e até dos seres infra-humanos. Nesse mergulho no mundo das vibrações, os meus pensamentos, em marcha, são saturados dos elementos, negativos ou positivos, conforme sua natureza e afinidade, que encontrarem no ambiente, e, carregados dessas vibrações, os meus pensamentos voltam a mim, porqüanto os meus pensamentos, por mais transcendentes que pareçam e distantes de mim, estão sempre imanentes em mim, inseparavelmente unidos à sua causa e fonte, e a natureza da sua saturação se refletirá necessariamente sobre seu emissor. Se, por exemplo, é emitido por mim um pensamento de ódio ou malquerença com 10 graus de negatividade e encontrando lá fora um ambiente carregado com 20 graus negativos, este pensamento de ódio volte a mim saturado de 20 graus de negatividade ou malquerença, duplicando, portanto, o meu próprio estado negativo, e fazendo-me duas vezes pior do que eu era antes. ―Cada um colherá conforme o que tiver semeado.‖ ―Quem ventos se-meia, tempestades colherá.‖ É de todo indiferente que a pessoa por mim odiada ‗‗mereça‘‘ ou ‗‗não mereça‖ o meu ódio; em qualquer hipótese, eu contribuo para tornar o mundo pior, porque me tornei pior a mim mesmo, parte integrante deste mundo. Eu, o sujeito e autor do meu ato, sou atingido pelo efeito do mesmo, muito antes que o objeto seja atingido. Ninguém pode atingir o objeto antes de atingir o sujeito. O mal que faço, ou procuro fazer a algum outro, me atinge a mim mesmo em primeiro lugar, e fere o sujeito de um modo muito mais grave do que possa ferir o objeto. ―O que entra no homem não torna o homem impuro, mas o que sai do homem, isto sim, torna o homem impuro.‖ O mal que os outros me fazem não me faz mal, porque não me faz mau. Antes que o mal faça mal a outros, já fez mal ao malfeitor, porque o fez mau. Não é certo que o objeto seja atingido por meu mal, mas é absolutamente certo que o sujeito é atingido por ele. 58</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">Esse impacto do meu pensamento sobre os objetos ou pessoas é, antes de tudo, sobre o meu próprio sujeito, é tanto mais veemente e destruidor, quanto maior for a vibração emocional de que o pensamento está saturado. Amar seus inimigos é, pois, um preceito de sabedoria cósmica, porque promove a auto-realização do homem a sua verdadeira cristificação</span></strong></p> QUANDO ALGUÉM TE FERIR NA FACE DIREITA, APRESENTA-LHE TAMBÉM A OUTRA - 14 PARTEtag:anjodeluz.ning.com,2011-08-17:867289:Topic:22288962011-08-17T18:10:03.804ZMaria Paula da Silva Moreira Viehttps://anjodeluz.ning.com/profile/MariaPauladaSilvaMoreiraVie
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<p class="Default"><a target="_self" href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89590944?profile=original"><img class="align-full" width="750" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89590944?profile=RESIZE_1024x1024"/></a></p>
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<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><span class="font-size-7"><font size="3"><span style="font-size: 13px;">QU</span></font></span>ando Alguém te Ferir na Face Direita, Apresenta-lhe Também a Outra”</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">E prossegue o divino Mestre: ―Se alguém te roubar a túnica cede-lhe também a capa! Se alguém te obrigar a andar com ele mil passos, vai com ele dois mil! Se alguém te pede que lhe emprestes algo, não lhe voltes as costas!‖ O que aos profanos totais parece covardia e absurdidade, o que aos semiprofanos parece extraordinário heroismo e virtuosidade, é, para o verdadeiro iniciado no espírito do Cristo, algo inteiramente natural e evidente. Aqui atinge o Sermão da Montanha um como clímax. Não se trata de praticar uma série de atos virtuosos externos, como parece á primeira vista — trata-se, sim, de crear dentro de si uma atitude, um clima, uma atmosfera permanente, a qual, de vez em quando, oportunamente, se revele em algum desses atos externos, transitôrios. Uma vez que o ―agir segue ao ser‖, e natural que um novo ser interno se manifeste num novo agir externo; mas, o principal não é esse agir, o qual, sem o seu correspondente ser, será sempre algo sacrificial e artificial meramente moral e não profundamente místico como é a alma do reino de Deus. O verdadeiro Cristianismo não éapenas um sistema ético de agir virtuosamente —é um novo modo de ser ontologicamente, uma completa e total transformação do indivíduo humano. Esse novo ―modo de ser‖, certamente, supõe uma série de ―atos de agir‖, mas essa série de atos, embora necessários, não são suficientes para produzir essa atitude, esse ser. Os atos éticos são condição, mas não são causa dessa nova atitude crística. São necessários, mas não são suficientes para crear essa ―nova creatura em Cristo‖, a qual, em última análise, é um carisma, um dom da graça divina. Ninguém pode merecer, causar, a graça; se assim fosse, ela não seria graça, que é de graça. Tudo que é merecido épequeno — o que é de graça é grande. O valor do homem não está naquilo que ele fez ou diz, externa e transitoriamente — mas está naquilo que ele é, interna e permanentemente. O externo e transitório é condição necessária, mas não é causa suficiente do interno e permanente. Causa suficiente é só o poder ou a graça de Deus. Em última análise, a ―nova creatura em Cristo‖ é filtra de um novo fiat lux da onipotência creadora de Deus. Para que esse fiat lux possa ser proferido sobre as trevas abismais do ego humano, deve este ser receptivo, faminto, devidamente evacuado de si para poder ser plenificado por Deus — isto é condição preliminar necessária para que a causa divina possa agir. Que alguém ofereça, de fato, a outra face a quem o feriu em uma, ou ceda a capa a quem lhe roubou a túnica, é de somenos importância e depende das circunstâncias do momento —mas que ele mantenha em si essa firme e constante atitude de benevolência e beneficência, isto sim é importante e decisivo. E no momento dado, essa atitude interna também se revelara em atos externos. ―O agir segue ao ser.‖ Os atos externos mencionados por Jesus, no Sermão da Montanha, são o transbordamenty natural e irresistível de uma poderosa atitude interna e permanente; hrotam espontaneamente do tronco robusto de um novo ser, em forma de flores e frutos naturais de um novo fazer e dizer.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Isso, porém, supõe uma total transformação interior do homem, o 54</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">cruzamento de uma fronteira invisível e decisiva, a transição irrevogável do velho ego luciférico para o novo Eu crÍstico. O velho ego, antes de tudo, quer receber e ser servido — o novo Eu quer dar e servir. O velho ego sente-se facilmente ofendido, preterido, vulnerado por bofetadas, roubos, exigência de serviço indébito, pedido de empréstimo de dinheiro sem juros, por qualquer olhar ou palavra de desprezo, e, obediente à lei escravizante de ação e reação, de causa e efeito, revida ofensas, vinga injúrias, afirma a sua propriedade individual, acha covardja não ofender o ofensor, e valentia pagar mal por mal —por que tudo isto? Porque o pequeno ego, precisamente por ser pequeno e fraco, é escravo e vítima permanente duma tirania da qual não consegue emancipar-se sobretudo porque essa escravidão é chamada ―Liberdade‖. Quem chama saúde a doença não pode ser curado; o primeiro passo para a cura é reconhecer a doença como doença. O primeiro passo para ser libertado da escravidão do ego é reconhecer essa escravidão como escravidão. O Sermão da Montanha oferece ao homem a chave para abrir a sua velha prisão e entrar na ―gloriosa liberdade dos filhos de Deus‖ — mas depende do próprio homem dar meia volta à chave, para abrir a porta — ou para continuar preso. O novo Eu crístico nada sabe de ofensas, injúrias, desprezos, propriedade individual, direitos, porque ele é todo invulnerável, livre, imune; nenhum fator externo lhe pode fazer mal, porque não o pode fazer mau. Em uma série de luminosas contraposições, frisa o Nazareno a derrota do pequeno ego humano e a vitória do grande Eu divino, isto é, a total auto-realização ou cristificaçào do homem. Quem não cruzou essa misteriosa fronteira que medeia entre o pequeno mundo do ego e o vasto universo do Eu, ou não é capaz de praticar esses atos de gloriosa libertação, ou quando, por exceção, consegue praticar algum deles, logo se sente como um herói, como algum ―super‖, porque esse ato ―virtuoso‖ destoa da sua atitude habitual, e, por isto, lhe parece algo notável e extraordinário. Enquanto o homem vê nesses atos um heroismo, uma virtude, algo de excepcional, não creou ainda a competente atitude, não cruzou ainda a misteriosa fronteira entre o ego luciférico e o Eu crístico; não é ainda um verdadeiro iniciado, mas, na melhor das hipóteses, um profano de boa vontade. Não é o simples ―querer‖ que decide — todos os profanos de boa vontade querem — mas é um novo ―poder‖. Muitos podem querer — poucos podem poder. Para que alguém possa, não só querer, mas, também poder, é indispensável que tenha recebido uma vida nova, que tenha renascido pelo espírito, que tenha tido a suprema revelação do seu eterno ―ser divino‖ — o seu misterioso ―eu e o Pai somos um‖, ou, em sânscrito: tat twam asi (isto, Brahman, és tu). Essa grande revelação da Verdade sobre si mesmo crea no homem a força do poder, uma nova atitude permanente, um novo modo de ser.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Verdade é que todo homem, em virtude da sua natureza humana, da sua ―alma naturalmente crística‖, era sempre essa ―nova creatura em Cristo‖, mas não o era explicitamente, senão, apenas, implicitamente; essa ―nova creatura em Cristo‖ estava nele em estado latente, embrionário, meramente potencial; estava concebida e andava como que em gestação, mais ou menos adiantada ou atrasada, mas não havia nascido, ainda atualmente. Em todos os homens existe o Cristo potencial — a ―luz verdadeira que ilumina a todo homem que 55</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">vem a este mundo‖ — mas, enquanto esse Cristo potencial não passar a ser o Cristo atual, podem esses homens querer o bem , mas não o podem realizar; neles está como escreve Paulo de Tarso, o ―querer o bem‖, mas não está o ―poder o bem‖. Essa transição do débil ―querer‖ para o vigoroso ―poder‖ é um carisma inexplicável, uma graça divina que ninguém pode merecer, embora todos possam e devam preparar o ambiente e crear um clima propício para que essa graça venha. Esse carisma é algo que nos ―acontece‖ de fora, mas que o homem não ―produz‖ de dentro de si, do séu ego. Esse ―acontecer‖ da graça brota das eternas e ignotas profundezas de Deus — do Deus transcendente, que é o Deus imanente; mas não vem das periferias superficiais do pequeno ego consciente. * Quando o homem consegue cruzar essa misteriosa fronteira, do pequeno ego humano para o grande Eu divino, então toda a vida dele se transforma e ilumina com inefável força e claridade. Então entra ele num novo céu e em uma nova terra. Então vive ele o seu céu aqui mesmo, aqui, agora, e para sempre, e por toda a parte — e o seu inferno não existe mais em parte alguma. Então nada mais o entristece, o molesta, o ofende, o perturba. Então, está ele, definitivamente liberto pela Verdade, e essa libertação é a sua suprema felicidade. O que aos profanos, de má vontade, parece absurdo, o que aos profanos, de boa vontade, parece doloroso sacrifício e virtude heróica — e para os verdadeiros iniciados espontânea facilidade e suprema beatitude... O Sermão da Montanha é a chave da grande e definitiva libertação do homem. E a última palavra sacra de toda a iniciação esotérica e mística dos candidatos à verdadeira sabedoria e experiência cósmica. O Sermão da Montanha é um convite para a morte e para a ressurreição, para o ocaso do ego luciférico e para a alvorada do Eu Crístico... Aceitar esse convite é vida eterna — rejeitálo é morte eterna... Aqui se bifurcam os caminhos da humanidade... Aqui se digladiam, em dramático duelo, as duas maiores potências do Universo — Lúcifer e Lógos, a magia mental do velho ego, e a sabedoria espiritual do novo Eu... Aqui se alarga o campo da grande tentação, em pleno deserto — entre a política telúrica do tentador: ―Eu te darei todos os reinos do mundo e sua glória‖ — e a sapiência cósmica do tentado: ―O meu reino não é deste mundo‖. No Everest do Sermão da Montanha se vê todo o indivíduo humano colocado na grande encruzilhada entre o ―querer ser servido‖ do velho ego luciférico — e o ―querer servir‖ do novo Eu cristico... A escolha é livre — mas as conseqüências da escolha obedecem a uma lei inexorável... A alternativa suprema e última é esta: VIDA — ou MORTE...</span></strong></p>
<p> </p> NÃO REGISTRAIS AO MALIGNO - 13 PARTEtag:anjodeluz.ning.com,2011-08-11:867289:Topic:21887142011-08-11T18:59:07.720ZMaria Paula da Silva Moreira Viehttps://anjodeluz.ning.com/profile/MariaPauladaSilvaMoreiraVie
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<p class="Default"><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89588706?profile=original" target="_self"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89588706?profile=RESIZE_1024x1024" width="750"></img></a></p>
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<p class="Default"><span class="font-size-5">“Não Resistais ao Maligno!” É esta, certamente, uma das palavras mais enigmáticas do Nazareno, das menos compreendidas, e ainda menos praticadas, sobretudo no ocidente cristão essencialmente…</span></p>
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<p class="Default"><a target="_self" href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89588706?profile=original"><img class="align-full" width="750" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89588706?profile=RESIZE_1024x1024"/></a></p>
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<p class="Default"><span class="font-size-5">“Não Resistais ao Maligno!” É esta, certamente, uma das palavras mais enigmáticas do Nazareno, das menos compreendidas, e ainda menos praticadas, sobretudo no ocidente cristão essencialmente violentista. No número de abril de 1959, da célebre revista mensal Stimmen der Zeit, dos padres jesuítas alemães, aparece um artigo, da autoria do jesuíta P. Hirschmann, provando que a guerra atômica pode ser lícita, no caso em que seja necessária para salvar o Cristianismo sobre a face da terra. No mesmo sentido escreve o jesuíta P. Gundlach, que foi conselheiro espiritual do Papa Pio 12º, afirmando que a guerra atômica, e mesmo a extirpação de um povo inteiro (naturalmente a Rússia!) é não somente lícita, mas pode até ser dever de consciência no caso em que esse povo seja um impedimento para o triunfo do Cristianismo. O que inspira semelhantes monstruosidades, oficialmente aprovadas pela respectiva igreja, é a clamorosa confusão entre ―Cristianismo‖ e ―Cristo‖. Por ―Cristianismo‖ entendem esses autores uma determinada organização eclesiástica, engendrada, através dos séculos, por hábeis teólogos e devidamente codificada pelos chefes hierárquicos dessa sociedade eclesiástica. A fim de preservar da destruição essa organização político-financeiro-clerical apregoam esses homens a liceidade da destruição do espírito do Cristo, que em hipótese alguma aprovaria a morte de um único ser humano, menos ainda a extinção de muitos milhões de inocentes, a fim de salvar o reino de Deus. Como se pode salvar o verdadeiro Cristianismo, que é o reino de Deus, destruindo-o radicalmente pela matança em massa? Por onde se vê que esses doutores em teologia eclesiástica são perfeitos analfabetos na suprema sabedoria do Sermão da Montanha, e do Evangelho do Cristo em geral. O gentio Mahatma Gandhi, não permitindo a morte de um só homem para libertar a Índia, compreendia mil vezes melhor o espírito do Cristo do que esses chamados ―cristãos‖, razão por que declarava a todos os missionários do ocidente que procuravam convertê-lo ao Cristianismo: ―Aceito o Cristo e seu Evangelho — não aceito o vosso Cristianismo.‖ * ―Não resistais ao maligno!‖...</span></p>
<p class="Default"><span class="font-size-5">Nenhuma igreja, nenhum Estado cristão aceitou, até hoje, essa doutrina do divino Mestre. Todos praticam violência, por sinal que todas as sociedades, civis e eclesiásticas, se guiam, até hoje, pela lei do talião, estabelecida por Moisés, ―olho por olho, dente por dente‖. Aliás, parece mesmo que uma sociedade organizada não pode guiar-se pelo espírito do Evangelho do Cristo, porque qualquer sociedade organizada é baseada sobre o egoísmo, que aprova à violência; parece que só um indivíduo pode ser realmente crístico, não violentista. A sociedade tem determinados estatutos, leis, parágrafos jurídicos, que implicam sanção, isto é, violência, punição aos infratores dos estatutos jurídicos da sociedade. Sendo que toda a sociedade é produto da inteligência e a inteligência é, essencialmente, egoísta, não pode haver uma sociedade não-egoísta, não-violentista. Se Mahatma Gandhi conseguiu libertar 51</span></p>
<p class="Default"><span class="font-size-5">a India com ahimsa (não-violência) foi unicamente porque, ao redor dele, havia numerosos indivíduos firmemente alicerçados na mesma verdade, como concebeu o próprio Presidente Nehru, e não porque a sociedade como tal se guiasse pelo princípio altruísta da ahimsa. Toda e qualquer sociedade, como sociedade, pratica necessariamente himsa (violência), sob pena de se destruir a si mesma, não fazendo valer as suas leis; só um indivíduo pode praticar ahimsa, não pagando mal com mal, mas pagando o mal com o bem, amando aos que o odeiam. ―Não resistir ao maligno‖ é, pois, uma ordem que visa diretamente o indivíduo em vias de cristificação. Uma sociedade, sendo fundamentalmente egoísta, nunca pode ser crística, embora possa dizer-se cristã, isto é, egoísta envernizada de Cristianismo. Nenhuma sociedade organizada pode abrir mão dos seus ―direitos‖, sob pena de cometer suicídio, ela só existe em virtude dos seus ―direitos‖; o direito, porém, é uma forma de egoísmo, e egoísmo gera violência. Só se a sociedade abdicasse dos seus ―direitos‖, tudo endireitaria; mas, enquanto ela faz valer os seus ―direitos‖, tudo está torto. O contrário do ―direito‖ é a ―justiça‖, que épraticamente idêntica ao amor. A ―justiça‖, no sentido bíblico, é invariavelmente a ―justeza‖, o perfeito ―ajustamento‖, a harmonia entre o indivíduo e o Universal, entre o homem e Deus, entre a creatura finita e o Creador Infinito. Essa justiça, porém, é o perfeito amor, como aparece no ―primeiro e maior de todos os mandamentos‖, enunciado por Jesus. No frontispício do Fórum da cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, se acham gravadas estas palavras do jurista-filósofo Cícero: Summum jus —Summa injuria (o supremo direito é a suprema injustiça). Quem reclama todos os seus direitos pessoais, age em nome de seu ego, que é necessaria-mente egoísta; mas quem pratica a justiça, age em nome da Constituição Cósmica do Universo, age em nome da própria alma do Universo, que é Deus; age, em nome do amor cósmico, que é a voz do divino Eu no homem. Quem apela para seus ―direitos‖ age em nome do ego, que é violentista. Quem apela para a ―justiça‖ age em nome do Eu, que não é violentista. ―Não resistir ao maligno‖ é, pois, um apelo para o divino Eu no homem, e não para seu humano ego. * Há, na legislação mosaica, uma matemática estranha: supõe que uma violência se neutralize com outra violência. Se alguém me arranca um olho ou quebra um dente, e eu lhe arrancar também um olho e quebrar um dente, estamos quites; porque cobrei do meu devedor uma divida em aberto. Na realidade, porém, não estamos quites, nem eu nem ele, porque um negativo dele mais um negativo meu dão dois negativos; quer dizer que nós dois meu ofensor e eu, ofensor dele, criamos dois males no mundo; e, como a segunda ofensa exige uma terceira, da parte dele, e essa reclama uma quarta ofensa, da minha parte, e assim por diante, numa indefinida ―reação em cadeia‖ — é claro que nós dois, o ofensor de lá e o ofensor de cá, vamos piorando o mundo cada vez mais, enchendo-o de negativos e mais negativos.</span></p>
<p class="Default"><span class="font-size-5">Contra essa falsa matemática de Moisés opõe Jesus a verdadeira matemática, absolutamente lógica e racional, afirmando que o negativo (mal) 52</span></p>
<p><span class="font-size-5">só se neutraliza pelo positivo (bem), e que o único modo de melhorar o mundo e a humanidade é pelo processo de: 1) não resistir ao mal; 2) de opor o bem ao mal. O meu positivo oposto ao negativo do meu ofensor neutraliza esse negativo, e o resultado ézero; mas, se eu opuser ao negativo do ofensor não apenas um positivo (um bem), porém, muitos —digamos 10 — neste caso não somente neutralizei o negativo (mal) dele, mas ainda há um superavit de positivos, isto é, enriqueci a humanidade de bens positivos. Mahatma Gandhi — precisamente por ser mahatma, ―grande alma‖ — compreendeu e praticava admiravelmente essa matemática espiritual do Evan-gelho do Cristo, dando à não-resistência o nome sânscrito de ahimsa e à política benevolência para com o ofensor o nome de satyagraha (apego à verdade), ou seja amor, justiça cósmica. Naturalmente, para que alguém possa praticar essa não-violência e essa benevolência, tem de passar por uma profunda experiência mística sobre a sua verdadeira natureza, e não se identificar com seu ego físico-mental-</span></p> NÃO JUREIS DE FORMA ALGUMA - 12 PARTEtag:anjodeluz.ning.com,2011-08-11:867289:Topic:21876552011-08-11T18:55:13.447ZMaria Paula da Silva Moreira Viehttps://anjodeluz.ning.com/profile/MariaPauladaSilvaMoreiraVie
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<p class="Default"><b> <a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89588664?profile=original" target="_self"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89588664?profile=original" width="400"></img></a></b></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">“Não Jureis de Forma Alguma!” ―Seja o vosso modo de falar um simples sim, um simples não — o que passa daí vem do mal.‖ Quão profunda sabedoria em tão poucas palavras! Aprendi no Catecismo que não se deve jurar falso nem em vão; mas que o juramento sério e…</span></strong></p>
<p class="Default"><b><br/></b></p>
<p class="Default"><b> <a target="_self" href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89588664?profile=original"><img class="align-full" width="400" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89588664?profile=original"/></a></b></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">“Não Jureis de Forma Alguma!” ―Seja o vosso modo de falar um simples sim, um simples não — o que passa daí vem do mal.‖ Quão profunda sabedoria em tão poucas palavras! Aprendi no Catecismo que não se deve jurar falso nem em vão; mas que o juramento sério e verdadeiro é bom e pode até ser necessário. Tenho em meu poder uma Bíblia, publicada com a devida aprovação eclesiástica, que, depois das palavras ―não jureis de forma alguma‖, acrescenta em parênteses as seguintes palavras restritivas, do tradutor: ―se não for necessário‖, inutilizando assim a proibição categórica do Cristo e adulterando o Evangelho pela teologia.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Tudo que passa de um simples sim e de um simples não vem do mal, inclusive o juramento, tanto falso como verdadeiro, porque ele nunca é necessário. Em última análise, todo e qualquer juramento provém do mal, porque supõe algo mau. O juramento foi introduzido na vida social da humanidade por causa da desconfiança e inconfidência que, em geral, reinam entre os homens. Uns mentem aos outros. E, quando alguém fala a verdade, ninguém acredita, de tão geral que é o hábito de mentir.</span></strong></p>
<p class="Default"> </p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Por isso no intuito de corroborar a verdade de uma afirmação, exigem os homens, que ela seja consolidada por meio dum juramento. Quem jura invoca a Deus por testemunha, da verdade do que afirma , e, se a sua afirmação não representa a verdade, mas uma inverdade consciente, então invoca a Deus como testemunha da mentira, o que é uma blasfêmia, chamada ―perjúrio‖.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">É verdade que o juramento oferece maior garantia da verdade do que um simples sim ou não? Absolutamente não! Quem é capaz de mentir é capaz, também, de jurar falso. E quem não pode confiar em uma afirmação simples como expressão da verdade, esse, também, não pode confiar em uma afirmação juramentada. O divino Mestre não está interessado em curar sintomas de doença, mas sim, a própria doença. A praxe de jurar é sintoma de um mal profundo, que é o hábito de desrespeitar a verdade.</span></strong></p>
<p class="Default"> </p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Quem reprime sintomas é charlatão — quem cura a raiz do mal émédico. O caráter do Evangelho não é simplesmente corretivo, mas sim preventivo. Se a humanidade se habituasse a nunca mentir, nunca ninguém sentiria a necessidade de jurar, porque um simples sim ou um simples não dariam certeza absoluta. O comerciante mente sobre o valor e os preços das mercadorias, a fim de acumular matéria morta.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">A dona da casa manda a empregada mentir que a patroa não está em casa, para não receber visitas indesejáveis. O político, o advogado, o diplomata mentem para prestigiar ou desprestigiar uma causa ou uma pessoa. O estudante mente ―colando‖ uma prova do vizinho em vez de estudar o assunto. Até a criança mente para não ser castigada. Omnis homo mendax— afirma a Sagrada Escritura — todo homem é mendaz.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Por isso , com o fito de fazerem crer aos outros que o que dizem é 49</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">verdade, julgam os homens necessário jurar, invocando a Deus por testemunha. O juramento é prole legítima da mendacidade — e como poderia ser puro o filho, se tão impura é a mãe?...</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">O verdadeiro discípulo do Cristo fez consigo esse pacto sacrossanto, de nunca faltar à verdade, por maiores que sejam as vantagens que a inverdade lhe dê, ou as desvantagens que lhe advenham do culto à verdade. Quase 100% da nossa publicidade comercial, pela imprensa, pelo rádio, pela televisão, pelos cartazes, são mentira a serviço da cobiça.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">A alma da arte publicitária consiste em fazer crer ao homem que ele necessita de uma coisa que ele apenas deseja; e, quando ele identifica o seu desejo artificial com uma necessidade natural, então é dócil freguês e compra tudo de que julga necessitar. Torna-se freguês e enriquece os cofres dos publicitários e vendedores, graças a uma série de mentiras que ele aceitou como verdades.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">Quem lê ou ouve diariamente esse dilúvio de mentiras veiculadas pelos citados canais de publicidade, dificilmente atingirá um grau de verdadeira pureza, necessária para a sua realização em Cristo. A nossa decantada civilização, quase inteiramente baseada na mentira e na ganância, é o maior impedimento para a auto-realização. Quem se expõe diariamente a esse impacto de profanidade e se identifica, aos poucos, com esse ambiente, não deve estranhar a sua falta de espiritualidade e paz interior.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">Quem não quer os meios não quer o fim Mahatma Gandhi foi, durante toda a sua vida, após a conversão ao mundo de Deus, o grande cultor da verdade incondicional, mesmo à custa dos maiores sacrificios. Sabia ele que a verdade, e só ela, é que é libertadora. A verdadeira felicidade não medra senão em um clima da veracidade absoluta e incondicional. Os sofrimentos que o culto inexorável da verdade acarreta, não raro, a seus fiéis discípulos, são necessários para que a verdade possa prosperar — assim como o adubo é necessário para a planta poder medrar devidamente.</span></strong></p>
<p> </p>
<p><strong><span class="font-size-5">Sendo que Deus é a própria Verdade, tanto mais divino é o homem quanto mais intransigente cultor da Verdade. O verdadeiro discípulo do Cristo não pode reduzir-se à condição de ser um passivo refletor da opinião pública e dos vícios sociais, como se fosse um simples espelho — tem a missão sagrada de ser um diretor e orientador de seus semelhantes rumo à grande libertação, rumo às alturas do reino de Deus...</span></strong></p>